Hidden Feelings escrita por Jane Doe


Capítulo 5
The Party I


Notas iniciais do capítulo

Olá gente ;3 obrigada pelos 71 reviews, e desculpem a demora e o capitulo resumido e curto, achei melhor dividir essa parte em duas :)
#Enjoy



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Eu preciso sair dessa situação, custe o que custar. O que adiantaria se eu continuasse daquele jeito? Absolutamente nada, e ninguém iria me ajudar, eu precisava me esforçar muito pra conseguir acabar com aquilo...sozinha.

Observei mais um pouco meu reflexo e lavei o rosto, com a esperança de que todas aquelas coisas fossem embora junto com a água que caia. Aquela dor de cabeça da noite passada ainda não havia acabado mas estava melhor... sim, por fora eu estava melhor mais por dentro eu não poderia estar pior, só que dessa vez eu não demonstraria estar assim, vou fazer diferente agora, por mais que vá doer.

Bebi um pouco de água no bebedouro do corredor e fui para a sala. Assim que abri a porta, todos estavam entregando as provas. Ótimo, com o que respondi não da pra tirar nem metade da nota que eu preciso.

– Vá para a sala da diretoria, depois vamos resolver o que iremos fazer – Esse tom do professor provavelmente quer dizer que eu vou perder mesmo a prova, como se eu precisasse de notas baixas. Além disso nenhum aluno tirava os olhos de mim, e aqueles olhares diziam muitas coisas: alguns que não se importavam, outros segurando a risada... o único que me surpreendeu novamente foi o dele... aquilo que eu via seria pena? Ele estava mesmo sentindo pena de mim? Justo a única coisa que eu nunca quis que ele sentisse?

Me virei para sair da sala e antes que pudesse fechar a porta já ouvia alguns comentários, eles não tem vida própria mesmo.

A sala da diretoria estava vazia, teria que esperar mais uns 5 minutos para o professor vir falar comigo. Fiquei pensando em algumas musicas até que o professor entrou.


– Ok, pode me falar o que aconteceu na sala de aula? – Ta eu imaginei que ele iria perguntar, só que eu não estou nem um pouco a fim de relembrar o que aconteceu e muito menos de falar pra alguém agora.

– Eu só estava um pouco cansada, a dor de cabaça estava muito forte e não durmi muito bem anoite, foi só isso. – Conheço bem ele para saber que não iria acreditar nisso, mas não custa tentar.

– Acha mesmo que vou acreditar nisso? Eu vejo em você que alguma coisa a mais aconteceu – ele sempre descobre quando alguém ta mentindo – Tem haver com alguém da classe? Algum menino? – oi? está mesmo tão na cara? pareço tão desesperada assim?

– Pode ser mais não é nada demais, de verdade, vai passar – Desisto de tentar esconder alguma coisa dele.

– Ta, vou respeitar sua privacidade. Quanto a sua prova, você tem 10 minutos para terminar. Essa é a primeira e única exceção que vou fazer está bem? – falou colocando a prova na mesa junto com uma caneta.

– Claro, e obrigada. – falei já pegando a prova fazendo-a.

Consegui terminar a prova e até que fui bem, sai de lá aliviada. Como só perdi 10 minutos do recreio, logo voltei para a sala e já fiquei lá, comecei a pensar na minha família... sempre me pergunto o que minha mãe faria se estivesse no meu lugar, os conselhos que meu avo me daria... Queria que eles estivessem aqui comigo agora!

O sinal bateu interrompendo meus pensamentos, agora eu teria que ver todos conversando e olhando pra mim sem ao menos disfarçar.

Todos começaram a entrar na sala e é, foi isso mesmo que aconteceu. Todo mundo querendo saber o que houve mais sem a mínima coragem para vir me perguntar... não que eu vá responder, mais ok.

As aulas de português passaram rapidamente, foram até legais. Eu tinha que me concentrar em alguma coisa não tinha? Acho que isso pode funcionar. Quando me dei conta faltando apenas alguns minutos para todos irmos para casa, ouvi alguns ruídos sobre o mesmo assunto de antes. Eles não cansam de cuidar da minha vida mesmo? Quando eu menos percebo, as pessoas vão falando mais e mais sobre aquilo. Eu conseguiria esquecer tudo aquilo com eles sempre comentando? Eu duvido muito.

Passei os olhos por toda sala procurando ele, e por incrível que pareça, ele era o único sem conversar, sem comentar alguma coisa, estava apenas sentado na cadeira, intercalando entre olhar para baixo e para frente. Ou seja, já não basta eu estar mal, parece que ele também estava. Eu não consigo nem ao menos pensar na possibilidade de ele estar para baixo, queria sempre poder colocar um sorriso naquele rosto.

O sinal tocou e fui voando pra casa, precisava de um banho para ver se aquela dor da cabeça passada (sim, ela não me largava).

Cheguei em casa e depois do banho, almocei e vi um filme qualquer que estava pensando e depois fui dormir.

–/-

Essa semana diferente das outras, parece que demorou eras para passar, porém eu fui bem em todas as provas que tiveram. Já era sexta feira e eu estava voltando do colégio. Estava pensando no que faria no fim de semana. Oops, quase que me esqueço daquela festa. Cheguei em casa e...

– FILHA, QUE SAUDADES! VEM CÁ! – Essa é minha tia super feliz porque provavelmente conseguiu fechar algum negócio na viagem. Ela sempre teve esse costume de me chamar de filha, e eu a chamo de mãe as vezes, afinal ela cuida de mim como se realmente fosse uma.

– Tia, que bom que já chegou! Como foi lá? – perguntei me sentando no sofá depois de ser quase esmagada pelo abraço dela.

– Foi ótimo, conseguimos acertar tudo por lá e consegui a promoção que eu queria, tenho a chance de ser gerente. Não é maravilhoso?

– É realmente ótimo tia... eu sei que está cansada da viagem e tudo mais, é que eu acho que vou precisar da sua ajuda.

– Claro, do que você precisa?

– Então... – da pra imaginar o quão esquisito isso era pra mim? – eu vou ter uma festa amanhã a noite e vou precisar de dinheiro para comprar alguma roupa e para o táxi também porque é um pouco longe.

– Sem problemas, fico feliz que finalmente vai sair um pouco de casa e se divertir.

– Pois é, mas alem do dinheiro vou precisar da sua opinião para as roupas sabe, não é muito meu estilo essas roupas de festas.

– Isso eu já iria fazer, nem precisava pedir. Você está falando com a pessoa certa! – claro, ela trabalhava em uma agencia de moda. – Vamos hoje mesmo no shopping e vamos fazer tudo: cabelo, unha, depilação, hidratação pra pele, e vamos comprar salto alto, o vestido, acessórios e...

– Não acha que isso tudo é demais? Eu não vou usar essas coisas novas outra vez e não precisa de tudo isso!

– Precisa sim, vamos fazer tudo que você tem direito. – Ela com certeza estava mais animada do que eu!

– Ok né.

O almoço acabou, troquei de roupa e logo fomos para o shopping. Fui para o cabeleireiro e fiz tudo o que minha tia falou enquanto ela comprava a roupa e o resto das coisas, e até que gostei do meu cabelo e da minha unha.

Cheguei em casa no no começo da noite e fui para o meu quarto ver qual roupa minha tia comprou e não foi como eu imaginei. Se você conhecer bem minha tia, iria imaginar um vestido cheio de detalhes e brilhos, todo enfeitado, e foi exatamente isso que eu pensei, mas não foi isso que ela comprou. Aquele vestido não era nenhum pouco chamativo, mais era lindo e ainda era da cor que eu queria, preto, e ainda era liso e com um cinto, bem melhor do que com todos aqueles babados que vários vestidos que eu vi tinham, e ainda combinava com a minha unha vermelha e o cabelo com as pontas enroladas.

– Tia, o vestido é lindo mesmo, mais do que eu imaginei, obrigada! – Falei voltando para a sala.

– De nada querida, mais cadê o vestido? Eu quero ver você nele.

– Pois vai ver só amanha, agora estou cansada e acho que já vou dormir, só vou ver alguma coisa pra colocar no estomago.

– Mas eu vou ajudar você a se arrumar antes da festa não é? Não se esqueça de prender o cabelo não muito forte para não marcar, amanha arrumamos alguma coisinha – ninguém no mundo entende sobre essas coisas melhor que ela mesmo.

– An claro, sem problemas. – Falei indo pro quarto totalmente cansada.

Tomei outro banho e fiquei pensando em todas as coisas possíveis que poderiam acontecer amanha e eu até estava calma, nem parecia que tinha acontecido tudo aquilo de manhã. Sai do banheiro e fui para a cozinha tomar um copo de leite, e novamente comecei a pensar na minha mãe. Ela provavelmente seria a pessoa mais feliz por eu estar indo em uma festa, eu já não gostava de sair quando ela era viva, e ela sempre ficava animada pras coisas, até mais que eu... isso claro, antes do incêndio. Seja em qualquer lugar que ela esteja, acho que está feliz por mim.

Fui para o quarto e fiquei imaginando a cara daquelas vadias da minha classe :) toda aquela produção iria valer para alguma coisa né. Eu realmente não imaginava uma roupa daquela, e depois de ver tudo aquilo eu até estava mais animada para o dia seguinte.

–/-

Sabe aquela sensação maravilhosa de acordar as 14:00 hrs.? Pois é, faz muito tempo que eu não durmo desse jeito, e eu ainda acordei de bom humor... comecemos a desconfiar né?

O dia todo foi bom, fiquei só relaxando vendo algumas séries e comendo porcarias, estaria quase tudo perfeito se o rosto dele parece de vir na minha mente de uma hora pra outra, mas quem sabe isso não acaba hoje né?

Já são 20:15, acho que ta na hora de começar a me arrumar porque acho que é um pouco longe daqui de casa

– Tia, sobe aqui por favor? – gritei da porta do quarto

– Vai logo tomar banho e cuidado para não molhar o cabelo. Porque não foi antes menina? Vai se atrasar! – falou enquanto colocava em cima da cama os acessórios e o sapato que eu ainda não tinha visto e eu entrava no banheiro – vou te esperar lá em baixo, já deixei o resto das coisas aqui.

– Ok, eu não vou demorar.

Tomei um banho de uns 15 minutos e logo sai. Comecei a me vestir enquanto observava cada acessório que minha tia comprou, ela tinha que exagerar em alguma coisa né? Eu provavelmente só iria usar 1/5 de tudo aquilo, mas admito que ela tinha um super bom gosto. Eu adorei aquele sapato vermelho em veludo, com salto alto, que eu adoro, mas o que eu mais gostei são as pulseiras brancas que se destacavam bastante. Agora só falta a maquiagem, e seguindo uma dica da minha tia, se a roupa não tem muita informação, a maquiagem deverá ter. Então, passei base e iluminador e um pouco de blush rosa claro no rosto, delineador preto no olho junto com um pouco de sombra branca e preta para dar um contraste e claro um batom vermelho. Sim, eu sempre gostei de batom vermelho, mas quase nunca usei, não gosto de chamar muita atenção mas o que eu posso fazer? Hoje o dia estava diferente, eu até poderia falar que estava... feliz? É, um pouco, talvez ansiosa, e eu realmente espero que nada estrague isso.

Passei perfume e desci as escadas, ouvindo minha tia perguntando (lê-se gritando) se eu precisava de ajuda e que não era pra mim demorar porque meu tio iria me levar e ele não gosta de dirigir anoite.

– Nossa querida, como você está incrível, de verdade. Queria poder ter ido no shopping junto ontem. – isso é estranho vindo do meu tio né, mais ok.

– Obrigada tio, nós já vamos?

– Sim, te espero no carro

– Ta. Tia, você acha que estou muito exagerada? Na hora, pareceu uma boa colocar tudo isso na minha cara, mas agora eu não sei, ta meio diferente...

– O que? Você está ótima, claro que está diferente mais está bom e você vai assim mesmo, agora venha comigo. – falou enquanto ia para seu quarto.

– Você não vai colocar mais nada em mim não é? Quer dizer, eu já estou com muitos acessórios e...

– Essa é uma foto da sua mãe quando tinha 14 anos, foi a primeira festa dela de verdade, ela também não era muito de sair, eu me lembro bem desse dia, apesar de eu só ter 8 anos nessa época. – falou pegando uma foto de dentro de uma caixa em uma de suas gavetas

– Ela está bem parecida comigo – disse analisando bem a imagem.

– Está mesmo, pode ficar com a foto. Ela iria amar te ver hoje.

– E eu iria amar ver ela – A saudades que eu sinto dela é inexplicável, eu queria ela aqui comigo, sei que estaria bem melhor do que eu sou hoje em dia.

– Sem choros está bem? Hoje você vai se divertir, e agora vamos a uma foto, minha pequena Perrie Edwards morena!

– O que? Porque foto agora? E eu não estou parecendo a Perrie tia, quem dera estar parecendo com ela!

– A sua mãe tirou, então você tira também. Pode não ser nada para vocês duas, mais como eu amo moda, quero uma foto! E sim, você está.

Depois daquela cena ‘maravilhosa’ que minha tia fez para tirar uma foto, já eram 21:10 e eu fui para o carro, e só para constar, a Perrie é a minha cantora favorita. Ela sempre me compara com ela por causa da minha voz que para ela lembra a dela, quando ela quer um favor (como tirar uma foto por exemplo, sim é um favor porque eu odeio tirar fotos) ela me compara com as minhas cantoras favoritas.

Passei o endereço para o meu tio e o caminho todo (que não era tão curto) eu fui ouvindo coisas que eu deveria e que eu não deveria fazer e a que deveria voltar antes das 2:30, ta né. Chegamos lá as 21:35, sem dificuldades para achar o lugar devido a altura da musica eletrônica, e o meu plano de chegar cedo e não chamar tanta atenção não deu muito certo. Sai do carro, paguei o convite e logo entrei. Lá estava lotado, tinha no mínimo umas 800 pessoas entre a parte de baixo e a de cima daquele lugar, com o som assustadoramente alto.

Fui para a lanchonete logo de cara porque estava morrendo de sede, só que antes eu teria que passar entre umas 400 pessoas né. Quando estou finalmente chegando, alguma vadia filha de uma boa garota de programa derruba coca cola na nos meus sapatos: sorte, olá?

É, essa vai ser uma noite bem longa.




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Notas finais do capítulo

Não me culpem, eu falei que estava sem criatividade e eu perdi o AMA escrevendo isso ai u-u
E para quem não sabe quem é Perrie Edwards: http://img.karaoke-lyrics.net/img/artists/45173/perrie-edwards-358161.jpg
Imaginem que foi mais ou menos essa a maquiagem ta? http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2012/10/19/article-2220062-1593A47F000005DC-371_634x378.jpg. E sim, ela é uma das minhas cantoras favoritas... não me perguntem porque eu coloquei alguma coisa haver com ela na fic, eu deveria estar com sono o-o
Bye õ/



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