Breathe escrita por xDarkDreamX


Capítulo 4
Capítulo 4 - Tentando entender... Um beijo?


Notas iniciais do capítulo

Yo minna! Fico muito feliz que vocês estejam gostando da fic!
Fiquem com o novo capítulo e gomen pela pequena demora... =S
Tive prova de matemática na quinta então tive que estudar... T-T
EI EI EI! Eu não sou burra. u-ú. Apenas não gosto de matemática.
¬¬'



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Capítulo 4 – Tentando entender... Um beijo?

Ela se remexia na cama. Aquele pesadelo não tinha fim. Tudo se repetia inúmeras vezes em seu universo paralelo.

O Acidente...

Abriu os olhos assustada. Lágrimas escorriam por seu rosto. Lembrar daquilo doía. Seu coração estava disparado. Sentou na cama e abraçou suas pernas. Não ia enxugar suas lágrimas, o melhor era que elas continuassem rolando. Aquilo lhe perturbava. Não era mais a mesma. Só vivia por que amava Souta incondicionalmente. Tinha esperanças que ele acordasse. Ninguém ia tirar isso dela. Não mesmo. Sua cabeça doía mais ainda. Sua visão estava turva. Fechou os olhos. Suspirou.

Iria para o colégio amanhã? Talvez. Não queria aparecer lá. Mas também não queria que Sango e Rin viessem até sua casa por estarem quase mortas de preocupação. Sua cabeça martelava, estava com frio. Febre? Provavelmente. Suspirou. Iria para a escola. Quem sabe sua mãe ou seu pai não notassem que estava doente? Ótimo. Estava delirando no final das contas.

Rolava na cama. Tentava dormir, mas não conseguia. Pensava apenas em Souta. Queria protegê-lo a qualquer custo. Seria “Seu Anjo Guardião”. Não se importaria com a hora que os pais chegariam, afinal eles não se deram ao trabalho de ligar para ela para saber se estava bem.

Sentou-se na cama e pegou um caderninho dentro de uma gaveta do criado-mudo. Pegou uma caneta e passou a escrever... Estava compondo uma música. Não... A música não era algo simples para ela... Era uma canção de sentimentos. Onde ela demonstrava tudo o que sentia... A música que ela estava escrevendo... Não. Ela estava sentindo a música. Era uma canção de memórias.

Ah... Como Souta fazia falta... Ele sempre a entendia... Ele a amava... E agora... Ele estava em coma. Ela não tinha mais as mesmas vontades de fazer as coisas da maneira que fazia. Os sorrisos do irmão eram tudo o que queria, eles lhe faziam bem, lhe reconfortavam.

Sorriu ao lembrar-se dos sorrisos calorosos e aconchegantes que Souta lhe dava. Uma lágrima escorreu pelo canto do olho direito. Queria que tudo voltasse a ser como antes...

...

 Inuyasha não estava conseguindo dormir. O que não era de acontecer, afinal, se ele deitasse na cama, dormiria feito uma pedra. Ficava pensando se Kagome estava bem. Por que ela teria ido embora daquela maneira? Não explicou o motivo e muito menos atendeu os telefonemas. O que tinha acontecido com ela afinal?

Começou a rolar na cama, não estava gostando da sensação. Aliás... Por que estava se importando com ela? Não podia estar gostando dela... O que sentia realmente?

...

Acordou. Sua cabeça doía um pouco. Parecia estar com febre, não se importou. Olhou no despertador. 05:30 da madrugada. Pensou em dormir novamente, mas não iria conseguir. Estava lembrando-se do acidente novamente. O sangue deixava nitidamente marcas para ela. Levantou cautelosamente, estava com a cabeça girando. Caminhou até o banheiro, ligou as torneiras da banheira, esperou encher e entrou. Tomou um banho longo, pensava em Souta. Saiu.

Separou seu uniforme. Colocou uma meia preta acima dos joelhos, um short preto curto, uma blusa verde água clara e um top preto dentro da mochila, vestiu a calça jeans que ela havia feito questão de rasgar, a blusa branca com o brasão do colégio no canto direito de baixo, e uma blusa de frio. Penteou os cabelos negros. Olhou-se no espelho.

Suspirou. Ao menos não estava com olheiras ou com cara de cansaço...  Saiu do quarto, desceu as escadas. Sua mãe já estava na cozinha, preparando o café da manhã.

- Acordou cedo. –Sua mãe comentou.

Kagome respondeu com um sorriso falso. Não perguntaria nada a mãe.

- Vai tomar café? –Sua mãe perguntou.

Kagome foi até a mesa e puxou uma cadeira, sentando-se. Fez que sim com a cabeça. Sua mãe lhe serviu como sempre. Nenhumas das duas se falaram, o silêncio foi quebrado pelo pai de Kagome.

- Vai querer carona para a escola? –Perguntou Seiko tomando café.

- Não. –Respondeu um pouco friamente. –Com licença, oka-san, otou-san. Estou indo.

Ela se levantou da mesa e pegou um skate no topo da escada, direcionou-se a porta.

- Itekimasu. –Disse friamente para os pais.

Não ouviu resposta. Já esperava por isso. Fechou a porta, arrumou a bolsa nas costas subiu no skate. Foi indo calmamente, pegou seus fones de ouvido no bolso da sua saia e colocou em seu celular.

Hero – Skillet.

Eu estou à apenas um passo

Eu estou à apenas um suspiro

Perdendo a minha fé hoje

(Passando do meu limite Hoje)

Kagome pensava muito. Estava apenas a poucos passos de um abismo em sua mente, um suspiro tentava aliviar a dor... Estava passando do seu próprio limite.

Eu sou apenas um homem

Não um super-humano

(Eu não sou um super-humano)

Alguém salve-me do ódio

Não queria odiar seus pais pelas constantes brigas, ou por não darem a mínima para ela... Não era um super-humano para agüentar tudo...

É apenas mais uma guerra

Apenas outra família destruída

(Caindo da minha fé hoje)

Apenas à um passo do precipício

Apenas outro dia no mundo em que vivemos

Era mais uma guerra. Outra família destruída... Sua família. A um passo do precipício, em apenas mais um dia... Suportava tudo de alguma maneira...

Preciso de um herói para me salvar agora

Preciso de um herói (salve-me agora)

Preciso de um herói para salvar a minha vida

Um herói irá me salvar (bem a tempo)

Queria um herói para salvá-la... Queria que Souta acordasse do coma e que lhe abraçasse.

Eu tenho agüentar firme

Mas eu sou apenas um homem

(Eu não sou um super-humano)

Minha voz será ouvida hoje

Ela tinha que agüentar firme. Agüentar tudo por Souta. Queria que sua voz fosse ouvida... Queria alguém para lhe dizer: “Você vai agüentar”

É apenas mais uma guerra

Apenas outra família destruída

(Minha voz será ouvida hoje)

É apenas outra matança

A contagem regressiva para nos destruir começou

Suspirou. A quem tentava iludir? Era mais uma guerra, mais uma matança. A contagem regressiva para a dor lhe destruir. Andava mais rápido com o skate. Queria se sentir segura.

A imagem do acidente lhe veio à mente. Mordeu o lábio inferior tentando afastar aquilo. Olhou para frente. Um garoto que aparentava ter seus onze anos corria em sua direção. Sem perceber que ela estava próxima a ele. Kagome levantou a parte da frente do skate, apoiou a mão sobre o corrimão da escadaria ao lado da rampa, subiu e deslizou, desviando do garoto. Fez uma manobra com o skate e procurou ver se o menino estava bem. Suspirou aliviada, ele não havia se machucado. Os amigos dele olhavam-na impressionados. Ela deu um sorriso e voltou a correr com o skate.

Ela ia bem rápida, desviava de quem estivesse na frente. Avistou uma garotinha bem mais a frente, correndo e brincando no meio da rua, a mãe mandava a filha voltar, mas a mesma não obedecia. A menina estava brincando tão distraída que não tinha percebido um buraco para obras no meio da rua.

Kagome foi mais rápido e pegou a menina no colo rapidamente, parou o skate e colocou a menina no chão.

- Aki! Essa foi por pouco, não saia brincando no meio da rua desse jeito filhinha! –A mulher disse abraçando a menininha.  –Muito obrigada.

- De nada. –Disse rapidamente e saiu com seu skate mais rápido ainda.

Ligou a música novamente. Precisava ocupar os pensamentos.

One Last Breath – Creed.

Por favor, venha agora, eu acho que estou caindo

Eu estou me segurando em tudo que acho ser seguro

Parece que eu achei a estrada para lugar nenhum

E eu estou tentando escapar

Eu gritei quando ouvi o trovão

Mas o que me restou foi um último suspiro

E com ele deixe-me dizer,

Deixe-me dizer

Ela estava se segurando em algo, estava caindo aos poucos... Souta sempre fora quem devia proteger... E agora ele estava naquele estado. Por culpa dela. Um suspiro. Era tudo o que conseguia fazer... Chegou ao portão do colégio. Não tinha muitos alunos por ali.

Foi mais rápido e entrou, pulou por uma escada e fez uma pequena e simples manobra para sair do skate.

Segure-me agora

Eu estou a seis passos do precipício e eu estou achando que

Talvez seis pés

Não sejam tão distantes assim.

Pegou ele na mão e se sentou atrás de uma árvore, onde ninguém lhe veria. Queria ficar só... Queria descansar.

Estou olhando para baixo agora que tudo acabou

Refletindo sobre todos os meus erros

Eu pensei que havia encontrado a estrada para algum lugar

Algum lugar na Sua graça

Eu clamei aos céus "salve-me"

Mas o que me restou foi um último suspiro

E com ele deixe-me dizer,

Deixe-me dizer

Kagome Pov’s...

Tudo está assim... Por minha culpa... Aquele Show de talentos foi um erro meu... Eu deveria ter prestado mais atenção no que Souta me disse... Eu deveria ter dito ‘Eu te amo’ a ele... E nossos pais só brigam... Mal se importam comigo... Nem percebem quando eu não estou bem... E o acidente...

Isso dói... Por que aquelas imagens do acidente não me deixam em paz?! ... Dói! Ah Souta! Onegai... Volta para a sua one-chan... Onegai... Eu sinto sua falta... Volta pra mim...

Kagome Pov’s OFF...

Um filete de lágrima escapou pelos olhos dela. Secou-a com o punho, não queria que ninguém lhe visse chorando e que lhe fizessem um interrogatório... As quais as perguntas, não queria responder por causa da dor que tinha ao alguém lembrar ela daquilo. Ficou encarando o céu... Tinha a impressão de que iria chover. Suspirou e fechou os olhos ao sentir uma brisa... Ouviu alguns passos se aproximando, mas não abriu seus olhos.

- Desastrada? –Inuyasha chamou-a.

- Sim? –Disse sentindo a brisa com os olhos ainda fechados.

- O que aconteceu com você ontem? –Perguntou se sentando ao lado dela.

- Não foi nada... –Respondeu escorando-se na árvore.

- Então por que está aqui tão cedo e longe dos poucos alunos? –Perguntou Inuyasha fitando o céu.

- Por que eu queria descansar... –Respondeu com um tom de tristeza na voz.

- Do quê?

- Não é nada Inuyasha... –Respondeu deitando-se no gramado.

- Não parecer ser “nada”.  –Ele se deitou também.

- Você não devia se preocupar tanto com o que acontece comigo. Sou nova por aqui e tem algumas coisas que eu não gosto de falar... –Ela disse sem perceber.

Inuyasha olhou para ela.

- Mas eu tenho que me preocupar. Você agora é nossa amiga.

- Não é nada de mais. –Disse suspirando.

Inuyasha virou seu rosto para o dela, deixando os dois bem próximos. Encarou seus olhos castanhos firmemente.

- Tem alguma coisa sim... Por que não me conta? –Ele disse sério.

- Não tem... –Ela disse mantendo a firmeza em não contar.

- Talvez eu possa entender Kagome. –Ele falou mexendo nos cabelos negros de Kagome.

- Mas você não vai... –Ela falou mexendo nos cabelos do mesmo.

- Por que não? Eu posso tentar... –Ele disse acariciando o rosto dela.

- Ninguém pode me entender... –Ela disse em um tom um pouco triste.

- Por quê? Talvez eu consiga... – Ele disse fitando os olhos de Kagome.

- Você não vai... Ninguém vai. Ninguém vai entender o que eu tenho. –Disse duramente.

Inuyasha ficou quieto.

- Por quê? –Ele perguntou.

- Porque ninguém passa pelo mesmo que eu... –Ela disse baixinho.

Algumas lágrimas se formavam no canto dos olhos de Kagome ao lembrar o estado de Souta. Inuyasha voltou a acariciar seu rosto de forma carinhosa. Os dois se fitavam com intensidade.

- Você pode me dizer o que você passa, ao menos? –Perguntou mais próximo dela.

- Você não entenderia... –Ela disse também mais próxima.

- Por que é tão difícil? –Perguntou mais próximo ainda.

- Por que se importa tanto? –Ela também as aproximou um pouco.

- Por que... –Ele se aproximou mais.

Os dois estavam extremamente próximos, suas respirações estavam sincronizadas. Kagome já estava com os olhos fechados. Inuyasha quebrou a distância entre seus lábios.

Um beijo calmo e carinhoso. Inuyasha colocou a mão nos cabelos negros de Kagome. Aprofundou o beijo, sem deixá-lo de ser carinhoso. Aquele beijo transmitia uma corrente elétrica para seus corpos. Separam-se por causa da falta de ar.

Kagome se levantou rapidamente, pegou sua mochila e seu skate. Saiu dali o mais depressa possível. Inuyasha encostou-se na árvore. Por que tinha feito aquilo? ...

Suspirou pesadamente. O que Kagome faria depois daquele beijo? Se Sango e Rin soubessem... Ele estaria certamente ferrado. Por sorte Kagome não conhecia Ayame. Ou era isso o que ele pensava...

...

Kagome estava correndo para algum lugar. Qualquer lugar. Queria descansar, entender o que tinha acontecido. Por sorte encontrou a biblioteca. Teve mais sorte ainda, ao perceber que a mesma estava completamente vazia. Procurou por algum lugar em meio às estantes. Encontrou uma porta muito bem escondida por de trás de uma das estantes do canto. Abriu a porta e entrou. Não era um lugar apertado... Era ótimo para tentar descansar. Ninguém lhe acharia ali, o que era o melhor de tudo no momento.

Sentou-se e se escorou na parede. Procurou ver a hora em seu celular. Restava-lhe meia hora de calma.

Suspirou. Abraçou suas pernas. Por que ele tinha feito aquilo? E ela nem havia tentado se separar dele. Desde o primeiro momento em que ela e ele tinham se esbarrado, eles discutiam várias vezes. Mesmo que ontem na casa dele, ela tenha sentido um choque assim que ele segurou-a pela cintura... Definitivamente não sabia o que devia fazer. Nunca havia se envolvido com nenhum garoto... Afinal, ela começou a se afastar de todos desde o... Acidente.

Balançou a cabeça. Não queria lembrar tudo novamente. Aquele beijo disputava um lugar em sua mente.

Fechou os olhos. Tudo o que vinha em sua cabeça era a sua família que antes, era feliz. Ela sorria tanto... Fazia tudo para ver seu irmão feliz. Amava ele e seus pais, incondicionalmente. Mas eles tinham começado a brigar e tudo mudou, não é? Ela não entendia o motivo. Até ouvir aquela discussão dos pais. Então era aquilo que era o motivo? ... Aquilo tinha lhe atingido como uma facada no coração...

Estava difícil conter as lágrimas, não agüentou mais e as deixou livres. Aquilo doía muito... Todo dia era aquilo. As lágrimas sempre eram mais fortes. E ainda tinha o beijo com Inuyasha... O que faria a respeito daquilo? ... Podia xingá-lo, bater nele... Mas não faria aquilo. Até mesmo por que ela tinha correspondido o beijo, e até mesmo ao sentimento naquele momento...

Podia ignorá-lo, fingir que nada aconteceu... Faria aquilo. Enquanto não tivesse outra escolha, ignoraria o que havia acontecido.

Secou o rosto com os punhos, retocou o lápis, levantou e arrumou a roupa novamente. Olhou o horário no celular. Tinha cinco minutos. Abriu a porta lentamente e deixou-a da maneira que tinha encontrado: escondida.

Arrumou a mochila no ombro direito, colocou o skate na mão esquerda e saiu da biblioteca. Foi andando pelos corredores normalmente. Mas seus olhos estavam um tanto quanto sem vida.

Inuyasha estava indo para a classe pensativo. Teria que conversar com ela de qualquer jeito. Mesmo que ela lhe espancasse, xingasse, o até mesmo lhe ignorasse. Iria falar com ela. Viu Kagome indo para a sala, correu atrás dela.

- Kagome! –Ele a chamou.

Ela sabia que era ele, por isso mesmo não respondeu. Continuou seguindo seu caminho.

Ele correu mais um pouco e segurou seu punho. Inuyasha percebeu que o punho dela estava molhado. Será que ela tinha chorado?

- O que foi? –Ela perguntou um tanto quanto... Fria.

- Precisamos conversar. –Ele disse sério.

- Não precisamos. –Ela disse tentando fugir daquele assunto.

- Precisamos sim. Kagome... –Inuyasha ia continuar, mas foi interrompido pelo sinal que dava início as aulas.

Ela soltou sua mão e entrou na sala. Sentou no mesmo lugar que tinha sentado no dia anterior. Inuyasha também entrou e sentou atrás dela. Logo chegaram Rin, Sango e Miroku.

- Kagome-chan! Eu fiquei preocupada com você ontem! –Disse Sango sentando-se ao lado da amiga.

- Eu também! O que aconteceu com você? –Rin sentou-se ao lado de Sango.

- Nada. Eu lembrei que tinha que fazer uma coisa... Apenas isso. –Deu um de seus perfeitos sorrisos falsos.

Inuyasha notou que aquele sorriso... Tinha algo de errado. Mas o que seria?

- A Sangozinha ficou tão preocupada que me encheu de socos quando eu falava algo. –Disse Miroku colocando as mãos na cintura de Sango, e acariciando... Outro lugar.

Sango encarou-o com um olhar assassino e sorriu sadicamente. Chamas pareciam lhe envolver.

-TIRE SUAS MÃOS DAÍ, SEU PEVERTIDO! –Ela gritou furiosa, enchendo Miroku de socos e tapas.

Rin ria da cena. Miroku estava com o rosto com uma bela marca da mão de Sango. Kagome sorriu novamente. Virou-se para a janela e passou a observar o tempo.

Inuyasha suspirou pesadamente. Teria que esperar até o intervalo para falar com ela. Isso é, se ele não tivesse que dar um jeito para conversar com ela. Por que da maneira que ela tinha agido... Ela não ia mesmo querer falar com ele.

- Algum problema Inuyasha? –Perguntou Miroku massageando o lado vermelho do rosto.

Ele negou com a cabeça.

- Tem alguma coisa errada Kagome-chan? –Perguntou Rin.

- Não se preocupem meninas. Não tem nada... –Ela forçou um sorriso falso.

- Oi Kagome! –Disse Ayame virando-se para ela.

- Olá Ayame. –Ela “sorriu” novamente.

Inuyasha ficou estático. Então... Elas se conheciam?! Rin, Sango e Ayame... Se as três soubessem... O que mais faltava para que ele encomendasse as flores e seu caixão para seu próprio enterro?!

- Você saiu cedo de casa hoje! Eu ia passar da sua casa... Já que somos vizinhas. –A ruiva disse sorrindo.

Pronto. Ele tinha que providenciar as coisas para seu enterro. Ayame e Kagome já se conheciam, o que era ruim. As duas sendo vizinhas... Piorava de vez! Ainda mais que as outras duas eram melhores amigas dela.

Ele ficou em choque.

- O que foi Inuyasha? –Miroku perguntou num sussurro.

- Eu... Preciso... Encomendar... Meu... Enterro. –Ele disse no mesmo tom que o amigo.

- Qual tipo de flores você gosta por que... Nani? Seu enterro? Por quê? –Perguntou Miroku sussurrando de volta.

- Elas... Vão me matar se souberem! –Inuyasha disse aflito.

- Do que? –Miroku perguntou curioso.

- Depois te falo... Kuso. Estou ferrado. –Inuyasha disse e começou a bater a cabeça na mesa.

- Yo Ayame! –Disse um moreno se aproximando.

- Oi Kouga. Essa aqui é a Kagome. –Ayame disso com um grande sorriso.

- Prazer em conhecê-la Kagome! –Kouga sorriu.

- Prazer Kouga... –Ela disse dando outro de seus... Perfeitos sorrisos falsos.

Kouga apertou a mão de Kagome com um sorriso. Inuyasha não gostou.

- Yo Kouga. –Disse Inuyasha com um pequeno tom de irritação na voz.

- Yo cara de cachorro. –Disse Kouga provocando-o. –Já ouviu esse apelido dele, Kagome? –Ele virou-se para ela sorrindo.

- Lobo fedido. –Inuyasha rebateu com uma veia saltando na testa.

- Vou comprar uma focinheira pra você, assim você para de latir. –Kouga revidou também, olhando para Kagome em seguida

- Imitação de lobo. –Inuyasha disse irritado.

Kouga e Inuyasha se olharam profundamente. Voltaram a discutir. Ayame, Rin, Sango e Miroku soltaram um suspiro pesado.

-Esses dois... –Disse Sango com a mão no rosto.

- Não mudam nunca. –Ayame completou balançando a cabeça negativamente.

Rin apenas ria da cena. Como eles podiam discutir tanto?

Kagome estava quieta. Logo Kaede entrou na sala sorrindo.

- Olá pessoal. –Ela disse calma. – Hoje, a nossa aula será lá fora. Estudaremos as plantas ou os animais.

A sala ficou animada. Afinal, não teriam que ficar dentro da sala. Saíram correndo.

Kagome apenas pegou uma caneta, um bloco de anotações, e cinco lápis de cor que mais pareciam giz de cera. (O bloco é do tamanho de uma folha sulfite dobrada ao meio.) Saiu da sala calmamente, sua cabeça doía um pouco.

Inuyasha, Sango, Miroku, Rin, Ayame e Kouga lhe esperavam no corredor, junto com Kaede.

- Vamos Kagome-chan! Vai ser divertido! –Disse Sango animada.

- Sim, vai... –Ela disse com um perfeito sorriso falso.

- Você vai fazer a pesquisa sobre os animais ou as plantas Sango-chan? –Disse Rin andando animada pelos corredores.

- Eu vou fazer sobre as plantas! É mais fácil. –Ela respondeu também animada.

Ayame, Kouga, Rin, Sango e Miroku estavam conversando animados. Kaede também conversava com eles e ria de certas coisas. Kagome apenas estava indo por que não tinha opção, estava querendo ficar sozinha. Inuyasha estava pensando em uma forma de falar com Kagome.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Deixem um review com suas opiniões ^^
Ja nee minna!