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Alec ouvia o amassar das folhas eram passos no chão da floresta. Alguém caminhava em sua direção continuou a observar as margens do rio quando começãva a sentir o cheiro de lavanda, e sabia quem era. Ela já olhava para ele, surgindo entre as folhagens densas de um arbusto. Seu caminhar leve, lembrava o andar dos monges de igrejas antigas. Seu olhar sereno e impassivo, fazia uma análise dele ao mesmo tempo. Ela parou, olhando-o com firmeza e sem medo , estendendo a ele, uma taça de ouro. Ele estranhou o calice parecia antigo e tinha estranhas escriçoes em uma lingua que ele não conseguiu identificar .

– Beba.

– É isso, feiticeira?

Claire sorriu para o vampiro, que olhava desconfiado para o cálice de ouro que ela o estendia.

– É o chá. Beba, vampiro.

Claire　se divertia com　o　vampiro poderoso que estava com medo da bebida.

– Na minha terra, servimos o chá em xícaras de porcelana, feiticeira. E vampiros, só bebem sangue.

Ela suspirou, tentando manter a paciência com o vampiro.

– Beba, Alec! É um chá poderoso. Vai precisar para que seu mestre não leia em sua mente que há três crianças e que Renesmee está morta.

– Morta? Eu vou achar que Nessie morreu?

Alec olhava intrigado para a bela índia de pele　tom de caramelo dourado, que parecia se divertir de sua protelação. Mas um fio de esperança começava a brotar em seu peito morto.

–　Esta bebida vai fazer　esquece-la?

Alec tinha uma vaga esperança, que sua dor fosse amortecida de alguma forma mística.

– Não! Você não vai esquece-la. Não pode. Tem que cumprir sua promessa.　Lamento, não posso aliviar　a dor de seu coração　com chás ou ervas. Precisa sentir tudo　que está sentindo agora.

– Por quê? Pra quê?

–　No fundo, você sabe porque. Você não foi um 　homem bom Alec Volturi. Não fez atos de muita nobreza em sua vida humana ou imortal. Não se julga merecedor de nenhum amor　e talvez, realmente não seja pelos atos de maldade que já cometeu. Mas sei que se arrepende. Sei que o amor que sente por ela　te salvou de si mesmo. Por isso, não pode esquece-lo, nem abrandá-lo. Sentirá, sofrerá　e　depois, talvez depois, terá seu perdão.

Claire estendeu novamente o cálice para o vampiro, que pegou. E num só gole, bebeu tudo.

– E agora feiticeira?

Claire sorriu novamente.

– Agora, fará algo que há séculos não sabe o que é. Dormirá profundamente por alguns dias, até que seu cérebro absorva as novas memórias. Mas não se preocupe. Terá doces sonhos.

– Sonhos?

– Sim! É um presente dos espíritos pra você. Tem alguém que quer reve-lo.

– Quem?

– Possibilidades,　Alec. Talvez seu perdão.

A voz da feiticeira foi sumindo. O vampiro sentiu sua mente escurecer e sua boca ficar seca, mas não era sede. Suas pernas já não sustentavam seu corpo e ele caiu na escuridão completa.

– Ele apagou?

A voz grossa de Quil foi ouvida por Claire, que velava o corpo do vampiro, já estendido no chão.

– Sim! Leve-o para os Cullen,　Quil. Diga a Alice, para fazer como combinamos. Ele deve dormir por dois ou três dias.

Quil beijou sua Claire e foi pegar o corpo do vampiro caído à beira do rio.

– Droga! Ele fede demais.

Claire sorria com as reclamações do seu lobo, que levava o corpo do vampiro nos ombros.

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( Dia seguinte casa dos Cullen )

– Eu não posso, pai! Não posso escolher entre eles. Olha pra eles.

Renesmee olhava as três crianças, adormecidas tranquilas na cama de casal. Edward não tinha uma resposta para dar à sua filha. Ter que escolher entre seus filhos, qual iria para Volterra. Não é algo que ele poderia dar conselhos, mesmo Alice insistindo para que fosse Jason, o enviado.

A única coisa que Edward sabia, era o óbvio, que o tempo estava acabando. Logo Alec acordaria e a decisão já deverá ter sido tomada. Edward ouvia os pensamentos de Alice se aproximando. Ela parou na porta do quarto, olhando fixamente para Edward, pedindo autorização silenciosa para seu pedido.

Renesmee percebeu o diálogo silencioso de seu pai com sua tia.

– O que foi, gente? Vocês querem me dizer alguma coisa?

Edward fez um sinal de confirmação com a cabeça, para que Alice enfim falasse o que era. Alice respirou fundo, se sentando na cama ao lado de Renesmee.

– Preciso que desça querida. Jacob já esta lá em baixo. Precisamos conversar todos juntos. Esme ficará com as crianças.

Segundos depois, Esme entrava no quarto, com três mamadeiras já preparadas, para quando as crianças acordassem. Deu um beijo na testa da neta, tranquilizando-a.

– Pode ir, querida. Eu cuido deles.

Renesmee suspirou, olhando com dor para seus filhos. Sabia o motivo da reunião. Não havia mais tempo. A decisão tinha que ser tomada.

Renesmee desceu as escadas da mansão, olhando cada um de seus familiares. Jake a abraçou, mas ela não permitiu que o desespero a dominase de novo. Foi Carlisle que fez a pergunta que queimava na garganta de todos.

– Precisamos que nos digam. Quem vai com Alec para Volterra?

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PDV - NESSIE

Olhei para Jacob, e ele apertou minha mão nessa hora. Meu avô percebeu que não tinhamos falado sobre isso um com o outro, e resolveu falar.

– Sei que não podemos dizer o que devem fazer. Só cabe a vocês tomar esta descisão. Mas como somos uma família, vou dizer o que penso. Não mande Edmond. Ele tem um poder, que nas mãos de Aro, seria muito perigoso. Sem falar, que ele tem uma preferência natural por sangue, e isso em Volterra, só vai piorar. Sarah é a mais frágil, Nessie. As chances dela ser moldada e se tornar uma das esposas de um nobre vampiro assim que atingir a idade são muito grandes. Sem falar que Seth provavelmente enloqueceria se ela for. Jason é o mais forte fisicamente e mentalmente, uma vez que Edward não consegue ler sua mente. Provavelmente, Aro também não conseguirá. É ele, o menos suscetível à sangue. Os genes Quileute nele, são muito latentes. Os exames que fiz neles, comprovam isso claramente.

– As chances dele voltar são maiores, Nessie. Ele vai se sentir compelido a se juntar à matilha assim que a febre da transformação vier. É ele quem cresce mais rápido. Isso indica que será o primeiro a se transformar. (Alice )

– Talvez queiram ficar sozinhos para tomarem sua descisão. Nós vamos sair todos. Só Esme vai ficar para olhar as crianças, enquanto vocês conversam.

Meu pai disse, pegando minha mãe pela mão. Mas antes de sair, ela me deu um beijo no rosto, alisando com carinho meus cabelos. Logo, toda a família os seguiu, deixando eu e Jake sozinhos. Olhei para Jake, e seu semblante era assustado e confuso, como se já esperasse que tudo isso acontesese.

– Também acha isso, Jake? Que Jason é o mais forte? Que ele sobreviveria à Volterra, sem se transformar em um monstro?

– Nossos filhos nunca serão monstros, Nessie. Mesmo que assassinos embalem seus sonos. Nenhum deles! O amor que temos por eles não permitirá que isso aconteça. Não importa quem vá! Nenhum deveria ir, mas qualquer um que for, voltará meu filho amado, e nada que aqueles malditos façam, mudará o caráter deles.

Abracei Jake, inalando seu cheiro, que acalmava meu coração. Mas as palavras de meu avô pesavam em meu peito. Edmond teimoso demais, com um dom muito perigoso. Sarah pequenina e frágil, com seu crescimento lento e sua mente poderosa. E Seth! Pobre Seth, morreria se ela for. Jason, orgulhoso e forte como o pai. Um Quileute! Não tinha como não afirmar isso nele. Suspirei com pesar, e as palavras sairam da minha boca, como se eu estivesse proferindo uma maldição.

– Jason deve ir, Jacob. Alice tem razão. Assim que febre baixar, ele se sentirá compelido a se juntar à matilha, e seu crescimento acelerado, fará com que ele venha mais rápido que os outros, e volte pra nós.

Jacob confirmou com a cabeça, sem me olhar. Tentava esconder de mim as lágrimas, que já brilhavam em seus olhos. Se afastou, olhando para varanda, os bringuedos jogados da brincadeira das crianças. Suas mãos encontraram o rosto, e passavam pelo cabelo, nervoso. Eu ouvia seu coração batendo angustiadamente, e sua respiração ficar mais passada. Segurava as lágrimas ferozmente, meu lobo. Abracei sua cintura, encostando meu rosto em suas costas largas. E ele falava com voz embargada de tristeza e dor.

– Eu já sabia que ele iria... Eu sabia que ele não ficaria com a gente... Eu só queria... que isso tudo fosse so um maldito pesadelo... Que eu pudesse acordar agora mesmo, Nessie. E que nosso filho não fosse tirado da gente.