Just Close Your Eyes escrita por Gio


Capítulo 19
Dia 7 - Chegando ao fim Final


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.
Enjoy! ;)
XOXO



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     Leo estava ansioso para ver cada reação de Reyna. Desejava ser uma mosca só para entrar em seu quarto e vê-la maravilhada a cada palavra que escrevera.

     Pela primeira vez, ele quis fazê-la feliz como nunca, ver seu sorriso não sair do rosto nem por um segundo sequer. Preparava cada atração com a atenção e a precisão de um cirurgião.

     Escrevia mapas, programava máquinas. E a cada segundo que passava, desejava mais ainda vê-la. Olhou para o relógio de pulso novamente. Cerca de nove e meia da manhã. Há esta hora, a garota já deveria ter acordado e tomado café enquanto lia o conteúdo do envelope. Programou o primeiro autômato para sobrevoar em sua janela. Feito isso, se escondeu, esperando que Reyna encontrasse a próxima pista.

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     Reyna acabara finalmente de ler tudo. Só sobrara um pequeno cartão. E esse, ao contrário dos outros, não vinha com nenhum bilhete de Leo e nem ao menos com sua caligrafia que a certo ponto era ininteligível.

     “Sua primeira pista virá pela vista de seu quarto. Se apresse! Leia e procure a próxima. Siga o mapa e encontre o tesouro. (Não, não será eu)

Com amor,

Valdelírio.

     Reyna se apressou em levantar-se da cama. Vista do quarto. A única coisa possível seria... A janela, obviamente. Abriu a persiana e encontrou, sobrevoando uma floreira de lírios uma borboleta robótica. Pôs a mão para fora da janela e o autômato pousou em seus dedos.

     A borboleta se assemelhava à uma verdadeira obra de arte. Era leve como uma pluma e suas asas mudavam de cor de acordo com o movimento que fazia. Ora verde e laranja, ora roxa e cinza.

     Mas sua “apreciação” durou pouco. A borboleta se desfez, transformando-se em um pergaminho. A menina, curiosa, o desenrolou.

     “Você encontrou a Bitty, a primeira pista. Como recompensa, aproveite as flores que estão em cima de seu travesseiro.

     Pista: Você encontrará seu caminho seguindo a trilha de flores. Não se preocupe, tenho certeza que encontrará.”

     Assim que acabou de ler, virou-se de costas, encontrando um gigante buquê de tulipas bem no lugar falado. Como foram parar lá ela não fazia ideia. Só sabia que o dia melhorava a cada segundo.

     Trocou de roupa e foi seguir a tal trilha de flores.

     Vestiu um vestido leve e um par de sapatilhas bronze. Caminhou até a porta, girou a maçaneta e como mágica um rastro de flores do campo brotou do chão. Não haveria como isso acontecer, tendo em vista que o chão era de granito branco e não de terra adubada.

     Sorriu e segui a trilha, que passou pela escada, varanda e a cozinha. De repente, quando já estava no jardim do, as flores pararam de nascer. Um buraco se formou embaixo de Reyna, fazendo-a cair. O buraco se tornou uma passagem secreta, que a levou para uma sala. Lá, encontrou uma mesa, onde pôde ver uma folha e uma garrafa.

     Caminhou até lá e recolheu a folha.

     “Que tal um dia de Alice? Aproveite! Se junte a mim e conheça o País das Maravilhas. A entrada está amor.”

XOXO

Gossip Leo.

     A filha de Belona não podia acreditar na criatividade do garoto. Pôs a cabeça entre as mãos e riu. A garrafa continuava lá, com uma etiqueta escrita: “Beba-me.”

     Decidiu arriscar. Abriu-a e entornou o conteúdo na boca. As paredes rangeram e então tudo fico grande. Reyna não entendia como, mas ficara pequena em comparação com a sala. Caminhou a procura da saída e tropeçou em alguma coisa. Olhou para baixo e encontrou algo que já esperava: Uma caixinha contendo um bolo, que vinha com uma ordem: “Coma-me”.

     Revirou os olhos e mordeu o bolinho. As paredes voltaram a fazer um barulho estranho e Reyna ficou grande.

     Não podia ser possível. Leo tivera tanto trabalho que Reyna não sabia como retribuir. Mas a única coisa que precisava encontrar, era a saída.

     Releu o papel. A entrada está no amor. Estreitou os olhos e procurou qualquer coisa com a tal forma. Nada.  Começou a apalpar as paredes, em busca de uma passagem secreta. Nada além de uma foto de Leo e Reyna, num parque.

     Só podia ser isso. Reyna tirou a foto da parede e uma porta se abriu. Um vento forte a puxou, levantado poeira e purpurina. Fechou os olhos e alguns segundos depois, tudo parou. Já não vestia a roupa de antes, mas sim um vestido azul, tal como a Alice da Disney. O caminho por onde passava não se parecia nada com o acampamento. Um bosque cheio de árvores e flores. Um lago atravessava o lugar e uma ponte lhe conferia um toque de conto de fadas.

     Atravessou o bosque e encontrou uma clareira. E na árvore mais alta, uma casa de madeira, igualzinha a que sempre sonhara em ter.

     Um sorriso foi inevitável, e, como uma criança que ganha um brinquedo novo, correu extasiada para vê-la de perto. Subiu a escada e abriu a porta, revelando uma sala, decorada como antigas casas de boneca. E no meio do lugar, uma mesa de mogno coberta por uma delicada toalha de renda. Chegou mais perto e um papel apareceu. Como já era de hábito, pegou para lê-lo.

     “Cansada de ser Alice? Que tal brincarmos de ser criança agora? Acho que vai gostar da surpresa que preparei para você. Verifique lá embaixo, perto da macieira.

Ah, como recompensa, abra a geladeira.

     Com Amor,

-L”

     Reyna inspirou fundo.  Leo nunca perderia no quesito de criatividade. Abriu a tal geladeira, que se tratava de um frigobar azul, e encontrou uma enorme tigela de sorvete de creme, com tudo que tem direito. Desde balinhas de urso à calda de chocolate e biscoito. E ao lado, uma colher metalizada com o cabo dourado.

     Deliciava-se cada vez que comia. O sorvete fora bem vindo, levando em conta que já estava cansada. Deitou-se no sofá e pensou adormecer, mas a curiosidade foi maior, levando-a de volta à macieira.

     Desceu a escada e caminhou por alguns segundos, encontrando uma caixa enorme, decorada com um esplendoroso laço de fita. Abriu com tamanho afoito que não sobrou um pedaço inteiro da caixa. Dentro, encontrou um tapete simples e pregado a ele, mais um bilhete.

     “Que tal ser a minha Jasmine? Suba no tapete voador e encontre seu Aladin no ponto inicial. Te espero lá. E, a propósito, o tapete está programado para te levar onde pedir.

     Aproveite bem o presente!

Com amor,

Valdeslumbrante.”

     Reyna estendeu o tapete no chão e se sentou sobre ele, que começou a flutuar alguns centímetros no ar.

     - Ponto inicial... Poderia ser o meu quarto, mas acho que não. Talvez poderia ser.., Sim! – ela exclamou. – Tapete, em direção a entrada do Acampamento.

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     Enquanto Reyna flutuava pelo Acampamento, Leo preparava o evento principal. Cortava madeira, montava palco, negociava coelhos com o dono do Zoológico, alugava pôneis, comprava balões de gás hélio e tentava fazer um bolo de chocolate de três andares.

     Podia calcular que a namorada chegaria em 15 minutos no máximo.

     - Quatro coelhos por 150 dólares e não se fala mais nisso meu senhor! – ele reclamava ao telefone. – Tudo bem. Fechamos com 170 dólares. Eu os devolvo no fim do dia.

     - Leo, - gritou Percy. – O pônei unicórnio fez caca no livro de Aritmética Moderna da Annabeth.

     - Leo Valdez! Esse pônei fez fezes no meu livro! – Annabeth reclamou.

     - Annabeth disse pônei? – falou Tyson, abrindo um sorriso. – Tyson quer montar no pônei!

     - Tyson! Não! Os pônei são para Reyna! – Interveio Leo.

     - Hum, esse bolo está delicioso. – elogiou Hedge.

     - Treinador! – reclamou Leo. – Reyna já está chegando.

     - Leo, veja a minha voz! O que tem nesse balão? – falou Jason, com a voz fina pelo gás Hélio.

     - Jason! Não!

     Leo já estava em pânico. O tempo ia contra seu favor. Tudo que não podia acontecer, acontecia.

     - Percy! Annabeth! Troquem de roupa, por favor. Vocês vão de A Bela e A Fera. Jason e Piper, A Bela Adormecida. Frank e Hazel, Tiana e o Prícipe, Treinador... Apenas vista as calças. Tyson e Ella, vão do que quiser. – ele pediu, correndo de um lado para o outro. – Onde está a minha fantasia de Aladin? Onde está o macaquinho que eu aluguei para ser o Abu?

     - A fantasia está no banheiro e o macaco chega em cinco minutos. – explicou Piper.

     - Obrigado Pipes. Se não for pedir demais, você poderia usar sua coisa de Afrodite para me deixar mais gato?

     - Não. Você está ótimo, agora vá se vestir que nós cuidamos de tudo.

     Leo sorriu agradecido e foi se arrumar.

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     Enquanto isso, Belona e Afrodite observavam a festa.

     - Não vê que romântico? Ele alugou coelhos e pôneis! – exclamou Afrodite.

     - Romântico? Aqueles bichos fedem. – retrucou a deusa da Guerra.

     - Você é chata, sabia? Deixe o garoto! É um bobo apaixonado.

     - Tenha certeza de que bobo ele é.

     - E sua filha está apaixonada por ele.

     - Pobre Reyna. Entorpecida por seus sortilégios fajutos. Hupft.

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     Reyna já sobrevoava à um quilômetro da entrada. Podia ouvir relinchos de cavalos e gritos. Mal podia imaginar o que seu namorado aprontara desta vez. O dia estava cada vez mais bonito. Um arco-íris se formou no céu azul e límpido, expondo esplendidamente suas sete cores. Reyna desviou o tapete para que passasse entre o arco colorido, sentido sua pele se aquecer com o calor que a maravilha emanava.

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     Leo já estava pronto. Vestia calças brancas bufantes, sapatilhas árabes, o colete púrpura e o chapéu sobre seus cabelos cacheados. Faltava só o macaco.

     - Aqui, o macaquinho chegou. Mal humorado ele, sabia? – avisou Jason, encontrando-se com Leo no banheiro.

     - Não ligo para isso. Apenas me ajude a vesti-lo.

     - Missão impossível, meu caro Valdez. Ele é muito arisco.

     - Não me diga que está com medo?

     - Hedge está com medo. Tenha uma ideia da situação.

     - Tudo bem, acho que consigo uma focinheira à tempo.

     - Pegue-o logo, antes que arranque minha orelha. Ai!

     Leo riu e Jason lhe jogou o macaco, que caiu em cima de Leo, segurando-se apoiado pelo pescoço.

     O garoto grunhiu e retirou o animal de lá, enquanto Jason ia embora prendendo uma risada.

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     Depois de domar o animal dos Campos de Punição, Leo saiu; pronto, arrumado, cheiroso e com alguns arranhões perceptíveis.

     A arrumação estava perfeita. Os pôneis fofamente decorados com balões e fitas coloridas. O enorme bolo centralizado na festa. Os casais arrumados. Tudo perfeito e só faltava o motivo de tudo.

     - Acho que ela está quase chegando. – Avisou Frank, enquanto apontava para uma silhueta esguia há poucos metros.

     O filho de Hefesto não foi capaz de se controlar. Correu até ela, ignorando a dor de ter um miquinho demoníaco atado à seus ombros desnudos.

     - Leo, eu não... acredito que você fez isso para mim. – ela falou, maravilhada.

     - Por você, eu faria qualquer coisa. Eu seria qualquer coisa, apenas pelo simples fato de simplesmente te amar, simplesmente acima de tudo e de qualquer coisa. E você não faz ideia do que te aguarda.

     - Você é completamente imprevisível.

     - Eu sei, agora venha comigo, todos estão esperando a princesa mor chegar.

     - Aliás, de onde é este animal que está preso no seu ombro?

     - Eu aluguei do zoológico. O cara que vendia camisas disse que você era gata, então fez um desconto. Eu também aluguei pôneis, coelhos e um mímico, mas eu acho que ele não vai ser capaz de entreter ninguém.

     - Você é impossível. – ela riu.

     Leo a segurou pela mão e a dirigiu em direção à festa. O acampamento todo a esperava envolta de um palanque que Leo habilmente construíra. A multidão abriu caminho, de modo que eles passaram sem dificuldade. Leo pediu que Reyna se sentasse na mesa V.I.P junto com Annabeth, Percy, Jason, Piper, Frank e Hazel. Subiu no palco e pegou o microfone.

     - Alô? Um, dois, três,testando. – ele falou, batendo com o dedo no microfone. – O som está bom? Acredito que sim. Bem, eu estou aqui primeiramente para desejar tudo que há de melhor para a garota que eu mais amo. Reyna, você foi a melhor coisa que já me aconteceu. Você não faz ideia de como eu estava deprimido quando cheguei. Quer dizer, eu não estava nem aí se morresse na guerra. Não tinha com quem me preocupar, não tinha alguém que eu realmente amasse. Então, eu te conheci, e à primeira vista percebi que você não só era como é, a garota perfeita para mim. A menina que me desprezava e me ironizava. A menina implicante que exigiu toda a minha cota romântica. A menina que me fazia sorrir mesmo quando me chamava de “platelminto sem massa encefálica”, “anelídeo com crânio desproporcional” ou algum xingamento que me fazia consultar o dicionário. A menina imprevisível que mudava de humor com uma facilidade impressionante. A menina cujo o coração frio se derreteu por uma chama chamada Eu. A menina que me fez contestar o certo e o errado, a maneira que eu achava correta de conquistar alguém. A menina que riu da minha palhaçofobia, a menina que usou orelhinhas de animais enquanto foi ao zoológico. A menina sem infância. A menina que me fez descobrir que por trás de cada rudez ou implicância, havia um momento ou uma razão ruim. A menina que me fez vivo, a menina que vai me trazer saudades. A menina que destruiu minha sanidade e a substituiu por uma coisa chamada amor. A garota forte e frágil; implicante e adorável. A minha âncora, a minha vida. A minha razão de lutar. A menina pela qual eu faria tudo de novo e a reconquistaria quantas vezes forem necessárias, sempre como se fosse a primeira vez. Eu te amo filha de Belona.

     Reyna já chorava antes mesmo que ele acabasse a terceira frase. Vivera sempre amarga, guardando para si suas mágoas e decepções. Ela o amava acima de tudo, tendo isso recíproco.

     - Não chore, por favor. Se lembra desta música? – ele falou, dedilhando uma música no violão.

                ” Beauty queen of only eighteen she,

                Had some trouble with herself.

                He was always there so help her, she

                Always belonged to someone else.

                I drove for miles, and miles

                And wound up at your door

                I’ve had you so many times

                But somehow, I want more.

                I don’t mind spending every day,

                Out on your corner in the pouring rain

                Look for the girl with a broken smile,

                As her if she wants stay a while

                And she will be loved…” – ele cantou, com a voz – de acordo com Reyna – mais bonita do mundo. – Obrigada à todos, podem se divertir.

                A multidão toda aplaudia um Leo apaixonado, que desceu as escadas e envolveu a namorada em um longo e forte abraço.

                - Leo, eu não sei como vou ficar. – ela admitiu com a voz embargada.

                - Bem, com certeza. Você passou 16 anos sem mim. Acredite, você aguenta.

                - Sua prepotência não muda garoto.

                - Sua ironia também não. Mas eu espero que continue assim. Talvez não tivesse paciência para aturar uma Reyna melosa.

                - Idiota.

                - Eu tenho mais uma coisa para você. – ele falou, tirando um colar do bolso e entregando-a.

                - É lindo Leo.

                - Nyssa o fez. Não abra o pingente até que eu vá embora, ok?

                - Se eu aguentar.

                - Vai. Do you wanna dance?

                - Yes, I do.

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Bom, primeiramente: Desculpem a demora. A internet me odeia, juro!

Eu tava a três dias tentando postar.

Esse é o penúltimo capítulo. Todos choram. Ou não né?

Bom, para ninguém sentir minha falta, eu vou começar outra fic Leyna, tipo Se Eu Fosse Você. Acho que vai ficar boa.

Espero sinceramente que acompanhem.

Lembram da minha curta para o trabalho de Artes? Eu postei no youtube, quem quiser ver...

http://www.youtube.com/watch?v=fi3KBnE07TY&feature=youtu.be

Tentem descobrir quem sou eu. hahahaha

E por último, agradeço a linda e diva da Jade que me recomendou! Beijades sua fofa!

Vou-me

XOXO


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Notas finais do capítulo

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