Batman - Shadows Of Gotham escrita por Raphael Redfiel


Capítulo 1
Capítulo 1




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Capítulo 1

 

 

 

Poderia ser mais um final de tarde comum em Gotham, onde nos subúrbios as senhoras colocavam uma cadeira na porta de casa e ficavam conversando com seus vizinhos, onde o ricos saiam para jantar, as pessoas em seus trabalhos esperavam ansiosas para voltar para casa e quando os criminosos se preparavam para agir. Poderia ser mais uma dessas tardes comuns se não fosse o fato das pessoas mais importantes da cidade, estarem agora reunidas no cemitério da cidade.

O Comissário Gordon, Lucius Fox, Bruce Wayne, juízes e advogados, estavam com as cabeças baixas enquanto o prefeito Garcia ficava a frente de todos, mas deixando bem visível a foto do falecido. Os reportes estavam lá secos para saber o que o prefeito iria dizer.

--- Gostaria que hoje não estivéssemos aqui --- olhou para a foto e para o caixão branco ao seu lado --- Harvey Dent, o cavaleiro branco de Gotham, nos deixou, mas sua lembrança vai permanecer em nossa memória, ele quem lutou pela justiça, sem usar qualquer tipo de arma a não ser a palavra.

"Quero que a partir de hoje todos se lembrem deste homem, não apenas como um herói, mas como aquele quem fez a diferença, aquele a quem nos ensinou, que para todo o caos existe uma solução. Façam como ele, pois cada um de nos pode lutar pelo bem maior de Gotham, que podemos tornar nossa cidade melhor, fazer a Gotham que queremos. Harvey lutou até o fim pela justiça, seguiu seu coração e sua intuição, mesmo nos momentos mais difíceis ele os enfrentou. É uma pena que agora não vamos poder ver quais seriam seus próximos atos."

Ele terminou e foi se juntar a todos, que aplaudiram com entusiasmo. O caixão foi baixado lentamente enquanto os reportes se preparam para que assim que tudo estivesse acabado caíssem encima do prefeito fazendo perguntas sobre o futuro de Gotham.

--- Uma grande perda para Gotham --- comentou Lucius para Bruce assim que saíram do aglomerado de reportes.

--- Se ele não tivesse ficado tão cego no fim, poderia estar fazendo tantas coisas agora.

--- Você foi no enterro dela? --- perguntou mudando de assunto.

--- Fui --- disse lembrando de Rachel --- Doeu mais do que eu imaginei.

--- Entendo --- disse colocando a mão no ombro de Bruce --- Se eu fosse você descansaria hoje, até mesmo o Batman merece um descanso --- deu uma piscadela e se despediu.

Bruce pensou consigo mesmo, realmente merecia um descanso, mas não antes de resolver uma coisa.

 

 

 

Asilo Arkham.

Um grande casarão cinza e triste, um muro muito alto e cheio de farpas rondava toda a construção, havia pessoas reunidas, reportes faziam o máximo para se manter próximos do homem na porta do asilo. Era o prefeito Garcia.

--- Sei que todos tem medo, mas eu estou aqui para garantir que essa instituição é altamente segura --- ouviu as pessoas gritarem e continuou --- Eu sei que ele é um criminoso de alta periculosidade, mas eu confio nessa instituição, espero que todos entendem, o Coringa vai ficar aqui.

--- Mande ele pra cadeira elétrica! --- gritou uma mulher.

--- Não temam, nem mesmo o Batman poderia entrar aqui e sair sem ser visto, esse é o lugar mais bem protegido de toda Gotham --- ele se virou e abriu a porta --- Agora se a imprensa quiser fazer a gentileza de me acompanhar para que eu mostre as instalações.

O povo fez um alvoroço, os portões do asilo começaram a se fechar enquanto os guardas os expulsavam.

Anthony Garcia havia investido pesado na construção do asilo a alguns anos, ele sempre acreditou que os criminosos mais insanos precisavam de tratamento e não de uma cela suja e fria. Graças ao cavaleiro das trevas, o asilo começou a se encher rapidamente.

Todos conheciam o asilo pela sua história, quando foi construído, o prefeito chamou o psiquiatra mais famoso da Gotham, Amadeus Arkham, mas por infelicidade sua esposa e seu único filho foram assassinados brutalmente pelo insano Martin Hawkins, mais conhecido como Mad Dog, quando finalmente o asilo foi inaugurado, Hawkins foi o primeiro interno, foi assim que o asilo ganhou seu nome, em homenagem a mulher de Amadeus, Elizabeth Arkham. Mas a parte mais horrenda era que Amadeus em um dia de loucura, no aniversário de morte de sua família, torturou Hawkins brutalmente, a base de eletrochoques, para depois dizer que foi apenas um acidento no banheiro, quando tudo foi descoberto Amadeus se tornou o mais novo interno do seu próprio asilo.

Os reportes todos agitados, finalmente teriam a oportunidade de conhecer o asilo, suas câmeras, celulares e qualquer coisa a não ser gravadores foi retirado deles. Depois de serem revistados pelos guardas seguiram por um bonito corredor até chegarem em uma grande porta de ferro, com um sensor de mãos. O prefeito estivou a mão e colocou sobre o dispositivo que reconhecendo-o abriu caminho para que todos entrassem.

Entraram em uma ampla sala retangular, do lado direito encontraram em uma porta com dois guardas que guardavam um outro sensor, mas desta vez óptico, do outro lado havia uma porta dupla e logo mais na frente deles uma grade de ferro de onde gemidos e resmungos foram ouvidos. Antes que alguém perguntasse algo o prefeito os chamou para que chegassem até a grade.

Eles não podiam acreditar no que viam, logo mais abaixo deles havia um grande salão, parecia mais um refeitório pelo que conseguiram perceber, havia grades que separavam os internos dos funcionários e muitos homens armados estavam próximos de um individuo especial. O coringa, que comia despreocupado com o alvoroço acima dele.

--- A segurança daqui é excelente, garanto que estaremos seguros, como vocês podem perceber --- ele indicou duas escadas no fundo do refeitório --- Aqueles escadas levam para os quartos dos internos.

--- Boas instalações --- disse alguém que apareceu misteriosamente ao lado deles --- Realmente bem seguro, bom nem tanto.

--- Batman! --- exclamaram todos.

--- Desculpe por entrar assim, estava verificando a segurança --- mas antes que alguém pudesse dizer algo ele completou --- Espero que não me joguem ai qualquer dia desses, porque eu garanto que escapo na mesma hora.

O prefeito ficou sem graça, abriu a boca para responder mas não disse nada.

--- Que segurança! --- exclamou um dos reportes fazendo iniciar um alvoroço.

Enquanto ficavam encima do prefeito atacando ele com palavras, Batman desapareceu no estante seguinte sem que ninguém percebe-se e assim que olharam de volta ficaram boquiabertos com o desaparecimento dele.

 

 

 

Cobertura Wayne no mesmo dia.

Bruce estava de olhos fechados, suas mãos seguravam com força a barra de ferro, aguentando todo seu peso, ele puxava o corpo para cima e descia com movimentos lentos, o suor caia pelo seu rosto e quando sentiu que seus braços não podiam mais aguentar saltou para o chão. Depois de enxugar o rosto com uma toalha caiu na cama tentando descansar, mas sua cabeça estava a mil. Não aguentando saltou da cama e foi até a escrivaninha, onde seu computador estava ligado. Procurou todas as notícias dos últimos meses, refletindo sobre tudo, inclusive sobre Rachel, ainda não conseguia acreditar que não a veria mais, apesar que ele já havia tido essa sensação antes, mas era com seus pais, era como ter a pessoa muito perto de você, mas muito longe também. Desistindo da busca ele fez uma busca, digitando as seguintes palavras, "namtaB". Um tempo depois a busca encontrou um arquivo um único arquivo. Assim que foi aberto, uma pagina gigantesca foi aberta, lá no índice havia apenas quatro assuntos. Jonatham Crane "Espantalho", Batboys, Coringa e Harvey Dent "Duas-Caras".

Nesse momento Alfred o mordomo entrou no quarto.

--- Amo Bruce --- disse ele com um pesar na voz --- O senhor deveria estar descansando.

--- Obrigado pela preocupação Alfred --- disse dando um sorriso ao mordomo que manteve a feição preocupada --- Eu estou bem.

--- Patrão, cuidado com os pensamentos, eles podem nos levar a esquecer outras coisas mais importantes --- colocou a mão no ombro de Bruce que retribuiu com um sorriso --- Antes que eu me esqueça --- retirou um envelope dourado do paletó --- O senhor foi convidado para uma Premier.

Bruce recebeu o envelope, observando a delicada caligrafia inclinada em prata. Leu o envelope e colocou ele sobre a escrivaninha.

--- Desmarque qualquer compromisso para este dia Alfred, não posso perder isso por nada.

--- Sim patrão.

 

 

Fayol Empresa de tecnologia em informática.

A gigantesca empresa de Softwares de Gotham, distribuía para milhares de países um poderoso anti-vírus, mais leve, rápido e muito mais completo que o Norton, da empresa rival. Viktor Fayol o dono desse império, estava prestes a conseguir mais de 50% do mercado de anti-vírus, apenas não se tornando um monopólio no mercado, pelos outros anti-vírus "Free", não tão eficientes e bons como o seu pela Internet.

No centro de Gotham, em um prédio negro, se localizava no último andar o escritório da empresa. Jervis Tech o maior Hacker e Expert em informática, "Nerd chefe", como era chamado pelos seus colegas, era mais um dos jovens talentos que ficava até altas horas da noite trabalhando no aperfeiçoamento do programa.

--- Vejamos --- disse ele com os olhos vidrados na tela do computador --- Um verme novo na rede, interessante, vou mandar para a equipe de avaliação.

Nesse momento o telefone na sua mesa tocou, apesar de ser já 2 horas da manha ele atendeu.

--- Oi amor.

--- BB por favor vem pra casa mais cedo, não aguento mais ficar toda noite sozinha --- disse uma voz chorosa de mulher.

--- Mari --- disse ele tentando medir as palavras --- Querida eu preciso trabalhar, eu sei que pode ser chato no começo, mas assim que eu conseguir aquela promoção...

--- Chega Jervis! --- urrou ela interrompendo-o --- Nos dois já ganhamos bem o suficiente, temos um apartamento de dar inveja, você tem uma BMW e sem contar todo o luxo que podemos usufruir com o que ganhamos.

--- Mas amor, esse é o sonho da minha vida.

--- Olha como você é egoísta!

--- O que você quer de mim?

--- Queria um filho, mas acho que nem esse prazer você vai me dar.

--- Nos já convençamos sobre isso.

--- Você e suas desculpas, já estou cansada de tudo isso Jervis.

--- Querida tenho muito trabalho aqui hoje, vamos deixar isso para outro dia.

--- Otimo, fique você e seus bits, esta tudo acabado Jervis estou indo embora.

Ele ia falar, mas ela desligou. Um frio subiu pela sua barriga, sem saber o que fazer, saiu correndo até o elevador, socou com força o botão, a cada andar que subia ele ficava mais desesperado, assim que chegou ele saltou para dentro e apertou para descer. A descida pareceu mais longa que a espera, ele não podia acreditar no que estava acontecendo, Marina o estava deixando. Assim que o elevador abriu as portas, saltou para fora correndo pelo Hall da recepção, cumprimentou rápido o segurança e deixou o prédio.

Havia apenas um carro nos estacionamento do prédio, uma BMW cinza que assim que ele entrou, disparou pela rua. A cada curva que ele dava, podia lembrar de todos os momentos bons, como pode ter sido tão cego, acabou perdendo sua amada a cada atitude egoísta de conquista profissional. O carro parou de frente a um portão de ferro, acionou um aparelho no retrovisor abrindo o portão e disparou parando o carro de qualquer jeito. Passou por um conjunto de 6 apartamentos, parando de frente para o último, ele olhou para cima e viu a luz do seu andar acessa. Sem pensar duas vezes ele desistiu de ir de elevador e começou a subir pelas escadas, suas pernas doeram a cada andar que subia, mas ele estava desesperado de mais para se preocupar com isso. Assim que chegou ao 15° disparou pela porta de incêndio, encontrando a porta do seu apartamento aberta.

--- Marina! --- gritou entrando.

Mas não teve resposta, correu pelo lugar todo, procurando sua amada, mas não conseguiu encontro-la em lugar algum, assim que chegou no quarto encontrou tudo revirado, tudo que era dela havia desaparecido. Ele ajoelhou e chorou como uma criança, deitou no chão e largou o corpo desesperado gritando o nome dela. Assim que começou a se acalmar levantou enxugando os olhos com a blusa, assim que olhou melhor, encontrou a sua cartola preferida encima da cama e colocada sobre ela havia um papel. Ele correu e agarrou o papel lendo o que estava escrito.

"Continue vivendo no seu mundo das maravilhas Jervis, a Alice aqui esta voltando para o Kansas"


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