More Than Words escrita por DezzaRc


Capítulo 17
Última semana de aula I




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Segunda-feira

Época de provas lá na escola é uma droga. As turmas são juntadas e depois divididas em salas; primeiro, segundo e terceiro ano misturados. Nunca gostei disso, sempre ficavam insuportáveis comigo, e era mais que sorte uma de minhas amigas ficar na mesma sala que eu. Já sabia exatamente qual eu ficaria, e ninguém da Okey (meu grupo, ex-Okley, mas Leah saiu) ou Edward estaria nela. Que saco.

Ao chegar na escola, deparei-me com os corredores vazios. Fui “cedo” na esperança de ainda ter um bate-papo antes das provas, mas percebi que eu deveria reformular minha noção de cedo. Sendo assim, não me restou alternativa a não ser ir direto para minha sala. Se é que isso me consolava, meu grupo acabou espalhado por salas diferentes, nenhuma de nós ficamos juntas. Mas Nessie estava na mesma sala de Edward, e isso era um motivo evidente para ciúmes.

Esse feriado foi um martírio para mim. Edward não entrou no facebook dia nenhum, e eu tinha a vaga hipótese dele ter viajado. Quando uma de suas amigas atiradas deixou-lhe um recado no seu mural, indagando sobre seu sumiço, fiquei com um pouco menos de antipatia com a sujeita. No domingo à noite ele entrou, e quando conferi sua resposta, fora o que eu tinha pensado, viajou.

Algumas horas mais tarde, por volta das dez da noite, outra postagem sua fez meu coração acelerar de um modo ruim. Edward tinha passado na Fasar — a faculdade de riquinhos que eu não tinha me inscrito —, e ele pretendia ir para lá ano que vem. Íamos nos separar. Ele já tinha tomado seu caminho, e eu devia fazer o mesmo. Meu objetivo desde sempre foi ir para a UCC, e confesso que esperava muito mais dele; Edward era inteligente demais para desistir tão fácil assim de estudar em um lugar melhor.

Terminei minha prova — na verdade marquei qualquer coisa no gabarito, já tinha passado mesmo —, e quando o sinal bateu para liberar, tratei de sair logo da sala. Eu não podia ir embora, tinha a apresentação de português ainda, então não me restou outra coisa a não ser esperar. Minhas amigas não tinham saído ainda. Fui lá para a cantina, na esperança de encontrar alguma, mas nada. Resolvi subir e esperá-las perto de suas salas — estavam no mesmo corredor. Qual foi minha surpresa ao dar de cara com Edward saindo da sala de Nessie.

Nossos olhares se encontraram e ele abriu um sorriso sincero para mim. Quando terminei de subir a escada, ele estendeu sua mão em minha direção, o que me deixou bastante surpresa e sem reação por alguns segundos, até eu finalmente juntá-las em um singelo aperto. A superfície áspera e quente me dava conforto, e como eu queria que ele me abraçasse naquele momento. Nossas mãos permaneceram assim por um tempo, até senti-las deslizar lentamente, separando-as, relutante. Ou eu que tinha prolongado demais com o contato, e ele se sentiu incomodado, não sei.  

— Passei na Fasar, arquitetura e urbanismo, 2013.1.

Deveríamos continuar juntos!

Eu não estava muito feliz com aquilo, lembrava-me o final da oitava série, quando meus melhores amigos e eu fazíamos testes para nos mudarmos de escola, torcendo para que ficássemos juntos. Minha melhor amiga tinha feito para uma escola no qual meu pai não deixou me inscrever, e quando ela passou, tudo o que eu sentia era egoísmo, não queria me separar dela, mas sabia que aquilo seria bom para o seu futuro.

Mas a UCC que seria bom para o futuro de Edward!

— Parabéns! — elogiei-o, dado-lhe um sorriso radiante. Se ele percebeu minha animação exagerada, disfarçou muito bem. — Mas você não ia tentar a UCC?

— Ainda não saiu o resultado.

— Eu sei, mas você já vai pra Fasar ano que vem.

— É, mas vou tentar a UCC de novo ano que vem, vou fazer um cursinho junto com a faculdade, e se eu passar, posso até usar algumas matérias da Fasar lá.

Aquilo me encheu de esperança.

— Ano que vem só vou fazer o cursinho — informei-lhe. — E a UCC aceita matérias de outras faculdades?

— Tenho uma amiga que fez arquitetura mesmo na Fasar e depois passou na UCC e usou algumas.

— Ah sim.

Uma das funcionárias do corredor pediu para que descêssemos, e por sorte, Caius subiu com alguns testes de nossa sala nas mãos. Ele começou a distribuir, e me passou um bolinho para ajudá-lo.

— Olha se a de Edward está aí — pediu.

Procurei nome por nome, mas não o encontrei.

— Acho que ele não fez.

— O quê? — indagou Edward.

— Essa redação em grupo aqui.

Ele chegou perto de mim, parando ao meu lado, e olhando sobre o que se tratava o teste.

— Acho que foi em um dia que faltei.

Devolvi o resto a Caius e desci. Recebemos a notícias de que as apresentações só começariam depois das onze, e ainda eram nove da manhã. Fiquei sentada no banco sozinha lá em baixo, Edward passeando pelo pátio, e eu vigiando-o disfarçadamente. Nessie apareceu um tempo depois, encontramo-nos com Lauren no corredor, e mais tarde, Jessica se juntou a nós. Edward não ficou para as apresentações e logo fiquei triste. Ficamos no colégio até mais ou menos meio dia, assistindo apresentação dos outros, quando a professora informou que nossa sala não seria hoje, e sim amanhã, pois não daria tempo. Pode uma coisa dessas? Lógico que geral saiu furioso de lá.

Terça-feira

Entrei de supetão na escola, e ao olhar as escadinhas para a entrada, Edward estava chegando também com a vadia loira do outro terceiro ano. Eles pararam no meio do corredor, e ele a abraçou de um modo um tanto apertado demais, porém o cúmulo foi quando ele disse: “Um beijinho agora”. A garota estava de costas para mim, mas Edward estava perfeitamente em minha frente, e por breves segundos captei seu olhar em minha direção. Infeliz. Ele beijou-lhe sua bochecha, e eu apenas passei bufando por eles, marchando para minha sala lá em cima. As provas já tinham começado e achei estranho Edward estar chegando naquela hora, era um dos primeiros a chegar.

Quando terminei, já tinha batido o sinal para liberar. Assim como ontem, teria que esperar para apresentar meu trabalho de português, então desci e fui averiguar se alguma de minhas amigas tinha saído. A porta da sala de Jessica estava aberta, e por sorte ela já estava levantando para entregar sua prova a professora. Descemos juntas para a cantina e sentamos no banquinho lá embaixo. Um tempo depois Edward desceu indo direto para as mesas próximas a cantina. Esperava que ele não fosse embora cedo novamente.

Enquanto conversava com minha amiga, o vi se aproximar de nós sorrateiramente, estirando um cartão azul no meu rosto, o que me fez dar um pulo de susto. Peguei o cartão de sua mão e o símbolo minúsculo na lateral direita logo brilhou o nome “Fasar”. Virei-o e atrás estava o nome completo de Edward.

— O que é isso? — indagou Jessica ao meu lado, pegando o cartão de minha mão.

— É da faculdade de Edward. Pra quê ele?

— Pra entrar lá, é cartão de acesso — explicou, o sorriso não saía um segundo de seus lábios.

Ele estava mesmo contente com isso.

— Sou um universitário agora — gabou-se.

— E você já passou de ano aqui? — rebati, presunçosa.

— Errr... quase.

Guardando seu cartão no bolso, saiu de lá.

Nessie desceu um tempo depois, juntando-se a nós. Edward sentou com uma turminha em uma das mesas perto da cantina. O que pareceu ser quase uma hora depois, o grupinho de Caius — Emmett, Marcus, Aro, Alec — veio para perto de nós e sentaram do nosso lado. Logo engatamos em uma conversa divertida. Eric e Kate sentaram ao meu lado e conversavam entre os dois. Edward veio até nós, depois voltou para a cantina, comprou sua merenda e parou em minha frente, por fim.

— Edward hoje lá na sala, o professor de história estava de cabeça baixa aí do nada ele colocou um cartão da Fasar na cara do professor, chega ele se assustou! — contou-me Nessie. Caí na gargalhada e levantei o rosto para vê-lo, sendo pega de surpresa. Ele tinha escutado. Parei de rir imediatamente, não queria dar esse gostinho a ele.

— Que idiota, véi — murmurei.

Em resposta, ele continuou com aquele sorriso de retardado no rosto.

Enquanto eu prestava atenção às conversas do grupo ao meu lado, eu sentia o olhar de Edward cair sobre mim uma hora ou outra. Ele estava na frente de Kate agora. Quando voltou até mim, tocou meu tênis com o seu e tentei revidar em sua canela, mas ele se afastou rapidamente e fez de novo. Ignorei-o.

Nessie me chamou para ir ao banheiro e eu fui prontamente. Discutimos sobre eu ir para sua casa no sábado, já que pretendia me arrumar lá para a festa de encerramento, assim como Lauren. Por falar nela, nem tinha a visto hoje ainda.

Quando voltamos para o banco, o grupo de Caius já tinha saído de lá, mas Edward e seu povinho não. Encostei-me ao lado de Quil, e ele logo me perguntou se eu assisti Amanhecer. Falei que sim e começamos a comentar animadamente sobre o filme, e quando eu disse: “Robert lindo como sempre”, tive a impressão de Edward virar nessa hora para mim, porém, apenas dei de ombros e subi com Nessie.

Voltamos a nos encontrar muito tempo depois. Minhas amigas — Leah e Lauren e Jessica —, Embry, Laurent e Victoria — da outra sala — estávamos fazendo uma espécie de peça, na verdade um programa jornalístico, daqueles cômicos que mostram o cotidiano das favelas. A coisa estava bem idiota. Laurent fazia o papel do traficante que foi apreendido e não queria dar depoimento ao repórter, no caso, Lauren. Victoria era sua mulher, e eu sua filha, o papel dela era dizer que ele não queria pagar minha pensão, e eu apenas gritava “estou com fome, moço”. Foi algo muito, muito, muito engraçado. Mas a coisa piorou mais ainda quando Edward entrou, trazendo o grupo de Caius. Aí sim a zoação começou de verdade.

Marcus logo se juntou a Laurent, fazendo papel de cúmplice do traficante. Edward ligou a câmera de seu celular e passou para Embry, que era o câmera man. Ele, por sua vez, era o policial. Caius tomou o lugar de apresentador de Lauren, que virou outra delegada. Eu e Victoria continuamos com nossos papéis antigos. Jessica escreveu no slide de nossa apresentação — as coisas estavam tudo arrumadas, só faltava a professora vir — “13º DP”. Nessie, por sua vez, tratou de catar o celular do povo, para mostrar as coisas que foram apreendidas, depois as duas correram para a “platéia”, onde estavam Leah, Aro, Kate, Emmett e Eric.

O “programa” começou a ser filmado e eram só risos. Caius era um palhação, entrou realmente no papel de apresentador e parecia mesmo que ele estava entrevistando traficantes, esses, ficaram de costas para ele, negando-se a responder algo. Mas quando Marcus começou a dar seu depoimento do facebook, todo mundo caiu na gargalhada:

— Eu só tenho ele de amigo no facebook, mas nunca curti nem compartilhei nada, só fiz aceitar, nem conheço ele! Eu sou inocente!

Quando a câmera focou em Victoria, ela tratou de dizer que Laurent a “molestava” desde os 13 anos, em um linguajar meio gueto mesmo. Ao chegar minha vez, falei:

— Meu pai se recusa a pagar minha pensão, moço, estou com fome há uma semana!

— Não tenho dinheiro pra comprar o leite de minha filha, esse traste se recusa a pagar a pensão! — reclamava Victoria.

— E você não tem teta? — rebateu ele.

Ela fez uma cara de indignada.

— Uma menina grande dessas, ela só tem 7 anos!

Todo mundo se acabou de rir.

— 7 anos? Você tem certeza? — indagou Caius, segurando o riso.

— Sim! Só 7 anos!

A filmagem foi para a “delegacia”. Edward, como policial, explicou o que foi apreendido dos bandidos, e sua forma de falar parecia realmente que ele trabalhava naquela área.

Quando tudo terminou, matamo-nos de rir olhando a gravação final. Era tão bom estarmos todos unidos assim, ainda faltava gente da nossa sala, mas, sinceramente? Se estivessem aqui não seria o mesmo. Poderíamos ser unidos assim, sempre, infelizmente, agora era tarde demais.

A professora finalmente chegou, acabando com nossa diversão. Edward saiu com Caius e outros garotos, enquanto Jessica e Nessie colocavam o slide do nosso trabalho. Depois de tudo pronto, começamos a apresentar. Eu iria falar a introdução do trabalho, e modéstia parte, fui muito bem. Logo depois foi a vez de Nessie, em meio a sua fala, os meninos voltaram, assim como um grupo do outro terceiro ano e umas pessoas do segundo. Graças a Deus eu já tinha falado, odiava apresentações em público. Quando terminamos, foi a vez do grupo de Edward. Sentei na primeira cadeira e peguei sua revistinha, folheando-a, ele tinha percebido. Edward tinha falado pouco em seu trabalho, toda a atenção voltou-se para Caius e Alec.

Ao terminarem, o grupo todo seguiu pro fundo, mas Edward estava relutante. Havia uma cadeira ao meu lado, e ele já tinha olhado para ela umas duas vezes. Com sua revista aberta, ele veio até mim.

— Olha — disse, apontando para um quadrinho onde havia uma oca de índio e uns índios pulando na frente.

— O que foi? — perguntei, não entendo o que ele queria me mostrando naquilo.

— Pornografia.

Fitei o desenho com mais atenção, agora notando as falas que havia em cima da oca. Interjeições de gemidos. Revirei os olhos. Ele ia saindo, mas resolvi tomar coragem e toquei-lhe sua mão que segurava a revista, fazendo-o voltar a me olhar. Aquilo era uma pergunta sensata, que eu tinha feito a Lauren nesse instante, enquanto olhava seus desenhos. Não era meu objetivo tocar sua mão, e sim seu braço, então logo retirei-a dali, como se tivesse feito algo errado. Eu era besta mesmo.

— Tem um negócio aqui que quero que você me explique — eu disse, pegando a revista de sua mão. Ele sentou ao meu lado. Ponto para mim, era sua desculpa para ficar lá.

— O quê?

Passei as páginas até chegar no quadrinho que eu queria, onde estava um índio aparentemente sentado no chão, e só metade da sua parte inferior estava “coberta”.

— O que é isso aqui? — apontei para o negócio vermelho que estava na frente dele. Aquilo estava estranho demais.

— É a pedra que ele tá sentado.

— Não, o negócio vermelho!

— Ah, é a tanga dele.

— Mas não tá cobrindo a bunda dele — expliquei, mostrando a forma arredondada abaixo da tanga.

— Isso é a pedra que ele tá sentado, é porque o povo pintou errado.

Isso explicava o porquê da pele dele estar igual a cor da pedra.

— Ah, sim! — eu ri, depois virei para Lauren que estava atrás de mim e expliquei o que ele tinha me dito.

Para minha felicidade, Edward continuou ao meu lado. Esses dias ele estava vindo de bermuda e isso o deixava muito lindo. Eu não era tarada nem nada, mas eu tinha que admitir que a bunda de Edward era perfeita. Aliás, seu corpo era perfeito. Por cima de seu ombro espiei o que ele fazia no celular, parecia estar mandando mensagem para alguém. Laurent sentou ao seu lado e ele colocou nosso vídeo, baixinho, pra rodar; quem apresentava agora eram uns garotos da outra turma. Eu ri quando me vi lá, até que estava bonita. Acima de tudo, eu estava feliz por Edward ter algo de mim para lembrar, assim como eu também tinha um vídeo dele...

Virei para Lauren e lhe perguntei baixo:

— Você vai pro curso sábado?

— Não.

— Então vamos pra casa da Nessie comigo, oito da manhã.

— Pode ser.

Falei com Nessie ao meu lado:

— Lauren não vai mais para o curso, vai pra sua casa sábado.

Edward estava prestando atenção em nossa conversa.

— Vá com o cabelo lavado — eu informei a Lauren.

— Já vou com ele pranchado.

— Deixa que eu arrumo, Lauren — disse Nessie.

— Não, já vou com ele pronto.

— Ih, Lauren é cheia de coisas! — resmungou Nessie.

— A gente vai pra lá que horas? — Lauren perguntou, ignorando-a.

— Lá para as seis e meia, não quero escutar pagode — respondi.

Nessa hora Edward tinha encostado sua cabeça mais para o nosso lado, e quando eu disse isso, ele até parou por um momento e depois disfarçou.

Assim que as apresentações acabaram, tratamos de cair logo o fora dali. Na escada, Eric me chamou para eu escutar uma música que ele estava ouvindo no celular, não reconheci a cantora e quando estava perguntando-o quem era, Edward passou do meu lado, olhando-nos. Fiz questão de chegar mais perto de Eric de propósito.

Adel, marca de computador — Edward soltou, referindo-se a piada do professor de inglês.

Nós o ignoramos.

Eric me falou quem era a cantora, mas nunca tinha escutado. Continuamos andando, e quando passamos na sala dos professores, tinha uma turminha de nossa sala lá. O professor de história estava corrigindo os testes e pediu que esperássemos se quiséssemos ver nossas notas da prova. A maioria foi embora, restando apenas eu, Lauren, Nessie, Embry, Emmett e Edward. Os garotos ficaram na sala dele, enquanto eu e as meninas sentamos na escada do lado de fora da escola.

Embry trouxe meu teste e o de Nessie, ainda faltava corrigir o de Lauren. Enquanto esperávamos, Edward saiu com o seu no exato momento que eu disse “Eu vou chorar”. Ele ficou me olhando estranho e começou a subir as escadas onde eu estava de pé, parada.

— Tirou quanto, Edward? — Nessie quis saber.

Demorou alguns segundos para ele desviar os olhos de mim e responder:

— 1.6.

Xiiiiiiiiiiiiii — provoquei-o, mas ele me ignorou e nem olhou para trás. — Se fosse nota boa estaria gritando na nossa cara agora.

— Pois é — Lauren concordou.

— Me espere, seu infeliz! — murmurei, olhando-o passar pelo portão da saída.

— Que namorado é esse? — perguntou Nessie, rindo.

— Né? Ai, ai.

Mandei que Lauren pedisse ao professor para que corrigisse logo o seu, afinal, estávamos ali esperando. Ela foi, e minutos depois, recebeu e saímos.

À noite, quando entrei no meu facebook, vi a surpresinha dos meus queridos coleguinhas de classe. Edward tinha postado nosso vídeo na Internet, a escola toda tinha assisto a nossa palhaçada. Eu mereço, Senhor! Fiquei feliz por ver meu nome nos créditos, pelo menos aquela ameba não esqueceu de mim.

Quarta-feira

Na quarta nem vi Edward. Quando saí da prova, os corredores estavam um inferno, mas por sorte, Nessie terminou na mesma hora que eu e nos encontramos naquela confusão. Ela disse que se eu descesse um pouquinho antes, teria encontrado Edward na escada conversando com a vadia loira que ele tava abraçado ontem no corredor. Marcamos os últimos detalhes para Lauren e eu irmos para sua casa no sábado, e estávamos muito contentes com a festa. Faltavam três dias!

De tardezinha, ao entrar no facebook, vi a foto que a vadia loira tinha postado com Edward, a legenda: “Vou sentir falta dessas manhãs”, e ele comentando: “Vou sentir falta”. Até parece. Ela ia para a Fasar também, e não, não ia cursar “piriguetismo”. Assim espero. Outra das amiguinhas dele também tinha passado, do outro terceiro ano, e para a minha fúria, arquitetura e urbanismo. O pior foi ver ele dizer: “Vamos ser colegas de classe hahaha”.

Saí do facebook e fui olhar outras coisas. Meu celular começou a tocar, alerta de mensagem, era de Alice. O que eu li fez meu sangue gelar na hora:

Notícia ruim ‘-‘”.

Rapidamente voltei à rede social, e ela estava on. Mas não foi sua conversa que chamou minha atenção, e sim o recado de um dos organizadores de nossa festa. Eu apenas conseguia ler uma coisa:

A festa foi cancelada.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que postaria sexta, mas aconteceram mais coisas essa semana do que eu esperava. Esse capítulo está dividido em duas partes. Well, então é isso, a festa foi cancelada, gente =[ Não tenho nada a dizer sobre isso. Próximo post sai até domingo, provavelmente, e eu explicarei toda a história. Beijos e comentem :)