BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 18
The Capitol


Notas iniciais do capítulo

Ta ai !
AAAH! E um recado bem básico.
Bom eu estou quase enlouquecendo porque escrevo duas fanfics. Decidi terminar essa e depois continuar a Colapso Amoroso. só isso.



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[A thousand years – Christina Perri]

Pesadelos me esperam. Vi tantas coisas que chaga a ser previsível o que vai acontecer depois. Tenho um pesadelo horrendo e acordo gritando e minutos depois Cato vem até o meu quarto para me fazer dormir. Viu? Eu até já sei que isso vai acontecer!

Não acontece. Em vez de um pesadelo com Maysilee morrendo e a garota do 1 sem o olho, tenho um lindo sonho. Tão lindo que chega a ser suspeito. Estou num campo igualzinho o da arena onde a Donner morreu. Encontro-me em meio á muitas flores e estou com o traje que usei na arena no ano passado. Uma luz muito branca vem em minha direção e a forma de uma mulher se aproxima. Maysilee. Ela está em um lindo vestido branco e com uma coroa de flores na cabeça e com seu cabelo esvoaçante. Não há tempo para dizer nada e mesmo se eu tivesse dito eu não iria me lembrar do que disse. Mas ela me diz algo. Ela diz o que? Não consigo entender! Maysilee volte! Volte! Ela some. Sinto algo sendo derramado em mim, não faço a mínima ideia do que seja. Sangue talvez. Água.

Me assusto com o rosto de Octavia bem  próximo ao meu. Dou um pulo e percebo que já não estou mais sonhando. Estou acordada.

- Nossa! Parecia que você estava morta. Já deve fazer uns quinze minutos que estou te empurrando e gritando para você acordar. Então não tive outra escolha a não ser jogar balde de água gelada em você – ela diz. Isso explica a minha cama completamente molhada e minhas roupas e meus cabelos também– Chegamos á Capital.

Capital.  Minhas últimas semanas de vida. Sim, o plano de manter Cato vivo ainda está de pé e eu vou concretizá-lo sem dúvidas e sem interrupções. Nem ele vai me fazer mudar de ideia. Penso na arena e no modo como vou morrer. Machados, facas, arcos e flechas, espadas, lança-chamas... Tudo me vem á cabeça. Penso em todos os modos como poderei morrer. Fecho os olhos e antes mesmo de estar na arena, sinto um objeto perfurar o meu corpo. Me vejo morrer. Vejo Cato sofrer, se é que ele realmente irá sofrer por mim. Ultimamente estou trazendo tantas coisas ruins que esta afetando á todos. E quando digo todos quero dizer toda Panem. Semana passada ocorreu um levante no Distrito 8 e isso me deixou mais abalada que nunca.  Continuo pensando na minha morte. Pensando que não disse nem ao menos eu te amo aos meus pais e ao meu irmão enquanto eles se derramavam em lágrimas quando me viram pela última vez, eu não queria fazê-los sofrer. Os rostos felizes deles ocupam espaço em minha mente, agora sou eu quem chora. Minha morte. Meu fim. Talvez ela seja lenta e dolorosa ou então ela será rápida e não haverá tempo nem para sentir dor. Assim será melhor.

- Tudo bem? – Octavia me traz a realidade.

- Sim - respondo

- Vamos, Célios está terminando seu traje do desfile e você precisa comer alguma coisa antes de descermos do trem e encararmos á todos.

Todos quem? Não há ninguém nas ruas e nem na estação de trem.

- Meu último traje – digo

- O que está falando? – ela pergunta se fazendo de confusa

- Eu nem disse que os amava, Octavia – digo – Eles viram partir e choraram por mim. Mesmo assim eu não disse que os amava.

- Sinto muito – ela diz

- Me prometa que vai dizer á eles que eu os amava? – digo

- Eu prometo florzinha – é a vez dela de chorar. Duas bobonas chorando – Agora vamos antes que toda a água do meu corpo acabe.

Retribuo com um sorriso. Ponho um robe e sigo com ela até o vagão  onde uma mesa cheia de biscoitos, queijos de todos os tipos, um bule cheio de leite, pães, bolos e muitas outras delícias. Acho que nessa hora meus olhos brilham ao ver tanta comida gostando. De onde veio essa fome toda eu não sei, mas isso me faz esquecer do assunto morte e meus pais. Como de tudo um pouco, acho que meu estômago até dilatou de tanto que eu comi. COMIDA! COMIDA! COMIDA!

- Calma, assim você vai explodir – a voz de Cato chega até meus ouvidos – Bom dia, Clove.

- Bom dia – respondo com a boca cheia – Senta ai – coloco um pedaço enorme de bolo na boca.

- Sério! Para de comer, você vai mesmo explodir – ele diz

- Que nada – digo. Começo a me sentir mal por ter comido o bolo praticamente inteiro – Acho que eu estou passando mal.

- Eu avisei – ele diz com um sorriso de satisfeito

- Mas eu ainda quero o bolo – digo olhando para o último pedaço de bolo. Cato também olha para ele. Troco olhares com Cato e nossa reação é imediata. Pulamos na mesa para pegar o último pedaço do bolo de baunilha com recheio de morango e cobertura de chantilly. Ele é mais rápido e puxa a bandeja.

- Você não vai comer mais. Mais tarde tem o desfile e eu não vou deixar você ir passando mal – ele diz

Cruzo os braços e fico fitando-o com cara de brava. Eu não estou brava, mas com fome. Octavia e Venia se acabam de rir com a cena, Cato também debocha da minha cara e começa a rir.

- Não tem graça – digo me levantando da mesa – Eu vou me trocar e tomar um banho bem gelado.

- Depois nos encontramos – ele diz

Me jogo na cama e fico esperando a dor passar. Venia entra e meu quarto e me dá um copo cheio do mesmo líquido que tinha na festa do fim da Turnê na mansão de Snow.

- Esse aqui não é aquele líquido que nos faz vomitar? – pergunto

- Sim, beba e você vai se sentir melhor. Mas por favor, faça isso no banheiro.

 Eu solto uma risada e me dirijo até o banheiro. Bom, o resto todo mundo sabe o que acontece então prefiro não entrar em detalhes. Tomar uma ducha gelada se tornou a única opção e depois tenho que me preparar para encarar a Capital.

Um vestido azul com bordas de renda me espera. Sinceramente odeio fofuras e coisa do tipo. Gosto mesmo é de me sentir livre com calções e casacos e blusões. Quando estávamos na Turnê da Vitória eu costumava ficar o dia inteiro com as camisas do Cato. Acreditem, blusas de garoto são muitos mais confortáveis e macias e mil vezes mais quentes que as de garota. Célios me proibiu de usá-las e disse que aquelas roupas eram de Cato e só dele, eu não poderia em hipótese alguma vesti-las. Óbvio que me revoltei e continuei a usar quando ele não estava por perto. Acho que gosto das camisas de Cato porque tem o cheiro dele, acho que é isso!

Como eu havia dito antes, não há ninguém na estação de trem. Nada de euforia. Nada de gritos. Nada de beijos. Nada de acenos. Nada! Onde está aquele povo esquisito e feliz da Capital? Onde está os pontinhos coloridos que conseguimos enxergar á uma longa distância? Onde está a ansiedade de ver a carnificina e o sangue jorrando para todos os cantos? Eles me odeiam tanto que se afastaram de mim. Só pode ser isso.

Troco olhares com Cato e todos em silêncio consegue escutar o assovio do trem. Parece o faroeste vazio. Agora sem ninguém é pior que antes, a estação está assustadora como nunca esteve. Cruzes!

- Garota das facas, quem diria – diz um homem que demonstra ser maluco, pois nossos olhos acompanham-no enquanto ele dança na nossa frente - Vão ser abatidos pela Capital. Tique-Taque. Vão morrer. Tique-Taque.

Um dos Pacificadores que estavam nos esperando atira no homem que cai no chão. Tapo minha boca para que não saia nenhum grito ou ruído dela. Continuamos a ficar paralisados ao ver o homem morto e seu sangue se espalhando para todos os cantos. Outros cinco Pacificadores chegam à estação armados com metralhadoras. Dois deles se guiam até o homem o retiram de lá e os outros três nos conduzem até uma sala onde temos que esperar até uma certa hora para que possamos ser preparados para o desfile dos tributos.

Meus olhos ainda acompanham o homem morto que já está sendo levado.

- Vamos – disse um dos Pacificadores me empurrando.

Somos levados até a mesma sala de preparação do ano passado. Tudo é igual como antes. Sou lavada e higienizada corretamente. Logo depois sou levada junto á Cato para a mesma sala em que fiquei no último Jogo. A porta é batida com força e somos deixados lá sozinhos esperando que Célios traga nossos trajes do desfile. Para falar a verdade não estou nem um pouco ansiosa para vê-los. Estou pouco me importando.

- O que o homem quis dizer com Tique-Taque? – pergunto para Cato

- Poder ser que seja as horas na Capital ou pode ser que seja apenas um homem maluco. Esqueça isso – ele responde

- Oh! – é a única que sai da minha boca.

Cato pensa como eu: a primeira opção.


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Notas finais do capítulo

beijos para vocês meus leitores queridos :D



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