Clato - 74 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 17
Final alternativo- Só Clove e Cato ganham - parte1


Notas iniciais do capítulo

Então, estou sentindo a falta de alguns leitores =/ e os fantasminhas aumentaram, não custa deixar um review gente, eles me deixam muito feliz =D
Espero que gostem do capítulo, ele ficou sem muita emoção, não estava conseguindo escrever coisas legais, mas eu não estava com muita vontade de demorar para postar...
(desculpem pelo título não ter muito haver com o capítulo, estava realmente sem ideias...)



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Acordo com uma dor desesperadora na minha perna, pelo menos estou viva, tento me levantar sem sucesso, então decido apenas tentar ficar sentada. Isso eu pelo menos consigo, olho em volta, está escuro e eu estou totalmente sozinha, não consigo nem pelo menos saber onde eu estou, mas é parecido com onde estávamos ontem, ou igual, continuo meio zonza. Então bate um desespero, onde estão minhas facas? Não minha jaqueta não está aqui! Ou está aqui perto e eu não consigo ver. Fico sentada e emburrada, até que percebo o quão egoísta esses pensamentos foram, eu estou preocupada com a minha jaqueta, mas ao mesmo tempo não faço ideia de onde está Cato! Ok Clove, nada de desespero. A dor continua forte, mas eu não consigo nem prestar muita atenção nela, muitas perguntas surgem em minha mente: Onde está Cato? Onde estão minhas facas? Katniss está vivas? E Thrash? E o conquistador? Bom, eu não ouvi nenhum canhão, então... Estou com fome e medo, só não estou com frio porque tinha um saco de dormir do meu lado e eu consegui entrar. Nada pode piorar certo? Não, pode sim, pois acabei de ouvir um canhão. “Respira Clove, relaxa” sussurro. Não, ele não pode ter morrido, alguém morreu, mas não ele. Tenho a impressão de horas se passando e nada, será mesmo que eu fiquei sozinha nessa arena? Não, impossível, com esse pensamento, finalmente consigo voltar a dormir. Acordo com a luz do sol forte batendo em meu rosto, sim, estou no mesmo lugar de antes.

–- Ah Clove, ainda bem que acordou – Cato fala, nem sabia que ele estava aqui – Achei que tivesse te perdido baixinha.

–- Realmente achou que iria se livrar de mim tão fácil? – respondo com um sorriso fraco, a dor diminuiu, mas ainda está presente.

–- Como se eu quisesse me livrar de você – ele responde me olhando feio.

–- Quem morreu ontem? – pergunto mudando de assunto.

–- Thresh – ele responde com indiferença.

–- Bom.

–- Está com fome? – ele pergunta pegando uma ave que parece ser um peru.

–- Sim, e com sede também. – digo enquanto ele me alcança a garrafa de água.

–- Consegui isso hoje cedo, deu um certo trabalho, não fomos treinados para isso.

Depois de assado na fogueira, comemos a ave em silêncio, ainda não me movi, a dor se intensifica quando o faço.

–- Vamos para a cornucópia – ele fala assim que terminamos.

–- Ah, tudo bem, me ajude aqui – ele me puxa e faço uma careta de dor quando isso acontece.

–- Você está bem? – ele pergunta preocupado.

–-A pedra caiu no meu tornozelo – respondo tentando fazer uma massagem.

Alguns instantes depois cai do céu um cilindro prateado com um paraquedas, ótimo, uma dádiva. Cato a pega e a alcança para mim, dentro tem um creme meio rosa, que deduzo que é para passar no meu tornozelo, tem até um bilhete:

“Passe bastante e fique bem” – E.

E é exatamente o que eu faço, pego boa quantidade de creme e passo no grande roxo que agora faz parte do meu tornozelo, o alivio é imediato, acho que eles só mandaram por medo que eu morra, inevitavelmente eu ainda sou útil se assim pode se dizer, eles escolheram Cato para ganhar, mas agora que dois podem, pelo jeito mudaram de ideia.

–- Se você não se importar, ou se importando mesmo, vamos para a cornucópia amanha – digo continuando a espalhar o creme.

–- Já que você não consegue andar mesmo... – ele responde com indiferença.

–- Hum, Cato? O que tinha dentro da mochila? – pergunto disfarçando inutilmente minha curiosidade.

–- Estava esperando você para abrir. – ele fala colocando a mochila na minha frente.

Puxo a mochila para perto e a abro, dentro delas tem duas armaduras de ferro, só a parte de cima, mas é perfeito para desviar das flechas da Katniss. Cato veste a dele e se aproxima da porta.

–- Com isso não há ninguém vivo na arena capaz de me matar – ele fala sorrindo – muito menos as flechas da garota em chamas.

–- NOS matar você quis dizer. – respondo com um sorriso cruel.

–- Já consigo ouvir eles nos anunciando vitoriosos.

E assim passa o resto do dia, não fizemos muita coisa, estávamos ocupados de mais fazendo coisa nenhuma, e como eu não consegui andar... À noite ouvimos o hino da capital seguido pela foto de Thrash, o único morto de hoje.

–- Vê se dorme agora – digo acariciando seus cabelos loiros.

–- Chame qualquer coisa, e não demore para me acordar.

Apenas concordo com a cabeça, e ele deposita um beijo em minha testa. Passo novamente o remédio no meu tornozelo, brinco com minhas facas, mergulho em um oceano de pensamentos, até que chega a hora em que vou dormir, o acordo e me encolho dentro do saco de dormir, havia apenas um e era meu. Acordo cedo, já consigo andar quase normalmente, mas não consigo mais aguentar não tomar banho.

–- Cato?

–- O que foi Clove? – ele responde.

–- Vou para o rio tomar banho. – respondo com indiferença.

–- Lembra o que aconteceu na última vez que você ficou sozinha?

–- Agora é diferente – retruco e sem esperar resposta, me dirijo ao lago que fica aqui perto da cornucópia.

Quando chego, tiro a roupa e fico apenas de roupas íntimas, mergulho nas águas gélidas e refrescantes do lago, agora que os dias estão mais quentes, essa água está me ajudando bastante a me refrescar, aproveito e solto o cabelo que já está oleoso. Depois de algum tempo, saio do rio, espero escorrer um pouco a água, me visto e prendo novamente o cabelo, então volto ao nosso “esconderijo”.

–- Como se sente? – ele pergunta assim que percebe minha presença.

–- Digamos que quase renovada, você também deveria tomar um banho...

–- Não gosta do meu cheirinho de suor?

–- Não! – respondo fazendo cara de nojo, mas logo começamos a rir.

Ficamos rindo até o barulho de um canhão nos interromper, isso significa apenas uma coisa, ou o conquistador não sobreviveu, o que é praticamente impossível com o remédio da capital, ou eles mataram a tributo do 5.

–- Quem você acha? – ele pergunta se referindo ao canhão.

–- A ruiva – respondo friamente.

–- Concordo. O pessoal da capital deve estar indo a loucura.

–- Por quê? – pergunto sem entender.

–- Só sobraram aos amantes desafortunados do distrito 12, e os amantes do distrito 2. – ele responde fitando o chão.

E antes que eu possa responder, aparecem lobos bestantes imensos atrás da gente, e eles tem algo diferente entre cada, eles me lembram os tributos mortos, fico os observando chegarem até que Cato me puxa pelo braço.

–- Anda! Corre!

Começo a correr, mas antes consigo ver um bestante loiro seguindo freneticamente o Cato, o bicho é grande e está com uma coleira incrustrada de joias onde está escrito “D 1”, o céus, é a Glimmer! Tudo bem que eu não era nem um pouco fã dela, mas fala sério, ninguém tem o direito de fazer alguém em forma de um lobo-bestante. Percebo que o céu já está escuro, mas ainda é cedo para isso, ah, é claro. Isso é culpa dos idealizadores dos jogos. Quando chegamos na cornucópia, Cato me ajuda a subir e logo sobe também, quando já estamos lá em cima, avisto Katniss e Peeta se aproximando. Eles correm e antes de chegarem, Cato me puxa para trás, para eles não conseguirem nos ver, quando os dois sobem, o conquistador vira na nossa direção e fica perplexo. Cato se aproxima por trás e prende a garota em chamas, logo invisto contra Peeta, então nós quatro começamos uma pequena batalha no alto da cornucópia. Mas, o resultado do combate não foi favorável para nenhum dos lados, no atual momento, o conquistador está me imobilizando, e Cato está imobilizando Katniss.

–- LARGA A KATNISS OU EU JOGO A CLOVE NOS BESTANTES. – Peeta berra quase cuspindo no meu rosto.

–- SOLTA A CLOVE OU EU JOGO A KATNISS – Cato retruca.

Katniss me olha de um jeito confuso, e acho que sei como isso vai acabar. Acho que ela também sabe, um deles logo vai jogar uma de nós, e de vingança a outra vai ser jogada também, Cato é mais forte, então vai acabar matando Peeta, pelo menos ele vai vencer.

–- SOLTA ELA AGORA! – Cato berra com uma expressão de ódio tomando sua face, nem havia percebido que eles ainda estavam discutindo.

Essa é a cena mais humilhante da minha vida! Como esse tributo do 12 conseguiu me imobilizar? Eu estou a beira da morte mas eles nem ao menos tiram esses bestantes que em breve vão conseguir escalar até aqui, hum, obrigada capital.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, espero que mesmo assim tenham gostado :D
Espero reviews...
Bejos...
ps.: eu inventei de fazer cosplay da Clove para o halloween, e agora eu estou com sérios problemas porque na vida real eu sou loira, e eu não achei spray de tinta para cabelo preto (daqueles que sai quando lava) se alguém tiver alguma ideia será bem vinda =D