Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 43
Por Ele: Minha sanidade


Notas iniciais do capítulo

Acho que vou ver algumas pessoas pirarem nos comentários depois desse.
O capítulo tá uma fofura, mas também está tenso, não seria delena se não tivesse um pouco de tensão kkkkk
Boa leitura!
p.s.: tem uma música linda da Demi #diva neste cap. Nightingale. achei que caiu como luva pro momento delena.



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Eu estou à caminho do aeroporto finalmente. Desde que soube da notícia do acidente de Gray eu tentei ao máximo acelerar as coisas com Robert em nossa viagem a Los Angeles. Tínhamos muito o que fazer por lá. Ficamos por dias observando a rotina de Michael, todos iriam me pagar e ele não estava fora disso. Rose seria a primeira e ela não podia imaginar o que a aguardava, eu estava fazendo de tudo pra ela crer que meu sentimento por ela estava intacto, sentia nojo daquela mulher e a queria ver longe de minha filha e de minha vida, mas antes, ela iria me pagar. Todos eles.

Foi quando estava à espera do meu voo que Alaric ligou para mim.

–Damon!

–Sim, Ric. Notícias do Gray?

–Damon... – o tom da voz dele mudou de uma forma que eu conhecia bem, e isso não era bom.

–O que aconteceu? – encaro Bob, ele me olha confuso enquanto devora um pedaço de pudim. Ele adora essas coisas.

–Ele não resistiu Damon. Miranda acabou de ligar para mim, eu acho melhor você ir direto pra Oklahoma. Elena precisa de todos nós. – meu coração vacilou por segundos, eu sei que sim. Meu irmão me olha assustado e eu desligo antes de dizer qualquer coisa a Alaric.

–O que foi? – Robert pergunta ainda de boca cheia.

–Dogs ele... – minha voz vacila porque a ideia é muito irreal para aceitar de cara. – Faleceu. – sai como sopro.

–O quê? – ele quase engasga.

–Preciso conseguir um jato. Preciso chegar lá o mais rápido possível.

–Damon calma. Nosso voo sai em alguns minutos, podemos não conseguir um jato a tempo. É melhor você esperar.

–Eu não posso eu... Mesmo que cheguemos a Nova Iorque ainda temos que enfrentar uma longa viagem até a fazenda dos Gilbert’s. Não dará tempo.

–Paciência! Não pode se desesperar agora. Fica e espera. Você sabe que é tudo o que pode ser feito no momento. O voo já vai sair.

Eu sei que ele tem razão, mas estou inconsolável. Preciso estar com Elena, com Miranda, isso não podia ter acontecido agora. Eu me recordo de nossa última conversa juntos, numa reunião que fizemos por conta de nossa sociedade, um pouco antes de eu reencontrar Elena em Paris.

“Ah Damon, eu conheço minha filha mais do que ela mesma. Elena acredita no lado bom de todo mundo, consegue enxergar este lado e acredita nele mesmo que as pessoas não consigam. E ela vê o seu, assim como eu também vejo. Você merece coisas boas, merece ser feliz, é um bom homem, mas guarda muito rancor. Não deixe ele te cegar. Nunca deixe um sentimento ruim ser o guia de sua vida. Se permita perdoar e amar.”

Sinto uma lágrima percorrer meu rosto. Grayson obviamente falava de mim e Elena, eu estava cheio de rancor, mas ainda sim tudo que ele disse continua se encaixando no momento, por que só o que eu sinto é raiva, ele até pode ter razão e no fundo eu até posso considerar que tenha, mas... No momento... Não tenho a superioridade suficiente para fazer, com certeza isso é coisa para pessoas como ele, a esposa e a filha. E eu nunca seria digno de conviver entre eles.

Assim que chegamos em Nova Iorque eu ligo imediatamente para Ric. Ele levou Sofia com ele e Stefan para a fazenda. Katherine fez o favor de me conseguir um helicóptero, para que eu pudesse chegar o mais breve possível, mas eu já tinha em mente que não poderia chegar pro funeral, nem enterro, isso me doía, mas eu tinha que estar lá.

Durante todo o trajeto eu vim pensando sobre tudo o que estava acontecendo em minha vida. Estes últimos anos foram os mais intensos dela. Elena sacudiu todo o meu mundo. Graças ao interesse de Elijah por ela, Rose foi revelada e voltou com força total à minha vida, tramando para me matar, matando Andie, quase me matando outra vez. Eu não a culpava por nada disso, obviamente, mas é como se ela tivesse chegado em meu caminho pra iluminar tudo o que estava escuro e trazer das trevas coisas escondidas por esquecimento ou por que eram melhor estar lá, e como igual tudo teve boas e más consequências.

O helicóptero sobrevoa a fazenda, enfim. Desço de imediato e encontro Ric que me recebe com um abraço, aceno para o piloto em agradecimento e seguimos para a entrada e é como eu previ. Ele já foi enterrado, e agora apenas familiares, alguns parentes e amigos estão na casa, com todas aquelas comidas e conversas pós enterro que eu nunca vou saber pra que servem.

–Eu fiz o possível pra chegar antes. – digo a meu amigo.

–Eu sei. Vamos entrar. Miranda e Elena estão lá dentro falando com alguns parentes. – assinto e me apresso, ele segura meu braço. – Damon... – o olho confuso, ele tem uma expressão temerosa. – Elena está passando por um momento difícil, falou rudemente com metade das pessoas naquela sala, talvez, só talvez, você deva ficar de longe, dado a relação de vocês, se até a mãe dela sofreu o mal trato. – franzo o cenho entendendo o que ele quer dizer, engulo. – Só tenha paciência.

–Tudo bem. – sussurro e enfim, caminhamos para a sacada da casa.

–Pai! – ouço a voz de Sofia. Ela está ao lado de Bonnie que sorri para mim, um riso breve e sem jeito, eu retribuo, recebendo minha filha num abraço. – Eu estava com medo que não viesse. – ela fala com voz embargada.

–Como eu poderia faltar? – falo pra ela e então meu irmão vem até mim.

–Foi uma grande perda Damon. – ele diz me abraçando.

–Foi sim irmão. – eu sempre me inflamo agora ao dizer esta palavra com ele, pois ele é sim, meu irmão.

–É melhor entrar, estivemos te esperando. – ele me diz e eu entro, avistando na pequena sala junto a lareira Miranda, cercada de algumas pessoas, não vejo Elena, ela deve estar em outro cômodo. Ela me vê e sorri, e isso me surpreende um pouco, sorrio fracamente em resposta e ela vem até mim. Seu abraço apertado cria um nó em minha garganta e sinto meus olhos queimarem.

–Eu sinto muito... – sussurro e sinto seus braços quentes e receptivos me apertarem mais.

–Que bom que está aqui. Sabe que Gray tinha você como um filho, assim como Stefan. – lágrimas tomam meu rosto.

–Com certeza ele foi o melhor pai, amigo e jogador de xadrez que eu já conheci. – ela vibra em meus braços sorrindo e ao nos afastar ela me olha, noto suas lágrimas enquanto ela enxuga as minhas.

–Eu estou feliz de verdade por vê-lo. – seu tom é sério e eu apenas assinto. Ao nosso redor seguia uma conversação de pessoas e um certo ruído que parou do nada e foi então que eu notei. Elena estava parada no pé das escadas, atrás dela Kol, ela olhava diretamente para mim e Miranda com uma dura expressão, e eu me lembrei do que Ric havia me dito.

O silêncio aos poucos se perdeu quando ela veio devagar entre as pessoas, que pouco a pouco voltavam a conversar, eu não conseguia tirar os olhos dela e Kol se afastou indo sentar perto de um casal que se não me falha a memória o homem era seu pai. Lembro dele das últimas vezes que vim aqui, a mulher devia ser a mãe. Elena deu a volta em toda sala e parou diante de mim, seu olhar dentro do meu, eu sentia a tensão de Miranda, Stefan também, que permaneceu estático na entrada da sala.

–Eu acabei de chegar. – falei para ela, foi a única coisa que pensei.

–Estou vendo. – sua voz tinha um tom gélido,anti Elena, minha espinha sentiu um arrepio.

–Elena eu s... – ela não me deixou terminar a frase e avançou contra mim, me apertando em um braço muito forte, num choro desesperado. Eu não tinha reação, e parece que as pessoas ao meu redor estavam tão surpresas como eu, pois tudo o que se ouvia na sala agora era o choro agudo de Elena.

–Por que Damon? Onde você estava? – ela falava entre o choro, me apertando, devagar deixei meus braços a envolveram.

–Me desculpa. Eu estou aqui, nunca mais vou sair. – seu desespero apertava ainda mais meu coração, seus soluços eram muito altos e comecei a senti-la vibrar e perder as forças nas pernas.

–Talvez seja melhor levar ela para cima querido. – Miranda pede e eu assinto. Não antes de olhar para Kol e notar seu mal estar com a cena, mas ele não interrompeu. Muito estranho, eu certamente faria algo ao ver minha namorada se agarrando com outro em desespero. Isso certamente é meu lado possessivo falando, mas não importa agora, cada um é cada um.

–Vem... – peço a guiando devagar, ela treme muito e caminha hesitante a passos curtos e desequilibrados, quando chegamos nas escadas eu a pego pelo colo, e uma lembrança me invade, a primeira noite que eu quis tanto beijá-la, ela bêbada em meus braços subindo esta mesma escada, a situação agora era bem diferente e muito mais complexa, mas de certa forma, não pude deixar que me sentir alegre por estar mais uma vez com ela assim, perto de mim, para eu cuidar.

Guio Elena até seu quarto e ninguém nos segue, eu a deito em sua cama devagar e ela abraça os joelhos ainda chorando, fecho a porta do quarto e sento ao seu lado.

–Quer um pouco de água, um chá? – ela simplesmente nega arqueando em soluços. – Tente ficar calma ... – ela nega com a cabeça e reinicia um choro agudo, é tão torturante a ver assim, envolvo meus braços ao seu redor e ela agarra-se a mim como uma criança precisando de colo após uma queda onde se machucou muito.

–Isso não podia ter acontecido com ele. Eu odeio cavalos, eu sempre vou odiar cavalos... Eu não posso viver sem meu pai... Como poderia?

–Calma amor, eu estou aqui. Você tem sua mãe, precisa ser forte por ela, ela precisa de você e você dela. Você sempre foi tão forte, por mim, por todo mundo que ama, não pare agora.

–Fica comigo por favor, eu estou tão cansada, não consigo dormir, eu nunca vou conseguir dormir outra vez...

–Shh! Estou aqui, não está sozinha, fique calma. – faço carinha em suas costas, a tremedeira dela não passa, prendo sua cabeça contra meu peito com uma mão, enquanto a minha outra acalenta sua cintura.

Eu não consigo dormir à noite,

Bem acordada e muito confusa

Tudo está em ordem

Mas eu estou machucada


–Por favor, não vá embora... – ela pede e eu me permito sorrir, ela me quer aqui, com ela, depois de tudo. Ainda me ama? No momento eu não sei, só quero que ela fique bem.


–Nunca mais. – é só o que digo a abraçando mais contra mim, estamos sentados, colados um ao outro, eu só quero protegê-la.

Eu preciso de uma voz para ecoar

De uma luz para me levar para casa

Eu meio que preciso de um heroi

É você?


[...]


Querido, eu estou um pouco cega

Eu acho que é hora de você me encontrar


[...]



–Posso cantar uma canção, como eu fazia para Sofia quando ela não conseguia dormir depois de um pesadelo, eu era bom nisso. – ela só geme e me aperta mais.



Você pode ser o meu rouxinol?


Cante para mim, eu sei que você está ai

Você pode minha sanidade

Me trazer paz,

Cantar para eu dormir

Diga que você será meu rouxinol



–Na verdade eu não sei cantar, só cantarolar, mas ela se acalmava. – a sinto abafar um discreto riso, isso é bom. Ótimo!



–Só fique aqui, pode cantar se quiser, só não vá embora. – fala e me encara por uns segundos, olhos vermelhos, face molhada.

–Claro, vou ficar. – é tudo que digo, eu nunca iria embora.


Alguém fale para mim,


Porque eu estou me sentindo como o inferno

Preciso que você me responda

Eu estou desarmada


[...]



Eu não sei o que eu faria sem você


Suas palavras são como sussurros, sobrevivem

E contanto que você esteja comigo hoje à noite, eu estou bem


[...]



Cante para mim, eu sei que você está ai


Porque, querido, você é a minha sanidade

Você me traz paz

Canta para eu dormir

Diga que será meu rouxinol


Eu começo a cantarolar para ela, eu a sinto aos poucos relaxar em meus braços e vou deitando com calma na cama, a acomodando em meu peito, ela vira e eu sorrio a abraçando por trás, dou um beijo leve em sua face e continuo com o carinho e ‘canção’ até que sinto sua respiração cada vez mais leve e comedida, e então percebo que ela dormiu. Tento com toda calma me afastar sem acordá-la, ela reclama um pouco quando me mexo, mas depois de muito esforço consigo me afastar.


Lá dentro do quarto com Elena não deu pra notar o cair da noite, todo mundo já havia ido embora, até mesmo Kol. Agora na casa só Miranda e minha família e claro Bonnie. Todos estavam na cozinha e me encaram com expectativa e uma grande tensão que me deixa confuso.

–Ela dormiu. – falo simplesmente e o suspiro de alívio é geral.

–Graças a Deus. – diz Miranda e sorri para mim. – Venha sente-se um pouco e coma. Quando ela acordar vamos ver se também consegue fazer ela comer.

–Ela não tem comido? – pergunto sentando na mesa ao lado de Sofia.

–Pai ela sequer havia chorado. – ela fala num tom tão baixo que mais parece um crime. Arregalo os olhos.

–Quando vimos ela desabar nos seus braços chorando foi um alívio. Eu estava começando a ficar preocupada com minha filha. Todos nós aliás. – todos ao redor assentem. – Ela não colocou nada na boca, desde que veio para cá, ficava no hospital e só tomava água e café, dizia não querer dormir, eu fiquei com medo dela ficar doente.

–Ainda bem que o heroi chegou. – Alaric fala sorrindo para mim e percebo risinhos no rosto de todos.

–Deixa de ser babaca. – rosno, mas não consigo conter o riso.

–Bem o fato é que Elena deu sinal de ainda estar viva, chorou, dormiu e em breve vai comer, graças ao santo Damon. – é Bonnie que diz me deixando de boca aberta. – Devemos brindar com café por isso. – ela fala risonha.

–Saúde! –Miranda ergue sua xícara - Vamos fazer mesmo isso? Ora por que não?

–Saúde! - Dizemos juntos.

–Gray adoraria estar aqui no momento. – Miranda diz saudosa e todos a olhamos. – Tenho certeza que de certa forma ele está, e como sempre torcendo para que vocês dois se acertem. – me olha e eu sorrio.

–Sabe que não está sozinha. Stefan e eu ajudaremos em tudo o que precisar. Se quiser ir morar com Elena acho que...

–Meu lugar é aqui Damon, e ela sabe disso. Tudo vai ficar bem.

–A senhora tem tanta fibra. – Sofia diz fascinada.

–É preciso. – responde a ela em sorriso.

–Agora sei de onde Elena tirou. – Sofia diz, todos voltamos a sorrir.

Depois de terminarmos o jantar, vamos todos para a sala e ficamos perto da lareira conversando mais coisas, Miranda nos contava histórias do Gray e estava sendo um momento muito especial, quando um grito ecoa na casa.

–Não! – Elena... Todos nós paramos imediatamente com os risos e eu subo as escadas como um raio, não ligando para mais nada.

Ao chegar no quarto Elena está sentada na cama agarrada aos joelhos novamente, quando ela me vê entrar, olha diretamente para mim.

–Oh Damon! – estende seus braços e eu a recebo, tentando a acalmar.

–Tudo bem, estou aqui.

–Eu tive um pesadelo, você estava aqui, eu achei que tinha sonhado que você estava aqui, você foi embora.

–Não amor, eu só estava conversando com o pessoal lá embaixo, eu disse que não iria.

–Fica aqui, por favor. – ela me aperta forte.

–Por que você não toma um banho e desce comigo hum? Come alguma coisa...

–Não.

–Elena, Miranda me disse que não come nada a dias. Sabemos que isso não vai te fazer bem e combinamos que você seria forte por ela.

–Combinamos? – ela me olha séria.

–Combinamos. – digo serrando os olhos e ela me abraça novamente. – Vamos amor, tome um banho e desça comigo. Vista uma roupa confortável. Vamos lá.

–Sabe, eu não te autorizei a me chamar assim... – ela diz e se afasta me olhando com superioridade.

–Assim como? – estou confuso.

–Amor. – ela sorri sutilmente de lado e eu ofego.-Não achei que estivesse. – ela salta da cama me deixando estático.

–Mas até que eu posso me acostumar outra vez com isso... – ela diz já da porta de seu banheiro, eu abro a boca pra falar, mas ela bate a porta antes, me deixando com um riso bobo.

Fico esperando Elena sair, ela não demora muito, eu a deixo sozinha no quarto para se trocar e logo ela desce e se junta a nós todos na sala. Ela come e parece estar bem melhor, conversa com todos e aos poucos o clima fica melhor. Eu assisto a tudo sentindo minhas esperanças renovadas. Podemos dar certo outra vez?

Sinto meu celular vibrar e ma afasto indo atender na varanda ao perceber que é Bob.

–Como estão as coisas aí? – ele pergunta.

–Acho que voltando os eixos.

–Que bom. Eu consegui Damon. Achei a brecha na Khromos.

–E então?

–Vai dá pra ferrar todo mundo. Você não imagina o que eu consegui levantar, esse safado do MIkaelson tá metido em um monte de coisa, ao que parece o irmão dele não é seu maior fã e sujou muito o nome do cara na praça.

–Klaus é um idiota, o irmão que Elijah merece.

–Bem, quando você vai voltar?

–Eu não sei... – escuto alguém se aproximar – Tenho que desligar, falo com você depois. – desligo.

–Sua noiva? – Elena pergunta de braços cruzados, me olhando séria.

–Hã, não! Coisas do trabalho.

–O que vai fazer Damon? Você e Rose?

–É melhor você não tentar entender isso agora Elena. Vamos deixar isso quieto, por favor.

–Eu quero entender, eu tenho que entender. Principalmente depois de te ouvir me chamando de amor lá em cima. Qual é o jogo Damon? Você vai casar com ela.

–Não, eu vou acabar com ela. – Digo com raiva e sem pensar direito.

–Como é? – ela solta os braços incrédula e eu engulo seco.

–Fica fora disso Elena...

–Tá fazendo por vingança? Damon...

–Para! – eu grito e ela arregala os olhos – Eu não quero falar disso com você. Ela acabou com minha vida. Quase me matou, matou a Andie e não satisfeita me tirou você, não me resta nada a não ser isso.

–Você está se ouvindo, Damon...?Você tem sua filha, sua empresa, você tem...

–O que Elena? O que?

–Você tem a mim. – ambos paramos, ela com olhos marejados, eu absorto demais pra saber como me sinto agora. – Eu nunca deixei de te amar, e agora que você parece finalmente saber o que aconteceu, agora que podemos deixar tudo de lado e retomar nossas vidas, agora que eu preciso tanto de você, vai escolher a vingança?

–Você não entende... Cadeia alguma daria a ela o que ela merece. Ela destruiu minha vida de uma maneira... Se você soubesse...

–Eu sei. – ela avança a agarra meu rosto com suas mãos. – Damon, por favor. Pare, só vai se machucar mais, deixe a justiça cuidar dela.

–Não é o suficiente. – digo e me livro de seu toque dando-lhe as costas.

–Por favor... – sua voz é um sussurro a escuto puxar o ar de forma estranha. Viro a tempo de segurá-la antes que caia aos meus pés.

–Elena? – ela quase desmaia, mas está consciente. – Está fraca, não vamos ter esta conversa agora. Vamos subir, vou cuidar de você. – Ergo ela em meus braços e entro, na sala só vejo Alaric e Bonnie, não vejo mais ninguém e até me sinto aliviado, nossos gritos com certeza foram ouvidos e foi bom que nem Sofia e Stefan ou até mesmo Miranda estivessem mais por lá.

Passo por eles e subo deitando ela em sua cama.

–Eu terminei com Kol. –ela diz logo que a deito, sento a olhando incrédulo.

–Por que? – pergunto e ela faz uma cara de: “não é obvio?”

–Eu estava mentindo para mim e não seria justo com ele.

–Entendo... – sussurro.

–Vai dormir aqui? – me pergunta e não sei o que responder.

–Você quer?

–Você não? – levanto as sobrancelhas. – Preciso de um banho.

–Você conhece o caminho... – diz deitando na cama. - Só não demore.

–Não vou...


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Notas finais do capítulo

Bem gente, pra quem fica imaginando como o Bob é, eu dei uma pistinha de como o imagino hoje, pra quem gosta de Supernatural, deve saber quem na série é viciado em pudim kkkkk então eu imagino o Bob como o Jensen Ackles. Acho ele muito parecido com Ian.
Bem gente esse primeiro contato delena foi importante, e como vimos sempre tem que ter algo no meio desses dois, mas desta vez e mais uma vez é o Damon. Mas não se preocupem que eles não vão mais brigar. Elena vai tentar fazer ele desistir isso e todo mundo sabe que só Elena consegue as coisas dele kkkk
NO próximo:
—Delena terá um momento lindo, romantico e muito fofo, que eu sei que vocês estão esperando a mil caps atrás kkkkkk
— Damon vai contar a Stefan e a Elena tudo o que sabe.