Capitulo 01

Estávamos no final do século da luz ou século XVIII como você quiser chamar, quando meu pai morreu há certos seis meses eu tive que ir morar com meus tios. O que realmente acontece é que eu quero terminar de estudar pra literatura, mas estamos em um tempo em que todos querem escrever e chamar atenção. Século passado conhecido como século barroco foi dominado por poemas de autores que escreviam para si mesmo e posso me considerar sortuda por ser uma mulher onde se tem estudos, já que nem todas as mulheres da cidade têm esse privilegio.

Os burgueses estão reinando quase todos os pontos da cidade, e os nobres não estão gostando nada disso. Só existe uma família que não liga tanto pra esse tipo de coisa a minha e a família Cullen também conhecida como uma das mais influentes agora. A única diferença entre a minha família e a deles é que somos burgueses, mas apesar disso podemos dizer que estamos começando a ganhar reconhecimento notário.

Depois da morte de meu pai – já que minha mãe morreu ao me dar a luz – que saiu no jornal, veio muitas pessoas desejar pêsames pela perda, naquele tempo estava ainda no convento, eu não aceitava que as pessoas estivessem deixando Deus de lado e dizendo que ele não criou tudo isso que vivíamos – nessa época se dizia que Deus um ser que criou o universo não teve o privilegio de criar tudo – sim a minha família era muito religiosa, os Swan eram muito respeitados e tinham pontos em quase todos os lados da cidade. O que mais me deixou triste é que só depois da perda dos meus pais é que me entregaram uma carta onde me explicava que para o bem das indústrias eu deveria me casar e juntar os negócios da família e o que mais me deixou chateada foi que eu já só prometida para uma família - que meus tios aprovam perfeitamente, mas não me contaram ainda. – que meus pais já tinham afinidade, ou certo tipo de amizade tão desconhecida por mim até agora.

Pareci que foi ontem que ouvi meus tios chegando e anunciando meu noivado.

“Querida temos uma noticia a ti contar...” – tia Lila disse.

“Sim titia” – respondi.

“Acabamos de vim de uma reunião, e já marcamos o seu casamento” – ela disse.

“Ouw, claro tia como desejar” – e se retirou. Não era muito educado você revidar respostas a pessoas da família e já idosos, mesmo que quisesse muito como era o meu caso agora. Sempre me imaginei casando com quem eu quisesse.

Tia Lila era uma mulher com pose e bem elegante na verdade, sempre usava seus vestidos com luvas e fazia questão de exibir as jóias que possuía, ao contrario de mim mesmo tendo bastante vestidos sempre me acostumei ao simples - ao talvez fosse porque no convento não podíamos demonstrar qualquer tipo de extravagância.

 Nunca fui de muitas jóias me contentava com as que meu pai me dava e com as que minha mãe me deixou e eram sempre muito simples. Apenas com um pingente ou apenas com algumas correntes de ouro a mais.

Todo mundo já estava esperando a tão revolução que iria acontecer, as classes já não eram mais as mesmas. E eu me sentia feliz, só de uma coisa eu não concordava com a igreja: O fato de se você nasceu em uma classe morreria nela. (referente à revolução francesa)

Eu dava graças a não estarmos mais nessa época, por um momento me sentia feliz por saber que iria casar e fazer as ordens de meus pais. Titia me disse que a família que irei viver não era tão rústica como as outras e que só me queria feliz. O que me deixou feliz. Eu sabia que com o passar dos tempos iria amar meu marido e eu ainda me sentia sim meio estranha por me entregar á um cara que eu mal conhecia... E se ele não for o cara que titia pensa? – Eram muitas perguntas que rondavam minha cabeça, mal eu sabia que o cara era aquele ‘’Cara’’.

Após o casamento, entramos na carruagem a caminho da casa. Era tradição morarmos com os pais do noivo até ter certa idade, ou até conseguir o varão. Mr.Cullen agora também meu marido me olhava com uma cara do tipo: Nem eu posso acreditar meu bem. E eu não acreditava mesmo, quase 20 anos da minha vida eu nem sequer desconfiaria que o filhinho ali fosse meu marido, e que se não fosse tão rigorosa a época os dois concordaríamos em não nos casar, mas como a vida é bela...

_Certo, Senhor – disse eu – Vamos parecer felizes para seus pais, como se estivéssemos muito felizes com essa palhaçada.

_Ahhh Isabella casamos, mas não estamos acorrentados, e, por favor, pode me chamar de Edward, mon amour. Estamos casados, vamos ser íntimos. – e riu.

_Não iremos não. – falei.

_E porque não?

_Oras porque não! Nem nos suportamos Senhor – falei.

_Ahh, para de me chamar assim mulher. Chama-me pelo nome.

_Desculpa, vai ser difícil perder o habito. Mas...

_Certo, certo. Entendi você esta com o que Isabella? Nojo do seu marido? – ele provocou.

_Edward – disse meio receosa – Hm, não tenho nojo só acho uma coisa meio desnecessária. – tentei dizer.

Bem não me apresentei direito, meu nome Isabella Marie Swan, peguei Marie de mamãe, e parece que o destino quis fazer um pequeno inferno comigo, e pôs me a casar com a pessoa que eu mais detesto. Edward Cullen, como não tinha pensado antes, Cullen a família menos rígida da cidade. Apesar de o Senhor Cullen, ser o medico da cidade as pessoas o respeitam por suas idealizações não é como se fossem o jogar pedras por aceitar a igualdade entre todos.

Mas Edward seu filho, como posso eu viver com isso? O garoto saia com varias garotas da nobreza me esnobava por sempre ser mais culta. Chegou a falar na minha cara que todas as minhas amigas iriam casar antes de mim e que o louco que se casasse comigo seria realmente louco. De tantas coisas do tipo assim comigo, depois de um tempo parei de ligar e continuei a publicar os meus poemas no jornal. E agora eu me vejo casada com essa ‘’coisa’’. Chega ser irônico até.

_Como assim desnecessário? – Edward perguntou. Ahhh ótimo meu marido vai tirar proveito da sua mulherzinha virgem. Que ótimo é só que me faltava.

_Sabe Edward, nunca cheguei a pensar que o louco iria ser você. – disse e rir.

_Muito engraçada o santinha – ele enfatizou Ô santinha.

_Claro que sou Santa Edward, estava me guardando para a minha pessoa certa. Infelizmente não é o meu lindo maridinho. – falei.

_Oh oh, espera – ele disse – você não vai deixar seu marido ti consumar garota?

_Ahh não. – falei seria.

_Ahhh ta. Vá nessa. Bem que eu sempre soube que você era esse tipo mesmo. – ele se gabou.

_Ah como o odeio, Cullen – disse baixinho, mas ele escutou.

_Você não pode odiar seu marido amor. – e riu.

Eu sentir tanto ódio naquele momento, eu iria fazer Edward Cullen rever seus conceitos sobre mim. Que se dane essa burocracia toda, iria fazer o senhor ‘’pegador da nobreza’’ ficar na minha mão, me aguarde pequeno Edward. Rir internamente.

_Senhora Cullen, daria-me a honra para a nossa casa? – Edward estava do lado de fora da carruagem com a mão estendida para a minha saída. Eu peguei sua mão e ele imediatamente a apertou, enquanto o chofer tirava todas as minhas bagagens  para a minha nova casa.

_Ok, Edward eu não vou fugir, agora dá pra parar de apertar a minha mão? – falei.

_Como queira mon amour. – ele retirou sua mão da minha, mas colocou seu braço entrelaçado com o meu. – Bem aqui é o jardim – ele apontou. – E amanha iremos terminar de ter o seu tour pela casa, vamos agora para o nosso – ele enfatizou o nosso - quarto. - OMG, droga iríamos dormir juntos? Não imagina sua anta.

Agora eu realmente via a mansão... Mansão não! Parecia um castelo de tão grande. Ela parecia ser duas vezes ou talvez três vezes maior que a minha agora então antiga casa. Janelas e portas grandes árvores de grande porte, e roseiras lindas, eu estava deslumbrada. Por um momento pensei que iria chorar.

_Hah, pelo menos gostou da casa não é? Você nem viu nada ainda. – Edward disse.

_Ham, meus pais já arrumaram algumas coisas então até agora só conheço uma coisa que ti pertence – ele falou me guiando casa adentro que era realmente duas vezes mais bonita do que eu pensava, seus moveis vitorianos davam com certeza um ar de nobreza. – Por aqui, ah bem essa aqui é sua aia, Jessi certo? – Edward perguntou para a moça pequena a nossa frente, na verdade eu não queria ter aia nenhuma. Preferia fazer minhas coisas só. – Então é isso moça pode se retirar – Edward disse. – Então vamos?

_Ham, claro – disse.

Ele continuou a andar comigo e por onde nossos olhos passavam, ele me explicava o que era: biblioteca, sala de musica... Eu achava que ele queria realmente me agradar.

_E essa porta é nosso quarto – ele me olhou, parecia tomar coragem e abriu bem de vagar a porta. O quarto era definitivamente lindo e espaçoso, a cama com lençóis brancos, o papel de parede tudo, tudo até os mínimos detalhes pareciam se encaixar comigo, com o meu eu.

Talvez, só talvez a senhora Cullen não fosse como o filho. Já me disseram por diversas vezes que ela era realmente muito gentil e tudo o mais – mas filho de peixe, peixinho é meu amigo.

_Hm, eu- eu. – ele limpou a garganta e terminou – ham, eu irei ti dar privacidade. – e saiu.

Ô Céus – eu pensei, enquanto minha aia me ajudava a me arrumar para minha noite de núpcias, que pra mim não iria acontecer. Como iremos viver um com o outro, e ainda parecer felizes? – concluir o pensamento.

Mil e um pensamentos invadiram a mente de Isabella, qual desculpa iria dar ao novo marido? Eles se detestavam e agora são da mesma família, e iria ser isso? Como iam viver juntos? O que ela fez pra merecer isso tudo?

Sua aia saia enquanto o novo marido adentrava o quarto.