BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 10
Honra




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O canhão estoura mais uma vez. Katniss? Peeta? Foxface?

- Quem será? – Olho surpresa mas feliz

- Creio que seja a Foxface.

- Como nós vamos matar o conquistador e a garota quente? – Suspiro

- Ainda não sei.

Deitei nos braços de Cato. Juntos esperamos a noite chegar, mas estou tão cansada que adormeco. Sinto fios do meu cabelo serem puxados.

- Cato o que você está fazendo? – Olho para Cato

- Estou cheirando seu cabelo – Ele sorri

- O que? – Dou risada

- Cheirando o seu cabelo. Tem cheiro de tulipas – Ele sorri

- Tulipas? Meu cabelo está completamente sujo Cato. Para de cheirá-lo.

- Não, isso é bom. Me acalma.

- Só você para inventar uma coisa dessas.

- Ouviu isso? – Ele se levanta rapidamente

- É algum tipo de animal – Me levanto

“Peeta! Peeta! Peeta!” gritos seguidos de mais gritos, eles são da garota quente. Mais uma vez nós ouvimos o canhão.

- Ele está morto! Ele está morto – Dou pulos de alegria

Cato me abraça.

- Agora só falta a garota quente. Esse é o fim Clove. Nós ganhamos – Ele sorri e me beija.

Beijos e mais beijos. Estou muito feliz e ainda ganhei os Jogos junto com o amor da minha vida. Aquele era realmente o meu destino. Mas ainda falta a garota quente, só para estragar tudo.

- Vamos atrás dela – Cato puxa a minha mão

Latidos de cachorros, muito latidos.

- São cachorros, devem ser uns dez – Me preocupo

- Vamos para a Cornucópia – Ele continua puxando a minha mão.

Fomos para a Cornucópia, os cachorros nos seguiram. Eles são enormes. Corremos para salvar nossas vidas.

- Suba. Rápido – Cato grita

Nós subimos na grande trombeta, no começo de tudo. Foi lá que os Jogos começaram, com vinte e quatro jovens vivos, famílias ainda inteiras, sonhos sendo construídos. Todos pensando em uma vida cheia de fama, dinheiro e reconhecimento. Agora só restam três adolescentes, pensando em sair dali vivos. Perdemos amizades que construímos durante todos aqueles dias aflitos. Panem perdeu mais que simples Tributos, Panem perdeu vinte e um  grandes guerreiros, escolhidos para morrer por um motivo tão banal. Nunca parei para pensar dessa maneira, mas naquele momento...

- Ali! É a Katniss – Aponto para a garota quente.

Ela está na ponta da trombeta, se lamentando pelo Peeta. Chorando. Ela se levanta e deixa o arco e flecha de lado, aquela arma não importava mais.

Ela grita com raiva e pula em cima de mim.Eu caio junto com ela. Aquela definitivamente não era a garota quente, ela sempre pareceu tão forte e confiante. Mas agora ela estava parecendo uma noiva que tinha sido abandonada na igreja. Lagrimas e mais lagrimas desciam pelo rosto de Katniss, ela estava triste. Será que eles tiveram algo juntos?  Acho que sim! Ela não estaria daquele jeito se ele não fosse mais que seu amigo. Senti pena dela, acho que sentiria a mesma coisa se Cato tivesse morrido.

- Vocês mataram ele! – Ela gritou.

Katniss estava com uma flecha na mão.

- Levanta daí – Ela grita me mandando levantar.

Eu não consigo falar nada, só fico vendo a reação dela. Me levanto e vejo Cato caido, com o rosto sangrando e um corte muito grande. Katniss se posiciona atrás de mim e segura com uma gravata, na outra mão  ela segura a flecha e a coloca em meu coração. Cato se levanta e tenta fazer algo.

- Mais um passo e ela morre – Katniss grita.

Ela está completamente maluca.

- Vocês sabiam que eu o amava? – Ela grita

- Katniss não foi culpa nossa que ele morreu – Disse Cato pedindo calma

- Foi sim – Ela continua chorando – Talvez se você não tivesse golpeado ele com a espada na perna, ele estaria vivo.

- Katniss isso é um jogo. Matar para sobreviver – Disse Cato

- É sim, mas nós seiriamos daqui vivos. Os dois juntos. – Ela grita

- Você acha que é a única que ama alguém aqui dentro? – Cato grita – Eu tenho a Clove, por ela eu faria de tudo. Até morrer.

Percebo uma lágrima escorrendo o meu rosto. Lembro de uma faca que guardo na jaqueta. Eu a tiro bem devagar, Katniss está tão eufórica que não percebe. Mostro a minha faca para Cato e ele tenta a enrolar para que ela não perceba. Katniss está se derretendo em lágrimas. Até que ela percebe o que significa meu movimentos. O fim.

Minha faca penetra no corpo de Katniss e ela me solta. Abraço Cato e fico olhando Katniss morrer.

- Prim me desculpe se não cumpri o que lhe prometi. Mamãe não se esqueça do que lhe falei, cuide do que é importante. Gale não se esqueça de mim, nunca! Haymitch me desculpe. E Peeta... Estou indo para ficar ao seu lado – Katniss sussura as suas últimas palavras.

O tiro do canhão me assusta e eu aperto Cato.

- Nós vencemos baixinha – Cato me abraça

Estou chorando, ver Katniss morrendo me deixou muito chateada.

O sol aparece. Eu e Cato descemos da Cornucópia. Os cachorros sumiram no meio da mata e uma grande nave branca aparece no céu, o aerobarco veio buscar Katniss.

- Mas e agora? Onde estão? Não deviam ter vindo nos buscar? – Olho apavorada para Cato.

“Saudações aos finalistas do septuagésimo quarto Hunger Games. A mudança anterior foi revogada. Uma análise mais atenta às regras revelou que apenas um vencedor está autorizado” diz Claudius.

- O que? Mais não pode! Vocês não podem... Cato! – Me distancio de Cato

- Me mate – Gritou Cato – Me mate agora

- Não! – Grito chorando

- Vamos me mate – Ele grita pegando na minha mão

- Já disse que não – Gritei puxando a minha mão de vota – Se alguém tiver que morrer, nós vamos morrer juntos.

- Não quero que você morra – Ele me diz

- Não ligo para o que você pensa. Não saio daqui sem você. Durante essa semana inteira eu tive que aturar as suas ordens, “todos temos que fazer o que o Cato mandar”, agora sou eu que mando aqui – Falei brava

- Nossa! Me desculpa então, senhora – Ele dá um passo para trás com cara de assustado -E o que nós vamos fazer?

- Não sei, alguma ideia?

- Não

- Então nós ficamos aqui até eles perceberem que só saímos daqui se formos nós dois – Eu choro desesperadamente

- Acho que eles não vão concordar. Clove esquece essa ideia de que nós dois vamos sair vivos daqui. Só você vai poder ganhar. Me mata, eu quero que você faça.

- Não adianta você implorar, se ajoelhar ou pedir. Vou com você – Pego a minha faca e a pressiono em meu pescoço.

- O que vai fazer? – Ele toma a faca da minha mão.

- Vou me matar. Devolve a faca – Puxo a faca da mão dele – Vamos fazer isso juntos – Dou a espada para Cato

Cato e eu estamos prontos para morrer. Ele cheira meus cabelos e beija minha testa.

- Agora – Digo

- Eu não posso deixar você fazer isso – Ele segura em minha mão

- Não quero ficar aqui e sofrer por você – Aperto sua mão – Confia em mim

Eles nos deixariam morrer? Mas aí não haveria ganhador do septuagésima quarta edição do Jogos Vorazes, o que não não seria um coisa muito boa.

“Esperem! Esperem! Senhoras e senhores é com enorme prazer que eu lhes apresento os ganhadores da septuagésima quarta edição do Jogos Vorazes. Clove Kentwell e Cato Hadley. Os tributos do Distrito 2” diz Claudius.

- Nós ganhamos – Pulo no colo de Cato e lhe dou um beijo

- Vamos para casa – Ele sorri

Olhamos para o céu e o grande clarão desaparece. Eles vieram nos buscar.

- Seu braço está sangrando – Diz Cato levantando a manga da minha blusa

- A garota quente me acerto com a flecha no dia em que Thresh morreu – Digo abaixando a manga da blusa

- E você não me disse nada.

- Porque não era necessário.

- Como eu não vi isso antes?

- Eu lavei o ferimento no lago e enfaixei com um pedaço da minha blusa, por isso você nem percebeu.

O aerodeslizador pousa na Capital. Ouço gritos e palmas. Eles clamam por nós, gritam nossos nomes. Fomos levados até o nosso antigo apartamento pelos pacificadores. Quando chegamos KJ, Louise, Célios e a mulher de rosa que ainda não sei o seu nome estavam nos esperando. Outro estouro, mas dessa vez não era de canhão era de champagne. Muita festa com a nossa chegada á Capital.

- Vocês conseguiram meus campeões! – Diz Célios nos abraçando.

- Parabéns aos dois – Diz KJ

- Agora é só comemorações – Diz Louise

- É, mas eles têm de descansar. Mais tarde vocês terão entrevista com Caesar – Diz Célios

- Sério? Não pode ser amanhã? – Pergunto desanimada

- Eles não esperam Clove. Mas você está acabada. Essa sua roupa cheia de sangue, esse seu braço ferido, seu pescoço roxo. E você Cato com esse rosto cortado e cheio de sangue. Vão levar e depois desçam que nós vamos dar um jeito nos ferimentos e lhes preparam para a entrevista. – Disse Louise

Corro em direção ao primeiro espelho que vejo. Meu pescoço está horrível.

- Pareço um monstro com esse pescoço roxo – Analiso meu pescoço e meu braço – Preciso de um banho, já.

- Não demore – Grita Cato

- Você também, vá. Esta fedendo a suor – Disse Louise

Meu primeiro banho depois de uma semana na Arena. Aquela água quente escorrendo meu corpo era tão bom. Lavo minha ferida no braço, há um buraco profundo, eu não havia percebido isso antes. Estava tão pequeno e quase invisível. Como cresceu assim tão de repente? Acho que eu não dei muita importância por isso estava pequeno para mim.

Quando sai do banheiro, Louise estava sentada na cama segurando um vestido mais que perfeito. Do mesmo estilo do vestido do desfile só que muito mais bonito. Um tecido de seda amarelo com detalhes dourados.

- É para você usar na entrevista. Lindo não é – Ela sorri

- Claro, é perfeito. Vou vesti-lo- Peguei o vestido e fui para o banheiro vesti-lo.

- Assim que terminar, Célios estará te esperando para fazer o cabelo e a maquiagem – Disse Louise

- Tudo bem! – Grito

Cabelo arrumado, vestido colocado, maquiagem feita. Eu já estava pronta. Não cheguei a ver Cato em nosso apartamento, só na entrevista.

O hino toca e Caesar se apresenta, logo após nos chama para dar a entrevista.

- Bem vindos novamente tributos – Diz Caesar sorrindo – Sentem-se

 Me sento ao lado de Cato e não consigo parar de olhá-lo.

- Como vocês se sentem, nesse momento? – Diz Caesar

- É uma sensação que só quem passou por tudo aquilo que nós passamos dentro da Arena sabe descrever – Digo olhando para Caesar – É incrível estar fora da Arena

- E qual é a sensação? – Caesar pergunta

-  Todos tinham que dar um jeito para sobreviver. Nós ficamos dias com frio e com fome, não dormimos direito e tinhamos sempre que estar atentos para não morrer – Disse Cato

- É uma situação difícil para todos – Disse Caesar – Creio que não deve ser nada fácil matar e tentar ficar vivo.

- Sim, muito – Falei chateada

- A relação de vocês dois com Marvel e Glimmer do Distrito 1? – Disse Caesar

- Desde o momento em que eu vi a Glimmer não fui muito com a cara dela – Falei olhando para Caesar

- E porque? – Diz Caesar

- Porque ela dava em cima do Cato e ele gostava – Olhei brava para Cato

Todos riram, até Cato riu. Eu não ri nem um poquinho, não teve graça.

- Ela também era metida demais e cheia de frescura – Falei brava – E se eu te dissesse que ela ia para o lago tomar bonho quando Cato, Marvel ou Peeta estavam olhando, você acreditaria?

- Não acredito – Caesar sorrio

A platéia inteira deu gargalhadas.

- Acredite Caesar, acredite – Falo séria

- Isso é verdade Cato? – Pergunta Caesar

- É verdade, sempre que ela percebia que um de nós estávamos no lago, ela ia para lá tomar banho – Cato riu

- E você ficava olhando, e ainda me fala isso na maior cara de pau – Continuo séria – Ela era muito oferecida.

- E Marvel? Como... – Disse Caesar                            

Eu nem deixei ele terminar de falar e já fui falando

- Ele era mais que especial. Fazia todo mundo dar risadas e era super gente boa e muito legal – Falei feliz

- Então do Marvel você sabe falar bem! – Cato me olhou sério

- É claro! – Olho séria para ele

Nós brigamos no meio da entrevista. A platéia não parava de rir e Caesar também não. Nós falamos sobre a Glimmer, falamos sobre Marvel, depois sobre a Glimmer de novo. Até que paramos de brigar quando percebemos que todos estavam rindo da nossa cara.

- Desculpa – Cato me olha

- Ta, mas só dessa vez – Olho para Cato

- Mas o amor é lindo não é – Caesar fala para a platéia – Mas como surgiu esse amor?

- Nós somos do mesmo distrito, por isso nos conhecemos bem antes da colheita . Ela é minha vizinha e nós estudamos no mesmo colégio. Então... – Diz Cato

- Então o amor vem desde bem antes dos Jogos? – Diz Caesar

- Sim! Eu acho – Digo sorrindo

- Todos nós ficamos emocionados quando a Clove atacou a Katniss e Thresh quase a matou. Clove o que você sentiu naquele momento?  - Caesar me perguntou

- Eu estava tentando me virar sozinha e é claro que eu queria sobreviver. Mas quando eu vi a pedra enorme na mão de Thserh, me desesperei e acabei chamando Cato. E ele salvou a minha vida.

Meus olhos encheram de água, Cato segurou a minha mão e disse:

- Salvei o que é meu – Ele sorri para mim.

“Own” todos fizeram.

- Mais que coisa linda – Disse Caesar – E o que vocês vão fazer de agora em diante?

- Eu não sei, acho que vou continuar a minha vida como sempre foi, mas ao lado dele – Sorri

- Vou fazer o mesmo – Cato sorri

Nós ficamos umas duas horas conversando.

- Preparem-se porque o que nós vamos mostrar, vai deixá-los aflitos e irá trazer muita emoção.

As luzes começam a diminuir. Com o tempo passam cenas do desfile, do treina, do teste, das entrevistas e enfim chega o banho de sangue na Arena.  Eu não havia dado tanta importância aos outros tributos, mas depois de vê-los naquele grande telão, todos mortos... Não deixam nenhum detalhe de fora. Passaram até a parte em que eu pulei de alegria quandi a Glimmer morreu, é que eu tinha me esquecido que haviam câmeras na Arena. Eu disse “A Glimmer morreu, uhul!” e fiz uma dancinha que na  parecia legal, mas no telão ficou horrível. Até que chega a parte em que Cato me salva, o beijo. A parte em que Glimmer e Marvel morrem e Peeta e Katniss também. Até que a entrevista acaba e Caesar se levanta e nós nos levantamos também.

Percebo que todos estão chorando.

- Senhoras e senhores,  é com o enorme prazer que eu lhes apresente o vencedores da septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes – Diz Caesar.

Todos aplaudem e assim que entrevista acaba o hino toca, nós nos levantamos e  o Presidente Snow sobe ao palco em pessoa e coloca uma coroa em minha cabeça e na cabeça de Cato. Fico séria durante a cerimonia inteira, até porque eu não suporto o Presidente Snow. Depois nós fomos levados até a mansão de Snow para o Banquete da Vitória.


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Notas finais do capítulo

gente ainda tem mais um capítulo, ou dois. ainda estou pensando em quantos eu vou fazer. MAIS O IMPORTANTE É QUE AINDA NÃO ACABOU, UHUL !!! aah! eu estou fiz essa última parte de acordo com o livro ta. continuem lendo e dando REVIEWS :) bjs



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