Inimizade Amorosa escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 14
Encontro inesperado


Notas iniciais do capítulo

Olá! To com preça, mas queria agradecer a cada um que favoritou!! A Branca, e a Izabelle!!! E a todos os novos leitores.. BEM VINDOS!! Fiquei mega feliz em saber que minha fanfic está sendo aprovada.. AH! E feliz ano novo! Que 2013 seja um ano de alegria e paz a todos! Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278459/chapter/14

– E cinco, quatro, três, dois, um! –Giovane falava sem parar (descobri que esse era o nome do professor de dança). Ao fundo da sala tocava uma música até então estranha para mim, o som dos instrumentos era magnífico e bem de valsa mesmo. Giovane havia dito que era de uma famosa cantora chamada Norah Jones, e se não me engano a música chama-se “Come Away With Me”. Minha reação à aproximação de Daniel, não foi a mais inteligente. Digamos que eu fingi que não o conhecia e virei às costas. Criancice isso, não? Mas não sei se seria capaz de conversar normalmente com ele, não depois dele ter me xingado de mimada fútil e falado aquelas atrocidades para mim.

– Isabela, lembra-se da minha prima Maria Manuela? –perguntou Daniel ao chegar perto de mim enquanto eu virava as costas. Repare que ele falou “Isabela”, não “Isa”. (Ah! E porque tem que reparar nisso?! To começando a achar que gosto de me ver sofrer...)

– Ah, oi. –disse sem animação analisando à ruiva que entrara com Daniel. Agora ficou mais claro, a ruiva não era mais uma “ficante” do Daniel, era a prima insuportável. Mas não tenho culpa de não tê-la reconhecido de imediato, a última vez que a vi, o cabelo dela estava tingido de preto, não vermelho. Maria Manuela é uma das garotas mais insuportáveis da face do universo, nunca gostou de mim. Motivo: Não sei e nem to a fim de saber.

– Oi Isabela! Quanto tempo, não? Me lembro que seu cabelo era curtinho e liso ao extremo, como se uma vaca tivesse lambido! –ela disse dando risada. Sorri de mau gosto e respondi:

– Ah, sim. Cabelos crescem, não? E o meu ganhou uma forma cacheada, perdeu a “lambida de vaca”. Mas pelo menos, ainda tenho a cor natural, castanho escuro. –ela fez uma careta, e se virou para Daniel que assistia a nossa pequena discussão segurando o riso. Céus, eu sou muito criança!

– Quem é o meu par, Dani? –perguntou, e me toquei que era para estarmos fazendo o alongamento.

– O Henrique. –Daniel respondeu apontando para um amigo de João Paulo, que por sinal era um dos amigos mais feios dele. Cabelos sedosos loiro, óculos de bolinha com a armação verde, e umas roupas meio sérias de mais para ele. O rosto era todo marcado por uma adolescência difícil com espinhas, e os olhos eram um castanho triste.

– Eca! Porque eu não posso ir com você...? –ela pergunta fazendo um “biquinho”. Ai que garota ridícula! –pensei enquanto tentava acompanhar os exercícios do alongamento.

– Porque eu vou com a Isa... Ordens da Beck! Não tenho culpa! –Daniel disse em tom de defesa. Maria Manuela bufou e resmungou algo do tipo “Porque sempre ela?”, e foi para perto do Henrique. (ele falou Isa!! Epa... porque to feliz...?)

E foi isso. Depois não troquei uma palavra se quer com Daniel, a não ser “desculpa” quando eu pisava no seu pé, e vise versa.

Depois que “Come Away With Me” acabou, começou a tocar “Estúpido Cupido” da Celly Campello, que segundo Giovane era uma música mais soltinha para apenas fazer uma coreografia simples. Estar tão perto de Daniel não estava sendo muito bom para mim, sentir sua pele na minha estava começando a me dar calafrios, e eu estava começando a suar frio. Minha mente estava mais embolada do que quando vou fazer prova de matemática, ou seja, meu corpo inteiro estava um verdadeiro caos! E ele mantinha uma expressão séria, evitava olhar para mim, e sempre fugia quando nossos olhares se encontravam. Só eu que acho que quem deveria estar zangada aqui sou eu, não ele?

– O que aconteceu que você faltou na aula? –perguntei já não aguentando o silêncio que nos cercava, já que todos os outros conversavam entre si, menos nós dois.

– Por quê? Sentiu minha falta? –ele debochou. Na verdade não, fiquei até aliviada por ele não ter ido, mas não ia falar isso a ele, seria uma grosseria(se bem que ele merece).

– Não... Exatamente. Precisamos terminar aquele trabalho, é pra semana que vem. –falei.

– Sem estresse, sexta a gente faz. –ele respondeu indiferente.

– Sexta? Não acha que seria relaxo de mais deixar pra última hora? O trabalho é gigante! –falei em meio ao paço que nos deixava lado a lado.

– Larga de ser nerd Isabela. –ele falou debochando.

– Não é questão de ser nerd, é que... –falei, mas parei sem ter argumentos.

– Sei que você quer me ver fora da escola, mas pra fazer trabalho? Tem tanta coisa mais interessante pra se fazer... –ele disse com um sorriso malicioso na boca.

– O QUÊ? –eu disse me afastando bruscamente dele, parando de dançar e chamando atenção de praticamente todo mundo. Fiquei vermelha na mesma hora, acho que até pior que um pimentão. Depois de três segundos agonizantes em que ficaram olhando pra mim, voltaram à aula de dança, mas eu não consegui. Até tentei, mas depois de mais duas músicas “soltinhas” decidi que ia embora, não queria ficar perto daquele energúmeno do traste infeliz... Quem ele acha que é pra se fazer de “bonzinho” a viagem inteira, chega em casa, me beija, me xinga, vai embora, e depois que dá as caras da em cima de mim de novo?

– Desculpa Beck, mas combinei de encontrar minha mãe agora lá em baixo, nós vamos ao... Shopping, comprar o vestido. –menti descaradamente depois de ter pegado minha bolsa, e me dirigido a saída enquanto Giovane escolhia outra música para tocar. Beck me lançou um olhar cansado e irritado, sabendo que o motivo na verdade era Daniel, e que minha mãe não seria louca de ir as 20:00 horas ao shopping só para comprar vestidos.

– Mas a aula já está acabando, mais duas músicas e só... –ela falou.

– Eu sei, mas minha mãe já deve estar esperando... –menti de novo. Beck suspirou, e falou “Ta”, e eu fui embora. Ou pelo menos tentei. Acontece que como já era de noite, não tinha mais quase ninguém no clube, e eu não sei me virar, ou andar por lá, simplesmente não conheço o lugar. Dei umas dez voltas até encontrar uma quadra de tênis, onde tinham dois homens jogando.

– Com licença, vocês saberiam me dizer onde é a saída? –perguntei me aproximando da quadra.

– É só seguir reto, e quando você encontrar a portaria, é só passar pela roleta e pronto, estará fora do clube... –respondeu um dos homens, que na verdade não aparentava ser um “homem”, e sim um garoto um ano mais velho que eu. – Desculpa, mas eu te conheço de algum lugar? –o garoto me perguntou

– Hum... Acho que não. –respondi já ficando com um pouco de medo, vai que ele é um psicopata igual ao Carlos? (Ta, o Carlos não era psicopata, mas parecia).

– Eu sou Carlos, Carlos Eduardo. Morei aqui quando era criança, acabei de me mudar de volta. –ele disse. Gelei quando ele falou Carlos. Será possível? Todo lugar tem um Carlos pra me assombrar! Na praia, o amigo do Daniel e... Espera...

– Bem... Me chamo Isabela, acho que estudamos juntos, ou algo do tipo... –disse me recordando vagamente que era esse menino que me azucrinava na infância junto com Daniel, e o mesmo que havia escrito “Eu te amo” no meu gesso. Ele estava completamente mudado, e quando digo “mudado” quero dizer bonito. Não tinha mais aquele cabelo de tigelinha, agora era um corte mais acentuado, os olhos castanhos eram mais intensos, e ele estava com um porte físico muito mais elevado, digamos que era o Taylor Lautner brasileiro.

– Ahh! Sim, agora me lembro direito, você é a Isa Ferreira! –ele disse sorrindo, e que sorriso!

– Sou sim. Desculpa, mas tenho que ir, minha mãe está me esperando, e eu estou atrapalhando o seu jogo. –eu disse, e não era nenhuma mentira, devido ao fato que me perdi aqui, minha mãe já está me esperando.

– Ah, tudo bem, tchau então, a gente se vê por aí... –ele disse, e eu saí da quadra. Demorei uns cinco minutos, mas achei a saída. Chegando lá fora, encontrei minha mãe dentro do carro.

– Porque demorou tanto? O pessoal da aula já saíram faz tempo, e a Beck me disse que você ainda saiu mais cedo... Onde estava mocinha? –perguntou brava quando entrei no carro.

– Ah, me perdi lá dentro... –falei e minha mãe não levou muito a sério, mas não perguntou mais nada. Chegando em casa, tomei banho, escrevi no meu diário, jantei e fui dormir.

O.K. Esse dia não foi lá muito normal. Primeiro o Príncipe Sonhador, depois, a cantada do Daniel, e por final, encontrei o Carlos Eduardo. Nossa, foi só eu que percebi, ou meus pensamentos só vagaram para os garotos...? Credo, daqui a pouco viro uma daquelas meninas fúteis que não pensam em outra coisa a não ser qual será seu futuro marido.

E depois de mais alguns minutos pensando esses tipos de coisas, adormeci.




 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam? Ficou legal..? AH! E sobre a enquente passada, a ganhadora foi a Ana C.! ELA ACERTOU QUE SERIA O CARLOS EDUARDO QUE APARECERIA... Então, bem, a fanfic dela, é mega legal, e é especialmente pra quem curte rock nacional, já que fala sobre Legião Urbana... Tenho certeza que você não vai se arrepender de ler!! http://fanfiction.com.br/historia/307682/Minha_Vida_Contada_Por_Legiao_Urbana/ Bom, é isso.. Ah, não, pera, só pra avisar, mudei meu nome e minha foto, ok? Estava muito meigo, e eu não sou meiga.. kkkk Beijocas!