Planeta Astrozona escrita por Natália


Capítulo 1
Prólogo




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01 de Fevereiro de 2012 – 17:38

Estava eu passeando de bicicleta por um lugar estranho, deserto. Havia apenas árvores, matagais, sem casas, sem nada. Como uma tola desastrada, eu me perdi sem conseguir avistar um ser humano sequer para pedir uma ajuda. Era só eu, apenas eu e o temporal que caia naquele finalzinho de tarde. Decidi então que deveria arrumar abrigo, mas onde? Procurei por todos os cantos, sem nada para proteger-me daquela chuva aterrorizante e dos ventos que balanceavam meus sedutores cabelos castanhos, macios e ondulados nas pontas.

Depois de muito procurar, finalmente: Uma velha mansão abandonada. Não simpatizei de primeira, mas não tinha outra opção. Toquei a gigantesca porta inúmeras vezes e ninguém apareceu. Em meio à necessidade, adentrei naquele lugar e, sobtensão, emanei em passos lentos e discretos pelo desconhecido e estranho local.

Muito bonita e enorme internamente. Passei pela sala de estar e chamei por alguém, afinal sentia-me mal por invadir uma residência de tal maneira.

Ao longo dos minutos que se seguiram, percebi que aquela moradia só poderia estar abandonada. Sendo assim, resolvi me aproximar de algumas gavetas que chamavam a minha atenção.

O resultado foi mais do que surpreendente, deparei-me com alguns arquivos. Neles estavam registrados os nomes dos componentes – além da data de entrada e dados pessoais – de algum evento que eu desconhecia. Aquele lugar estava me deixando cada vez mais curiosa.

E deste modo, passei algo parecido com um mês hospedada no antro interessante que se fazia aquela mansão a fim de caçar mais informações. E encontrei muitas neste tempo. Como por exemplo, os diários guardados nos diversos cômodos que ali existiam espalhados. Os donos muitas vezes mostravam-se indignados com tanta “clonação” e bagunça. Confesso que entendi muito pouco.

Não poderia deixar de mencionar as diversas vezes que escutei passos e vozes. Seria uma mansão mal-assombrada? Provavelmente. E sei que não são loucuras psicológicas de minha cabeça, ok? Eu deveria ser masoquista, eu estava adorando tudo, não conseguia me desgrudar mais daquele mundo que, aos poucos, estava englobando a minha vida. Um dos meus lados inconscientes fazia eu me atrair por tudo aquilo e, em pouco tempo, já havia entrado em estado de obsessão. Um estranho lugar. Sim, muito estranho.


24 de Fevereiro de 2012 – 17:11

Novamente ... passos, desta vez eram bem lentos, o som continuava ficando mais próximo de mim. Por um momento, fiquei paralisada e com medo. Sabia que estava vindo em minha direção, e as expectativas não eram das melhores. Eis que o passo para, fazendo-me sentir a presença de um corpo por trás de mim. Eu fiquei gélida. Não sabia o que fazer e, então, senti um reflexo em meu rosto, uma luz muito forte, onde mal poderia enxergar. “O que está havendo?” Pensei.

– O que faz aqui? Quem é você? – disse uma voz grave e séria que apontava uma lanterna em meu rosto.



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