A Filha Da Morte E O Príncipe Dos Mortos escrita por Ana Flávia Souza


Capítulo 24
Segredos...


Notas iniciais do capítulo

Olá!! não deu para postar sexta porque eu saí de casa as 3 da manha para chegar em São Paulo e pegar o avião para a casa do meu pai...
Mas, aqui está mais um capítulo...



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POV. Meggy


Eu estava perdendo uma discussão para os filhos de Hermes quando Jayne entrou no quarto. Fiquei feliz em mudar de assunto. Não estava com paciência para as birras daqueles três.

Depois que Jayne contou sobre seu encontro com minha irmã, senti um frio na espinha. Se Hades havia enviado alguém para falar conosco significava que a situação era muito grave. E ainda por cima era Nêmesis. O que eu não entendia é por que agora?

–Faz sentido. - Olhei para a filha de Tânatos, confusa. - digo, faz sentido que seja Nêmesis. Agora, como vamos derrotar uma deusa?

Geralmente, quando um deus sequestra um filho de algum outro deus isso dá início a uma guerra no olimpo. E isso significava que o futuro dos deuses estavam nas nossas mãos. Deixei essa informação de lado para não assustar ainda mais a pobre Jayne. E pensar que a menos de duas semana ela ainda estava vivendo uma vida normal, em uma escola normal, com problemas normais.

– Não faça perguntas difíceis Jayne... Primeiro temos que achar o Nico...

– Fechado então, só deixa eu me trocar aí nos vamos! - Disse Giullia pulando da cama e indo em direção ao banheiro.

– E iremos para lá como? - Perguntei.

– Sei lá, podíamos roubar um...

– Não vamos roubar um carro Giullia! - Interrompi. Até quando ela vai insistir em roubar coisas?

– Estraga prazeres, então vamos pegar um ônibus mesmo...

– Com que dinheiro? - Perguntei novamente?

– Meus irmãos ou eu poderíamos roubar algum dinheiro de um turista desavisado.- sugeriu Giullia casualmente.

Ela é surda ou só gosta de me irritar? Quantas vezes eu terei que dizer que não podemos roubar os outros?

– Eu já disse que...

– Então fique sentada esperando uma ajuda divina. Eu vou ajudar a achar o Namorado da minha amiga.

– ELE NÃO É MEU NAMORADO! - Berrou Jayne com o rosto totalmente vermelho.

– Eu não mencionei o seu nome, você que se entregou. - Os filhos de Hermes começaram a dar risada.

Resolvi sair do quarto, quer saber de uma coisa... Deixa a Giullia fazer o que ela quer, eu não vou mais falar nada.

Fui andando pelos corredores, sem querer chegar a algum lugar exatamente. Algo me chamou a atenção e então eu entrei em um dos quartos que estava com a porta aberta. As luzes estavam apagadas. Algo me disse que eu deveria dar meia volta e voltar para o quarto mas minha curiosidade foi maior.

Já devem ter ouvido falar dos defeitos mortais dos semideuses não é? Eu tenho dois. Minha vontade de sempre proteger os outros e minha curiosidade excessiva.

–Ora ora, vejo que você realmente apareceu. - Disse uma voz feminina do outro lado do quarto. Minha vontade era de ir embora dali, mas minhas pernas não obedeciam. Ao contrário de ir em direção à porta, eu estava caminhando na direção da voz.

A porta se fechou atrás de mim e as luzes se acenderam. O quarto era grande e estava todo decorado com móveis de madeira escura e com detalhes em vermelho. No canto do quarto, perto da porta, sentada em uma poltrona que lembrava um trono, estava sentada uma mulher.

– Macária? - Perguntei receosa. - Achei que você já tinha ido embora.

– Eu não iria embora sem antes falar com a minha irmanzinha não é? - Disse a deusa fingindo estar ofendida.

– O que quer comigo? - Levei a mão até o cinto, mas lembrei que eu havia deixado minha espada no quarto. Praguejei em silêncio

– O que eu quero? Apenas lembrá-la da sua posição. Seu tempo está acabando Meggy, seu pai logo vai cobrar a dívida, então se decida...

– Espera, você diz que é logo. quanto tempo eu tenho? - Perguntei começando a ficar nervosa.

–Você sabe muito bem. - Depois de dizer isso ela desapareceu.

O quarto voltou a ser como era antes, com uma decoração clara e tropical. Fiquei parada ali durante alguns segundos até me lembrar que eu deveria estar planejando um jeito de ir até Moore.

Voltei para o quarto e vi que Giullia e seus irmãos brincavam com Spike enquanto Jayne olhava para seu anel.

–Aconteceu algo? Vocês estão tão quietos. - Disse desconfiada.

– Reclama quando não estamos quietos e reclama quando estamos quietos! Eu realmente não te entendo Meggy. - Implicou Giullia.

– Esquece... Enfim, como vamos chegar até Moore?

– Connor conseguiu pegar dinheiro com um turista que passou na frente do nosso quarto.

–E como vocês fizeram isso? - Perguntei.

– Simples. - Disse Travis.

– Eu apenas disse que tinha sido roubado e que precisava de dinheiro para voltar para casa.

– Sério? Foi só isso? E ele entregou o dinheiro de boa?

– Na verdade não, aí eu acrescentei que eu tinha que cuidar de mais quatro irmãos já que nossos pais haviam morrido. E quando ele ía pegar o dinheiro eu aproveitei e peguei a carteira inteira.

– Ei! Só o dinheiro que ele ia dar não era o suficiente? Vocês não deviam ter roubado nada além disso! - Censurei-os

– E aí está a estraga prazeres de volta. - Resmungou Giullia.

– Cala boca cria de Hermes.

– Gente, eu acho melhor sairmos daqui. - Disse Jayne nervosa.

– Por que? - Dissemos todos ao mesmo tempo.

– Não sei, apenas sinto que algo ruim vai acontecer se continuarmos parados aqui.

Ficamos em silêncio. No mundo dos semideuses nunca é bom discordar de sensações ruins. Decidimos sair dali no mesmo instante. Connor e Travis ainda queriam vir conosco, e como a primeira parte do caminho do ônibus que pegaríamos passaria razoavelmente perto do acampamento deixei que viessem. Mas só até aquele ponto.

Tive que usar a névoa para que o motorista acreditasse que estava atrasado então ele pisou fundo no acelerador. Por algum motivo que desconheço não havia mais ninguém no ônibus exceto por um casal na primeira fileira do ônibus. Ambos dormiam.

Sentamos nas últimas cadeiras.

Nas primeiras horas de viagem nada de ruim aconteceu. Jayne caiu no sono. Spike estava deitado no colo dela, mas agora ele parecia um gato normal graças à névoa. Giullia conversava com Connor enquanto Travis desenhava no rosto da Jayne com uma caneta permanente que ele roubou.

Fiquei olhando pela janela por um bom tempo. Vi a paisagem mudar e o sol se por. Fiquei pensando no meu encontro com Macária. Nunca disse nada sobre aquilo pra ninguém além do Quíron. A profecia subitamente voltou a minha mente.

" Em uma batalha por vingança

Enfrentarão o perigo real

Lideradas pela filha da morte

E com destinos pendurados na sorte

guiadas por uma cega esperança

uma casa, um final

E a maldição de quem quer proteger

poderá por tudo a perder."

Ela estava começando a fazer sentido. Acabei dormindo um pouco depois da primeira estrela despontar no céu.

Acordei com a Jayne gritando.

– Nãão!!! Travis, eu acho que isso é uma péssima ideia!! - Abri os olhos e vi O filho de Hermes na minha frente com a caneta perto do meu rosto.

– O. Que. Você. Estava. Pretendendo. Fazer? - Disse. A cada palavra ele se afastava um pouco.

– Nossa. Essa menina não sabe brincar. - Resmungou mal humorado tampando a caneta.

– eu avisei. - Retrucou Jayne. - As pessoas não gostam de acordar com o rosto todo riscado sabia?

– Ei, ér... Jayne? - Comecei a dizer. - Você já viu o seu rosto? - disse apontando para um espelho no fundo do ônibus, em cima de uma caixa cheia de copo d'água.

– Enh? Não por qu...- Seus olhos se arregalaram - Não! não, não, não ,não. - Disse ela correndo para se olhar no espelho. Os Irmãos Stolls e Giullia começaram a rir.

– TRAVIS! Eu te ma... - Ela arregalou os olhos mais uma vez e então caiu de joelhos. - Desculpa, eu quase... Eu quase... De novo eu quase.

– Você quase o que? - Disse Giullia impaciente.

– Ela quase matou o Travis de verdade. - Disse com a voz calma, mas por dentro eu estava tão assustada quanto Jayne.

– E como ela planejava me matar a essa distância?

– Com o dom da morte. - Os três engasgaram e olharam para Jayne com receio.

– O dom do que?

– O dom da morte. - Disse Jayne se levantando. - Quando eu fico com raiva de alguém essa pessoa morre. Sem motivo aparente... é só eu pensar em alguém morrendo e ela morre de verdade.

– Tudo bem Jayne! - Disse Travis chegando perto da menina. - Eu ainda estou vivo certo? Não tem nada de errado. você não escolheu nascer filha de Tânatos.

– Obrigada. - Dava pra ver uma lagrima escorrendo pelo rosto dela.

– Odeio estragar o momento, mas... Esse é o ponto onde vocês dessem, Stolls.

– Eu não vou sair daqui. - Disseram os dois e uníssono. - Eu quero ajudar.

– Mas olha a situação em que vocês estão! Vocês precisam voltar. se vocês ficarem podem acabar piorando.

– Não nos subestime. Isso não é nada que um pouco de Ambrosia ou néctar não cure. - disse Connor.

– Mas aí ficaremos em cinco campistas e isso atrairia mais monstros.

– Éer... Meggy... - Disse Jayne secando as lágrimas. -Estamos indo para uma casa infestada de monstros. Eu não me importaria em ter mais um par de armas do nosso lado.

– A Jayne é a líder da missão afinal né. Ela que manda! Não você Meggy! - Disse Giullia Agarrando o braço da filha de Tânatos e me mostrando a língua. Quanta maturidade meus deuses.

–Está bem, está bem. Vocês venceram. Mas se acontecer alguma coisa com eles. Vou mandar Quíron vir buscá-los e levá-los de volta.

– Obrigada Meggy. - Disse Giullia que pulou em cima de mim e me abraçou.

– Certo. Mas vocês vão ter que se comportar, não sei se vou aguentar três crias de Hermes...

Depois disso a viagem segui tranquila até chegarmos em uma área de plantação. Não havia nada além de plantações e mais plantações de milho para todos os lugares que se olhava.

Senti um arrepio e os pelos da minha nuca se arrepiaram. Algo de ruim iria acontecer. De novo...


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Notas finais do capítulo

Comentem e favoritem a história se vocês gostaram ^^

E seria pedir demais que vocês Recomendassem a fic?? *--*

Até a próxima sexta!!!!!

Mais uma coisa... FALTAM 39 DIAS PARA O MAR DE MONSTROS!!!
o/



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