War Of The Union escrita por GreenTop


Capítulo 12
By your side


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas lindas do meu kokoro >.< Tudo bem com vocês?

Acho que nunca escrevi um capítulo com tanto NaLu na vida, rs. Ah, tem música, cliquem no link quando ele aparecer, ok? A cena fica melhor com a música.

Enfim, aproveitem o capítulo ^^
Vejo vocês nas notas finais.
Boa leitura!



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De início, apenas encostei meus lábios nos dele, exercendo uma leve pressão, enquanto minhas mãos seguravam cada lado do seu rosto, acariciando a pele alva e lisa de suas bochechas. Meu coração palpitava tão rápido que cheguei a pensar ser capaz de saltar para fora do meu peito, desobedecendo aos limites físicos. Mas afinal, isso ele já fazia, pois não julgava possível que um coração batesse tão rápido quanto o meu batia naquele momento.  

Àquela distância podia também sentir o coração de Natsu, batendo de forma tão rápida e descompassada quanto o meu; mas, ao mesmo tempo, batiam em perfeita sincronia, como se somente eles pudessem entender o ritmo um do outro, como se tivessem sido feitos sob medida para baterem juntos.

Poderia até mesmo ouvir o som dos nossos corações, se não fosse pelo barulho alto produzido pela água que caia da cachoeira, logo atrás de nós.  

Natsu timidamente, e de forma hesitante, encostou suas mãos na minha cintura, apenas as deixando ali, paradas. Não me trazia para mais perto, muito menos tentava me afastar, aquilo apenas serviu para ter certeza de que eu realmente estava ali, com ele. Ainda não parecia ter aceitado que o que acontecia era real, mesmo após sentir o toque de suas mãos contra a minha pele, pois a todo instante pressionava suas pálpebras com força moderada, como se tentasse acordar.

― Natsu, não é um sonho. – Sussurrei próximo aos seus lábios, afastando apenas alguns centímetros o meu rosto do dele.

― Tem certeza? Porque se parece tanto com um. – Ele perguntou, ainda mantendo os olhos fechados. Um tímido sorriso automaticamente se formou no meu rosto.

― Sim, tenho certeza. Também pensei se tratar de um quando você disse que me amava. Mas agora, aqui, sentindo você, sentindo sua respiração contra o meu rosto, sua pele contra a minha, eu tenho total certeza: Não é um sonho.

E ele sorriu, novamente pude ver aquele sorriso que tanto amava em seu rosto. Naquele momento cheguei a uma conclusão: O rosto de Natsu foi feito para acomodar sorrisos, não lágrimas. Mesmo que aquele fosse um pequeno sorriso, diferente dos seus de costume, já era o suficiente para acalentar meu coração.

― Ainda é difícil de acreditar que seja, de fato, verdade.

― Nós éramos dois tolos, Natsu. Eu jurava que seu coração pertencia a Lisanna, enquanto você pensava que eu era apaixonada por Loke. ― Eu disse, roçando levemente meus lábios nos dele, pois não mais conseguia mantê-los afastados. Um impulso me puxava para perto dele como se fossemos imãs, cargas opostas que se atraem; e mesmo que eu quisesse, não conseguia impedir esse impulso. Mas quem disse que eu por acaso queria? ― Por que não abre os olhos, Natsu?

― Eu tenho medo. Muito medo. Medo de abri-los e você desaparecer. Medo de descobrir que estou mesmo sonhando, porque, por mais que você me diga que esta é a realidade, parece tão irreal para mim. É algo bom demais acontecendo em meio a algo ruim demais, não consigo acreditar que possa estar mesmo acontecendo.

― Bem, só há um jeito de descobrir se é um sonho ou não, não é? Abra os olhos, olhe para mim, Natsu. ― Ele atendeu ao meu pedido, ainda que relutante, abrindo lentamente seus olhos, exibindo seus lindos orbes ônix, aqueles olhos que eu tanto amava. ― Eu estou aqui ainda, não estou? Isso está acontecendo, não está? – Perguntei, depositando um beijo na ponta do seu nariz. ― E isso também...


“This innocence is brilliant

I hope that it will stay

This moment is perfect

Please don't go away

I need you now

And I'll hold on to it

Don't you let it pass you by?” ♪


E novamente tomei seus lábios, sentindo mais detalhadamente o gosto que eles tinham. Como era agradável. Nunca antes havia provado de algo tão bom quanto o gosto que os lábios de Natsu possuíam. Era totalmente viciante para mim, e sentia como se necessitasse daquilo para sobreviver, tanto quanto necessitava do oxigênio.

Teria sido egoísmo da minha parte pensar naquele instante que não queria que mais ninguém tivesse direito a sentir o gosto que os lábios de Natsu possuíam? Querer que apenas eu pudesse provar daquela sensação provocada por ele? Não, acho que não.

A inciativa de intensificar o beijo partiu de Natsu. Abraçou a minha cintura, me trazendo para mais perto de seu corpo, até que estivesse colada em seu peito desnudo. O medo que dizia sentir antes pareceu tê-lo abandonado; e com a extinção desse medo, apenas aproveitava das sensações também por mim partilhadas. Abriu um pouco a boca, e logo eu fiz o mesmo, aprofundando cada vez mais o beijo, e consequentemente as tais sensações. Minhas mãos não mais estavam em seu rosto, mas sim alisando seus cabelos, que, mesmo estando molhados, continuavam macios.

O céu de tom avermelhado da manhã era o cenário do nosso romance. Os raios solares incidiam em nossos rostos, provocando uma sensação gostosa em contraste com a água fria que escorria pela nossa pele. Quente, como o sentimento que preenchia nossos corações.

O tempo parecia ter parado no momento em que nossos corpos se encostaram, e realmente gostaria que tivesse. Nada mais existia além de nós. A guerra, o sofrimento, a dor, as mortes, nada, nada importava naquele instante, nada existia, era apenas Natsu e eu.

Tudo começou com um sentimento, que então cresceu, se tornando uma esperança, uma esperança de que aquele sentimento poderia aliviar tudo ao nosso redor, e de fato podia, apenas não sabíamos que para tal coisa era necessário despertá-lo e trazê-lo à tona. Então esse sentimento se tornou um pensamento quieto, pois nenhum de nós tinha coragem suficiente para mudar isso e dar voz a ele. Tornou-se com o tempo uma palavra quieta. Estava a nossa frente, escrito em nossos rostos o que se escrevia cada vez mais em nossos corações, e mesmo assim não percebíamos, éramos completamente cegos. E então essa palavra cresceu mais e mais, até se tornar um grito de guerra, algo que não podia mais ser guardado dentro do peito; precisava, necessitava, implorava para sair, e só assim tomamos coragem para gritar o que o coração falava. Um grito de guerra capaz de expelir toda a dor, o nosso grito de guerra, um grito de guerra chamado amor.


“It's the state of bliss you think you're dreaming

It's the happiness inside that you're feeling

It's so beautiful it makes you wanna cry” ♪


― Natsu... Eu te amo. E já não aguentava mais guardar este sentimento. ― Disse, quando finalmente nos separamos, apenas por ser impossível continuar, pois por mim, aquele beijo poderia ser eterno. E foi, enquanto durou foi eterno, e continuaria sendo. Eternizado pelos nossos sentimentos.  

― Como pude aguentar tanto tempo sem você ao meu lado, hein, Lucy? Como? Como eu sobrevivi? Eu não faço ideia. ― Disse sorrindo, enquanto colocava delicadamente algumas mechas do meu cabelo atrás da minha orelha.

― Agora não precisamos mais aguentar. Estou ao seu lado, e você está ao meu, e assim que sempre estaremos daqui para frente.

― Sim, eu prometo que sim. Porque de modo algum irei deixar que qualquer coisa nos separe, nem mesmo essa maldita guerra...

― Shh ― o calei ―. Esqueça a guerra, esqueça tudo agora. Mesmo que seja por minutos, vamos fingir que tudo está perfeito.

― Eu não preciso fingir, porque está perfeito.

Ele me beijou novamente. Perdi a noção do quanto tempo ficamos ali, dentro da água, apenas trocando beijos. E na verdade não me importava nem um pouco com isso. O tempo que passássemos ali seria o quanto poderíamos fugir da realidade. Ah, se pudesse parar as horas, os minutos, os segundos, se pudesse parar tudo, eu o faria sem hesitar.

Há cinco meses havia conhecido aquele garoto, nas piores circunstâncias possíveis, em meio a um período em que a tristeza dominava dentre os sentimentos existentes em meu coração; então ele surgiu, e trouxe consigo um sentimento totalmente oposto à tristeza.

Em meu interior, vivia em um deserto, um lugar morto, sem o mínimo resquício de vida; e quando ele chegou, uma pequena flor nasceu. Pequena sim, e frágil, mas com o tempo cresceu e se tornou mais forte, mais bonita, e enquanto crescia, trazia mais esperança. Essa esperança também passou a cresceu e se tornou muito mais forte, ao ponto de me fazer voltar a acreditar que tudo pode ficar bem. Um lugar morto então se tornou em um lugar vivo.

Natsu... Você me tirou desse deserto.

Deitamo-nos a beira do lago, quando já estávamos cansados de ficar dentro da água. Deixei minha cabeça repousada no peito de Natsu, e daquela maneira podia ouvir seus batimentos cardíacos. Sentia uma paz que nunca havia sentido em toda a minha vida. Aquele momento era perfeito, e nada poderia estragá-lo.

O risco de algum soldado do país do Norte nos encontrar era algo latente sim, afinal, estávamos próximos ao acampamento, recém-invadido por eles. Porém não nos preocupávamos com isso, não nos preocupávamos com nada, com exceção de suprir a necessidade que sentíamos da presença e do toque um do outro.

― Veja, Lucy, não há nenhuma nuvem no céu hoje.

Os dias anteriores haviam sido tempestuosos, marcados por fortes chuvas e céus encobertos por muitas nuvens escuras, por isso a anormalidade em não haver nem sequer uma mancha branca no céu.

― Sim, o dia está muito bonito hoje.

― Mais do que bonito, está perfeito. Estou um pouco confuso, Lucy. ― Disse, após uma pausa.

― Confuso? ― Perguntei, olhando em seus olhos, porém ele continuava olhando para o céu.

― Sim. Ao mesmo tempo em que quero chorar, pela morte da Lisanna, sinto uma vontade imensa de sorrir, por estar aqui com você. O que eu deveria fazer? Me sinto mal pela Lisanna, ao mesmo tempo em que me sinto bem.

― Sabe, lágrimas, quando ocasionadas pela tristeza, apenas machucam o coração; enquanto sorrisos são a melhor forma de curar doenças, mal-estar, ou qualquer outra coisa que lhe incomode. Então sorria, meu amor ― Natsu sorriu quando lhe chamei de “meu amor” ―. Tenho certeza de que ela iria querer lhe ver sorrindo, não chorando.

― É, acho que você tem razão.

Após uma pausa ouvindo apenas o coração de Natsu, tornei a falar.

― É tão bom estar com você, Natsu.

― Nunca mais ficará longe de mim a partir de agora, entendeu, senhora Heartfilia? ― Disse, abrindo ainda mais seu sorriso.

― Senhora? Está me considerando uma mulher casada, Natsu?

― Em termos, afinal só falta trocar o “Heartfilia” por “Dragneel”. Um casamento significa uma união entre duas pessoas que se amam, e já estamos unidos pelo nosso amor. Mas juro que quando essa guerra acabar ― ele voltou a usar o “quando” ao se referir ao fim da guerra. ―, você será minha esposa, e carregará o mesmo sobrenome que eu ― disse, depositando um beijo na minha testa ―. Isso, claro, se estiver de acordo.

― É claro que estou de acordo. Eu te amo, Natsu Dragneel.

― Eu também te amo, Lucy Heartfilia.

Aconcheguei-me um pouco mais em seu peito ainda nu. Meus olhos quase se fechavam. Como havia dormido muito pouco ainda estava com sono. O calor oferecido pelo Sol, e o meu confortável travesseiro chamado “Natsu”, não ajudavam nem um pouco a me manter acordada.

― Está com sono? ― Ele me perguntou, notando meu estado de sonolência.

― Sim.

― Descanse um pouco, é bom ter energias para depois procurarmos pelos outros. ― Disse, enquanto acariciava meus cabelos, o que obviamente ajudou ainda mais meus olhos a se fecharem.

Não havia pensado nos outros até então. Estava preocupada. O que poderia ter acontecido? Estavam bem? Aquelas pessoas se tornaram minha família, se algo acontecesse a elas... Não queria pensar nisso, portanto deixei o sono me dominar, e logo adormeci, minha mente sendo tomada pelos mais belos sonhos, todos envolvendo Natsu.  

Quando acordei Natsu não estava mais ali. Por um momento fui dominada pelo pânico, pelo pensamento de tudo não ter passado de um sonho. Comecei a procurá-lo com o olhar em todos os cantos, e apenas me acalmei ao vê-lo na parte mais funda do lago, tentando pegar alguns peixes. 

Minha mochila, trazida por Natsu quando veio até o lago, estava servindo para mim de travesseiro; ele a havia colocado embaixo da minha cabeça quando saiu. Rapidamente chequei se havia lido as cartas endereçadas à minha mãe. Por sorte as cartas estavam intactas e ainda fechadas. Vesti a primeira coisa que encontrei dentro da bolsa, uma regata branca e um short verde.

As únicas peças de roupa que Natsu possuía eram a camiseta que vestia antes, que no momento estava coberta de fuligem e poeira, e o cachecol branco, além das roupas que vestia. Não havia tido tempo de pegar mais roupas em meio ao ataque do país do Norte. Enquanto ele pegava algo para comermos ― ou pelo menos era para isso que eu pensava que ele estava tentando pegar os peixes ―, lavei o quanto pude sua camiseta na beira do lago.

Nosso almoço naquele dia foram alguns peixes grelhados na fogueira acessa com tanto esforço por Natsu. Claro que não se comparava às refeições do acampamento, mas era o suficiente para manter nossas energias, pelo menos.

― Vamos, se demorarmos muito não conseguiremos encontrar os outros. ― Ele disse.

Natsu me beijou novamente antes de continuarmos. Um beijo calmo, lento, e totalmente apaixonante. Não importava o que aconteceria dali para frente, o que teríamos de enfrentar, Natsu estava ao meu lado, e isso era suficiente para continuar. 


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Notas finais do capítulo

O amor é lindo, né, gente? *_*

Na minha opinião esse é o melhor capítulo da fanfic até agora, 100% NaLu (*_*). O que acharam dele? Digam nos reviews, ok?

Deixem reviews, favoritem, recomendem se acharem que a fic merece, e... Escrevam o que acharam no campo aí embaixo, onde está escrito "comentários adicionais" e depois cliquem em "enviar"... e... e... Deixem reviews? Please?

Então é isso, pessoal, até o próximo capítulo o/