A História De Fannie escrita por Mari grazziotin


Capítulo 5
12 anos




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Aniversário de 12 anos. Existe algo mais assustador? Primeiro ano na colheita, começam a te tratar como “adulta”, faz as coisas que a tia e os primos não podem, mas tem um lado bom, comecei a nadar melhor, a água não me atinge mais mas ainda tenho o pressentimento ruim dela, e ganhei meu diploma na escola, e comecei a trabalhar integralmente com os enlatadores.

No meu aniversario todo mundo que eu conhecia foi, mas nenhum sinal do Finnick. Ele ainda é meu amigo, mas parou de treinar comigo, ainda me dava “oi” e “tchau” no inicio e no final das aulas, mas sentia falta do Finnick que treinava todos os dias comigo.

Final de festa, o melhor momento para saber se Finn realmente veio, todos me deram tchau, e me desejaram boa sorte para não ser escolhida na colheita, ou também para o Finn não ser escolhido na colheita.

Todos tinham ido embora, mas um garoto ficou, um garoto igual ao Finnick, os mesmos olhos verdes, o mesmo cabelo ruivo, o mesmo corpo forte e musculoso. Eu sabia quem era ele, eu sabia que ele era gentil, eu sabia que tinha senso de humor, eu sabia de tudo nele.

Ele aproximava, ficava cada vez mais ansiosa para abraçar ele. Foi chegando, foi chegando, e comecei a notar os olhos, os olhos que brilhavam tanto de alegria se foram, não brilhavam mais. Percebi que não era ele, queria fugir, minha mente dizia isso, mas meu coração queria ficar, não queria sair, ele sabia que tinha alguma coisa nisso. Ele parecia o Finnick mas não era o Finnick.

- Annie! – ele falou. Como ele sabia meu nome? Eu não tenho ideia.

Fiquei quieta.

- Sou eu Annie. Você me conhece, já me viu antes.

Continuei calada.

- Sou o primo de Finnick, Elliot. Finn já me apresentou a você, não se lembra? No aniversário de oito anos dele, nos três ficamos conversando a festa inteira. Também teve na escola que fizemos o trabalho juntos.

Elliot percebeu meu alivio de ele não ser um desconhecido, e uma pessoa chegada a Finnick.

- Finnick me pediu para eu te entregar isso. – ele me estendeu uma caixinha de presente pequena pra média. Ia começar a abrir com a maior felicidade por ser dele, por ser de Finn, por que soube que ele não esqueceu de mim. Mas Elliot me fez parar quando ia puxar o fio. – Mas ele disse que só é pra você abrir se você ou ele forem escolhido em alguma colheita. Ou se vocês dois passarem ilesos por ela.

Engoli em seco.

Fiquei olhando pra ele espantada, como se fosse realmente o Finnick, e estivesse me dando o presente pessoalmente. Fiquei com uma pergunta na mente: “o que tem de tão importante aqui, para eu abrir só quando um de nos dois estiver à beira da morte?”

- Eu não sei o que tem ai dentro. – ele leu a pergunta da minha mente. – Finnick só me disse para eu te entregar, e dizer para abrir só quando um de vocês estiver com risco de vida, ou passarem ilesos por ela.

- Finnick veio? – perguntei sem a intenção, as palavras simplesmente saíram da minha boca seca, por causa desse presente tão importante.

- Veio, mas ele disse pra mim que não aguento ficar aqui. E foi embora no começo, foi nessa hora que ele pediu pra eu te entregar Annie. Eu não entendi nada, mas disse que tudo bem.


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