Era uma noite chuvosa em Gotham e eu estava fazendo meu trabalho como Robin. Enquanto a chuva caia, eu me lembrava do dia em que a conheci...

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                - Damian essa é Helena, ela é sua irmã mais nova. – Disse meu pai segurando a mão de uma menininha que devia ter uns quatro anos.

                - Irmã? Quando você teve tempo de ter outro filho? E quem é a mãe dela? – Não que minha intenção tenha sido ser rude, era curiosidade mesmo.

                - Ora Damian isso é modo de falar comigo? E ainda mais na frente de Helena? – Ele ficou com raiva.

                - Não foi minha intenção ser desrespeitoso pai, quero mesmo saber de onde ela veio.

                - Ela é filha da Selina. – Ele disse sem esboçar muita reação, típico.

                - Da Selina? Nossa pai mandou bem, quero só ver o que vai acontecer agora. E a Selina sabe que você esta com a filha dela? – Eu estava rindo.

              - Claro que sabe, ela disse que precisava resolver uma coisa... E deixou a Helena comigo, eu também a conheci hoje. – A cara dele era tão seria que deu até pra sentir medo, não que isso tenha me feito parar de rir.

                - Pai... Você conhece uma coisa chamada camisinha? Serio você deve ter um monte de filhos espalhados por ai.

                -Damian... – Agora ele estava com muita raiva. Tanta que até fez Helena vir se esconder atrás de mim.

                - Desculpe pai...  – Olhei pra Helena que estava me olhando com aqueles enormes olhos azuis. – Ei, seu nome é Helena né? – Ela balançou a cabeça que sim. Como era fofa. – Quantos anos você têm?

                - Qua... Cinco. – Ela mostrou a idade com os dedos sorrindo pra mim. Tão fofa, que acho que ela conseguiu aquecer meu coração gelado.

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                Eu sempre fui meio amargo, nunca fui muito de demonstrar amor por ninguém, mas com a Helena era diferente. Eu a amava de verdade e sentia que devia protegê-la, para que ela não se tornasse alguém como nós.

                A chuva continuava a cair, estava muito forte e até estava trovejando. Espera, trovejando? A Helena tem medo de trovões.

                Levantei-me com pressa e sai correndo. Meu pai não estava por perto, nem saberia que eu estava voltando pra casa. Ainda bem que eu havia ido de moto, seria complicado chegar a pé ou tentar roubar o Batmóvel.

                Quando cheguei à mansão eu pude ouvir seu choro ecoar por ela, onde será que estaria Alfred, bem isso não importava agora.

                - Helena, onde está você? – eu gritava e a procurava. – Helena, sou eu. Onde você está?

                - Damian... Damian... – Ela chorava e chamava meu nome. Eu a encontrei em uma das muitas salas da mansão, ela estava escondida em baixo de uma mesa. Quando me viu correu para me abraçar.

                - Eu estou aqui, não se preocupe nada vai te machucar. – Eu a abraçava tão forte, queria que todos os medos dela se fossem.

                - O barulho Damian, o barulho... – Ela chorava tanto.

                - Eu sei, vamos... Vou te levar pra um lugar que não tem barulho. – A segurei no colo e levei pra a Batcaverna, não queria que ela conhecesse aquele lugar, mas lá não dava para ouvir os trovões.

                Ela ficou deslumbrada com a caverna, tanto que até se esqueceu do medo. Ficamos lá sentados brincando e contando histórias. Ela me contou como a mãe dela era legal e como a amava. Ela também me perguntou sobre a minha mãe.

                - E a sua mamãe, Damian? Como ela é? – Ela estava tão curiosa.

                - Ela é muito bonita, mas não a vejo faz algum tempo.

                - Onde ela está? – não deu para eu evitar um olhar distante.

                - Está em uma grande aventura assim como a sua mãe. – Eu menti sorrindo.

                - O papai gosta de mulheres corajosas né? – Ela deitou no meu colo e ficou me olhando. – Eu sempre quis ter um irmão sabia?

                - Mesmo? Parece que seu desejo se realizou.

                - Eu te amo irmão. – Ela bocejou e adormeceu em meu colo.

                - Eu também te amo Helena. – Beijei sua testa e fiquei ali sentado a observando e rezando para que ela nunca tivesse que sofrer. Eu a protegeria para sempre.

                Tudo aquilo era tão bom, o amor da Helena e aquela noite divertida. Essa foi a primeira vez que eu desejei ter uma vida normal, junto a ela. Junto a minha irmã que salvou a minha vida da escuridão. Era tudo tão bom, que parecia um sonho...

                                                                                                                                     Fim!?