Marido De Aluguel escrita por misststark


Capítulo 2
Capítulo 1 - Surpresas...


Notas iniciais do capítulo

Bem... resolvi postar hoje porque sei lá =) Leiam as notas.



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UM MÊS ANTES

Sakura:

Bip...Bip...Bip



Acordei com o barulho insuportável do meu relógio, olhei para o lado, eram exatamente 06:02hs, suspirei. Porque raios eu tinha que acordar a esse horário todo dia? Já não bastasse eu ter que trabalhar de segunda a sexta, sem horário para sair da empresa, eu tinha que entrar junto com todos os funcionários. Realmente, depois que mamãe faleceu as coisas só pioraram.




Kenshi estava cada dia mais afastado de mim, eu sentia falta do meu pai. Não que ele tivesse sido o pai mais amoroso do mundo, mas enquanto Tsunade ainda era viva, ele ficava em casa e as vezes me levava para passear junto a ele. Mas agora, as coisas entre eu e ele não passam de rápidas conversas pelo telefone, sempre sobre assuntos da empresa, nunca sobre nossas respectivas vidas sociais.



Ele dessa vez estava em uma reunião importante na França, e não poderia estar presente no meu aniversário, que seria amanhã. Não fiquei chateada... Na verdade fiquei. Eu esperava que pelo menos no meu aniversário de 22 anos, ele pudesse estar presente, mas havia me enganado novamente a respeito dele. Ele não fez o mínimo esforço para ao menos tentar estar próximo a mim, e eu sei muito bem que ele podia voltar em um jatinho particular apenas para minha festa... Mas não deve valer a pena, afinal, ele não precisa de mim para nada.




Espantei os pensamentos da minha cabeça, me preparando para levantar e enfrentar mais um dia de trabalho. Levantei da cama, e fui direto ao banheiro, onde fiz minha higiene pessoal, e me arrumei para o trabalho. Vesti uma saia de cintura alta preta, com uma blusa azul escuro, não muito decotada, coloquei um pequeno blazer por cima, e calcei meus sapatos de salto alto. Não passei maquiagem, apenas um brilho nos lábios para eles não ficarem tão ressecados.




Saí do meu apartamento, e segui para a garagem do prédio, já me sentindo mais desanimada ainda por ter que enfrentar todo o trânsito caótico de Tokyo. Não demorei a chegar na garagem, e logo avistei o meu bebê. Um Bugatti Veyron completamente branco, com os vidros escurecidos. Nunca fui muito consumista, mas em relação aos carros eu sempre fui completamente apaixonada. Deve ser algo de família, afinal Kenshi é encantado por carros, em nossa casa, em Konoha, a sua garagem é completamente lotada de grandes carros sedans, e esportivos.




O Buggati era meu sonho de consumo, sempre foi, e quando finalmente me formei em administração, há um ano, Kenshi me presenteou com ele, me lembro como se fosse hoje, havia sido o dia mais feliz da minha vida. Eu finalmente conseguia realizar meu sonho em ter esse carro na minha garagem. Entrei no meu bebê, e logo saí do prédio, encontrando logo as ruas abarrotadas de carros. Suspirei. Definitivamente esse trânsito ia querer me irritar profundamente já no inicio do dia.




(...)




Depois de quase uma hora presa ao tráfego, eu finalmente havia conseguido chegar à empresa. Encarei o grande prédio a minha frente, e me desanimei só de pensar a quantidade de serviço que eu teria pela frente. Resolvi deixar o desanimo de lado e encarar logo o que viria pela frente.




Passei pela porta principal e recebi um ‘bom dia’ do porteiro, sorri de volta, retribuindo a simpatia presente no bom dia daquele senhor, me direcionei para o elevador, entrando e apertando o respectivo andar da minha sala, 20º andar. A porta começou a se fechar, mas antes de concluir, alguém passou apressado por ela. Olhei para minha frente e encontrei uma Ino sorridente, e ofegante.




– Oi testa – ela começou – Chegando atrasada heim? Pena que eu não sou filha do chefe...




– Oi – revirei os olhos, Ino era sempre tão inconveniente – E você sabe que ser filha do ‘chefe’ não me faz ter mordomias aqui dentro, porquinha.




Ela sorriu marotamente, enquanto tagarelava sobre alguma coisa que não prendeu minha atenção. Eu e Ino éramos amigas desde os doze anos, nos conhecemos no curso de francês, e desde então nunca mais nos desgrudamos. Ela era definitivamente a minha melhor amiga, aquela que eu sempre posso contar, mas por ironia do destino, acabamos nos separamos no período de entrar na faculdade. Ela seguiu seu sonho de fazer Direito, e eu, segui o sonho do meu pai, ao fazer Administração de Empresas. Mas como Deus escreve certo por linhas tortas, acabamos juntas no ambiente de trabalho.




Eu trabalharia na empresa de minha família, e Ino conseguiu um estágio na mesma empresa, e logo conseguiu se tornar a advogada da sede da empresa que ficava em Tokyo. Quando nos encontramos e ela me contou, eu quase caí para trás, afinal, iriamos trabalhar juntas. Kenshi nunca soube que éramos amigas, antes de contrata-la isso a deixou mais feliz por conseguir tudo por mérito próprio.




Não teria como Kenshi conhecer Ino, afinal, ele nunca ligou para as minhas amizades. Hoje nos encontramos todos os dias, e ela sempre passa o dia tagarelando na minha cabeça, e fazendo do meu dia o mais agradável possível.




– E ai, o que acha? – ouvi Ino chamar minha atenção, parando em frente a mim.




Olhei confusa para ela, que bufou e saiu do elevador pisando forte, e indo para sua sala, acompanhei-a com os olhos e vi que ela estava realmente irritada. Provavelmente ela havia falado coisas importantes sobre sua vida, e eu estava completamente perdida nos meus pensamentos. “Droga, não podia deixar Ino ficar irritada comigo..”



Saí apressada do elevador, seguindo-a, e nem me importando com os funcionários olhando aquela nossa ‘briga’. Olhei para a porta fechada, e logo minha mão já estava na maçaneta, abrindo-a.




Ino estava virada de costas para a porta em sua cadeira, olhando pela janela. Senti meu peito doer, por não ter prestado atenção ao que ela falava para mim. Comecei a me aproximar dela, e acabei tropeçando no próprio tapete da sala. Perdi o equilíbrio, mas graças a Kami a cadeira estava lá para não permitir que eu fosse de cara no chão.




Ino pareceu se assustar com o barulho, e olhou em minha direção, sua expressão era de alguém que realmente estava irritada. Ela voltou a encarar a janela, me dando as costas.




– O que você quer? – sua voz saiu indiferente.




– Me desculpar – falei, suspirando, e pensando em como falar aquilo. – Porca, me desculpa por não estar prestando atenção no que você estava falando comigo, eu realmente não estou com a cabeça muito boa hoje, e amanhã é meu aniversário, e eu... é...




Ela me olhou intrigada, e logo se virou completamente para mim, se aproximando.




– O que foi Saks? – sua voz saiu suave dessa vez. Eu sabia que a minha melhor amiga, nunca deixaria de se preocupar com o que faz minha mente ficar ‘boiando’, eu sorri, Ino era definitivamente a irmã que eu nunca tive. Por mais que eu não prestasse atenção no que ela estava falando, ela sempre prestava atenção no que eu estava falando. Isso me fez sentir pior ainda, por não ter prestado atenção no que ela falava no elevador.




–É..eu.. – definitivamente eu não queria falar aquilo, eu confio completamente nela, mas eu dizer essas palavras era o mesmo que dizer que eu me importava. – queria que o Kenshi estivesse aqui. – minha voz saiu mais baixa que o esperado.




– O que? – ela pareceu não escutar




– Eu queria que meu “pai” – enfatizei a palavra com ironia – estivesse aqui no meu aniversario.




Ela me olhou surpresa, e logo em seguida se aproximou mais ainda, me abraçando. Eu realmente estava precisando daquele abraço, vinha me sentindo tão sozinha ultimamente que precisava de um abraço amigo, e Ino era a única que me entendia completamente.




Assim, logo que se afastou, Ino olhou para mim sorrindo, e voltou a se sentar na sua cadeira, fazendo sinal para que eu sentasse na cadeira em frente a mesa. Suspirei, ela realmente tinha o poder de fazer as pessoas se sentirem melhor.




– Testa, não fica assim, você sabe, o seu pai é um homem muito ocupado, eu tenho certeza que se ele pudesse, ele estaria com você amanhã. – ela sorriu




– Ino, ele não passa o aniversario comigo, desde a morte da minha mãe! E convenhamos isso já faz quinze anos.




Ela com certeza ficou sem palavras, sabia que o que eu acabara de dizer era verdade, e que não poderia defendê-lo. Resolvi me acertar logo com o que ela queria me falar, e deixar esse assunto para lá.




– Mas e então porca-chan, o que você estava falando comigo no elevador? – perguntei sorrindo marota.




Ela suspirou.




– Bem, eu só vou falar tudo novamente, porque eu já te aturo a nove anos, e sei que você é muito brisa* de vez em quando, mas bem... é... – ela colocou as duas mãos sobre a mesa e apoiou o rosto sobre elas. – Sabe, semana que vem, eu e o Kiba, comemoramos um ano de namoro, e bem...




– Você quer saber o que dar de presente a ele? – perguntei, cortando o que ela estava falando.




– Você vai deixar eu terminar de falar, animal? – ela respondeu séria. E eu não contive a gargalhada, ‘animal’, sério isso? Ela não me chama assim desde o ultimo ano do curso!




Ela me olhou de cara feia, e eu tentei segura a gargalhada. Acenei que sim com a cabeça e ela continuou a falar.




– Bem eu queria fazer alguma coisa diferente para ele... uma surpresa. – Ela disse




– Sexo não vai ser surpresa – não aguentei e tive que solta a piadinha, isso acabou deixando-a ainda mais irritada. Eu dei uma leve risada. – Desculpe, eu tive que soltar a piadinha.




– Já esperava isso – ela disse, voltei a encará-la, e ela continuou a falar. – Bem, eu já comecei a surpresa, eu conversei com o Chouji, lembra dele? – eu maneei que não com a cabeça – Enfim, esse ai mesmo, e ele bem, estava passando por problemas financeiros..




– O que isso tem a ver? – questionei-a.




– DÁ PRA FICAR QUIETA E ME ESCUTAR? – ela gritou, e eu juro que achei que ela fosse me estrangular nesse momento. – Bem, continuando, eu conversei com ele, e falei que podia ajuda-lo a resolver as pendencias que ele tinhas, mas que ele precisaria me ajudar com Kiba. – olhei-a confusa, como assim ajudar com o Kiba? – Ele daria a ele a ideia de me pedir em casamento, no nosso aniversario de namoro, semana que vem!




Tossi engasgando com minha própria saliva, um ato involuntário de pura descrença. A final, Ino estava preparando uma surpresa para ela mesma no aniversário de namoro! E pior, extorquindo o melhor amigo do seu namorado/futuro noivo! Oras, de qual hospício deixaram essa maluca sair?




– Essa é a surpresa do seu aniversario de namoro? – perguntei a ela, enquanto minha respiração se normalizava.




– Sim! Imagine testa, vai ser perfeito, ele me pedir em casamento em um dia tão especial! Vai ser uma surpresa brilhante!




– Hã? Surpresa? Que surpresa Ino, você que pagou o cara pra te ajudar.




– Eu não paguei.




– Não? – questionei




– Claro que não, apenas o ajudei com seus problemas. – ela sorriu.




– E você acha que isso vai dar certo? – perguntei




–Sim! Claro que vai. Kiba confia muito no Chouji, e leva muito em conta os conselhos que ele dá. Vai ser tudo maravilhoso.




– Você é a pessoa mais maluca que eu conheço! – confessei, rindo.




– Acha que convivo com você porque sou normal? – Touch! Ino sempre tinha uma resposta na ponta da língua.




– Grossa! – falei enquanto me levantava. Olhei para trás, ela ainda sorria. – Vai dar certo Ino, você sempre consegue o que quer. – ela sorriu mais ainda, ao ouvir minhas palavras – Agora vai trabalhar, que a filha do chefe aqui sou só eu. – Falei forçando minha voz para algo mais duro de se ouvir.




– Eu sou sua irmã! Então, tecnicamente... – ela começou a falar, mas eu já estava com a porta sendo fechada.




– Tchau porca. – fechei a porta, me dirigindo para a minha sala.




Passei pela grande sala, que era repleta de pessoas transitando, e utilizando seus computadores, para os seus respectivos trabalhos. Ia entrando em minha sala, mas a voz de Hinata me chamando, me fez parar. Olhei para ela, e ela estava com sua típica agenda aberta, pronta para me informar, provavelmente alguma mensagem.




– Sakura – ela começou – Seu pai ligou agora pouco, mas informei que a senhorita estava em uma reunião com a Drª Ino, e ele pediu para avisá-la que amanhã ele estará aqui para leva-la para almoçar. – ela sorriu docemente.




Por um segundo, eu pensei não ter escutado direito. Pisquei os olhos, tentando fazer com que minha mente associasse, o que Hinata tinha acabado de me falar, para a figura de meu pai.




– Tem certeza? – não me aguentei, e tive que pergunta-la se aquilo não era algum tipo de pegadinha, ou uma piada. Kenshi estaria mesmo vindo para Tokyo no dia do meu aniversário? Só podia ser sacanagem com a minha cara.




– Sim senhora, ele foi bem claro, disse que estaria aqui, para leva-la para almoçar, naquele restaurante que você adora. – era sorriu. – Se me der licença, tenho que resolver algumas coisas.



Acenei positivamente com a cabeça, e fiquei estática, tentando realmente acreditar que depois de longos quinze anos, eu poderia receber um abraço do meu pai no dia do meu aniversário. Amanhã seria do dia mais feliz para mim, nesses últimos quinze longos anos. Hoje definitivamente eu estava sendo alvo de muitas surpresas...





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Notas finais do capítulo

É.. eu sei, esse capitulo foi meio enrolação, mas é que eu queria mostrar o que a Sakura passa sabe? Mostrar a amizade dela com a Ino e o que ela sente em relação ao pai... No próximo a Sakura vai conhecer o Sasuke(hm), encontrar o pai dela e outras surpresinhas... Me contem, como vocês esperam o encontro dela com o Sasuke? Já tá tudo na cabeça, quero ver se alguma de vocês vai adivinhar!! ahaha
Bem eu tô escrevendo o próximo, mas provavelmente não vou postá-lo antes do dia 05 porque vou estar fazendo vestibulares, um dia 01, e o ENEM dia 03 e 04, então estou enroladinha.
Bem queria agradecer aos reviews que eu recebi no prólogo, saibam que cada um deles significam muito para mim :)
Bem, espero que vocês tenham gostado, deixem suas opiniões, e se tiver algum erro gramatical, coesão ou concordância, me perdoem, eu revisei ele duas vezes, mas normalmente passa alguns errinhos.
Obrigado, e beijoss!!
Até a próxima.



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