Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 8
Você está mudando.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de hoje, eu venho tentando arrumar tempo...
Não posso responder os comentários ainda, mas o farei assim que der. Obrigada!
Boa leitura!



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-Tive que contar Elena. Ele estava uma fera com você. Sem falar na Rebekah, ela está numa fase complicada, eles estão. – Sofia falava naturalmente enquanto me mostrava mais um vestido. – O que achou deste? – estamos a uma hora em lojas. Eu realmente ainda estou em choque. Pensei que estaria sem emprego agora. Era para eu estar. – Elena! – ela grita, pois estou distante.

-Desculpa. Ele ficou bem em você, mas o outro combina mais com o tema que você escolheu. – ela olha pra peça por mais uns segundos e depois concorda.

-Bem, eu só queria sair de casa um pouco, não é como se eu fosse escolher um modelo agora. Afinal a festa é daqui a dois meses ainda. – ela entra no provador outra vez. – É você que vai viajar com Damon em novembro?

-Acredito que Caroline. Ela não fala em outra coisa desde que cheguei a Salvatore.

Ficamos juntas por mais uns minutos até que ela saiu e decidiu tomar um sorvete antes de eu voltar.

-Elena, como o Damon tem estado por estes dias? – a pergunta dela me pega de surpresa, estamos em um parque tomando sorvete.

-O que quer dizer?

-A aparência.

-A de sempre. – ela olha pro chão pensativa e enquanto toma o sorvete volta a falar.

-Acho que o casamento dele está findando. Realmente a discussão de sábado foi séria. Rebekah não confia nele.

-Ela tem motivo? – ela me olha.

-Bem, Andie o deixou por uma razão. Damon é meio... – ela hesita – infiel. – e eu gelo, pois um boato é certo. As traições que findaram seu primeiro casamento. – O pior é que ele me dizia que realmente amava a Andie, não é a mesma coisa com a Rebekah e ela sabe. A verdade é que eu acho que Damon só amou a uma mulher nesta vida. – ela para e senta num banco.

-Sua mãe? – é uma pergunta obvia pra mim.

-Exatamente. – ela suspira.

Não conversamos mais, logo eu tive que voltar pro trabalho e ao chegar, Damon me esperava.

-Ela está bem? – me pergunta sério. E apenas aceno positiva e ele logo me ocupa pelo resto do dia.

Eu não consigo pensar em Damon como um homem infiel. Ele é extremamente perfeccionista. Fiquei imaginando que fosse assim em tudo, até em sua vida pessoal, mas ninguém o é. Chego a conclusão que tenho que começar a enxergar meu chefe como ele realmente o é. Um homem falho, como qualquer outro. Não há lugar pra perfeição.

...

Mais semanas estão correndo e está se aproximando o dia do aniversário do Matt, na empresa as coisas estão bem agitadas, pois a festa anual beneficente também se aproxima. Na verdade no mesmo dia do aniversário do Matt. Minha sorte é que eu não precisarei estar lá. Só a primeira assistente vai. Neste caso a Caroline. Que aliás, anda bem estranha. Abatida. Problemas com o namorado ainda. Eu julgo assim.

-Elena! – são duas da tarde e Damon acaba de voltar de uma reunião. Eu vou ao seu encontro na sala.

-Sim.

-Feche a porta. – ele diz. É exatamente o que faço. – Sente-se. – estou diante dele e assustada. O que eu fiz? Nada errado, certo? – Em outra situação eu não te pediria isto, mas obviamente Caroline tem andado meio obtusa. – Droga! Caroline está distante de fato, ele vai demitir ela?

Damon leva a mão até um de seus bolsos internos no paletó. Retira de lá uma pequena chave dourada, eu nunca havia visto tal formato pra uma fechadura.

-Elena, apenas Stefan e Caroline, além de mim tem a cópia desta chave. Eu fiz esta para você. Venha aqui. – ele chama apontando para o seu lado na mesa. Levanto hesitante e estou do lado dele, realmente o mais perto que já estive, mesmo em comparação a quando estamos juntos no carro. Damon coloca a chave em uma espécie de brasão no canto de sua mesa que imediatamente abaixa e um fundo secreto se revela. Uou! Muito diferente. Eu já vi algo assim, mas não numa mesa. – Estes são meus remédios. – ele diz, e é muita coisa. Fico imaginando o que mais ele tem que fazer pra controlar sua arritmia. – Caroline sempre certifica-se que todos estejam aqui e que nunca faltem. Stefan também. Agora você. Peça a Caroline os meus receituários e também o número do meu cardiologista. Quero que a partir de hoje você cuide disso pra mim também. Você costuma ser mais atenta que a Caroline. – Isso foi um elogio? Eu vou considerar, e um riso brota disfarçado em meu rosto.

-Certo. – falo simplesmente. E estou inclinada para olhar melhor todas aquelas caixas e frascos.

-Pegue. – ele fala retirando a chave do brasão e a abertura fecha quase que de imediato. Estendo a mão para pegar a chave que ele me oferece e por um segundo nossas peles se encontram. Um leve tocar de dedos.

Foi muito estranho. Não, não estranho, foi... É a primeira vez que isto acontece e bem, foi... Senti meu corpo inteiro reagir. Nunca havia acontecido, não com apenas um toque.

Eu engulo, ele me encara por um segundo, sua expressão é indecifrável, eu estou paralisada, curvada diante dele, seus olhos dentro dos meus. Nossa! São tão azuis. Ele desvia o olhar e é como se eu acordasse, retomo minha postura. Meu corpo está em chamas. Por Deus Elena, acalme-se!

-Mais alguma coisa? – pergunto, e ele está encarando o computador enquanto tento voltar aos eixos.

-Preciso que me acompanhe na recepção de lançamento do novo smartphone da Samsung. Saímos às vinte horas.

Droga! Tenho planos com a Bonnie.

-Claro. – falo sem poder dizer não. Eu não tenho escolha.

-É só isso Elena.

E eu deixo a sala. Falo com Caroline, ela realmente está diferente, pois nem questiona o porquê do Damon me dar tais ordens. Depois ligo pra Bonnie, e sei que será uma conversa péssima.

-Elena, nós desmarcamos o da semana passada. Eu realmente preciso que você me ajude.

-Eu sei Bonn. Mas o Damon foi bem enfático. Eu não tive escolha. Olha você pode fazer isto, ninguém conhece o Matt melhor que você.

-Eu acredito que ele ficaria muito feliz vendo alguma coisa com o gosto da namorada dele. Pelo menos pra provar que ela estava organizando algo.

Estamos organizando o aniversário do Matt. Uma reunião simples entre amigos. Bonnie está sendo bastante prestativa comigo, pois não tenho tido tempo nos últimos dias, ela tem cuidado de tudo, mas está bem apreensiva.

-Olha, amanhã eu dou um jeito e podemos sei lá... Almoçar juntas e você me mostra o que tem sobre o local. – ela bufa. Eu sei que estou pedindo muito, mas ela também tem que me entender. É meu trabalho.

-Tudo bem Elena. Só tente de verdade ok. Já é na sexta. – estamos numa segunda.

-Certo Bonn. Obrigada!

-Disponha. Se cuida! – sua voz é ausente e ela desliga.

-Caroline, você vai pra festa na Samsung? – ela nega. – Eu realmente não sei o que vestir.

-Bem, acho que não precisa de muito. É um lançamento, nada Blacktie. Um vestido básico deve servir. – ela está alheia.

-Você está bem?

-Bem, eu estou resolvendo muitas coisas, mal tenho tido tempo pra cuidar da minha mudança. Não consegui deixar o apartamento do meu ex namorado e ainda tenho que aturar o mal humor dele. – ela suspira. – Sugiro que tire um tempo pra comprar algo novo pra hoje. Eu ajudaria, mas estou presa aqui.

Caroline tem razão. Damon disse de vinte horas, e eu tenho algum tempo. Ultimamente eu ando com um salão em minha bolsa e até trocas de roupa eu venho trazendo, pois nunca se sabe onde Damon vai me mandar. Depois da festa na casa de Robert, eu comecei a me precaver.

-Você pode ficar de olho em tudo por uma hora? Eu juro que será só isso. – ela me olha, por uns segundos e depois revira os olhos.

-Uma hora. – e eu estou quase dando pulinhos. Ela é uma fofa quando não está sendo esnobe.

Saio já sabendo exatamente onde ir. Eu realmente adoro vestir Chanel. A loja não fica distante da empresa e dez minutos depois eu estou diante de vários vestidos maravilhosos. Eu nunca liguei para estas roupas. Mas eu nunca tive como pagar por elas, agora que eu tenho, é realmente maravilhoso. Cada par de sapatos e acessório. Uma infinidade de opções. Incrível.

Opto por um vestido simples. De cetim, recoberto por tule em renda, vermelho, um pouco acima do joelho, um decote esplêndido nas costas, formato de losango. Com gola alta, cobrindo meu colo até o pescoço, fechando como uma gargantilha. É um primor. Tenho alguns minutos e escolho sapatos . Saltos em agradam agora. Muito. Volto para a empresa e são pouco mais de cinco da tarde. Às dezenove em ponto Damon sai de sua sala.

-Tem hora Elena.  – eu lhe faço um gesto em concordância, tenho que arrumar o cabelo e me maquiar, além de vestir-me neste tempo, eu tremo. - Caroline, confirme o horário com o Mason e com minha esposa. Não quero enganos. Vinte e três horas em ponto. – Nossa! Ficaremos até tão tarde?

-Sim. –ela fala.

Ele sai e eu estou em pânico. Não sei o que fazer com meu cabelo. Ele está solto. Já sei como me maquiar. Não gosto de exageros e sou sempre discreta com isto. Olho para Caroline antes de ir na direção do banheiro.

-Pode me ajudar? – ela me olha por baixo e rola os olhos. Em seguida me segue.

-Faz uma trança Elena. – ela diz, enquanto eu termino os meus olhos e ela arruma meu vestido. – Eu acho simples e elegante e combina com você.

-E eu acho que não seria capaz de pensar em outra coisa mais rápida. – sorrimos.

Quarenta minutos depois e eu estou pronta e já de volta pra entrada, pois sei que ele está sempre quinze minutos a frente. Arrumo tudo em minha bolsa, uma discreta e pequena que sempre mantenho aqui, justamente pensando neste tipo de situação. Ela combina com tudo. Coloco celular e alguns itens para retocar a maquiagem, deixo a minha roupa no closet.

-Pronta? – é a voz de Stefan e eu viro para encará-lo. – Nossa! – ele franze o cenho e sorri meio bobo. Acho que estou tão vermelha quanto meu vestido. – Vamos? – estende o braço para mim e eu entrelaço ao meu ao dele.

-Até amanhã Caroline. – eu falo e ela sorri fraco.

-Senhorita Forbes. – Stefan fala.

-Senhor Salvatore, boa noite.

E então saímos. Stefan abre a porta de trás do carro de Damon pra mim e entra em seguida, sentando no banco do carona. Eu estou atrás com meu chefe que fala ao celular.

-Eu realmente queria você esta noite ao meu lado. Mas estarei em casa na hora combinada. – eu sei que está falando com a esposa. – Não precisa me esperar acordada. Descanse. Boa noite! – e desliga. Já estamos em movimento. Eu me atrevo a olhar pra ele que encara a janela ao seu lado. Distante. Ele é sempre assim. Parece viver em outra época. – A festa beneficente é no final desta semana. Ajude a Caroline no que puder. Não quero problemas. – eu engulo.

-Certo. – em nenhum momento ele me olha e eu tenho a segurança de olhar pra ele, faço isto vez ou outra e em uma delas ele olha pra mim. Damon franze o cenho e me joga uma expressão de: “O que é?” Bastante impaciente. Eu desvio o olhar imediatamente e depois de alguns minutos eternos, finalmente chegamos ao nosso destino.

Stefan sai e abre a porta pra mim, me estendendo seu braço outra vez. Damon logo atrás de nós. O lugar está cheio de fotógrafos, eu já reconheço alguns empresários, colunistas, editores e designers locais. Estamos parados na entrada, pois Damon está respondendo algumas perguntas pros jornalistas. Ele está bem sério. E eu estou ficando tonta com tantos flashes, começo a tentar fugir deles.

-Você se acostuma. – Stefan fala sorrindo. Ele é tão diferente do irmão. – Está deslumbrante Elena. – certo, eu estou muito quente agora e corada demais, nem preciso ver meu reflexo.

-Obrigada! – Damon passa por nós e imediatamente o seguimos.

Dentro do lugar vejo mais rostos conhecidos. A maioria clientes da Salvatore. Klaus já está aqui. Está ao lado de uma bela jovem e conversa com seu irmão. Stefan tem o braço preso ao meu.

-O Damon deve estar querendo se matar agora. Ele realmente odeia o Elijah. – ele sussurra pra mim e bem, eu também não gostei dele a primeira vista, mas ele é um homem muito atraente. Misterioso e eu geralmente não resisto a um bom mistério.

Durante toda a noite somos alvo de flashes, bebemos, conversamos. Stefan me apresentou a muitas pessoas e eu estava muito feliz por ele estar por perto. Certamente me sentiria deslocada se fosse o oposto.

Sinto a necessidade de ir ao toalete. Me afasto de Stefan, eu estou cansada, uma festa após um dia no trabalho é puxado. Retoco a maquiagem e tento me recompor. Na saída do banheiro distraidamente esbarro em alguém. Ergo os olhos para desculpar-me e estou diante de Elijah  Mikaelson.

-Senhorita Gilbert. Está maravilhosa. – sua voz é grave e cortês.

-Obrigada! – e eu sei que estou feito um pimentão vermelho. Ele sorri. Um riso discreto e fatal. Elena está claro que empresários te afetam.

-Está gostando da festa?

-Bastante. – ele me olha, e seu olhar diz tudo e nada. É inquietante.

-Eu não tive a oportunidade de conversar com você. Estava apreçada, certamente não o farei agora de frente as entradas dos toaletes, mas seria muito agradável poder falar com você. – eu não sei o que dizer, na verdade nem respiro. Ele é maduro, elegante. Nossa! Ele me atrai.

-Eu gostaria, quero dizer... Talvez. – eu olho ao redor perdida. Não sei bem o que procuro, apenas não posso o olhar. Ele sorri. E então pega minha mão esquerda e a beija.

-Seria um prazer. – ele me olha insinuativo. – Com licença... – então se afasta e entra do banheiro masculino.

Eu estou meio perdida. Tentando voltar a mim procuro por meu chefe e seu irmão pelo salão. Não demoro a encontrar. Damon está sempre cercado por fotógrafos. É pouco mais de vinte e duas horas.

-Cansada? – é Stefan outra vez. Eu apenas suspiro risonha. – Eu também.

Não demora muito e Damon está diante de nós.

-Amanhã preciso que você e Caroline se certifiquem que a equipe da Poser esteja fora do meu evento. Eu realmente odeio aqueles idiotas. – ele fala entre dentes, sem olhar pra mim ou Stefan.

-Tudo bem. – eu falo. A expressão de Damon cai e ele revira os olhos.

-Eu não precisava disto. – eu sigo seu olhar e vejo Elijah vindo em nossa direção. Ofego.

-Damon. – ele diz cortês e estende a mão. E vejo meu chefe desempenhar seu melhor sorriso enquanto retribui o gesto. – Stefan... – ele fala para o homem ao meu lado.

-Faz um tempo Elijah. – diz Damon.

-Sim, de fato. E os negócios? – sinto Stefan paralisar.

-Melhor impossível. – Damon diz em tom esnobe.

-Que bom. – Elijah se volta pra mim. Oh droga! – Senhorita Gilbert, me cede uma dança? – e eu estou calada, parada. Olho imediatamente pra Damon. Eu acho que espero uma permissão, eu não sei. É ridículo, eu simplesmente não sei o que fazer. Elijah nota meu pânico interno e encara meu chefe. – Problema Damon? – e agora sim eu estou morta.

-Por que teria? A dama é livre para dançar com quem quiser. – ele me olha mortificantemente. Eu engulo.

-Elena. – Elijah insiste e eu forço um riso.

-Claro. – falo quase desabando. Meu corpo inteiro treme.

Alcanço a mão de Elijah e nos afastamos até a pista de dança. Acho que está tocando Jazz, mas não tenho certeza. Estou ainda nervosa demais.

-Pode respirar agora. Você fica muito tensa perto do Damon. – eu olho para o homem diante de mim e acordo. Estou dançando com Elijah Mikaelson, um dos homens mais ricos da cidade. Foco Elena!

-Ele é um homem intimidador. – falo e desvio o olhar.

-Sim, ele é. – ele encosta sua face na minha. Céus! Que perfume. – Então Elena. Me fale sobre você. Além de ser brilhante, pois isto explica o seu emprego ao lado de Damon, - eu solto um riso – o que mais preciso saber?

-Sou filha de fazendeiros. Nasci no estado de Oklahoma, vim para Nova Iorque mudar de vida. Divido apartamento com o meu namorado e adoro Jazz. – ele sorri.

-Hum. Eu devia saber que tinha namorado. O que ele faz?

-É chefe de cozinha. – ele me encara divertido.

Ficamos em silêncio. Elijah definitivamente sabe dançar. Eu estou me sentindo muito bem. A lembrança de Matt invade minha mente. Fico imaginando o que ele diria se visse isto. Não quero pensar nisto de qualquer forma. Então volto a centrar no que estou fazendo. Não quero correr o risco de pisar no pé de meu parceiro de dança.

Falamos mais um pouco, acho que dançamos umas três músicas. Elijah era um homem muito distinto e agradável. Eu esqueci de Damon completamente. A lembrança me fez aterrissar.

-Preciso voltar eu acho. – disse sem jeito.

-Claro. Seu chefe deve estar impaciente. – ele sorriu e me guiou de volta pra perto de Damon e Stefan, que estavam rodeados de empresários e suas esposas.

-De volta e inteira Salvatore. – ele diz pra Damon que sorri forçadamente. – Com licença. – ele vira pra mim. – Obrigada pela dança Elena. – e novamente beija a minha mão e se vai. Nossa!

Alguns minutos depois estamos indo embora. Na saída Damon abre a porta pra mim. É estranho, eu entro confusa e depois ele está ao meu lado. Stefan entra e o carro se move. Damon está calado, sério. Eu encaro a frente. Quieta.

-Nunca mais faça isto. – Damon diz e eu o olho imediatamente. O que eu fiz?

-Desculpe... Eu...

-Você foi patética. – ele rosna. – Me olhando daquela forma. Você é minha assistente Elena, trabalha pra mim, mas eu não sou seu dono. – ele me encara- Nunca mais me exponha daquela forma. Você deu margem para a piada indireta do Mikaelson. Foi estupidez. – eu estou gelada.

-Perdão Damon, eu realmente não sabia o que... – ele bufa e encara a frente.

-Você é livre para dançar e flertar com quem você queira. Elijah é muito vivaz, é de muito mal tom fazer o que ele fez, você é minha assistente, não estava a passeio, mas ele é insuportável e adora me colocar em situações desagradáveis. Seja mais esperta da próxima vez. E não piore tudo. Será pior pra você. – ele não me olha, mas suas palavras são agulhas em minha mente.

Eu não falo mais nada. O carro me deixa na porta de meu prédio são quase meia-noite. Me despeço de Stefan e subo para o apartamento, levo um susto ao dar de frente com Matt.

-Nossa! Você me assustou. – ele está no sofá. Tomando cerveja, me olha especulativo.

-Belo vestido. – ele diz em tom amargo e levanta. – Eu só queria me certificar de que você chegaria bem, eu estou cansado e vou dormir. – ele está bem próximo de mim agora. Toca meu cabelo num gesto carinhoso. – Você está linda. – beija minha boca docemente. Não sei porque isto me deixa inquieta.  Talvez seu hálito de cerveja. – Está diferente Elena, - ele diz ao me olhar – há algo em você... Você realmente mudou.

-Diz isto pela roupa? – pergunto sem me mover.

-Não pela roupa. Talvez você só não tenha notado ainda. – seu tom é triste, ele me beija na testa e sai e eu me permito sentar na poltrona.

O dia foi cheio, há muita coisa em minha mente. Eu me sinto cansada, confusa. Perdida. O que está acontecendo comigo?


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Notas finais do capítulo

Beijos...
Continuo >>>>