Plus Que Ma Propre Vie. escrita por Isabella


Capítulo 25
Capítulo 25




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As horas seguintes foram passadas com – quase – ininterruptos treinos com a ajuda de Edward e de uma adormecida Renesmee. Eu cobria os sonhos dela, ele se esforçava para lê-los e, quando não conseguia, o meu brinde era um pouco de diversão. A noite foi produtiva o suficiente, eu avaliei, já que no dia seguinte nós não tínhamos mais a resistente cama de ferro que Esme comprara.

- Quando vamos parar de destruir as casas da Esme? – Eu sorri, acariciando seu peito nu.

- Eu espero que nunca. – Ele riu levemente, beijando o topo de minha cabeça. Murmurei uma risada e apontei com a mão direita para a direção do quarto de nossa filha, querendo saber se Edward conseguia ouvir alguma coisa. Ele passou a mão pelos nós que se formavam no meu cabelo, desfazendo-os. – Nada além da respiração e do coração dela. – Sorri triunfante.

- E o que eu ganho por isso? – Eu dei uma leve gargalhada, passando a unha pelo contorno de seus ombros perfeitamente definidos.

- No momento, nada. – Ele se levantou lentamente. – Não percebe o silêncio? Renesmee e Jacob devem acordar daqui a pouco… E bom, todos já estão levantando também.

Se eu pudesse corar, o teria feito naquele momento. Aprendi as regras da casa logo depois que nos mudamos do Forks, já que morávamos todos juntos pela primeira vez. Em certo ponto da manhã, todos os casais se silenciavam, e seria falta de respeito não acompanha-los. Até porque, diferentemente de Emmett, a maioria de nós gostava bastante de um pouco de privacidade.

- Ugh – Eu revirei os olhos. – Certo, então. – Levantei da cama com um olhar preguiçoso no rosto, me lembrando de quando eu realmente sentia sono. Olhando para trás, todas aquelas noites desperdiçadasdormindo pareciam um absurdo. – Eu te amo. – Eu sorri.

Ele se aproximou de mim em menos de um piscar de olhos, e me beijou profundamente.

- Eu te amo mais do que eu poderia explicar.

Afaguei minha cabeça em seu ombro e ouvi o inconfundível som de passos se aproximando.

- Eca! – Emmett disse do andar de baixo. – Vocês fazem meu estômago revirar.

Rimos em sintonia e Edward entrou e saiu do closet em menos de dois segundos, já se vestindo e com um vestido azul nas mãos, jogando-o para mim.

Sessão nostalgia? Eu ri um pouquinho enquanto deslizava o vestido pelo meu corpo. Ele me abraçou por trás e sustentou todo o peso do meu corpo, me conduzindo quarto a fora, e depois escada a baixo.

- Bom dia, Emmett. – Eu sorri, dando um tapinha no braço dele. Eu pensei em perguntar como havia sido a noite dele, mas decidi que não precisava de detalhes.

- Crianças – Esme chegou na sala, abraçada com Carlisle. – Eu e Carlisle vamos à cidade por algumas horas… Precisamos comprar algumas coisas.

O rosto de Alice se iluminou ao mesmo tempo que o de Edward exibiu uma expressão engraçada, de quem tenta segurar o riso.

- Precisamos de uma nova também, Esme – Edward coçou a cabeça por um segundo, sorrindo.

- Vejo que seu escudo não está ativado, Bella. – Carlisle interrompeu, parte para tirar a atenção de sua esposa envergonhada, parte para realmente me cobrar o escudo.

- Oops. – Eu abaixei os olhos, ainda sorrindo. – Perdão, eu me desconcentrei por um segundo.

- Um segundo é muito tempo, Bella. – Jasper me encarou seriamente, porém com um olhar carinhoso. Como o de um conselheiro de família.

- Certo. – Eu assenti. – Não vai se repetir.

Cobri todas as mentes da sala com meu escudo, e procurei pela de Renesmee e de Jacob que, eu podia dizer pelos sons, ainda estavam adormecidos no andar de cima. Envolvi-os também com meu escudo e me virei para Edward, buscando uma confirmação. Sorri aliviada quando ele assentiu.

- Enfim – Carlisle sorriu, já pegando as chaves do carro – Estamos indo à cidade. Se comportem.

- Carlisle… – Alice mordeu os lábios e me encarou, e eu entendi isso como um sinal para liberar o escudo mais uma vez. – Deixem eu e Jazz irmos com vocês. Tem um vampiro nômade na cidade, e eu não sei se ele está sozinho. – Ela franziu a sobrancelha quando Carlisle parecia querer negar. – Só por precaução.

Esme acariciou seu braço e ele assentiu, sorrindo. Alice piscou para todos nós enquanto saía, com Jasper ao seu lado. Carlisle e Esme os seguiram e, antes de trancar a porta, Esme se virou para nós.

- Estamos com os celulares. Todos eles.

Edward dirigiu a ela um olhar tranquilizador.

- Vai ficar tudo bem, mãe. Alice só viu um nômade chegando à cidade. Nada de extraordinário.

Esme sorriu e fechou a porta, e nós a observamos desaparecer.

- Bom, macaquinho. – Rosalie falou pela primeira vez naquela manhã. – Espero que você e o Edward se divirtam catando pedaços de cama dos nossos quartos. Porque você não pode realmente achar que eu e a Bella sujaremos nossas unhas fazendo isso.

Eu e Rose sorrimos quando nossos maridos deram de ombros, já acostumados ao serviço que, para eles, valia mais do que a pena. Fomos até o sofá e ligamos a TV em uma reprise de algum reality show, conversando sobre coisas aleatórias. Reparei quando o ritmo cardíaco de minha filha mudou, sinalizando que ela estava acordando. Escutei parcialmente ciente enquanto ela escovava os dentes e se vestia, até que ela sentou no meio de nós no sofá. Ela bocejou e esticou as duas mãos, pousando uma na bochecha de cada uma de nós.

Sede. Ela enviou. Sorri, apontando com a cabeça para a porta dos fundos da casa, que dava em uma pequena floresta.

- Estou logo atrás de você. – Eu sorri.

Ela mexeu a cabeça por um momento, ainda despertando, e, chegando perto da porta, me enviou mais uma mensagem, dessa vez sem o toque.

Três minutos de vantagem. Ela sorriu. Pra eu pegar o maior. Pode ser?

Sorri, assentindo, e ela se lançou floresta a dentro. Eu ainda conseguia escutar seus batimentos, e quando cheguei no segundo número vinte e oito, meus músculos se retesaram. O cheiro da floresta mudou, estava mais adocicado. Tinha mais um vampiro lá.

De repente, ouvi o grito de dor de minha filha e, antes que qualquer um pudesse reagir, eu estava correndo o mais rápido que podia.


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