Ding Dong Ding Doooooooooong!!!!!

_Lizzieeeeeeeeeeeeeee!!!

Ding Dong Ding Doooooooooong!!!!!

_Lizieeeeeee...

_JÁ TÔ LEVANTANDO CACETE! – Pulei da porcaria da cama quase dando de cara no chão.

Olhei para o criado mudo e olhei para o relógio que marcava 7:00 horas da manhã. Antes de estourar a porcaria digital contra a parede xinguei mentalmente o infeliz que me acordou aquela hora em pleno domingo. Nick não parava de berrar pelo meu nome enquanto alguém ainda tocava a campanhinha. Qual era o problema de abrir a porta, hein? Tenho cara de empregada? Desci as escadas completamente enfezada.

_Qual o problema em abrir a porta? – Grunhi parando no último degrau.

_Não to conseguindo levantar graças a você. – Gemeu pressionando a coluna._ Esse sofá esta acabando comigo.

_Jura? – Fiz um biquinho inocente e depois revirei os olhos. _ Que foi? –Indaguei quando o seu olhar de repente mudou.

Nick começou a olhar para mim de um jeito estranho e por alguma razão estava ficando vermelho. Como se estivesse vendo algo que não deveria. Eu acompanhei o seu olhar ate finalmente entender o que estava acontecendo. Na pressa de sair da cama eu havia esquecido de por o meu roupão e agora estava apenas com o meu blusão velho que tenho desde os 12 anos. E...Bom..Agora tenho 17 anos e o blusão já não cobria tanta coisa. Eu senti minhas bochechas arderem e tentei de forma ridícula puxar o blusão para baixo. Quando vi que não tinha mais jeito apenas cruzei os braços e lhe mandei um olhar feio. Nick entendeu o recado e se virou completamente constrangido.

Ding Dong Ding Doooooooooong!!!!!

_Não precisa quebrar a campainha!! – Grunhi irritada já abrindo a porcaria da porta._Emma?!

_Hey! – Acenou um pouco tímida.

_O que faz aqui? – Indaguei ainda surpresa. Na verdade eu queria completar “ E a essa hora?”

_Eu consegui o seu endereço com uma senhora maluca que tentou me subornar para jogar uma bomba na sua cara assim que abrisse a porta. – Ela coçou a nuca. Parecia assustada.

_Essa senhora se chama Helena e é a esposa do meu tio?

_Essa mesma! – Emma falou constrangida.

_Muito adorável a minha tia. – Ironizei. _ Um dia desses ainda vou retribuir esse carinho por mim.

_Er...Lizzie...Eu...Bom...

_Sem paciência, Baixinha! Seja direta! – Exigi jogando os meus cabelos para o lado.

_Aconteceu uma tragédia.

_Andou tendo pesadelos com o Marc de novo? – Tentei conter o riso e Emma me encarou feio. Marc ainda dava calafrios nela.

_Mais ou menos... - Seu rosto ficou distante e pigarreei._ Mas não vim aqui para isso. É que descobri que mudaram o tema da festa. Da noite para o dia inventaram uma festa a fantasia.

_E me acordou há essa hora para isso?! – Bati minha mão na testa._Eu juro que te mereço Collins. Oh, God!

_Mas Lizzie eu não tenho fantasia. E você me disse que me ajudaria a conquistar o Tyler amanhã à noite. Como posso ir para uma festa a fantasia SEM FANTASIA? – Emma berrou no meio do corredor. Parecia desesperada. Eu ate riria se por acaso tivesse sendo de humor.

_Emma, querida, aprenda uma coisa sobre mim. Quando começo uma coisa não descanso ate conseguir o que quero. E é obvio que já dei um jeito nisso. Fada madrinha, lembra? – Indaguei mal humorada e Emma franziu a testa.

_Como assim?

_Vem comigo! – Segurei a sua mão e adentrei o apartamento fechando a porta com o pé quando passei.

Já estava subindo as escadas quando Emma estancou no meio da sala/cozinha. Ela encarou o sofá de olhos arregalados e de repente perdeu a cor. A baixinha olhou para um Nick sem camisa e só de moletom ate mim com o meu minúsculo blusão. Pela sua cara já deu para perceber nos absurdos que estava pensando. Aquilo não tinha como ficar mais constrangedor.

_Longa história! – Cantarolei quase voando com Emma ate o meu novo quarto.

Amaldiçoei-me internamente por não ter contado que eu estava morando com o nosso professor de literatura por uns tempos. Na época não achava necessário. Emma estancou novamente ao olhar para o quarto. Mesmo que tivesse coisas minhas espelhadas por todos os cantos era mais que obvio quem era o dono do quarto. Havia livros, fotos e uma máquina de escrever antiga. Tudo naquele quarto ate mesmo o tom azul da parede parecia aspirar a Nick Hudosn. Emma apenas me encarava mais uma vez em estado de choque. Sim, aquilo podia ser ainda mais constrangedor!

_Não é nada disso que esta pensando. – E aquela frase não pareceu me ajudar muito.

_Então o que o nosso professor esta fazendo na sua casa? –Perguntou ainda confusa.

_Na verdade eu é que estou na casa dele. – Corrigi.

_Hum... E o que faz na casa dele?

_Er...Bom...Fui expulsa de casa e é a única coisa que precisa saber. Não estou tendo um caso com o nosso professor e só vou ficar aqui por uns tempos. E isso não é da sua conta!- Comecei a falar sem parar e isso acompanhado com uma pequena crise de riso. Por alguma razão eu estava nervosa.

_Calma!- Emma me encarou preocupada. _ Eu já entendi que não é da minha conta, mas dá para parar de rir? Esta me assustando.

_Tudo bem. Agora vamos nos concentrar na festa, pode ser? – Quase implorei. Queria me livrar daquele momento constrangedor. Emma apenas deu de ombros. Eu sabia que iria encher o meu saco depois.

Fui ate o pequeno guarda roupa ao lado da porta do banheiro e o abri. Havia várias roupas minhas lá. As de Nick eu havia jogado no cesto de roupa suja o que foi motivo para novas discursões. Puxei dois sacos pretos de lá e os joguei em cima da cama. Procurei a etiqueta com o nome de Emma e quando a encontrei puxei o zíper ate em baixo.

_Esse é o seu! – Puxei o mesmo vestido rosa que havia encontrado no salão de Marc e a entreguei.

_Isso não é uma fantasia. – Emma ralhou segurando o vestido.

_Ainda não. Veja e aprenda. – Puxei uma tiara de cetim preta e umas asas cor de rosa de dentro do saco. Também tirei de lá uma varinha rosa com uma flor de cristal na ponta e um colar tão delicado quanto à tiara. _ Eu sou a madrinha e você é a fada. – Brinquei, mas Emma estava ocupada demais admirando a sua fantasia.

_Isso é mesmo para mim? – Parecia encantada.

_É o que tem na etiqueta. O seu nome é Emma Collins, certo? – Ergui a sobrancelha.

_Eu...Eu...Muito obrigada Lizzie!- E do nada a baixinha se jogou nos meus braços.

Eu ate tinha aversão a abraçados. Marc era a minha exceção, mas dessa vez quebrei a minha própria regra. Retribui ao abraço de Emma. E novamente senti aquela sensação parecida com gases. Pelo menos não havia nenhum Tyler para me torturar com aquele olharzinho orgulhoso. E por mais estranho e imbecil que pareça eu me sentia bem em ajudar alguém além de mim mesma.

_Emma? – Falei depois de um tempo.

_O que?

_Já pode me soltar. – Eu falei controlando o riso.

_Desculpa.- Ela me soltou totalmente sem graça.

_Tudo bem. – Dei de ombros.

_Mais uma vez obrigada Lizzie. É lindo! – Sorriu abobalhada._ Mas agora eu quero ver o seu.

_O que? Claro que não!

_Por quê?- Franziu o cenho.

_É surpresa! – Exclamei como se fosse uma coisa obvia.

_Por favor! Eu juro que não conto para ninguém!!- Implorou.

_Não!

_Por favor!!!

_Não !

_Por favooooooorrrrrrrrr!!!

_Não... Droga!! – Joguei meus braços para cima me rendendo. Seria impossível não ceder a aquela carinha de cachorro que caiu da mudança e aquele biquinho tremendo. _ Mas se contar para alguém eu coloco sua fantasia no micro-ondas e como no jantar. – Ameacei e Emma estremeceu.

_Não vou contar para ninguém. – Beijou os dedos em sinal de juramento.

Eu a analisei por um tempo e depois fui ate o meu saco preto. Abri o zíper um pouco impaciente com Emma quicando sem parar do meu lado. E quando mesmo esperei senti o meu corpo pender para trás tamanha fora o susto. Eu pisquei os meus olhos algumas vezes para ter certeza do que estava vendo. Eu só pude confirmar quando Emma gritou do meu lado de tão chocada quanto eu.

_MAS QUE MERDA É ESSA?! – Eu gritei puxando os restos de dentro do saco.

_Então estava planejando ir fantasiada de mendiga? – Emma segurou uma faixa completamente picotada com as mãos.

_Não...Eu...Eu...Essa era a minha fantasia de Damas De Copas... – Eu estava chocada demais para falar qualquer coisa. Deixei o meu corpo cair sobre a cama.

_Quem você acha que fez isso? – Emma se sentou do meu lado.

Eu não respondi. Encarei o nada por um tempo. Tive uma lembrança de semanas atrás. O caixão dentro de uma caixa. Será que... Será que foi a mesma pessoa? Mas como? Venho sendo perseguida há anos. Como aquela pessoa poderia me encontrar aqui? E o que ganharia destruindo uma fantasia para uma festa idiota? Minha cabeça parecia girar com tantas perguntas então de repente comecei a mentalizar como pessoas inteligentes. Seja quem for não faria uma coisa dessas sem deixar rastros. Segurei novamente o saco preto em minhas mãos e joguei tudo o que havia nele sobre a cama. Depois de procurar no meio dos pedaços vermelhos e pretos do vestido encontrei uma coisa. Era um papel branco com algo escrito. Eu e Emma nos entreolhamos. Então li o que estava escrito em voz alta:

“Você brinca com guerra de neve e eu brinco com guerra de gente grande. Fique longe do meu namorado, vadia!

–Georgina Sparks”

_Oh My God! – Foi à única coisa que consegui dizer.

_Quem é Georgina e o que você fez para ela?- Emma ainda estava em choque.

_Então ela nos viu. - Sussurrei para mim mesma._ Mas... como?

_Viu o que? Onde?

_Será que...

_Lizzie! – Emma berrou me tirando dos meus pensamentos.

_O que?!

_Pode falar coisa com coisa?- Exigiu impaciente.

_Georgina é a namorada de Nick. Acho que ela nos viu outro dia brincando de guerra de neve no Central Park.

_Okey, eu não sei o que é mais estranho. Se é o professor Hudson com uma namorada ou se é você brincando de guerra de neve com alguém. Eu pensei que detestasse o professor Hudson.

_Eu não detesto o Nick. Só não gosto quando tentam me controlar. E ele não gosta de perder o seu controle sobre as pessoas. Mas isso não vem ao caso.

_E o que vai fazer? – Duche! Boa pergunta.

_Pessoas inteligentes, pessoas inteligentes , pessoas inte...

_O que esta fazendo? – Emma me olhou como se eu fosse alguma lunática.

_Procurando alguma ideia. Da licença? – Lhe mandei um olhar bem feio e ela deu de ombros. _ Pessoas inteligentes , pessoas inteligentes , pessoas inte...É isso! –Pulei da cama como se tivesse acabado de levar um choque.

_Isso o que? – Emma perguntou temerosa.

_Eu demorei uma semana para fazer esta fantasia sozinha. Não é uma vadia oxigenada que vai estragar a minha obra de arte e vai ficar por isso mesmo. Como eu disse antes. Procure vingança no google e...

_...Irei encontrar LizzieStucker.com._ Completou.

_Isso aí. E vou precisar da sua ajuda.

_Lizzie! – Gemeu desgostosa.

_E eu já sei o que vou fazer. Só preciso de um telefone, uma lingerie da Victoria Secrets e uma boa garrafa de tequila. – Tentei lembrar do que estava faltando _ E claro , o número da ambulância.

_Para que o número da ambulância?- Ela indagou desconfiada.

_Bom... O Nick vai precisar depois que estiver enfartando. – Emma arregalou olhos e dei uma risadinha maquiavélica.

Oh, God!!

PDV Nick Hudson

Ding Dong Ding Dong!!!

A campainha tocou bem no começo do meu filme. Grunhi desgostoso. Olhei para o relógio e este marcava 14:30 h da tarde. Não lembro de ter marcado nada com ninguém a essa hora. A não ser que a fedelha estivesse recebendo mais visitas na minha casa. Eu levantei do sofá indo ate a porta. Sabia que a fedelha não faria isso por mim. Desde que a Srtª Collins apareceu que elas estão trancadas no meu quarto.

_Georgina? – Foi impossível disfarçar a surpresa.

_Oi , amor! – Deu um selinho em mim antes de entrar._ Eu recebi sua mensagem.

_Que mensagem?

_Bom... A mensagem que você me mandou para vir aqui para assistirmos um filme.- Falou como se fosse uma coisa obvia.

_Eu não mandei nenhuma mensagem. – Cruzei os meus braços, desconfiado.

_Não? – Ela parecia confusa.

_Não. – Balancei minha cabeça em um movimento automático.

_Mas você esta assistindo filme, não esta? – Indagou olhando para a televisão.

_Sim.

_Ótimo!– Deu de ombros e se arrastou ate o sofá.

Eu encarei o corredor vazio confuso antes de fechar a porta. Eu não estava entendendo nada. Não mandei mensagem nenhuma. Não que eu achasse ruim a ideia de assistir um filme com a minha namorada. Mas desde a primeira e última vez que Georgina viu Lizzie tem agido de um jeito estranho. Estranho o suficiente para se tornar insuportável. Eu odiava as crises de humor de Georgina. Talvez tenha arrumado essa desculpa para fazer as pazes.

_Qual o filme? – Sorriu como se não tivesse me ignorando por semanas.

_Lição de Amor. – Respondi me sentando ao seu lado.

_Fala sobre o que?

_Um homem mais velho que se apaixona por uma adolescente. – Falei sem pensar.

_Hum... - Seu rosto endureceu.

_O que? – Perguntei sem entender

_Nada.

Eu desisti de entender sua mente complicada e fui voltando o filme para o começo. Como um bom professor de literatura eu era um amante do romantismo. Amava assistir filmes e livros com seus romances complicados, dramáticos e ridículos. Na verdade eu sempre quis escrever esses tipos de romances, mas nunca tive coragem de correr atrás então me tornei professor. Costumo pensar que não foi uma troca muito sábia.

E a cada cena do filme eu me arrependia amargamente pela escolha do filme. Georgina parecia se contorcer a cada vez que a adolescente problemática beijava o outro personagem principal. Era como se estivesse assistindo algum filme de terror. A única vez que ela relaxou foi quando Alex abandonou Nick para voltar com a sua ex-namorada que o tinha abandonado no começo do filme. Mas voltou a se debater novamente quando o Alex voltou para a adolescente. Eu estava quase surtando. Quando fiz menção de me levantar para desligar a televisão uma voz me paralisou.

_Posso assistir com vocês? – Lizzie gritou do meu quarto. Só o que me faltava!

_Não! – Gritei de volta.

_Acho que ouvi um siiim. – Cantarolou dando passos ate a escada. Sua voz estava diferente. Como se estivesse um pouco embargada.

_Lizzie eu disse que nã...

Eu senti todo o meu corpo paralisar. Georgina também petrificou ao meu lado. Lizzie desceu as escadas com a sua típica cara de pau. Mas ate o seu olhar estava diferente. Ela parecia ainda mais selvagem. Eu apenas a encarava em estado de choque. A garota problema estava vestindo apenas uma lingerie preta, uma liga no meio da coxa, luvas pretas e um salto alto. Seu cabelo vermelho estava todo para um lado e ela estava sorrindo de um jeito travesso. Eu senti que a fedelha iria aprontar.

Linda!

Foi à única coisa que consegui pensar. Eu sabia que a garota problema era linda, mas nunca tinha imaginado nada do tipo. Rosto de menina com um corpo de mulher. E que mulher! Senti o meu corpo estremecer. Eu...Eu não devia estar pensando nessas coisas. Ela era apenas uma criança e ainda por cima minha aluna. E eu era o seu professor e minha namorada estava bem ao meu lado. Tentei desviar o olhar, mas Lizzie riu quando eu fiz isso. Ela adorava brincar comigo!

_Eu quero assistir filme! – Falou com uma voz manhosa.

_Lizzie! – Tentei protestar.

_Eu gostooooooo de filmeeeeeeeee! – Quando ela quase caiu no seu caminho ate o sofá foi que eu entendi o que estava acontecendo.

_Você bebeu?

_Só um pouquinho. – Fez um gesto com os dedos e começou a rir.

Eu tentei me levantar, mas a garota problema foi mais rápida. Lizzie correu ate o sofá e se jogou no meu colo. Eu consegui sentir o cheiro da tequila junto ao seu perfume doce. Prendi a respiração para poder me controlar. Georgina apenas nos encarava chocada demais para reagir. Lizzie nem parecia se importar.

_Sabe querido professor eu tenho sido uma garota muita má! – Lizzie jogou os cabelos para o lado e fez um biquinho sexy.

_Porque esta fazendo isso? – Perguntei sentindo minha voz falhar.

_Eu queria me desculpar por estar me comportando tão mal. – As mãos de Lizzie pousaram em cada lado do meu rosto. A forma como ela me encarava. Como parecia me devorar. Era o que todas as minhas alunas tentaram fazer antes, mas nenhuma delas tinha me atingido. Ate agora!_ E eu vim me desculpar. – Sua mão pequena desceu ate o meu peito.

_Lizzie..

_E é assim que eu quero me desculpar.

E antes que eu pudesse reagir à garota problema já tinha feito. Sua boca invadiu a minha. Tentei impedir, mas as suas mãos no meu rosto não deixaram. Lizzie tinha um gosto diferente. Um gosto problemático e perigoso. Era tentador demais! Eu não ousei participar do seu jogo, mas também não consegui me desviar. E quando estava quase cedendo à garota problema saiu de cima de mim e me encarou de um jeito estranho. Eu devolvi o seu olhar. Então ela olhou para baixo e quando olhei para o mesmo lugar entendi o que a assustou. Foi o estado em que ela tinha me deixado. O meu desejo explicito em baixo da calça. Ela pareceu perceber o que tinha feito e sabia que tinha ido longe demais. E quando menos esperei Lizzie saiu correndo escada em cima e bateu a porta do quarto.

Eu apenas encarava o lugar em que ela deixou segundos atrás confuso. Eu não conseguia entender o que tinha acontecido. Então o meu cérebro estralou. Foi aí que eu me lembrei que a minha namorada estava bem do meu lado observando tudo. Quando me virei Georgina me encarava com o rosto cheio de lágrimas e de ódio. Tentei me aproximar, mas ela me empurrou. Parecia abalada demais para falar qualquer coisa. Correu ate a porta e tentei impedi-la.

_Geo...

_Não... Não fala comigo! – Gritou tentando me empurrar. _Não fala comigo nunca mais!

_Por favor , me escuta! – Falei desesperado tentando evitar que ela passasse por aquela porta.

_Eu...Eu quero sair daqui. Por favor , me deixa ir! Eu...Não quero te ver nunca mais! – Ela conseguiu me empurrar e correr ate o elevador.

Eu tentei ir atrás dela , mas as portas do elevador se fecharam. Eu sabia que não adiantaria ir atrás. Ela nunca me perdoaria. Eu soquei a parede ao lado da minha porta. Eu estava odiando Lizzie com todas as minhas forças. Mas estava me odiando ainda mais por ter sido tão fraco, por não ter resistido. Por não ter conseguido disfarçar que a desejava.Dessa vez a fedelha tinha ido longe demais. Eu precisava fazer alguma coisa. E é isso que vou fazer agora mesmo.

PDV Autora

TriimTriimTriiim!!

Toby ouviu o telefone tocar então enrolou a toalha na cintura e correu para o quarto. Não precisava atender para adivinhar quem era. Ele se sentia muito ofendido com a falta de confiança que aquela pessoa tinha em seus trabalhos.

_Eu fiz o que pediu. – Falou antes de ouvir a voz do outro lado da linha._ A namorada recebeu as fotos da fedelha e do professor no Central Park.

_Eu sei. Eu a vi sair do prédio aos prantos.Quase ofereci um lencinho. – Falou com escarnio. Senti o meu estomago revirar.

_Se sabe tanto então porque ainda precisa de mim?

_Porque a águia só observa antes de atacar, mas são os porcos que fazem o trabalho sujo.

_O que você quer? – Falei ríspido.

_Dar lavagem aos porcos. Tenho outro trabalho para você. – A voz sombria fez uma pausa antes de completar._Espero que goste de festas a fantasia. Dizem que coisas interessantes acontecem quando as máscaras caem.