Beauty And The Beast escrita por Maria C Weasley


Capítulo 28
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal esse é o último capítulo, quero agradecer a todos por acompanharem até aqui e dedicar um abraço especial a todos aqueles que comentaram ao longo da história.
Sem mais delongas, o novo capítulo:



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Ink seguiu sua senhora até a sala, porque apesar de ser livre ela era e sempre seria a sua senhora, e escondido escutou toda a discussão, porque ele a conhecia, talvez melhor até do que ela mesma, e sabia que mesmo arrasada ela jamais seria capaz de continuar calada, simplesmente não fazia parte de quem ela era. O que ele não esperava era que Tom perdesse o controle e acabasse a matando porque durante os anos que conviveu com o casal Ink percebeu uma coisa que a maioria das pessoas viria a achar impossível, porque ele notou que Tom Riddle realmente se importava com ela.

Quando ele a viu cair sem vida tudo o que queria era segurá-la e deixar que suas lágrimas caíssem sobre o seu rosto doce, mas ela lhe pedira um último favor e ele não poderia deixar de atendê-la, não depois de tudo que Mirach fizera por ele.

Então voltou ao quarto da pequenina e segurando-a no colo juntamente com as cartas aparatou para uma rua trouxa no subúrbio de Londres, uma rua que ele e Mirach haviam visitado nos últimos anos, e parando em frente à porta deitou a pequena menina no chão junto com uma das cartas.

- Sua mãe foi uma mulher corajosa, Liandan, Ink ficará feliz se um dia se tornar como ela. Agora Ink precisa dizer adeus. – Ele falou e embora ela ainda fosse pequena o elfo doméstico tinha certeza de que quando aqueles olhos, de uma mistura de cinza e azul, o encaram ela o havia compreendido.

Ele tocou a campainha algumas vezes e se escondeu quando ouviu o barulho da porta sendo aberta revelando uma mulher de cabelos e olhos castanhos que rapidamente pegou o bebê do chão e a levou para dentro. Apesar de tudo que acontecera Ink não pode deixar de sorrir, se Mirach queria que sua filha crescesse longe do mundo da magia que ao menos ela fosse criado por alguém da família.

Naquela noite, mesmo sem saber, Mirach deu o melhor presente de todos a sua irmã e embora Liandan, agora conhecida como Alexandra Sapecto, não tenha conseguido ficar com a sobrinha de mesmo nome por muito tempo a pequena lhe tirou da depressão causada pela morte de seu primeiro filho, pois embora separada desde a infância as gêmeas Prewet continuavam a possuir certas semelhanças.

Dalí Ink partiu para Hogwarts, pelo simples fato que não tinha coragem de contar para Othy que sua irmã, seu ponto de apoio, estava agora morta, mas logo se arrependeu da escolha porque uma vez dentro do castelo tudo a fazia se lembrar dela e das histórias que ela lhe contava quando voltava para casa nas férias.

- Entre. – Ele escutou a voz vindo de trás da porta, como ela própria lhe contara Dumbledore há pouco tempo havia se tornado diretor da escola.

Ele entrou na sala envergonhado, sem saber como se portar na presença daquele grande bruxo, mas para sua sorte Dumbledore pareceu notar seu desconforto e foi extremamente dócil ao se dirigir ao elfo doméstico.

- Você não trabalha aqui, não é mesmo? – Ink se limitou a negar com a cabeça. – Então o que posso fazer por você?

- Minha senhora, Mirach, pediu para que eu lhe entregasse essa carta. – Ele falou estendendo o envelope para o diretor, que apesar dos anos que se passaram, reconheceu imediatamente a caligrafia dela.

Ainda confuso Dumbledore abriu a carta e para alivio de Ink, que desejava conhecer o conteúdo da mesma, começou a lê-la em voz alta.

Caro Dumbledore,

Uma vez, anos atrás, me disse que se algum dia precisasse conversar deveria procurá-lo, só espero que continue a pensar assim porque o que tenho para contar é de suma importância. Se essa carta chegou a suas mãos quer dizer que o pior aconteceu e que estou morta, mas preciso lhe pedir um último favor.

Quatorze anos atrás me casei com Tom Riddle, embora não creio que muitos tenham tomado conhecimento desse fato, mas a questão é que embora eu tenha me orgulhado de minha lógica brilhante durante toda a minha vida nem mesmo ela foi capaz de combater meu coração e durante muitos anos me tornei cega as atitudes de Tom, muitas das quais cometidas enquanto ainda estávamos na escola, como o senhor bem sabe. Isso é algo que eu deveria ter contado a muito tempo, mas não fui capaz, pelo menos até agora que vejo o quão mal ele se tornou, seus últimos atos se assemelhando tanto aos pensamentos de Grindelwald que simplesmente se tornou impossível para mim permanecer quieta.

Porém minha maior preocupação é que há pouco mais de um mês dei a luz a uma menina chamada Liandan e por uma ironia do destino ela nasceu durante um eclipse solar total sendo assim, como o senhor já deve ter presumido, uma filha da lua. Por hora Tom nada sabe sobre isso e duvido que venha a saber visto que pedia a Ink, o elfo que lhe entregou essa carta, para que a levasse para longe e sinceramente não creio que Tom venha a procurá-la, mas de qualquer maneira peço que lhe proteja, não só por ser minha filha, mas porque se Tom descobrir do que ela é capaz somente Merlin poderá nos dizer como usará o poder que ela possui.

Além disso, devo alertá-lo para o perigo que Tom pode vir a representar para o mundo bruxo se não for impedido, eu juro que tentei mudá-lo, na verdade somente Merlin sabe como tentei, mas acredito que embora o meu amor por ele fosse verdadeiro o sentimento não era recíproco e creio que tenha se aproximado de mim apenas para se aproveitar da influência da minha família e posteriormente da minha própria. Ele também busca uma maneira de se tornar imortal, pois a coisa que mais teme é a morte, mas ele nunca me contou exatamente como pretende tornar isso realidade e agora passou a atender pelo nome de Voldemort.

Se leu até aqui já lhe sou extremamente grata e imploro para que não desconsidere meus avisos, pois embora ainda tenha esperança de que algo lhe chame de volta a razão enquanto ainda é tempo sei que é quase impossível que isso venha a acontecer. Peço apenas um último favor, que se Ink assim desejar possa permanecer em Hogwarts onde seu que ele estará a salvo.

Peço-lhe desculpas por ter sido fraca e escondido a verdade por tanto tempo quando poderia ter impedido essa loucura desde o principio, mas em minha defesa devo dizer que jamais imaginei que ele iria tão longe com essa loucura.

Atenciosamente

Mirach Prewet Riddle

Ink, mais uma vez, tinha lágrimas nos olhos, era tão típico dela que estivesse mais preocupada com a conseqüência de seus atos para os outros do para as conseqüências trazidas para ela própria que ele quase podia enxergá-la lhe dizendo aquelas palavras da mesma maneira que acontecia com Dumbledore.

- Uma mulher de coragem, isso é o que Mirach sempre foi, é uma pena que ela tenha morrido, principalmente através das mãos de alguém que ela amava. – Ele falou calmamente, mas parou ao ver o espanto nos olhos de Ink. – Foi ele que a matou, não foi?

- Sim senhor, mas como...

- Como eu sabia? Porque Tom Riddle nunca teve problemas para tirar o que ou quem estivesse em seu caminho sem se importar com os métodos que precisasse usar para isso.

- Mas ela está errada dessa vez, Ink sabe que ele a amava, ele escondeu o que estava fazendo nos últimos dez anos para que ela nunca descobrisse o que ele estava fazendo, para não magoá-la, ele sabia que Mirach jamais aprovaria. – O elfo falou se virando para encarar Dumbledore. – Ink uma vez ouviu uma discussão dele com os outros, ele disse que quem encostasse as mãos nela seria um homem morto.

- Isso é no mínimo curioso, não é algo que eu esperaria dele. – Dumbledore falou pensativo. – Se isso de fato for verdade, não restam duvidas de que ela foi a única.

- Ink tem certeza! Por exemplo, depois que ela engravidou, ele nunca quis uma criança, mas fez tudo por ela, porque ele queria ver Mirach feliz.

 Dumbledore não soube como respondeu a isso, ele podia ver que o elfo não estava mentindo o que não significava que fosse exatamente verdade, afinal Tom já se mostrara muito talentoso para enganar as pessoas, mas apesar de as atitudes dele estarem muito longe das esperadas as dela não estavam, pois um confronto ente o que era certo e o que ela queria era algo que poderia se esperar facilmente de Mirach.

- Onde está a menina? – Ele perguntou por fim, escolhendo por mudar de assunto.

- Com um casal trouxa de sobrenome Sapecto.

- Irei vigiá-la como Mirach me pediu, mas e quanto a você? Irá ficar?

Ink pensou apenas por um momento, ele não tinha mais para onde ir, se ficasse poderia ver a menina e não ficaria sozinho, além de que Hogwarts fora o lugar que Mirach mais amara em vida e isso provavelmente foi o que mais afetou a sua decisão.

- Vou, mas Ink precisa entregar uma última carta. – Ele falou já aparatando para a casa de Othy.

O rapaz estava brincando com a filha no jardim, mas não demorou a notar a presença do elfo que ficara parado apenas o encarando.

- Molly, vá para dentro que e diga a sua mãe que eu já vou entrar. – A menina correu para dentro da casa, sua risada sendo o único som ouvido na campina, mas somente depois que ela já estava longe de mais para ouvi-los que ele se virou na direção do elfo. – Ink, o que está fazendo aqui?

- Mirach pediu para Ink te entregar isso.

Hesitando ele pegou a carta da mão do elfo, de alguma maneira ele sabia que algo havia acontecido.

Othy, meu pequeno Othy,

Desculpe-me por deixá-lo, mas não foi algo que eu pude evitar, tudo que tenho deixo para você e sua família e lhe imploro para que não procure por Liandan, pois ela está em um lugar seguro. Não faça nenhuma tolice e tome conta da sua família porque eles são seu bem mais precioso.

Eu o amo irmãozinho, meu Othymyer, diga a Aurora, a Molly e ao bebê que está para nascer que eu também os amo.Vocês são minha única família, não importa o que aconteça.

Com todo o amor do mundo,

Mira

- Ink, o que aconteceu? – Ele perguntou pausadamente devido ao fato de estar chorando muito.

- Ela morreu.

- Como? Ela estava tão bem da última vez que eu a vi.

- Ela ficou doente, mas não quis contar isso para ninguém. – Ink mentiu, pois sabia que ela faria de tudo para Othy jamais descobrir a verdade.

- Teimosa até o fim, não é mesmo?

- Othy, está tudo bem? – Aurora perguntou da varanda.

O rapaz deu um último olhar para o elfo e o abraçou, não que ele tivesse acreditado na história, mas conhecia a irmã bem o bastante para saber que ela o protegeria até o fim, mesmo que para isso fosse preciso mentir para ele.

Ele se levantou e caminhou em direção a casa com a tristeza estampada em seu rosto, mas Ink aparatou de volta para Hogwarts, ele sabia que não conseguiria ouvir a notícia mais uma vez, principalmente vinda de Othy porque de alguma maneira isso a tornava ainda mais real. Entretanto ele não foi o único que passou a noite chorando pela perda dela.

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Mirach aprenderia com o tempo que a pior coisa em se estar morta era observar sem poder fazer nada, porque ver a sua garotinha crescer ao longe e se tornar cada dia mais parecida com ela própria sem ao menos poder tocá-la e dizer o quanto a amava lhe partia o coração. Ver o que Tom se tornou e o que ele fez foi outra coisa que a destruiu por dentro.

Eillen também fora uma das pessoas que a preocupara e entristecera, pois a felicidade de sua única amiga foi arruinada com apenas uma frase “Eu sou uma bruxa” porque Tobias jamais a aceitou depois disso, claro que se ela ainda estivesse lá haveria alguém para lhe estender a mão e ajudá-la a superar. Mas ela não estava, com a sua morte não sobrara mais ninguém para realizar esse papel e Eillen Snape, antes a pessoa mais alegre que conhecera, terminou seus dias amargurada com a vida. Esse era apenas mais um dos fardos e das culpas que Mirach carregaria para sempre, afinal fora ela a responsável por apoiar aquela loucura mesmo sabendo a quantidade de coisas que poderiam dar errado nesse relacionamento.

Porque lá no fundo ela sabia que seu pai estava certo, o amor fora sua maior fraqueza, fora o responsável por sua ruína, mas ela também sabia que era a ausência do amor na vida de Tom que desencadeara o terror em que ele se transformou no futuro, porque verdadeiramente ela fora a única pessoa capaz de enxergar além da grossa pele atrás da qual ele se escondia, a única com interesse o bastante para tentar entendê-lo, a única que o amara de verdade.

Afinal após sua morte a descida dele a loucura se tornou cada vez mais rápida e em pouco tempo a fera se tornou tudo aquilo que as pessoas viam, tudo aquilo que ele era, pois ele assumira de vez a identidade de Lord Voldemort, mas Mirach conheceu um lado dele que todos juravam não existir, e talvez estivessem certos, entretanto ela sabia que um dia ele existira, mesmo que fosse destinado apenas a ela, um lado doce, protetor e preocupado. Não que ela os culpasse por não verem, afinal não tinha ela própria duvidado da existência de algo assim dentro dele? Verdade seja dita, ela somente se convenceu de que ele de fato a amava quando Tom visitou o seu túmulo na noite após o seu enterro, e com lágrima nos olhos lhe pediu perdão.

Aquela fora a primeira e a última vez que ela o vira chorar, a única vez que ele pediu desculpas a alguém, antes de ir ele deixou uma rosa vermelha sobre o tumulo dela, a flor símbolo do amor, mas essa também foi a última vez que ele visitou esse lugar porque bem no fundo, a pequena parte de Tom que ainda existia dentro dele, sabia que ela jamais aprovaria o que ele estava fazendo.

E por longos anos ela observou a esperança do mundo bruxo desaparecer apenas para voltar a renascer, tal qual uma fênix, na forma de um simples menino, Harry Potter, o menino que sobreviveu. Ela o viu ser instruído e preparado para por fim naquele que um dia ela amara, mas durante esse período uma única coisa a incomodou, algo que Dumbledore jamais contara ao menino que sobreviveu ou sequer a alguém no mundo bruxo. Entretanto mais uma vez ela precisou esperar, dessa vez pela morte de seu antigo professor para enfim esclarecer esse enigma.

- Dumbledore. – Ela falou se aproximando do velho que se virou em uma direção com um sorriso no rosto, a mão já não mais ferida pelo feitiço na Horcrux de Tom.

- Minha cara Mirach, é bom vê-la novamente. – Ele falou a puxando para um abraço o que ela permitiu. – Eu sinto muito pelo que aconteceu, queria ter feito algo, mas...

- Não foi sua culpa em nenhum dos casos, e sim minha, tudo que aconteceu sempre foi culpa minha.

- Está louca? Se não fosse pela sua carta ainda mais pessoas teriam morrido, você nos alertou.

- Teriam descoberto sozinhos, eu sei que teriam, mas eu tive a chance de impedir tudo isso antes que alguém precisasse se ferir e não o fiz. Achei que meu amor seria o bastante para mudá-lo, para fazê-lo ver que ainda existia esperança na vida, mas como em tudo que diz respeito a ele, eu estava errada.

- Não se penalize, a maioria de nós cometeu erros piores que os seus, eu cometi erros piores. – Ele falou enquanto se sentava em um pequeno banco. – Você estava no caminho certo, foi uma pena não ter funcionado.

Os dois permaneceram em silêncio por um tempo, ela reunindo coragem para realizar a pergunta que a atormentava mesmo sabendo que havia uma grande chance de odiar a resposta.

- Por que nunca contou a ele sobre mim?

- Como?

- Harry Potter, você contou a ele tudo sobre o passado de Tom, tudo exceto eu, e quero saber por quê?

- Você sabe a resposta, por favor, não faça isso consigo mesma. – Ele falou tentando dissuadi-la da ideia mesmo sabendo de antemão que isso seria inútil.

- Dumbledore você disse a ele que Voldemort jamais amou, mas nós dois descobrimos que isso não era verdade, eu estava errada quando escrevi aquela carta, Tom me amou mesmo que tenha sido da maneira estranha dele.

- Você própria já se respondeu, mas direi mesmo assim, não contei a Harry porque Voldemort jamais amou embora Tom Riddle o tenha, mesmo que fosse apenas a uma pessoa, você. Depois da sua morte qualquer traço de humanidade, qualquer traço de amor, que ele ainda possuísse desapareceu, eu queria que ele fosse capaz de entender porque Voldemort se transformou no que é hoje e a história de você está longe de ter sido responsável por isso, pelo contrário, esse é o único episódio que o afastou por um momento desse caminho de trevas.

- Isso é tolice Dumbledore porque significaria que se eu não tivesse morrido ele não teria se tornado o que se tornou o que não é verdade.

- Talvez sim, talvez não, mas ele teria demorado mais tempo e sabe por quê? Porque durante dez anos a única coisa que ele fez foi organizar esporádicos ataques a alguns trouxas, dez anos Mirach, sabe de quando estou falando?

- Do tempo que passamos na Albânia. – Ela respondeu embora em pensamento tivesse acrescentado “Logo após ele me fazer à promessa.” – O que não significa nada agora porque ele jamais voltara a ser o homem que foi um dia, jamais voltara a ser o homem pelo qual me apaixonei.

- Você tem certeza de mais, de todas as pessoas eu esperava que pelo menos você acreditasse na redenção dele, que ele fosse capaz de se arrepender de tudo que fez.

- Eu cansei de buscar pelo impossível, Tom não se arrepende de nada do que fez, nunca se arrependeu. – Dumbledore se limitou a encará-la com um olhar divertido que a fez reconsiderar. – Talvez de ter me matado, mas isso não será o bastante para redimi-lo, um único ato de culpa em mais de trinta anos não será suficiente, não para anular tudo que ele fez.

- Uma única fagulha pode iniciar um incêndio, uma única palavra pode estragar toda uma vida, talvez um único arrependimento ainda possa salvá-lo, se você se permitir acreditar nisso.

- Eu já acreditei, por muito tempo, mas ele desceu fundo de mais, tão fundo que agora já não consegue ver a luz. Ele jogou pela janela todas as chances de redenção que se apresentaram e agora é tarde de mais para voltar a trás, nem mesmo eu seria capaz de perdoá-lo agora.

Dumbledore apenas a encarou, o olhar divertido ainda em seu rosto, mas não disse nada, ele duvidava seriamente que ela estivesse dizendo a verdade, afinal ele conhecia melhor do que ninguém o poder do amor e sabia no fundo do coração que se ele voltasse, ela não hesitaria em perdoá-lo.

Mas Mirach jamais o perdoou, porque ele também jamais voltou.

Quando na batalha de Hogwarts Harry e ele se enfrentaram o jovem bruxo tentou fazê-lo ver que ainda havia tempo, mas Tom se recusou a ouvir, se recusou a abandonar a máscara que criara para si mesmo. Entretanto quando viu o ricochete de sua própria maldição vir em sua direção foi a imagem dela que veio a sua mente, os cabelos castanhos cacheados, os olhos cinza ainda cheios de vida e de mistério e o sorriso que ela destinara apenas a ele. Não foi o suficiente para fazer Voldemort se arrepender, mas foi o bastante para fazê-lo pensar em como teria sido a sua vida se ele tivesse a escutado e desistido de tudo, a parte de Tom Riddle que ainda estava escondida em algum lugar o fazia desejar, ao menos um pouco, que isso tivesse acontecido.

Porque Mirach Prewet foi muitas coisas, foi inimiga e aliada, foi esposa e amiga, Mirach foi a aluna mais brilhante de sua época, mas acima de tudo ela foi a única pessoa capaz de tocar o coração gelado de Tom Riddle, a única capaz de quebrar o feito e devolver-lhe a humanidade.

E ele estragou tudo, ele fez todas as escolhas erradas. Ele a perdeu para sempre!

Por conta disso o feitiço jamais foi quebrado e ele permaneceu como uma fera para sempre, Voldemort nunca mais voltou a ser Tom Riddle.  


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Notas finais do capítulo

É isso pessoal, espero realmente que tenham gostado da maneira como tudo terminou e quero avisar que vou postar a história da filha deles, mas essa estará ligada a época dos Marotos e não haverá apenas algumas mensões a essa fic, se puderem agradeceria se dessem ao menos uma olhada, porque na verdade Beauty and the beast foi escrita após "A marota" como um prequel, mais me apaixonei tanto pela história que decidi postá-las na ordem cronológica de maneira que provavelmente essa outra história tem uma escrita um pouco mais infantil do que está.
De qualquer maneira se quiserem conferir aqui seque o link: http://fanfiction.com.br/historia/316041/A_Marota
Novamente quero agradecê-los e espero realmente que tenham se divertido lendo essa história da mesma maneira que eu me diverti a escrevendo.