Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 42
Notas e entrevistas


Notas iniciais do capítulo

ACALMEM-SE. NÃO EM MATEM E PARA S POTTERHEADS DE PLANTÃO TBM N VALE MUTILAR OU FERIR GRAVEMENTE OK? Eu sei que eu demorei e sou uma péssima autora e tds vcs querem me matar mas eu juro solenemente e pelo Estige que nunca mais demoro assim. Minhas aulas começaram a um tempo e agr vou poder escrever mais. Provavelmente nas terças, quartas ou quintas. Prometo escrever toda semana 1 ou 2 capitulos. Vou voltar ao ritmo de antes. Esse cap não ficou ruim nem bom, mas espero que gostem. Fiz ele um pouco maior para tentar compensar só um pouquinho a demora.
Quero agradecer à Paulita Borges (minha trasgo cosplay de Hera) pela recomendação DIVA MAS NÃO TÃO DIVA ( zueira obrigada Evangelista)
E tbm à ThaliaDiAngeloCullen pela recomendação Super Diva., à Morghan pela outra recomendação Mega Diva e à Garota invisível pela recomendação Hiper Diva (obs: Super=mega=hiper ok??)
EU AMEI AS QUATRO RECOMENDAÇÕES SUPER ULTRA HIPER MEGA MASTER POWER DIVAS! (tirando a da Paula... brincadeirinha.)
AGORA SEM MAIS ENROLAÇÕES AO CAPÍTULO (n liguem ao titulo horrivel, espero que a história esteje melhor)
LEIAM AS NOTAS FINAS QUE NÃO DEVEM SER IGNORADAS (rase sem sentido, mas okay.)



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P.D.V Percy (N/A: Satisfeitas Agnes e Paula???)

Os últimos dias de treinamento foram normais, ou tão normais quanto um lugar com 24 jovens, sendo 11 deles, semideuses. Os outros campistas se afastaram de nós, mesmo desconfiados. Thalia nos lançava um olhar feroz cada vez que nossos olhares se encontravam. Connor e Travis ficavam conversando nos cantos, como quando estavam preparando uma nova pegadinha. Katie Gardner nos olhava irritada toda vez que passava por nós. Nico me olhava como se quisesse entender pro que nós estávamos fazendo aquilo, e Clarisse... Bem, Clarisse nem ligava.

Eu não aguentava mais isso. Se não fosse por Annabeth me lembrar toda vez da segurança deles eu já teria ido contar tudo. Eu, Katniss e Annabeth estávamos sempre juntos, competindo, nos desafiando e rindo. Os idealizadores não tiravam os olhos de nós, analisando cada passo e movimento que dávamos. Essa pressão já estava me incomodando.

No dia do treinamento particular todos os semideuses estavam relaxados, como se não se importassem qual a nota que ganhariam. As seções demoraram entre 15 e 30 minutos. Depois de muita espera, a garota do 11, pela qual Nico estava sempre perto, como se a protegesse, foi chamada, deixando eu e Katniss sozinhos. Poucos minutos depois, meu nome é chamado.

O lugar é o mesmo do ano passado, mas dessa vez, quando entrei, todos os olhares foram dirigidos
a mim. Peguei uma boa espada e fui destroçar bonecos. Eu mal tinha acabado com o segundo boneco, sou atacado por trás. Consigo me defender graças aos meus instintos semideusáticos. Não reconheço o que me ataca, mas é bom.

Com dificuldade me defendo dos seus golpes fatais. Snow não pode me matar aqui, mas quanto pior eu estar na arena, mais fácil será acabar comigo. É claro que ele não sabe da maldição de Aquiles. E com certeza é ela que me deixou vivo. O monstro tem uma força e precisão sobrenatural. Tem dois metros de altura, poderia passar por um guerreiro humano, se não tivesse presas que gotejavam um acido mortal. No começo não sabia de onde vinham os espinhos que ricocheteavam a minha pele, até que percebi seus cílios. Como ele ainda não tinha furado seus próprios olhos? Nunca fiquei tão grato por aquela maldição.  

Mas eu também não poderia ficar ali até que cansasse ou ele acertasse meu calcanhar de Aquiles. Corri para as armas, e me escondi atrás do mural onde estavam os arcos. O homem veio correndo na minha direção com uma velocidade surpreendente e atravessou o mural como se ele fosse de papel. O guerreiro me pegou pelo pescoço e me ergueu, fazendo com que a espada caísse no chão.

Não.

Eu não iria deixar ele me humilhar.

Snow não iria me humilhar. Eu não deixaria. Ele quer fazer isso porque se acha mais forte, para que mostrar que manda. Problema numero um: Não é ele que manda.

Problema numero 2: Eu sou Percy Jackson, filho de Poseidon, que enfrentou monstros, deuses e titãs, então não seria derrotado por um mero mortal.

Ele me levantou até eu ficar na altura dos seus olhos. Atrás dele os idealizadores riam.

—E agora “filho de Poseidon”? — Um deles diz debochado. Concentro-me no como de água que segura, e ele explode na mão do idealizador, que recua. —Eu… Eu acho que segurei forte demais… —Ele gagueja, mas sabe que não tem como negar que aquilo foi anormal. Logo me concentro nas jarras de água em cima da mesa e nas mãos dos garçons. Todas elas explodem e cacos voam nos idealizadores, que gritam apavorados. O guerreiro se vira para ver o que acontece, afrouxando o aperto do meu pescoço. Coma oportunidade, impulsiono meu corpo para frente e chuto seu peito, pego a espada que caiu no chão e com um golpe, corto sua cabeça. Para minha surpresa o corpo não se desfaz nem vira pó. Recuo.

—O que era isso? —Pergunto. Levanto meu rosto para encarar os idealizadores —Isso era uma pessoa? O QUE VOCÊS FIZERAM? Por que vocês não vêm aqui e lutam comigo? Vocês são piores do que qualquer monstro que podem criar. —Digo com desprezo, e saio sem ser autorizado. No caminho, jogo a espada no chão com desleixo e cuspo em cima dela.

Horas depois estamos sentados no sofá, somente esperando pelas notas. Nós dois contamos o que fizemos, sem esconder nada. Nós dois fizemos coisas “proibidas”, como Effie disse.

—Eu enforquei um boneco. —Katniss contou.

—Você enforcou o que? —Perguntei.

—Um boneco. E escrevi Seneca Craine nele. —Effie engasgou.

—Você é louca! Isto é proibido.

—Quem é Seneca Craine? —Perguntei.

—O idealizador do ano passado. —Haymitch respondeu. —Mas, primeiro de tudo, docinho. Como você sabia?

—Que ele foi morto? Era para ser um segredo? Pois não foi bem isso que Snow deixou parecer. Ele parecia querer deixar bem claro para mim.

—O que aconteceu com ele? —Katniss olhou cética para mim.

—Ele foi morto. —Ela falou como se fosse óbvio. —Ás vezes me pergunto se você se faz de bobo de propósito.

—Ei!

—Calem-se vocês! —Effie disparou. Ela nunca erguera a voz, era deselegante, segundo ela. Mas agora ela parecia prestes a chorar. —O que vocês fizeram... Você pode ser um semideus ou até um deus, mas não percebe o que está fazendo? Se ele não pode te machucar, ele vai machucar as pessoas próximas de você, e se ele não achar, vai matar qualquer um. É isso o que vocês querem? Que ele saia matando inocentes pelo que vocês estão fazendo? Não é só a vida de vocês e dos seus amiguinhos e namorados que estão em jogo. Vocês vão iniciar uma guerra, e sabe o que acontece em uma guerra? As pessoas morrem! —Ela falou, já com os olhos transbordando de lágrimas. Meus olhos marejavam. Eu não queria guerra. Não mais uma. Já perdi amigos demais.

—Nós... Nós não vamos mais fazer coisas desse tipo. —Consolei Effie. Ela apenas enxugou as lágrimas e se voltou para a televisão, onde apareciam Caeser e Claudius. Caeser, com os cabelos tingidos de lavanda, este ano. Ele comenta um pouco sobre as seções de treinamento e então vai para as notas. No distrito 1, o garoto recebe nove e Clarisse onze. No 2, o garoto recebe oito, e me surpreendo com o quatro de Annabeth. Provavelmente fizeram de propósito, Annabeth seria capaz de tirar um treze.

—Se ela tirou isso, não quero nem ver vocês. Será que ela também fez algo estúpido? —Haymitch pergunta.

—Enobaria a mataria. Se é que já não matou por causa dessa nota. A pior que alguém do Distrito 2 já ganhou.

—Alguém já ganhou zero? —Katniss pergunta.

—Não. Mas com vocês dois tudo é possível. —Cinna responde.

Will ganha nove, Finncik também. Thalia surpreende Caeser e Claudius com seu onze, e ganha uma atenção especial. Chris tem nota oito, assim como Katie Gardner e Connor. Travis ganha um a mais que o irmão. Lou Ellen ganha um sete, assim como a pequenina do Distrito 11. Nico é o mais surpreendente: um garoto pálido de olhos negros, do Distrito 11, que ganha à nota mais alta: um doze. Pergunto-me o que ele fez. Eu ganhei meu doze com muita dificuldade no passado. Ninguém se surpreende quando as notas do Distrito 12 aparecem: Katniss com dois e eu com três. Eu e Katniss saímos da sala em silêncio e vamos ao meu quarto.

—Desculpe se piorei tudo. —Katniss diz.

—Você não piorou mais do que eu. Mas por que você fez isso afinal?

—Não sei. Para mostrar que sou mais do que uma simples peça do jogo deles, talvez? —Ela diz me fazendo rir.

—Parece que conseguimos nos superar. —Digo me jogando na cama.

—Com certeza. Eu ganhei um dois! —Katniss fala animada.

—Isso não é incrível?

—Nós somos demais. Se nós dois ganhássemos doze, não seria tão surpreendente quanto um dois e um três.

—Minha nota é mais alta que a sua. —Constato.

—Você não enforcou Seneca Craine. —Ela retruca

—É claro que não! Eu nem sabia quem era esse cara. Como você ficou sabendo?

—Na minha última viagem da turnê de vencedora, foi na Capital. O novo idealizador conversou comigo, outro dia, Snow veio até à minha casa e insinuou algo do tipo. —Ela responde.

—Como foi a turnê de vencedora? —Katniss ficou sombria de repente.

—Eu não quero falar sobre isso. —Eu não perguntei mais nada, estava óbvio que esse assunto a incomodava. Após um tempo de silêncio, Katniss volta para o seu quarto.

Acordo com Effie me chamando para o café. Na mesa, todos já comem conversando sobre os acontecimentos do dia anterior, exceto Katniss, que belisca um sanduiche de atum em silêncio. Sento-me ao seu lado.

—Está nervosa para a entrevista? —Pergunto.

—Não. —Ela responde, e eu não sei mais o que dizer. Assim que termino de comer, Portia me puxa para a sala de preparação, onde Marly, Briane e Célia me esperavam. Elas não falaram muito sobre a nossa última conversa nem mexeram muito em mim. Pouco tempo depois, Portia já me vestia em um terno bege.

—Bege? —Pergunto. Portia está sombria e quieta.

—Não fui eu que escolhi. —Ela diz simplesmente.

—Foi quem?

—Você sabe. —É claro que sei. Mas como ela o deixou se intrometer nisso? Afinal, o que ele vai ganhar escolhendo a cor do meu terno? Não tenho tempo para perguntar isso à Portia, já que ela me empurrava em direção aos elevadores.

Lá embaixo, Cinna e Katniss nos esperavam. Estranhei com o que Katniss vestia: Um lindo e delicado vestido branco, com cristais por todo o tecido. Seu rosto estava radiante, com uma maquiagem suave. Katniss parecia furiosa.

—Qual é a dessas roupas? —Perguntei. Katniss se virou para mim, analisando meu terno.

—Você também? Eu não sei, Cinna apareceu com esse vestido e não quer falar nada.

—Eu também não estou entendendo. Um momento é apara parecermos assustadores e intimidadores,  e no outro amigáveis e delicados? —Pergunto para Cinna e Portia. Eles se entreolham de um jeito sinistro. É Cinna que responde.

—Não é nossa culpa. Não tivemos chance. Eles nos obrigaram, não pudemos fazer nada. Agora vamos, está na hora. —Ele não nos dá tempo para protestar.

Chegamos ao “estúdio” de Caeser. Atrás no palco, os outros tributos esperam em fila. Eu e Katniss nos posicionamos atrás de Nico e a outra garota do Distrito 11. Nico não falou nem uma vez comigo, o que agradeço desesperadamente. Se ele tivesse me perguntado o porquê de estarmos agindo assim, eu não suportaria àqueles sombrios e intimidadores olhos pretos. Mas Nico agia como se nem me conhecesse. Caeser saudou a plateia, comentou sobre os jogos, e em pouco tempo, o nome de Clarisse foi chamado. Ela parecia bem desconfortável naquele salto preto e vestido da mesma cor, mas não se deixou intimidar. Cumprimentou Caeser com um aceno de cabeça e se sentou na poltrona.

—Então... Clarisse La Rue! Tenho que dizer que fiquei bem impressionado com sua luta no dia da colheita!

—Ficou impressionado? Aquilo não foi nada. —Clarisse respondeu entediada.

—Então você ainda tem muitas surpresas! Você certamente já treinou bastante, certo? Tenho que admirar seu treinador!

—Acho que meu treinador não tem muito a ver com isso. É mais algo hereditário.

—Entendo. E sua nota? Onze! Como se sente tendo a segunda nota melhor dos jogos, junto com Thalia?

—Sinceramente? Péssima! Ainda não entendo como fiquei abaixo do garotinho pálido e ao mesmo nível da gótica. —Ela diz, arrancando risos e aplausos da plateia. Clarisse não dá qualquer resquício de reconhecimento em relação a mim ou a qualquer outro semideus. O gongo soa, e Clarisse se despede educadamente, algo que nunca imaginei que viveria para ver. O garoto do 1 também tenta ser assustador, mas depois de Clarisse, ele não tem muito sucesso.

—Annabeth Chase! —O nome é chamado e me obrigo a prestar atenção. Annabeth está deslumbrante com um vestido vermelho e preto, na altura dos joelhos. Seus cachos loiros caem soltou no seu ombro e ela se equilibra sobre uma sandália branca. Ela entra confiante no palco, cumprimenta Caeser com um apertar de mãos e senta na poltrona.

—E então! Se não é a namorada de Percy Jackson!

—Eu não gosto de ser reconhecida apenas como a namorada dele. Tenho meus próprios feitos, me chame de Annabeth. —Ela diz defensiva. Caeser abre um sorriso.

—é claro! Então, Annabeth, você ainda é um mistério para todos aqui. Poderia me dizer o algo sobre você?

—Sobre o que? Seja mais específico, por favor.

—Tudo bem... Ahn... Como você conseguiu esses lindos olhos cinza? —Ele pergunta depois de pensar um pouco.

—São herança da minha mãe. —Ela responde.

—Legal! Tem algo ainda me incomodando... Gostaria de saber, acho que todos gostariam de saber, como você e Percy Jackson se conheceram. —Annabeth sorriu, assim como eu. Não pude deixar de lembrar a primeira vez que a vira.

—Nós tínhamos apenas doze anos. Ele foi encontrado desmaiado pelo meu... Treinador. —Annabeth referia-se a Quíron. Ela tomava bastante cuidado para não dizer nada comprometedor. —Ele pediu para que eu cuidasse de Percy até que ele melhorasse. Percy ficou inconsciente por três dias, e quando acordou eu mostrei onde eu treinava para ele. Você acha que ele aprendeu a lutar daquele jeito como?  —Ela riu um pouco, acompanhada pela plateia, mas logo ficou séria. Ela teria de arrumar alguma desculpa agora. Eu não poderia ter ficado no Distrito 2 para sempre. —Mas eu sabia que o lugar dele não era ali. No começo, achei que fosse do Distrito 4, por causa dos olhos e sua facilidade com a água. Mas ele me disse que era do 12. Ele teve que ir. Ano passado, eu o reencontrei. Assim que fiquei sabendo que o idiota tinha se voluntariado, eu fui atrás dele. Tivemos pouco tempo. Foi aí que eu o beijei e fui embora. —A história dela batia muito perfeitamente com a minha. Como ela sabia que eu havia contado sobre o beijo, e não podia deixar esse detalhe faltar? —E então, depois dos jogos, ele me pediu em namoro. Eu aceitei. —Ela disse encerrando o assunto. Caeser se preparou para a próxima pergunta.

—Você... O ajudou a sair vivo da arena?

—Não.

— Você sabe como ele conseguiu?

—Não. —Annabeth não falou mais nada, e Caeser engoliu em seco.

—Ok... E então. Sua nota! —Ele mudou de assunto. —Um quatro! Isso é novo para o Distrito 2! Se Percy aprendeu a lutar bem daquele jeito onde você treinava, certamente você luta tão bem quanto ele, certo?

—Sim. E não é nenhuma nota que os idealizadores me deram que vai mudar isso.

—Tenho certeza que vai me surpreender! Agora uma última pergunta: Esses boatos de Percy Jackson ser um semideus, filho de Poseidon, são verdadeiros? —A expressão de Annabeth continuou impassiva, como se já esperasse essa pergunta. Ela sorriu.

—Isso você terá que perguntar a ele.

—E você? Também é uma “semideusa”? —O sorriso de Annabeth aumentou.

—Tenho certeza de que vou te surpreender. —E a campainha soou indicando o final da entrevista. Annabeth sai confiante do palco. Eu me perco nos pensamentos, penando em tudo o que ela disse. Annabeth foi tão cuidadosa, tenho medo de estragar tudo, como sempre faço. As entrevistas vão passando, os semideuses não dando qualquer vestígio de reconhecimento. Uma pergunta, ao tal Finnick, me chamou a atenção.

—E então Finnick, o que você acha daquele garoto que quis se voluntariar?

—Ah! Apenas um garoto que não sabia o que estava fazendo. Ele está bem seguro agora. — Seguro como? Queria perguntar, mas Caeser mudou de assunto.

—Como se sente sendo o tributo mais velho dos jogos? Acha que isso te dá uma vantagem?

—Acho que não muda muita coisa, afinal, não sou tão velho. E não posso subestimar meus adversários. Eu assisti ao ano passado, sei com quem eu estou lidando. —O resto da entrevista foi somente sobre a vida pessoal dele. A campainha soa e Thalia entra no palco. Ela anda tão suavemente sobre os saltos que parece flutuar. Usa um longo vestido verde, com sandálias escuras. Ela se senta e cumprimenta Caeser.

—Thalia Grace! Confesso que fiquei muito curioso quanto a você. Mas vamos começar por partes: você se voluntariar! O que levou você a isso? —Thalia olha indiferente para ele.

—Isso não é dá sua conta. —Ela diz arrancando exclamações de todos. Ela está sendo intimidadora.

—Tudo bem! —Caeser se recompõe do choque. —E o que você achou da sua nota?

—Não sou a maior fã da Clarisse, mas tenho que concordar que ela está certa. Ainda não sei como tirei uma nota menor do que o garotinho do 11.

—Então você afirma que poderia fazer melhor?

—Me de um arco que eu te mostro. —Caeser ri.

—Sinto muito, mas não posso te dar armas. Terá bastante na arena. Mas sua nota não é ruim. Onze! Mas mudando de assunto, uma pergunta que gosto de fazer: algum pretendente? —Arregalei os olhos. Caeser não devia ter perguntado isso. Thalia se levantou rapidamente.

—Quem você acha que sou? Eu não quebro meus votos! —Caeser se assusta.

—Calma, não quis ofende-la. Votos? —Thalia balança a cabeça como se estivesse se lembrando de que falava com um mortal.

—Desculpe. E não quero ser grossa, mas isso também não é da sua conta. —Ela diz se sentando. Caeser engole em seco.

—Ok. Uma última pergunta: você conhece Percy Jackson? —Eu fico branco, mas Thalia continua inexpressiva.

—Não. Como conheceria um garoto do Distrito 12 se sou do 5? —Ela diz, fazendo com que eu suspirasse de alívio. A campainha toca e entra o garoto do Distrito 5. As entrevistam passam. Connor diz que descobriu que ele e Travis foram separados quando ele nasceu. Duvido que o presidente acreditou nisso. Lou Ellen é tímida e simpática. Katie meio extravagante e Chris reservado. Nico entra no palco com um terno preto, calça preta e sapato preto. Típico.

—Oh! O garoto do Distrito 11! Estava ansioso para conhecê-lo, Nico.

—Igualmente. —Ele responde se sentando. Caeser olha para ele com um sorriso.

—E então! Uma pergunta que todos gostariam de saber: Como você tirou nota 12? Clarisse e Thalia confirmam que são melhores que você. O que acha disso?

—Acho que essa nota não tem importância nenhuma. O que conta é o que acontecerá na arena, e isso ainda não está decidido. E quanto a Thalia, tudo o que tenho a dizer é que estamos empatados.

—Empatados? —Nico sorriu, sombrio.

—Isso não é da sua conta.

—Eu acho que vou parar de ser entrevistador! —Caeser brincou fazendo a plateia rir. — E Nico, como um garoto pálido, sem ofender, é do Distrito 11?

—Não sei. Essas coisas acontecem. É genética. Deve ser por causa da minha mãe, nunca a conheci.

—Tem irmãos, ou irmãs? —O sorriso de Nico sumiu do rosto.

—Tinha.

—Oh! Sinto muito. Você mora com seu pai?

—Não necessariamente. Acho que não tenho um lugar fixo.

—Nos treinamentos, pude perceber que você se manteve afastado dos outros, mas bem próximo de Sunny. Vocês criaram algum tipo de aliança?

—Acho que sim. Sunny é uma garota incrível, que ainda tem muita vida pela frente. Ela não merecia estar aqui. Acho que ficamos bem próximos. —Caeser se prepara para fazer mais uma pergunta, mas a campainha soa indicando o final da entrevista, Nico e Caeser dão as mãos e Nico sai do palco.

P.D.V Katniss

—Katniss Everdeen, Distrito 12! —A voz desconhecida ecoa pelo salão.Respiro fundo e ando em direção ao palco. No meio do caminho tropeço e quase perco o equilíbrio, e eu não pude deixar de ouvir um risinho de Percy. Idiota. Quando faço menção de sentar, Caeser se levanta. Olho confusa para ele.

—Katniss! Você está esplêndida! Eu acho que vou contratar seu estilista!

—Sinto muito, mas ele já é meu. —Digo fazendo com que todos rissem.

—Você poderia dar uma volta? —Ele diz gesticulando os dedos. Assinto e começo a girar.

De repente não consigo mais parar, não quero mais parar. Um calor me invade, como se eu estivesse pegando fogo. Olho para baixo, sem parar de girar, e vejo meu lindo vestido branco sumindo diante dos meus olhos. Ele vai se desintegrando, dando lugar a uma nuvem preta. Quando já estou tonta, paro. Olho para onde deveria estar o vestido branco, mas no lugar vejo penas. Penas pretas que formam o mesmo desenho que o outro vestido. Viro-me para Cinna, que está sentado na primeira fileira da plateia. Ele não deveria ter feito isso.

Acabou de me transformar no tordo.

Ele fez um ato de rebelião em si.

—Katniss! Que incrível! É um pássaro, não? —Caeser chama a minha atenção.

—Sim, acho que é um tordo. Como o broche que eu uso de símbolo. —Uma sombra de reconhecimento passa pelo rosto de Caeser, e vejo como ele também está preocupado. Ele sabe a gravidade do ato de Cinna.

—Bom, vamos ter que tirar o chapéu para o seu estilista. Isso é uma coisa nunca vista na entrevista. —Ele diz. Cinna se levanta, recebendo aplausos e gritos da plateia. Viro-me para Percy em busca de apoio. Ele desvia os olhos de mim até Cinna e de Cinna até mim, onde para. Ele respira fundo e faz um gesto para que eu me acalme. Também respiro e me sento na poltrona, assim como Caeser. Ele leva alguns segundos para acalmar a plateia e então se vira para mim.

—Você está linda Katniss e é um prazer vê-la. Mas não posso negar que nunca imaginei que a veria de novo sentada nessa poltrona.

—Se você começar a chorar eu te mato aqui e agora. —Digo e Caeser ri.

—Tenho certeza que muitas pessoas à sua volta estão emocionadas com tudo isso. E então Katniss, lembra-se da nossa primeira conversa?

—Claro.

—Lembro-me de ter dito de três rapazes. Um como irmão, um como amigo e um como... pretendente. O garoto da escola. Você falou com ele? —Me perco em pensamentos. Lembro-me claramente de Gale me beijando e meu desespero ao ver Peeta sair correndo.

—Eu... Não. Não falei com ele, e me arrependo perdidamente por isso. Agora ele acha que eu gosto de outro e minha vida está confusa. —Respiro fundo —Peeta Melark. —Olho diretamente para a primeira câmera que vejo. —Eu queria te dizer a anos que, eu não me esqueci daquele dia. Não me esqueci de você. Eu queria ter um jeito de te agradecer, devo minha vida a você, mas eu não sei como. Obrigada. Sei que é pouco, mas é tudo o que posso nesse momento. Eu não queria que você tivesse visto aquela cena, sinceramente. Eu te amo, desde que você salvou a mina vida. —Finalizo. A plateia aplaude, grita e começa a gritar o nome de Peeta. Caeser demora mais um pouco para acalma-los.

—Isso foi incrível, Katniss. Tenho certeza de que ele e todas as pessoas de Panem ouviram isso. —Caeser diz dando ênfase no “todas”. Subitamente, me arrependo. Peeta está em perigo, por minha causa. Snow vai atrás dele, para me atingir. Olho novamente para Percy, que tenta se controlar. É muito sobre ele. —Katniss?

—Sim? —Viro-me para ele.

—Essa é a terceira vez que te vejo nesse palco, e espero que não seja a última. —Ele diz sinceramente e não posso deixar de sentir gratidão. Sinto um peso na consciência. Todas as pessoas que estão perto de mim eu coloco em perigo. Prim, minha mãe, Gale, Cinna, Peeta e agora até Caeser. Eles estão fazendo isso por mim, e o que eu faço por eles? Os coloco na mira do Presidente? A campainha toca, me obrigando a pensar em outra coisa. Despeço-me de Caeser e vou em direção a Percy, que me espera preocupado.

—Você está bem? —Pergunta, ignorando o nome dele sendo chamado.

—Sim. Agora você tem que ir, e tente não estragar mais as coisas do que eu.


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Notas finais do capítulo

E ai?? Gostaram? ainda estão querendo me matar? eu sei que mereço, mas só eu sei o resto da história então não podem me matar (E agradeçam a Agnes Chase e Paulita Borges por me obrigarem a escrever (na real life) e à Leila Di Ângelo pelas mensagens)
Leila: EU AMEI A SUA IDEIA E SE VOCÊ COMEÇAR A ESCREVE-LA EU VOU SUPER RECOMENDAR... Mas eu ainda não decidi se vou usar na minha fic, talvez use, ok? Ainda vou pensar. Mas escreva a história que pode ter certeza de que eu vou ler e recomendar. Fic: Antes de Panem
Tem uma surpresa no próximo capítulo para vocês que eu não vou contar!!... Ok, eu conto, n consigo guardar segredo: Vai ter P.D.V Peeta e P.D.V Jake!!!!!!! E não, não vai ter P.D.V de ninguém da Capital, ou seja, entrevista do Percy só no outro capítulo!!!! Espero reviews, sentenças de morte, Avadas, viagens para o Tartáro (q eu sei q vcs estão loucos pra me dar ne??) Mas espero heins! Sei que n mereço recomendações por cusa da demora, mas eu ficaria feliz com um...
ACCIO LEITORES FANTASMAS!!