Marry Me, Please! escrita por Gabii


Capítulo 4
Dois despejados, um primo amigo.


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá crianças fofas.
Primeiro quero agradecer a primeira recomendação da fic - cedo, eu sei -, muito obrigada Ane Marie, você é uma fofa.
Quem quer seguir os passos da amiguinhas? Huhuuuu
E em segundo pedir desculpas a MrsHaloway, nossa, a minha resposta do seu review estava horrorosa, tanta virgula fora do lugar, me senti uma analfabeta depois que parei para ler. Mas eu posso culpar o sono, então tá tudo ok, neh?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/284708/chapter/4

A vida costuma ser boa com quem ajuda os outros. Pelo menos é isso que estava escrito no livro de alta ajuda que comprei de um cidadão das ruas ou um mendigo gostosão, chame do que quiser. Também não me pergunte o por quê de eu ter comprado. Eu só tinha dois dólares no bolso depois de ter concertado meu salto Chanel - que, por acaso do destino, quebrou de novo - e nossa, era o preço do livro.

Quer uma dica? Não concerte seus sapatos no sapateiro da esquina, ou ajude o seu primo a ser mais másculo. Não ensine nada relacionado a sexo a ele, ou você pode acabar como uma vadia do EGO ou uma escrava.

No meu caso são as duas opções, mas fazer o que?

– Calma, Thalia! - pediu Nico. Ou ordenou, nem sei mais como encarar uma frase dele. - Você nunca nem gostou delas mesmo.

– Isso mesmo, nunca gostei, se eu jogar esse garfo nelas não vai ter problema.

– Um garfo nas Kardashian? - perguntou Nico como se eu fosse uma retardada. Agora eu sou a louca da relação, só melhora cada vez mais. - Você quer morrer, ir presa ou o que?

– Mas elas estão rindo de mim, não é legal.

Nós ainda estávamos no restaurante, Nico, de forma bem estranha, entrou nele assim que eu vi a mensagem que ele me mandara, e, atrás de nós estavam as Kardashian. Elas são tão indiscretas que dá até pena.

– E daí? A Kim é muito gostosa para você estraga-la com um garfo.

– Idiota! - resmunguei bebendo toda a minha taça de vinho de uma só vez.

– Não bebe, Thalia! - disse Nico - Nós temos compromissos e ainda nem deu 19h direito.

– Já são 20h, Nico.

– Certo... E eu vou acreditar num projeto de prostituta. Não é brincadeira, abaixa esse garfo. - Nico respirou aliviado quando eu abaixei o talher. - Sem ameaças, Thata, isso é uma ordem.

– Que tipo de nome é Thata? Esse não é um apelido descente para mim.

– Não? Então vou lhe dar opções, você escolhe o melhor:

Thalita sedução, te ensina com tesão.

Thata limão, limonada com feijão.

Grace cê-cê, fecha o nariz pra não morrer.

Thalia tamanco, não é homem pode crer.

Eu achei que eram apelidos, não slogans, imbecil! E Thalia tá bom para mim.

– Ok, Thalia! Nossa, super original! - debochou Nico.- Vamos que temos compromissos.

– E quais seriam, Niquito?

– Niquito?

– Seu apelido. O que? Não reclama, é melhor do que Niquinho.

– Tem razão, Niquinho é foda.

– Vamos fazer o que?

– Compras! - Compras? Eu poderia até ser surda, mas conseguiria ouvir essa palavra como um milagre dos deuses. Comprar. É o verbo mais presente na vida, ou era, tanto faz. As sensações de um cartão de credito estourado são incríveis, não dá nem para explicar.

– Compras? - repeti animada. - Onde?

– Victoria's secret. - respondeu Nico levantando-se da mesa. - Eu fechei a loja para a gente.

Ótimo, meu inferno só estava começando.

Eu realmente achei que fazer compras com Nico seria divertido. Se divertido é igual a se sentir uma vadia, tá tudo dando certo por aqui.

– Mais uma volta, eu não sei se prefiro a vermelha ou a rosa. - pediu Nico. Ele estava escolhendo minhas camisolas, e olha, eu era o manequim.

– Isso é ridículo, Nico! - gritei um pouco irritada.

– O que? - ele se fez de inocente - Você pode dormir pelada, eu já disse.

Respirei fundo e fechei a cortina do provador, me preparando para vestir uma camisola preta, de renda e super transparente.

– Nossa, eu sempre soube que para tirar você era mais rápida. Mas precisa demorar tanto assim para vestir? - gritou Nico nervoso. Ele estava sentado num banco fora do provador.-

– Sim, preciso, ou você acha que é fácil vestir um escarpate?

– Sai logo, Thalia!

Resmunguei um pouco antes de abrir a cortina, e sair desfilando - ordens dele - até Nico.

– Que tal?

– Você tá parecendo uma prostituta, não quero prostitutas na minha casa. O que minha noiva vai dizer?

– É, o que sua noiva vai falar da minha pessoa morando com você?

– Você? - ele perguntou um pouco desconfiado - Eu disse para ela que você trabalharia lá em casa em troca de abrigo.

– O que? Empregada? Eu tenho cara de empreguete, Nico di Ângelo? - Aquele era o fio da miada, que idiota, cafajeste, filho da mãe. Pobre sim, serviçal, jamais.

– Seu idiota, filho de um cara muito mau.

– Ofender meu pai? - perguntou Nico com desdém - Esse é o seu melhor? Chama-lo de muito mau?

Eu acho que a pobreza está me fazendo mal, porque eu juro que não foi minha intenção quando eu pulei em cima de Nico e o derrubei de costas no chão. Eu juro. Também não foi minha intenção prende-lo com minhas pernas, ou ficar tentando esmagar o nariz dele com a minha mão. Eu também juro, ok?

Foi só um surto repentino, não vai acontecer de novo.

Nico me empurrou para longe e foi se recompor num outro lado.

– Agora são ordens: não pula em cima de mim, não me bate ou me xinga! - disse nervoso. - Ouviu Thalia Grace?

– Não sou surda... - resmunguei antes de voltar para o provador para vestir minha roupa.

Quando eu sai de lá, Nico já havia pagado todas as compras. A loja quase toda, ainda bem, né?

Eu estava pensado assim até que ele me anunciou no carro, uma noticia trágica de forma rude:

– A gente ia comprar mais roupas, mas como você foi uma menina má vai ter que se virar de lingerie até eu ter vontade de te ver com roupas de verdade.

– Isso não é justo, Nico! - gritei desesperada - Eu não posso viver de calcinha e sutiã pelo o resto da minha vida!

– Você não tem nem o que fazer, nem vai sair de casa.

– Ah, vou sim.

– E ir para onde? Comer hot-dog no meio da rua? - Nico riu sarcástico - Você vai adorar, tenho certeza.

– Nada disso, eu tenho planos, Nico di Ângelo.

– E quais seriam?

– Primeiro encontrar com meu pai no presidio, - ele assentiu com a cabeça, falando que me levaria até lá. - Depois encontrar um marido rico.

Nico começou a rir desesperadamente nesse momento.

– Eu não posso morrer pobre, Nico, você sabe disso!

– Nada melhor que uma lingerie sexy para conquistar um marido! - disse Nico. Ele se segurava para não mijar nas calças de tanto rir.

– Não tem graça, você vai me ajudar?

– Espera sentada, Thata, vou pensar no seu caso.

– Idiota.

Não trocamos mais palavras até chegarmos no apartamento. Nico me fez carregar todas as sacolas até o elevador - cavalheiro como sempre - e me obrigou a pedir um café para o porteiro. Que tipo de pessoa faz isso, afinal?

– Vem, Thalia! - me chamou para entrar no elevador. Graças aos deuses, aquele café era mais amargo que a minha madrasta Hera. - Gostou do café? - perguntou irônico - Muito bom, não?

– Imbecil. - nesses últimos dias meu nível de xingamentos abaixou bastante. Ainda bem, não é? Não. Ser pega chamando outra pessoa de cabeça de ovo é como se sentir na pre escola de novo, sinceramente.

– Chegamos! - anunciou Nico assim que o elevador parou na cobertura.

Eu já conhecia aquele lugar muito bem, quatro quartos, apenas um mobiliado descentemente - o de Nico, claro -, uma cozinha gigante, uma sala maior ainda e muitas, mas muitas mesmo, garrafas de bebidas.

– Home, sweet home, Thalia! – disse Nico enquanto abria a porta do apartamento.

– Claro, estou super feliz por estar aqui! – disse eu de forma irônica. – Vou tomar um banho!

Fui em direção ao banheiro levando apenas algumas sacolas, tomara que tenha alguma coisa descente dentro delas. A melhor sensação da vida – depois das compras, claro – é tomar um banho com espumas aromáticas depois de dias.

Dias sem uma banheira, não sem tomar banho, só para constar. Eu devo ter passados uma hora dentro do banheiro, eu nem sei direito, o vinho que eu tomei ainda está fazendo alguns efeitos em mim.

Vinho.

Eu poderia culpar a bebida por ter atacado Nico, nossa, como eu sou esperta, minha vida estava salva.

Vesti a melhor camisola que havia ali, uma branca de renda super curta, que dava até para ver a polpa da minha bunda. Quando sai do banheiro eu consegui escutar Nico conversando alguém na cozinha, quando me aproximei pude ver que era Percy.

Ok, ele não estava bem.

Percy estava sem blusa, com a calça jeans completamente rasgada e uma garrafa de vodca pela metade na mão.

– Ela me deixou, cara! – ele choramingava nos braços de Nico, que o abraçava.

– O que foi que aconteceu, Percy? – eu perguntei.

– Ela viu aquele negocio na internet! – disse entre soluços – Eu expliquei para ela, só que ela não acreditou quando apareceu essa matéria também – ele me entregou o celular para eu ver.

Thalia Grace ataca novamente. Dois milionários da família numa mesma noite, pelo visto ela não vai sentar direito amanhã.

Fontes alegam que os filhos dos milionários da cidade estavam se preparando para uma noite agitada, e Thalia seria o pivô disso tudo, fazendo serviços por dinheiro.

Abaixo havia fotos minha e de Nico rolando na loja, eu sabia que não deveria ter atacado ele. A coisa fica muito pornográfica quando você está só de lingerie.

– Nossa, isso é lamentável! – disse Nico atrás de mim também lendo a matéria. – Que tal a gente seguir o que tem escrito aqui? – perguntou de forma maliciosa.

Percy se jogou no chão.

– Eu quero Annabeth! Ela me largou e agora eu não tenho casa!

– Por que você não tem casa, Percy?

– Annie estava morando comigo, ela ficou com o apartamento e me expulsou de lá.

Eu tentei conter o meu riso.

– Vocês moravam juntos e não transavam? Qual o sentido disso, Percy? – eu acho que não ajudei muito porque ele começou a chorar mais.

– Você é virgem? – perguntou Nico entre risadas. – Cara, esquece a minha proposta. – eu o fuzilei com o olhar, tentando fazer com que Nico fosse mais gentil. – Você pode ficar aqui, nós três morando juntos, super legal!

– Serio? – perguntou Percy mais animado. – Certo então, eu vou tomar um banho.

Porem ele acabou desviando o caminho do banheiro e se jogou no sofá da sala, estava dormindo em segundos.

– Cara, ele estragou a nossa noite. – lamentou-se Nico.

– Não ia rolar nada, garoto.

– Ah, é? - perguntou malicioso. – Esqueceu que só tem uma cama?

Respirei fundo e tentei contar até dez. Eu tinha me esquecido desse pequeno detalhe.

Deuses, por favor, uma ajudinha aqui não faz mal a ninguém.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram, odiaram?
Então deixe review! Por favor!
É férias, galera, animação!
Beijinhos,
AirHead.