Só mais uma história de amor escrita por Sali


Capítulo 13
Ciúme


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeey my girls

Ai meu deus, quando tempo.

Cara, eu tava mor-ren-do de saudade de vocês, sem brincadeira.

Desculpem por essa demora bastante incômoda, mas como minha querida bitch (ops, amiga) disse no avisinho, eu viajei e voltei no domingo.

E minhas aulas também voltaram, por isso eu tô bastante sufocada e lindamente sem tempo. Por isso eu tô postando agora.

Mas, sem mais delongas e explicações chatas. Leiam esse cap beem grandinho porém sem nenhum conteúdo =D



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Mesmo com a distância que separava o prédio de Júlia do meu, eu não demorei muito a chegar lá e pegar as minhas coisas, assim como foi pouco o tempo que eu levei para chegar ao campus da faculdade.

– Ah! Finalmente, Mari! – Júlia exclamou assim que eu cheguei ao fundo da sala. Sorri e joguei a minha mochila no chão, me aproximando da mesa onde Júlia estava sentada. – Achei que você iria se atrasar.

– Eu não demorei tanto assim! – Exclamei, vendo Júlia segurar a frente da minha blusa e me puxar para si. Coloquei as mãos sobre as suas coxas e a beijei sem demora.

– Espera... vocês duas... já...? – Ouvi a voz de Ana e me separei de Júlia, vendo-a entrar na sala ao lado de Pedro.

– Sim, Ana. E ela dormiu na minha casa. – Júlia revirou os olhos e eu ri.

– Caramba! Vocês duas são tipo... ninfomaníacas? Vocês não ficaram nem uma hora brigadas! – Ana exclamou, em um tom de revolta que fez eu, Júlia e Pedro rirmos.

– Falando nisso... e o que aconteceu ontem, Ana? Depois que a gente foi embora? – Perguntei.

– Bom, a Fernanda disse que você estava mentindo e que ela nunca faria isso. – Ana sorriu e eu arqueei as sobrancelhas, dando uma risada.

– Sério? E o que você disse? – Júlia perguntou.

– Nada. Eu fui embora. – Ana deu de ombros e eu ri.

– Fez o certo. – Pedro sorriu.

– Mari, eu estava querendo ir ao shopping amanhã, para comprar algumas coisas que eu estava precisando. Vamos?

– Sério? – Arqueei as sobrancelhas.

– É.

– Isso quer dizer visitar todas as lojas do shopping e parar de vitrine em vitrine para olhar nada exatamente? – Perguntei em um tom desanimado, fazendo Ana e Pedro rirem e Júlia me dar um tapa no braço.

– Mas que namorada chata eu tenho. – Ela disse e eu esfreguei o meu braço, onde ela havia batido. – Nem posso querer a companhia dela para um passeio. Mas tudo bem. Ana, não está a fim de ir comigo? É aquele shopping novo, tem um tanto de menina linda solteira.

– Ei! Que isso! Claro que não. Quem disse que eu não vou? – Exclamei.

– Hmm... Você?

– Colocou palavras na minha boca. É claro que eu vou, meu amor. – Eu respondi e Júlia, Ana e Pedro riram com meu súbito ataque de ciúmes.

– Bom dia. – Uma voz masculina fez as risadas terminarem, e nós quatro olhamos ao mesmo tempo para a frente da sala, onde o professor mexia na sua pasta.

Me afastei da garota sentada na mesa e ela pulou dali, se sentando rapidamente na cadeira. Eu fiz o mesmo, vendo que Pedro e Ana também já estavam sentados.

Algumas pessoas ainda conversavam, mas foram interrompidas pelo professor.

– Eu gostaria de silêncio para começar essa aula, por favor. – Ele pediu em um tom autoritário, e logo a maior parte das pessoas parou de conversar.

Os cinquenta minutos que passaram não demoraram muito. Aquela aula não era chata, por mais que eu tenha quase dormido em algum ponto.

– Noite agitada? – Ana perguntou, fazendo eu soltar uma risada baixa.

– É... tipo isso. – Sorri e soltei um bocejo involuntário, voltando a prestar atenção no livro que o professor indicava.

–... e esse livro será importante para a sua próxima avaliação. – Ele terminava de dizer. – Para qualquer dúvida, todos os dados do livro estão anotados aqui. – Completou, escrevendo o título, autor e editora em um canto do quadro. Logo que ele terminou, o sinal bateu.

As próximas aulas se passaram sem absolutamente nada relevante, e nós podíamos simplesmente ter ido embora depois do primeiro horário, como a maior parte dos alunos fez. Mas eu precisava de um pouco da matéria para finalizar um trabalho, e Júlia, Pedro e Ana – sabe-se lá por que – também resolveram ficar até o último horário.

Enquanto caminhávamos para fora do campus, Ana estava ao meu lado, reclamando sem parar que o cabelo estava seco demais enquanto Pedro tentava convencê-la de que ele estava bom.

– Não! Eu preciso fazer uma hidratação urgente! – Ela exclamou, em um tom desesperado.

– Para mim ele está bom. – Dei de ombros.

– Mari, você nem sabe o que é hidratação direito! – Ana exclamou e eu ri.

– Claro, eu não pinto o cabelo de vermelho a cada duas semanas. – Dei de ombros.

– Mas você é mulher! – Ela exclamou. – Mesmo não parecendo...

Júlia e Pedro começaram a rir e eu revirei os olhos, levando a mão ao cabelo e bagunçando-o um pouco.

– Ah, agora ficou ótimo. Parece que você acabou de acordar depois de uma noite de sexo.

Dei uma risada.

– Mas foi mais ou menos isso!

– Não... – Júlia murmurou. – Hoje de manhã estava melhor. – Ela riu e ficou na ponta dos pés, mexendo no meu cabelo com a mão. Recuei um passo.

– Não, está ótimo! – Exclamei, passando novamente os dedos pelo meu cabelo. Júlia revirou os olhos.

– Chata. – Ela reclamou e eu dei uma risada.

– Vamos embora.

...

O som repentino do despertador me fez dar um pulo da cadeira da escrivaninha. Cocei a cabeça e olhei o relógio: eram duas e meia da tarde. Salvei rapidamente o arquivo interminado do trabalho de sociologia e fechei o notebook sem desligar; pouparia tempo mais tarde.

Troquei a camiseta que eu usava por uma outra cinza-clara e vesti jeans escuros e um par de tênis all star antes de sair do apartamento com a mochila pendurada em um ombro e o capacete na mão.

De moto, eu não demorava mais que vinte minutos para chegar ao shopping onde era o Café.

– Boa tarde, Mariana. – Juliana falou assim que eu entrei.

– Boa tarde. – Respondi com um sorriso.

– Mari! Chegou cedo hoje. – Bruna exclamou e eu ri.

– É, eu faço isso de vez em quando. – Sorri e ela deu uma risada.

Seguimos até o banheiro, onde Esther e Bárbara conversavam animadamente.

– Oi, Mari! – Esther sorriu logo que me viu.

– Oi Esther, Bárbara... – Sorri de volta e a garota de cabelos castanhos deu um aceno leve de cabeça enquanto segurava uma camiseta branca diante do corpo, cobrindo-o com ela.

Andei até o outro lado do banheiro e coloquei a minha mochila sobre a pia. Tirei a minha camiseta cinza e peguei a branca na mochila, percebendo que Bárbara parecia lançar olhares discretos com um tipo de surpresa para o meu corpo. Ao vestir a outra camiseta, vi que ela pareceu arregalar os olhos.

Desviei a minha atenção disso e guardei as minhas coisas na mochila.

– Bárbara, tudo bem? – Ouvi Esther perguntar.

– Tudo. Por quê?

– Eu te fiz uma pergunta. Cinco vezes. – Esther respondeu e ela balançou a cabeça.

– Desculpa, eu me distraí. Qual foi a pergunta?

– Pronto, tô pronta. Vamos, Mari? – Bruna tirou a minha atenção da fala de Esther.

– Vamos. – Sorri. – Antes que a Juliana desconte da gente.

Bruna prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e me acompanhou para fora do banheiro.

– Onde estão Esther e Bárbara? – Juliana perguntou.

– Ainda estão lá dentro. – Eu dei de ombros.

– Você pode ir lá chamá-las? Elas estão demorando demais. – A gerente pediu e eu assenti, voltando ao banheiro enquanto Bruna ia para a área de livros.

A Mari? Por que você acha isso? – Ouvi a voz de Esther e arqueei as sobrancelhas, batendo de leve na porta do banheiro antes de entrar.

– Esther, Bárbara. A Juliana tá pedindo para vocês virem logo. – Avisei.

– Ok. A gente já tá pronta. – Esther respondeu e eu dei um aceno de cabeça, saindo dali.

Fui para o balcão e fiquei lá até que Esther e Bárbara chegaram.

– Me dá um café preto. – Um homem de terno, cabelos grisalhos e barba por fazer pediu depois de um tempo, jogando a ficha sobre o balcão. Toda a sua atenção estava no celular que ele trazia na mão.

Peguei a ficha sobre o balcão e corri os olhos por ela, colocando-a de lado e pegando uma xícara. Enchi-a com o café e coloquei-a sobre o balcão, diante do homem.

– Aqui. – Falei e ele levantou os olhos do celular.

– Obrigado, garota. – Ele agradeceu, para depois fixar o olhar em mim. – Espera... você é uma garota, não é?

Segurei o riso e assenti. Ele deu de ombros e voltou a mexer no celular depois de tomar um gole do café.

– Eu não entendo esses caras. – Esther falou baixo quando cheguei perto dela. – Quero dizer, você parece uma garota para mim.

Dei uma risada.

– Até eu confundo às vezes, Esther. Deixa ele. – Respondi e ela riu, saindo de trás do balcão e indo atender um casal que parecia precisar urgentemente de uma garçonete.

Uma mulher parou em frente ao balcão e começou a correr os olhos pelo cardápio que estava ali. Ela tinha os cabelos muito curtos, quase raspados e uma argola no canto do lábio inferior, uma no nariz e outra na sobrancelha. Ao mirar o seu rosto, não consegui evitar de lembrar da personagem de um livro que eu havia lido há algum tempo.

– Deseja alguma coisa? – Perguntei.

– É... quais são os sabores dos muffins? – Ela perguntou.

– Chocolate, baunilha e morango. – Respondi.

– E esse? – Ela indicou o muffin com a massa colorida com as cores do arco-íris através da vitrine.

– Também é de baunilha. Só que com corante.

Ela sorriu.

– Eu quero um desse. E um capuccino médio.

– Ok. Só um minuto. – Pedi e peguei um copo descartável médio, indo até o outro lado do balcão.

Comecei a preparar o capuccino e Bárbara se colocou ao meu lado, arrumando uma xícara de latte. Estiquei o braço para pegar um guardanapo e esbarrei nela, que se encolheu quase automaticamente, como se houvesse tomado um choque.

Ignorei isso e terminei o capuccino, tampando-o com a tampinha de plástico. Coloquei um muffin arco-íris em um prato e coloquei os dois sobre o balcão, diante da mulher.

– Obrigada. – Ela abriu um sorriso e eu retribuí.

Logo Esther voltou ao balcão e nós continuamos servindo os clientes.

– Deseja alguma coisa? – Depois de um tempo, ouvi a voz de Bárbara enquanto eu terminava de encher um copo descartável com café preto.

Me virei para o balcão e vi que quem falava com ela era Júlia. Entreguei rapidamente o copo ao homem que pedira e me coloquei ao lado de Bárbara.

– Hey, Ju! – Exclamei, abrindo um sorriso. Ela também sorriu. – O que veio fazer aqui?

– Eu estava perto do shopping e resolvi passar aqui para comprar o livro que o professor falou. – Ela disse.

– Só por isso? – Perguntei.

– Não. – Ela disse e eu sorri. – Também vim tomar um café.

– Uau. Incrível. E de mim você esquece, é isso? – Arqueei as sobrancelhas e ela riu.

– Eu tô brincando, Mari. Mas agora eu vou lá procurar o livro e te deixar trabalhar.

– Ok. – Sorri. – Vai ficar muito tempo aqui?

– Você vai sair que horas?

– Daqui a duas horas.

– Então daqui a duas horas eu vou embora. – Ela sorriu.

– Que ânimo! – Ironizei e ela riu.

– Demais. Agora vai trabalhar.

– Sim senhora. – Respondi, batendo continência. Ela deu mais uma risada e saiu dali, indo em direção à área de livros.

– Uau! Visita ilustre no trabalho. – Esther apareceu ao meu lado e eu ri.

– Pois é.

– Quem era ela? – Bárbara perguntou.

– Júlia. – Esther respondeu por mim.

– Júlia? – Ela arqueou as sobrancelhas.

– É. A namorada dela, Bárbara. – Esther respondeu.

– N-namorada? Quer dizer que... ela... gosta de mulheres?

– Espero que sim. – Respondi. – Seria terrível descobrir que não depois de seis meses de namoro.

– Ela não parece ser sa... quero dizer, lésbica. – Bárbara falou baixo e eu dei uma risada levemente irônica, indo atender uma garota que esperava diante do balcão.

O tempo passou rápido. Depois de comprar o livro, Júlia voltou ao balcão e se sentou ali, pedindo um capuccino e um muffin de baunilha com gotas de chocolate. Quando não haviam clientes pedindo, nós conversávamos um pouco. Até que, finalmente, o relógio indicou que era hora de ir embora.

– Ah! Finalmente! – Esther exclamou e eu dei uma risada.

– É, finalmente. – Concordei, saindo de onde eu estava e indo até Júlia, que ainda estava sentada em um banco diante do balcão. Ela pegou a frente da camiseta e me puxou para si, agarrando o meu cabelo e tocando seus lábios nos meus. Dei-lhe um selinho e segurei a sua cintura, beijando-a de verdade. – Calma, Ju. A gente ainda está no Café. – Murmurei logo que nós nos separamos.

Ela deu uma risada.

– Ok. Então vai lá trocar essa blusa para a gente ir embora logo.

Dei um sorriso.

– Claro.


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Notas finais do capítulo

E aí? Que tal?

O título tá ridículo né? Eu sei... É que minha criatividade pra títulos é abaixo do nível subterrâneo. Então... se alguém tiver alguma ideia pra título que combine com o cap, eu aceito de bom grado.

E... é isso.

Espero reviews, tá?

Au revoir :B