“Kristen em uma noite acordou em casa assustada, tinha apenas oito anos, seu sonho voltou vagamente em sua lembrança. Ela tremia e suava frio enquanto relembrava. Nele se encontrava uma sombra escura, que falava algo que ela não entendera direito, lembrava apenas de poucas palavras que ela já conhecia, como poderosa, bruxa, semideusa e copo de sangue.”

– Uma flor, para uma flor. – Disse Charlie, quando ele e Kristen estavam no jardim de Hogwarts, depois de terem feito os N.O.M’S, era o último dia de provas.

–Pra mim? Obrigada Charlie- Deu um sorriso tímido e pegou a flor, sentiu o cheiro doce, e voltou a sorrir para ele que também sorria e olhava com seus olhos cinzas para ela.

Kristen estava no 5° ano de estudos em Hogwarts e tinha estudado muito para essas provas, Charlie sabia disso, e como sabia, na verdade ele praticamente a obrigou a estudar com ele tudo e revisar e revisar mais ou menos uma 10 vezes toda matéria.

Desde que se conheceram no primeiro ano em Hogwarts Charlie e Kristen ficaram realmente muito íntimos, Kristen gostava realmente dele, ela sentia algo que não podia explicar vinha do fundo de seu peito, as famosas borboletas no estomago, uma vontade de sorrir, relutou muito para aceitar, mas acabou admitindo, ela o amava.

E todos sabiam disso, como não saber, até ele já sabia disso, e também a amava mesmo que ela não soubesse. Kristen podia ser super inteligente ,mas nunca reparou que ele também à amava, só foi realmente reparar quando ele fez o pedido:

–Kristen, você sabe que... -Tentou começar a falar .

–Que? O que, Charlie?-Disse ela interrompendo-o parecendo desesperada.

Então Charlie a abraçou e depois sorriu enquanto arrumava com suas mãos carinhosamente os cabelos castanhos cacheados dela atrás da orelha, sorriu mais uma vez e a sentou no banco no meio do jardim, sentou-se do lado dela e beijou seu rosto.

–Posso falar agora?-Perguntou Charlie.

–Sim- Disse ela parecendo hipnotizada pelos olhos cinzas dele.

–Sabe, há um tempo que... Quero te dizer isso, bem, eu sei que você... como posso falar, eu...ah, eu... Amo você e quero namorar você... Pronto falei-Disse tomando corajem e começando a corar ao mesmo tempo.

–Ham? Pera, você quer namorar comigo, eu, mas, desde quando?

–Sim ou não?-Disse ficando cada vez mais corado.

Kristen ao invés de dizer sim sorriu um sorriso tão contagiante que fez Charlie sorrir também, ela repetiu sem fazer som com a boca as palavra “eu te amo” e depois ele a beijou, um beijo tão empolgante que fez até quem não tinha nada haver com isso parar para olhar, um beijo contagiante que os fez perder o fôlego, mas que era doce e suave ao mesmo tempo. Sem pressa, e depois ocorreram mais e mais beijos, o importante mesmo é saber que eles realmente gostavam de afirmar para todos que eram n-a-m-o-r-a-d-o-s!

Depois de uns dias saíram os resultados das provas e eles tinham ido realmente muito bem, voltaram para casa, mas mal ficaram por lá, pois já tinham que logo ir para o acampamento meio-sangue. Eles não se importaram muito por ficarem pouco tempo em casa, queriam logo se ver, pois quando estavam em casa nunca podiam se encontrar.

No acampamento Kristen e Charlie passavam muito tempo juntos, quando não estavam juntos Kristen passava o tempo ou com Percy e Annabeth ou com sua nova amiga do acampamento que chegara naquele ano,ela era filha de Afrodite, porém não era como as outras, ela não se importava com aparência e na verdade era muito valente, lutava muito bem e tinha unhas quebradas, ninguém entendia qual era a dela, uma filha de Afrodite que agia assim era muito estranho.

O nome dela era Marina, ela era muito engraçada e sempre estava no mundo da lua, falando das estrelas e de formas de se divertir em uma floresta, que foi a onde ela morou todos os anos de sua vida com sua mãe adotiva.

Marina apareceu com uma cara desorientada de manhã cedo na porta do chalé de Apolo a procura de Kristen, ela parecia nervosa, tremia dos pés a cabeça, e começou a falar como uma maluca como sempre fazia:

–Kris, precisamos conversar, mas... não aqui- Puxou Kristen pelo braço e saiu correndo em direção a floresta, sempre que Marina se sentia mal ia pra floresta, mas normalmente ia sozinha -Kris ,preciso fugir, na verdade vou fugir agora ,minha mãe está precisando de mim, eu vi, no meu sonho!

–O que? Como? Se acalme Marina, por favor!-Disse Kristen abraçando à amiga que chorava igual uma criança.

–Preciso arrumar minhas coisas, Kris, você não pode dizer pra ninguém aonde eu fui!-Agora Marina botava as mãos no rosto tentando conter as lágrimas.

–Tá, eu não conto nada, não, espera, eu vou com você!E não podemos ir agora, você não pode ir assim, está muito desorientada!Amanhã cedo às 4 horas, me encontre bem aqui, e ai sim nós vamos!

–Está bem, preciso ir agora, tenho que... -Kristen não pode ouvir o que ela disse, Marina já estava longe, saiu correndo para seu chalé.

De noite ela arrumou suas coisas na mochila, pôs ela em baixo da cama e foi dormir. Em seu mais profundo sono, pode distinguir a silhueta de seu pai em sonhos. Ele estava sentado em sua cama, acariciando os cabelos de Kristen, mas não havia nenhum irmão seu no quarto. Ele falava “minha filha, por favor, não vá!” “Vá embora”- disse Kristen levantando subitamente, “Eu não sou um erro pra você pai?” ela dizia com desprezo – “Então o que faz aqui?” “Kristen, ouça-me, não vá, você não é um erro filha, eu te amo!” “Mentiroso! Eu não acredito em uma palavra que você me diz, vá embora! Me deixe em paz!” – Ela gritava com lágrimas nos olhos.

“Use seu poder Kris, não se esqueça dele!”, disse Apolo evaporando no meio do nada.

Às quatro horas foi ao ponto de encontro e encontrou Marina lá já a esperando há um tempo, o sonho com o seu pai não saía de sua cabeça, ela queria acreditar que ele a amava, mas ele a magoou muito e ela tentava não pensar nas outras palavras dele “Não vá filha!” “Use seu poder” O que Apolo queria com isso? Elas seguiram até a colina do pinheiro e atravessaram o portal e seguiram pela floresta.

Caminharam pela floresta mais ou menos duas horas, porque já tinha amanhecido Kristen não fazia a menor ideia de onde estavam indo, mas sabia que Marina sabia onde estava, quando estava em uma floresta ela sempre sabia aonde ir, o que era muito incrível!

Depois de passarem por um riacho as duas pararam para descansar, Kristen ajoelhou na frente da água e pode ver seu rosto refletido nela, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo e estava cheios de fios rebeldes em cima, sua aparência era de cansada, cansou de ver sua imagem e então sacudiu a água e começou a brincar levemente com seu reflexo, lembrando subitamente da breve conversa com seu pai “Não vá filha” Apolo não queria que ela estivesse ali, mas por quê? Qual era o problema? O que aconteceria? Mas Kristen não teve muito tempo para pensar nisso, pois um segundo depois sentiu uma imensa dor e uma tontura, e a cor negra se misturou com as cores da floresta, sentiu o grito percorrer suas veias, e se viu caindo.