Marido De Aluguel escrita por misststark


Capítulo 4
Capítulo 3 - Mentiras...


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! Espero que gostem! =)



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Sakura:

Aquilo não poderia estar acontecendo! Só poderia ser um pesadelo! Um horrível pesadelo. Olhei novamente para meu pai e para Sasuke e pisquei os olhos, uma, duas, três vezes... Mas a imagem não mudava. Aquilo realmente estava acontecendo.

Puta merda!

Como explicar para o meu pai o que estava acontecendo sem delatar o idiota do Naruto? Eu só entrava em furada, meu Deus, eu preciso de uma luz.

- Então, já que Sakura parece não estar interessada em nos apresentar – meu pai me fuzilou com os olhos – eu mesmo faço isso – ele continuou – Me chamo Haruno Kenshi.. – ele estendeu a mão para Sasuke.


           Por favor não aperta a mão, não aperta, não aperta. Eu rezava para que Sasuke simplesmente ignorasse meu pai, e fosse embora, assim eu não precisaria delatar o Naruto, e muito menos mentir...


           Mas minhas orações de nada serviram. Isso só podia ser castigo por eu ter deixado de ir na igreja, só podia. Sasuke se aproximou de Kenshi e apertou sua mão, se apresentando:

- Meu nome é Sasuke.

- Você e Sakura estão juntos a quanto tempo? – eu não acredito que papai o perguntou isso. Que merda!

Lancei um olhar suplicante para Sasuke, para que ele me ajudasse a sair dessa. Mas ele não expressou nenhuma reação.


            - Nós não... – ele começou, mas eu fui mais rápida, e corri até ele, pegando em sua mão e começando a puxá-lo para longe de Kenshi.

-Pai, espera um segundo... – falei enquanto entrava no primeiro quarto que tinha na minha frente.

Sasuke olhava pra mim intrigado, esperando por uma explicação.

-Você só pode ser maluco!! – falei apontando para ele

-Eu? Eu só quero minhas roupas para ir embora daqui, e falando nisso, porque eu acordei sem elas? – ele olhou pra mim.

- Eu que vou saber? Eu tenho cara de quem abusa de caras bêbados? Fala sério! – Falei revirando os olhos – Preciso da sua ajuda. – falei por fim, suspirando..

- Hn..


            - Meu pai não pode saber que o Naruto te atropelou – comecei – então, você vai ter que... – como vou falar isso? – fingir.. han, que é meu namorado.

Olhei para ele, e ele estava com os olhos levemente arregalados, como se não acreditasse no que eu havia acabado de dizer. E então, ele começou a rir, uma risada seca e sem graça.

- Você só pode estar bêbada desde ontem... – ele começou – Eu não vou fingir nada! Se vira.

Ele se dirigiu até a porta, mas eu pulei na frente dele, impedindo ele de continuar a ir embora.

-Por favor!! – quase supliquei – Eu prometo, é só você inventar algumas coisas para o meu pai, ele vai embora amanhã, e depois eu ligo e falo que terminamos ou sei lá... Por favor Sasuke, não custa nada, no máximo alguns minutos...

-Hn...

-Isso é um sim?

- Hn..

-Ok, isso é um sim, vamos logo, amorzinho – falei rindo, enquanto ele me fuzilava. – Brincadeirinha.. Ah e falando nisso, tem umas roupas do Naruto aqui, você pode usá-las – fui até o closet, pegando as peças, e jogando em sua direção – Devem servir, não demore, quero acabar logo com isso...

- Quero mais.. – ele falou baixinho, eu ouvi, mas resolvi fingir que não...

Sasuke:

O que não saia da minha cabeça enquanto eu trocava de roupa, era como diabos eu havia aceitado essa história ridícula de fingir, mesmo que por um dia, ser namorado daquela maluca de cabelo rosa?

Eu só podia estar com uma má sorte desgraçada mesmo. Primeiro o homem me seguindo, depois o atropelamento pelo loiro hiperativo, ainda tem a ressaca de ontem, e o pedido retardado de Sakura... Eu estava de mal a pior mesmo..


            Terminei de me vestir e saí do quarto, voltando para a sala, onde o pai de Sakura e ela pareciam estar em uma conversa animada.

- Então foi assim que nos conhecemos, papai... – escutei ela falando.

Que merda, aquela maluca tinha inventado agora?

- E então, a quanto tempo vocês estão juntos? – ele perguntou olhando em minha direção..


            - 1 ano

- 6 meses.


            Eu e Sakura havíamos falado juntos, e tempos diferentes. Kenshi olhou confuso e voltamos a falar..


         -6 meses


         - 1 ano


           Novamente havíamos falado juntos. Que droga.

- 1 ano e seis meses... – ela falou sorrindo amarelo para ele, enquanto isso eu sentava próximo a eles.


         - Então Sasuke, em que você trabalha? – ele perguntou

- Ahn, eu dou aula na Universidade.

- Interessante... Aulas de que? – que pai mais chato. Credo, o cara queria saber tudo da minha vida... Eu devia contar qual o meu sobrenome, porque eu estou fugindo de Madara, e tudo de errado que eu já fiz... Aí sim ele sairia correndo por essa porta, e nunca mais iria querer ver minha cara.

- Literatura – falei

- Interessante. – ele falou – Gostaria de almoçar conosco, Sasuke?


         Eu ia responder que não, mas Sakura foi mais rápida e respondeu por mim.

- Não, pai. Ele tem que ir para casa. – ela falou sorrindo


           -Tem certeza, Sasuke? – ele virou o rosto em minha direção, ignorando, quase completamente o cometário que Sakura havia feito.


            - Claro, eu e Sakura – olhei para ela – somos TÃO ligados – enfatizei o tão – que ela já até prevê o que eu vou responder.


         Ela fechou a cara, e me fuzilou com os olhos. Com certeza querendo me causar medo.


           Não funcionou.

- Então até uma próxima, Sasuke – Até nunca mais pai da maluca.

- Até uma próxima, Senhor. – Levantei e apertei sua mão.

- Kenshi, pode me chamar de Kenshi – ele disse.

- Ahm.. – forcei um sorriso, mas não consegui por muito tempo – Bem então eu já vou indo..

Me virei e percebi que Sakura estava em pé, próxima ao sofá. Eu teria que fazer ela morrer de vergonha, ah teria. Ela me devia isso! Depois de me fazer passar por essa situação tão... embaraçosa.

Me aproximei dela, a coloquei minhas duas mãos em seu rosto, o trazendo para mais perto. Quando nossos rostos estavam a míseros centímetros de distancia, eu sussurrei:

-Você quer fingir? – ela me olhava confusa – Então vamos fingir...

Dito isso, colei nossos lábios...

Sakura:

Senti os lábios de Sasuke contra os meus, e quase não pude acreditar no que aquele cretino estava fazendo.

Se aproveitando de mim!

Mas eu não podia simplesmente parar e dar um tapa bem dado na cara dele, afinal, Kenshi estava na sala.

Entrei no jogo.

Aceitei o beijo, deixei ele aprofundá-lo – mesmo com uma vontade imensa de matá-lo – e mordi sua língua. Ele se afastou, colocando a mão na boca, e com um olhar irritado.

Sorri vitoriosa, e olhei para onde Kenshi estava, percebendo que ele nos encarava.

- Vamos, amor – falei pegando pela mão de Sasuke – Eu te acompanho até a porta.

O puxei pelo braço até a saída do meu apartamento, ele saiu na frente, ficando de frente para mim. Ele ainda me olhava irritado.

- Nem vem, você que começou com essa historia de beijo – falei

- Você me deve essa. – ele falou, e logo em seguida se virou e foi em direção ao elevador.

Suspirei.

- Idiota – falei baixinho.

- EU OUVI! – ele gritou a uma bela distancia de mim.

Sorri. E voltei para dentro do apartamento, me deparando com Kenshi olhando na parede do apartamento a pintura que eu havia mandado fazer da minha mãe.

- Linda não é? – falei

- Você deveria parar de ser tão apegada ao que já se foi.. – ele falou simplesmente, enquanto se virava indo em direção a porta. – Vamos logo, ou chegaremos atrasados para a reserva.

E mais uma vez, a esperança que meu pai havia mudado, foi por água abaixo...


(...)

Chegamos ao meu restaurante preferido, e logo já estávamos confortáveis na mesa, eu ainda decidia o que iria pedir, enquanto Kenshi conversava ao telefone.

O que eu poderia comer?

Camarão! Isso, meu prato preferido! Camarão empanado, seria perfeito para o dia do meu aniversário! Fiz o pedido ao garçom e Kenshi havia acabado de desligar o telefone.

- E então, o seu relacionamento com o tal Sasuke, é sério mesmo? – ele me perguntou, e eu quase engasguei com o vinho que estava tomando.

Droga! Mentiras, geram mais e mais mentiras, eu sabia disso, mas não podia voltar a trás.

- Ahn, claro! Estamos muito felizes juntos! – falei, tentando parecer animada

Kenshi deu um meio sorriso, e sua atenção foi voltada para alguma coisa que estava atrás de mim. Vire-me e observei o que ele tanto encarava, era um casal.

Uma mulher deslumbrante em um vestido rosa bebê, com os cabelos presos, e um sorriso no rosto e ao seu lado um homem de terno, com alguns papeis na mão, com o cabelo grisalho, e uma aparência jovial.

Eles estavam se aproximando de nós, e Kenshi rapidamente levantou, para cumprimentá-los. E fazia sinal para o garçon, chamando-o até a nossa mesa. Voltei a bebericar meu vinho, não dando importância as pessoas ao meu lado.

- Sakura, esse é Kakashi, meu advogado – Kenshi despertou minha atenção - e essa é Kurenai minha noiva – eu gelei.

Tinha ouvido certo? Noiva? N-O-I-V-A? Ele estava noivo, e resolveu me contar hoje? Só pode ser um pesadelo, eu ainda estou de ressaca, e esse é meu pesadelo.

Ótimo.

Mas agora dá pra acordar, eu não estou me sentindo bem com eles me encarando esperando alguma reação minha.

Droga!

Isso não era um pesadelo! É a verdade. Oh céus... eu atirei pedra na cruz, certo?

-Ahn, olá – falei levantando, e cumprimentando-os – é um prazer conhece-los. – forcei o sorriso.

- Vamos nos sentar – Kenshi falou e eu se quer havia percebido que o garçom já havia colocado mais cadeiras a nossa mesa.

Eles se sentaram, e a tal mulher, não deixava de me encarar nem por um mísero segundo. Aquilo era super desconfortável. Eles conversavam sobre coisas banais, e só pelas falas da mulher, dava para perceber que ela era do tipo de mulher fútil, e que só ligava para o dinheiro.

Não que eu fosse o poço de humildade que existe, mas eu não ligava apenas para o dinheiro. Se eu pudesse trocar todo o dinheiro que eu tenho, por um pai de verdade, e pela minha mãe de volta, acredite, eu trocaria.

Eu nunca me liguei em ditados populares, mas aquele era verdade... Dinheiro, não traz felicidade, e eu estava vivendo isso...


(....)

Sempre gostei do meu aniversário. Sempre fora o dia mais especial do ano inteiro para mim, mas esse estava sendo um verdadeiro saco. Já havíamos acabado de almoçar, e eu me sentia, completamente deslocada.

Estávamos no carro, indo em direção a algum lugar que eu não prestei atenção. Eu estava tentando parecer simpática, mas por dentro, eu estava morrendo de ódio.

O carro logo parou, e Kenshi desceu na frente, segurando a porta para que eu saísse.

Pelo menos isso.

Estávamos em frente a um luxuoso prédio comercial, e Kenshi não me esperou para começar a entrar no prédio. O segui, e ele entrou no elevador, e eu apenas repetia seus movimentos..

Quando o elevador começou a se mover, o silencio ficou desconfortável, e eu resolvi quebra-lo.

- Então, o que fazemos aqui?

- O Kakashi está nos esperando em seu escritório – ele disse simplesmente

- Porque?

- Porque eu vim para Tokyo para a abertura do testamento da sua mãe.

Por um momento eu achei que todo o ar da face da terra havia sumido.

Porra!

Eu não acreditava nisso.

Ele não veio ate aqui por mim.

Veio por causa do testamento.

Senti meus olhos arderem, e previ que iria chorar. Mas eu não ia, não ali, não na frente dele, nunca iria dar esse gosto para ele. Se ele não ligava para mim, porque eu deveria ligar para ele?

O elevador se abriu, revelando uma luxuosa sala, com sofás e uma grande mesa no centro, com várias cadeiras. Nelas, estavam Kakashi no meio, e a tal mulher do meu pai, em pé, esperando por ele.

Andei calmamente até uma das cadeiras, puxando-as e me acomodando, enquanto Kenshi fazia o mesmo.

- Pdemos começar? – o tal advogado falou.

Eu não ia facilitar para Kenshi, não depois dele falar na minha cara que o motivo dele ter vindo para Tokyo não foi meu aniversário de 22 anos.

- Não. – falei

Kenshi me encarou, e eu pude ver uma pontada de ira, em seu olhar. O advogado olhou em minha direção com o olhar confuso.

- Qual o problema, senhorita? – ele perguntou

-  Não quero que o testamento seja aberto sem um advogado – falei

- Ora, Sakura, o advogado já esta aqui, Kakashi.

- Não, vou chamar meu próprio advogado, me deem licença. – falei me levantando e andando em direção a um canto da grande sala.

Kenshi veio em minha direção.

- Você está maluca? – ele cuspiu

- Não, eu quero meu advogado.

- Eu já contratei o advogado para você. Volte já para lá.

- Não. Você não manda em mim. – vociferei – eu sou independente, e eu vou chamar meu advogado, quer você queira, ou não. Agora, me dêlicença?

- Você não tem jeito. – ele falou enquanto ia embora

É eu não tenho jeito, nunca vou mudar. Peguei meu celular e disquei o numero de Ino, na primeira chamada, ela atendeu.

“Oi testa”, ela falou

“Ino, preciso de você”, falei

“O que aconteceu?”, ela questionou

“Longa historia, mas o testamento da minha mae vai ser aberto hoje, e preciso que você esteja no endereço que eu vou te passar em 30 minutos, pode ser?”

“Claro. Já chego ai, amo você”, passei o endereço para ela.

“Eu também.”

Desliguei o celular, e olhei para mesa. Todos os olhares estavam em minha direção, sorri por dentro, se eles queriam uma trouxa, eles teriam muito mais que isso...

(...)

Agora estávamos todos sentados, e o tal Kakashi já se preparava para ler o testamento. Eu expliquei rapidamente para Ino o que havia acontecido comigo, e ela entendeu.

O advogado começou a falar...

- Bem, vou ler o testamento na íntegra, ele está pequeno. – ele disse, e assenti com a cabeça. E ele começou - Eu, Senju Tsunade, me encontrando no meu perfeito juízo e entendimento, livre de qualquer coação¹ deliberei fazer esse meu testamento particular, como efetivamente o faço, sem constrangimento, em presença de três testemunhas – ele citou três nomes diferentes, aparentemente desconhecidos para mim, mas quando olhei para Kenshi pude ver uma luz de reconhecimento, ao ouvir os nomes -  que estão reunidas em minha residência, no qual exaro minha última vontade: “Que todos os meus bens -  que calculados pelo advogado a seguir, somam 50 milhões de dólares – sejam transferidos diretamente para minha filha, Haruno Sakura – quando a mesma completar vinte e dois anos (22 anos) -  que só poderá ter acesso a herança assim que se casar, e seu pai, Haruno Kenshi, aprovar a relação após um ano da união conjugal. Assim expressando este testamento particular minha última vontade, pedindo à Justiça de meu País que o faça cumprir como este se contém e declara e às testemunhas, perante as quais li este mesmo testamento, que o confirmem em juízo, de conformidade com a lei. Dou, assim, por concluído este meu testamento particular"

Por um momento eu pensei que todo o ar e o sangue haviam simplesmente sumido do meu corpo. Aquilo só poderia ser mentira...


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Notas finais do capítulo

¹coação = pressão, imposição...
Bem é isso! O capitulo tá maior um pouco. O testamento papai me ajudou muito a fazer! Espero que tenham gostado, o Sasuke é uma coisa linda né? Postei rápido, e espero que o próximo saia logo, mas essa semana é a minha final em provas, então tudo vai estar mais ''complicado''... Muito obrigado a TODOS que comentaram a MA, eu fiquei super animada com todos os comentários!! Cada um significa muito pra mim!!
Deixem suas opiniões.
Obrigado por lerem!
Beijos.
Até a próxima =)