Clato - 74 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 21
Segredos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :D
Esse capítulo ficou legal eu acho, Cato e Clove estão em clima de tensão, mas isso se ajeita nos próximos capítulos...



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Muitas coisas acontecendo, isso parece tão ERRADO, não era para ser assim, se ele não me deixa matar os tributos do 12 vou apenas esperar a capital soltar alguns bestantes nojentos e acabar com isso de uma vez, Sílvia nunca teria emocional para estar aqui, mas ai eu pergunto, quem é que tem?

Flash back on

–-Eu vou ir para os jogos Clove! – Sílvia fala sorridente, com apenas 12 anos de idade.

–- HAHAH duvido, eu tenho 10 anos e já sou melhor do que você – Falo para provoca-la, mas não deixa de ser verdade.

–-Não é não!

–- Sem contar que você iria ficar chorando de medo na frente de todo mundo! – retruco.

–- E você tem o emocional de uma lesma.

Flash back off

Mas isso aconteceu de um jeito tão inesperado, parece que eles simplesmente me colocaram de cabeça para baixo, e talvez tenha sido isso que aconteceu. Percebo que já estou quase 100% recuperada, consigo até correr se necessário, os remédios da Capital são ótimos. Ando até Cato:

–- Faz o favor de me falar o que está acontecendo, agora mesmo! – quase berro.

–- Agora não é o melhor momento – ele fala tentando me acalmar.

–- E quando vai ser? – pergunto.

–- Simplesmente não é agora – ele responde ríspido.

–- Ah quer saber? Queime no inferno – respondo e já estou me virando quando ele puxa.

–- Então me mata! – ele exclama, não consigo conter o riso.

–- Duvida? – respondo e ele me beija. Pede passagem para língua, mas eu não sedo.

Me afasto e tenho uma ideia, vou sair atrás daquela ruiva, não aguento mais isso aqui, e pelo visto ela é a única coisa que me impede de voltar para casa, pois assim que ela morrer é fim a aliança e então eu finalmente vou poder mata-los. Pego minhas facas e coloco dentro do meu casaco, tomo água porque seria muito contra tempo levar uma mochila, começo a andar quando Cato me interrompe:

–- Aonde vai?

–- Achar a cara de raposa – respondo.

–- Não, não vai – ele fala me puxando.

–- Você não manda em mim, e pelo jeito nenhum de vocês levantou um dedo se quer para mata-la, e você não vai me impedir de fazer isso – digo me virando e entro na mata.

Não faço ideia de onde aquela ruiva pode estar, mas eu quero acha-la, e mata-la, rapidamente, estou sem tempo para fazer coisas lentas e dolorosas. Mas se bem que o público ficaria muito feliz, aqueles sádicos da capital, ando em círculos perto de onde estamos até a noite e nada dela. Já desisti quando estou voltando para a caverna, e vejo Peeta colhendo umas amoras, não sei se são as venenosas. E então a vejo, roubando um pouco de amoras, “perfeito” penso, corro e lanço uma faca, que a derruba, me jogo em cima dela e prendo suas pernas e braços, ela se debate mas não consegue se libertar, quando tenho certeza que ela não vai conseguir, começo a falar:

–- Últimas palavras raposinha?

Ela meio que rosna, mas não obtenho resposta, escolho uma faca com calma, pelo visto ela não está afim de brincadeiras, decido fazer alguns cortes antes de cortar a sua garganta, mas por um momento observo a amora que está caída no chão, ao lado da sua mão, é amora cadeado. “PEETA”. Passo a faca na sua garganta e ouço o canhão. Começo a correr aonde ele estava, ele não está mais lá.

–- PEETA – Katniss berra.

–- CLOVE – ouço Cato gritar.

Começo a correr na direção da voz do Cato, mas acabo me chocando em Katniss, com a batida sou lançada para o lado:

–- Viu o Peeta?? – ela pergunta eufórica.

–- Foi a cara de raposa – repondo – eu a matei.

Ela concorda com a cabeça e continua correndo e chamando por Peeta, e eu caminho até achar Cato.

–- Eu disse que a mataria – digo triunfante.

–-Nunca duvidei de você pequena – ele fala passando a mão em meu cabelo.

–- Hora de quebrar a aliança? – sussurro.

–- Hora der ir à cornucópia. – ele responde sério.

E com isso vou à caverna e pego o diário da mochila e o escondo dentro do casaco, vamos andando sem pressa e sem trocar palavras, eu realmente não tinha ideia do que estava acontecendo. Peeta e Katniss já devem estar lá, qual será que eu mato primeiro? Involuntariamente acabei tendo certa afinidade com Katniss, o que a torna mais difícil de matar, não que eu vá me importar muito quando eu estiver em casa, o distrito dois, com Cato. Mas mesmo assim, acho que vou matar Peeta, ele vai ser mais fácil, pouco convívio, e ele nem vai ser difícil, uma mosquinha. Duas mosquinhas me impedem de ir para casa e ser vitoriosa, devia tê-lo deixado comer as amoras e depois só cravar uma faca no coração dela, ou o talvez ter oferecido as amoras para ela mas não ia ser nada divertido, provavelmente Enobária iria sugerir que eu rasga-se a garganta dela com os dentes, como ela fez em sua edição, brutal, mas necessário. Já estamos andando há certo tempo quando finalmente avisto o grande e dourado chifre que é a cornucópia, avisto eles, é a minha chance, não posso desperdiçar! Eles parecem tão distraídos que me sinto até cruel se eu lançar uma faca assim, atingindo-os pelas costas, mas prefiro ter sentimento de culpa bem lá no distrito dois do que morrendo em uma arena. Acho que todos concordam comigo, não? Estamos cada vez mais perto, quando disparo em uma corrida e prendo Katniss na cornucópia com uma faca em seu pescoço:

–- Desculpe, queridinha – falo com um grande sorriso irônico.

–- CLOVE PARA – Peeta berra ainda sem se mover.

Observo Cato se aproximando, mas ignoro, já estou quase passando a lamina da minha faca em seu pescoço desprotegido, quando ouço:

–- PAREM TODOS, AGORA! – Cato berra puxando meu braço.

E então ouvimos a temida vos de Claudius Templesmith:

–-Atenção tributos! Com uma análise mais profunda percebemos que apenas um tributo pode ser vitorioso, isso significa que a mudança anterior foi anulada. Feliz Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre a seu favor!

Desde que eu coloquei os pés nessa arena, a sorte nunca esteve a meu favor. E agora, vou ter que morrer. Cato vai na direção de Katniss mas em vez de mata-la como era o esperado, ela apenas cochicha algo em seu ouvido, e pega umas frutinhas de seu bolço. Ela entrega algumas para Cato, outras para Peeta e fica com algumas para ela. Vou até eles, e ela coloca algumas na minha mão também, fico sem entender e encaro Cato.

–- Alguém aqui quer vencer? – Katniss pergunta baixinho, quase inaudível. E olhando para mim, então ela me acha tão sem sentimentos a ponto de querer vencer sozinha.

–- Não sem você Katniss – Peeta fala no mesmo tom que ela.

Naquele momento, entendi o plano todo. Todos nós vamos morrer, mas isso é uma forma de protesto contra a capital, eu imagino, vamos ser os amantes desafortunados da septuagésima sétima edição dos Jogos Vorazes.

–- Porque você está me olhando? – pergunto a Cato.

–- Você vai ser a última coisa que eu quero ver antes de morrer – ele fala forçando um sorriso.

–- Vamos? – Katniss fala com um medo visível.

E assim, cada um leva suas amoras a sua boca. Pelo menos vou ter uma morte rápida. Só tenho medo do que a capital pode fazer com a minha família.

–- PAREM! PAREM! SENHORAS E SENHORES, OS VENCEDORES DA SEPTUAGÉSIMA SÉTIMA EDIÇÃO DOS JOGOS VORAZES! KATNISS EVERDEEN, PEETA MELLARK, CLOVE RIVERS E CATO RAULS  – Pela voz, deve ser Seneca Crane.

Katnisss é a primeira a cuspir as amoras, seguida por mim, Cato e Peeta. Isso é estranho, pela cara que ela fez, parece que isso havia sido planejado. Vamos ao lago para eliminar os resquícios de amora de nossas bocas. Alguns instantes depois aparece um aerodeslizador, que dele descem duas escadas. Cato ajuda o conquistador a subir na primeira escada, e eu vou à outra, junto com Katniss. Assim que pisamos nela, uma corrente elétrica nos imobiliza. Quando chegamos lá em cima, médicos vestidos de branco aparecem carregando Peeta para outra sala, ela fica desesperada e começa a gritar. Logo, aparecem médicos que me levam também, quando já estou no outro lado do vidro, consigo ver Katniss e Cato tentando, inutilmente, quebra-lo. Tento me livrar dos médicos que me carregam, mas, sem sucesso.

–- Vai dar tudo certo – um médico murmura com um sorriso amigável. Fico parada por menos de um minuto, mas tempo o suficiente para eles injetarem algo em minhas costas.

Quando recupero meus sentidos, estou em uma sala branca sem portas ou janelas. Entro em desespero, mas não consigo me levantar, tento gritar mas sai apenas algo como um grito rouco. Será que eles vão me matar? E os outros estão bem? Porque não me contaram nada sobre o plano? Olho para minha pele, está totalmente recuperada, e bonita! Parece que eu nunca fui para a arena ao julgar o estado dela. Minhas unhas, apesar de curtas, estão como antes da arena também. Eu estou nua, tem apenas um fino lençol em cima de meu corpo. Um pedaço da parede, que deve ser a porta, se abre e Brutos entra.

–- Você foi muito irresponsável. – ele fala fitando o chão.

–- Ah! Parabéns Clove! Você é uma vitoriosa agora! – Falo ironizando o que eu gostaria que ele falasse.

–- Isso também – Brutos agora me olha – você deveria ter matado os tributos do 12.

–- Se você não percebeu eu queria fazer isso, mas o seu preferido não deixou. – respondo séria.

–- É, ele não agiu como eu gostaria – Brutos lamenta – mas pelo menos os dois estão bem, desculpe Clove.

–- Tudo bem... Onde Cato está?

–- Em outra sala, infelizmente vocês não podem se ver ainda. – Brutos se dirige a porta – depois Enobária vem ver você, agora descanse.

Quando Brutos se retira da sala, um avox entra com uma bandeja em suas mãos, ele pressiona um botão que me faz ficar sentada, e então coloca a bandeja em minhas coxas. Olho para a bandeja, nela tem apenas um prato com um caldo claro, um pouco de molho de maça e um copo d’agua. Eu esperava a primeira refeição depois da arena um pouco mais espetacular. Apesar de estar com fome, tenho muita dificuldade em ingerir essa refeição. Termino de comer, e tento sair de cima da cama, mas assim que tento um líquido entra em meu braço, apago quase no mesmo instante. Acordo novamente, dessa vez não tem nada em meu braço, então levanto sem problemas, ao lado de minha cama tem um uniforme, o mesmo que usamos para entrar na arena. Visto-me rapidamente e fico parada onde eu vi Brutus entrar. Não há nenhuma abertura visível, mas sei que a porta está ali. Então ela se abre me levando a um enorme corredor, novamente sem portas.

–- Clove! – Ouço Enobária me chamar, em uma câmara no outro lado do corredor.

Caminho até ela. Beatriz, Charlote, Katniss, uma mulher com uma peruca escandalosa, mentor bêbado de dela e o seu estilista estão lá também.

–- Vocês estão em uma bela fria lindinhas – o mentor fala.

–- Porque Haymitch? – Katniss pergunta se recusando a olhar para mim. Então nossa quase amizade na arena era tudo parte do plano também?

–- Vocês não achavam que Snow ia deixar barato depois dessa edição ter quatro vencedores, estavam? – ele pergunta.

–- Na verdade... – Começo a falar mas ele me interrompe.

–- Vamos falar disso depois certo? Todos nós? – ele pergunta. Concordo com a cabeça.

–- Onde está Peeta? – Katniss pergunta.

–- A Capital quer que vocês se reencontrem apenas na entrevista dessa noite, isso vale para você e o Cato também, Clove. – Enobária responde com apreensão nos olhos. – Agora, vai com Beatriz, depois conversamos.


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Notas finais do capítulo

Comentem, adoro saber a opinião de vocês :D
E quem quizer dar uma olhada na minha nova fic...
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