POV Narrador

– Conte-me tudo Annabeth! O que ele falou? – perguntou Silena pela décima vez para a amiga.

– Eu já te disse Si, ele me pediu o telefone e eu dei só isso. – respondeu Annabeth cansada daquela conversa.

– Ele disse que ia ligar?

– Sim

– E depois? – pergunta a de cabelos castanhos.

– Ele foi embora e eu fui atrás da Thalia. – Annabeth diz deitando na cama.

– Está vendo? Eu pelo menos te ajudei em alguma coisa, se não fosse os meus CDs você não teria reencontrado o bonitão lá. Que infelizmente eu não tive a chance de ver. – fala Thalia, que alguns minutos antes estava totalmente entretida com os livros de Annabeth.

– Thalia você perdeu um baita de um gato. – diz Silena abanando a mão. – E Annie, eu estou muito feliz por você. Deixe o Percy de lado. Tem que ser muito estúpido para trocar você pela réplica da Emília.

Annabeth e Thalia começaram a rir.

– Réplica da Emília? – perguntaram juntas.

– É – Silena deu de ombros – as duas são incrivelmente irritantes e ruivas.

– Só você Si. Só você. –

– Eu sou maravilhosa, eu sei. – diz Silena. No mesmo instante seu celular apita e a mesma volta sua atenção para ele.

– Como você está? – pergunta Thalia se aproximando da amiga.

– Normal. Quer dizer, eu não acho que eu devia ficar me remoendo pelo Percy, eu nunca deixei claro que eu gostava dele mais como uma amiga.

– Que bom que está pensando assim. Como a Annabeth racional, não como a Annabeth apaixonada.

– Boas notícias garotas! – Silena aparece pulando na frente das amigas. – Já temos um compromisso para hoje a noite!

– A não Silena. – reclama Thalia já sabendo o que a amiga ia falar.

– Festa na casa do Leo!

– E ainda por cima do Leo? Ele é um idiota que ainda insiste em dar em cima de mim.

– Ele dá em cima de todas Thalia. Não sei por que você se incomoda tanto. – diz Silena revirando os olhos.

– Exatamente por isso. Ele dá em cima de todas! Ele é um tarado.

– Ah Thals esquece isso. Não vai ser tão ruim.

– E você Annabeth? O que acha? – pergunta a de cabelos curtos para a amiga, que estava calada durante a conversa das duas.

– Eu acho que vai ser legal. Afinal, eu preciso acertar algumas coisas com uma pessoa.

[...]

– Anh! – gemeu Thalia. – eu não acredito que vocês me convenceram a vir aqui!

– Anda logo Thalia, antes que meu cabelo desmanche. – grita Silena já sem paciência.

A morena bufou e foi andando com passos pesados em direção a casa.

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A música estava alta e a casa lotada de gente. As festas de Leo Valdez eram bem conhecidas. As três garotas entraram e foram recebidas por Leo, que estava todo descabelado.

– Bem vindas garotas! Silena você está deslumbrante com sempre, Annabeth uau! – o garoto se voltou para Thalia piscando um olho. – E Thalia, não vou nem dizer...

– Sai da frente Valdez. Eu fui arrastada para esse matadouro contra a minha vontade e eu não quero aturar você e suas cantadas baratas nem por um segundo. – grita Thalia empurrando Leo e se enfiando na multidão de pessoas.

– Isso tudo é TPM? - Leo diz com um sorriso brincalhão. – Bem, vou passar bem longe dela.

O latino sai antes que as duas garotas pudessem ter a chance de responder a sua pergunta.

– Bom, eu vou atrás do meu amor, se você quiser pode vir comigo Annie, mas eu sei que você não gosta de segurar vela. Então tchau!

O último vestígio que Annabeth conseguiu ter de Silena foi o seu chamativo vestido brilhando por entre as pessoas.

– Bom, parece que sou só eu. Agora, onde eu vou achar ele?

A loira começou a andar, por todo lado ela via pessoas dançado, comendo, ou se agarrando pela festa. Ela só esperava que ele não estivesse fazendo o mesmo com uma certa ruiva. Enquanto pensava consigo mesma acabou esbarrando com alguém.

– Me desculpe. – diz Annabeth. – eu não te vi... Percy?

– Anh, oi Annabeth. – diz o garoto um pouco receoso.

– Eu estava mesmo te procurando. – começa Annabeth. – Eu queria te pedir desculpas.

– Você já disse, não tem problema eu não me machuquei, você não é tão forte.

– Não! Não é pelo esbarrão, é pelo o que eu te disse na escola. Como eu fui rude com você quando me contou sobre a Rachel.

– Ah! Não tem problema Annabeth, não foi nada. – diz Percy, mesmo que não fosse verdade.

– Foi sim Percy. Você foi falar comigo sobre seu namoro e eu não me importei. Eu realmente sinto muito Percy. E eu me importo com você, e te quero feliz. E espero que seja com a Rachel.

– Eu te perdoo Annie. – diz Percy a abraçando. – A propósito, você está linda.

– Obrigada. – Annabeth responde corada. – Onde está a Rachel? Eu e ela nunca conversamos de verdade.

– Ela não veio. Tinha um jantar de negócios muito importante, o pai dela a obriga a ir nessas coisas.

– Ah.

– Então, novidades?

[...]

Percy e Annabeth passaram o tempo seguinte conversando como costumavam a fazer antes. O garoto falou sobre Rachel, seus pais, tudo sobre a garota. Mesmo que Annabeth se sentisse mal ela não demonstrou isso para o amigo. Ele estava tão animado.

– Nossa! Já são quase meia noite! Eu preciso ir embora.

– Eu também. O tempo parece parar quando eu estou com você.

– Ah, é. Eu tenho que achar a Silena e a Thalia.

– Eu posso de ajudar se você quiser. – ofereceu Percy.

– Não precisa, mas obrigada mesmo assim. Tchau Percy. – diz a loira saindo quase correndo.

O que o moreno tinha falado tinha mexido com ela. Annabeth precisava esquecê-lo e sabia que não seria fácil.

– Silena! – diz puxando a amiga pelo braço, que antes conversava com Beckendorf.

– Oi?

– Nós temos que ir!

– Por quê? – perguntou Silena desorientada.

– Porque minha mãe disse que nós temos que voltar meia noite, senão vocês não dormem lá em casa!

– Eu tinha me esquecido. – diz Silena. – Charlie, meu amor, eu tenho que ir. – fala voltando para o namorado e lhe dando um selinho.

– Vamos Si. Ainda temos que achar a Thalia!

– Quem sua mãe acha que somos? A Cinderela? Ou melhor, As Cinderelas. Só falta o sapatinho de cristal.

Enquanto Silena resmungava por ter de se despedir de Beckendorf, uma morena sumida durante toda a noite gritava com um latino conhecido.

– O que eu disse sobre entrar no meu caminho Valdez? – gritava.

– Thalia, minha rainha, eu não consigo ficar longe de você! – dizia um Leo bêbado.

– De mim e de outras cem garotas né? Vai para o inferno!

– Thalia nós temos que ir. – chamou Annabeth puxando a outra garota pelo braço.

– Graças a Deus que eu saí daquele lugar. – falava Thalia depois das três terem saído da casa.

– Por falar nisso, o que você fez durante esse tempo? – pergunta Silena curiosa.

– Nada. Nada de importante. – disse.

Mas Silena não deixou passar despercebido o leve rubor que apareceu nas bochechas da morena. Ela iria descobrir o que aconteceu. Ah se iria! Afinal, ela era Silena Beauregard.