Mudança De Planos escrita por Clara Ferler


Capítulo 16
Namoro Arranjado.


Notas iniciais do capítulo

Oie desculpe a demora, é que essa semana tá meio corrida sabe?(passou voando na verdade)e quando eu estava quase terminando o cap: Filha vem arrumar seu quarto!(essa é a voz do meu pai) e o meu quarto nem estava tão bagunçado assim ( é, uma pilha de roupas em cima da cama, nem um pouco bagunçado né?) e eu ainda tenho que aprender a parar de colocar o que eu realmente penso entre parenteses, eu sei sou meio louca né? (meio?) bom, não vou tomar mais o tempo de vocês, aproveitem o cap.



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Enviei a mensagem, quando de repente... Vi uma cena que eu realmente não esperava ver, de jeito nenhum, como poderia? Eu não acreditava no que meus olhos viam, será que eu estava sonhando? Aquilo não poderia ser verdade!

Um sentimento estanho invadiu meu coração, eu sentia raiva, e um gosto amargo se passava em minha boca, eu estava com nojo daquela cena.

–Tony! – sussurrei pra mim mesma. Eu não acreditava, apesar deu não sentir nada por ele, ele era meu namorado, não podia estar fazendo isso comigo. Em um canto, não muito longe de dentro do portão da escola, ela, a nojentinha, a metidinha, a oferecida, a... Denise agarrava o pescoço dele, como se beijar ele fosse totalmente correto, e ele o que fazia? NADA.

Passei pelo portão de novo, entrando novamente dentro da escola, fiquei ali apenas olhando aquela cena ridícula.

–Mônica? – o ouvi dizer do outro lado da saída. Essa não, ele me viu. Fiz cara de enfurecida, que era exatamente o que eu estava naquele momento, enfurecida, me virei e comecei a andar de pressa pra longe dele.

–Ei Mônica espera, eu posso explicar! – ele falou agarrando o meu braço, fazendo o encarar.

–O que você quer? Explicar? Não tem nada pra explicar.

–Mônica. – ele disse com o olhar de cachorrinho que caiu da mudança.

–Não diz nada. – falei em um tom firme, aquilo não tinha tanta importância pra mim, eu sentia tanta raiva e ódio dele naquele momento, que acho que a raiva foi tanta que sentia vontade de chorar, eu comecei a enxergar mal, meus olhos pareciam se encher e lágrimas, mas eu não queria chorar, Tony olhou pra mim com uma cara de inocente.

–Você vai chorar? – ele perguntou com um tom de pena de mim. Faltava pouco pra eu não explodir, ele se acha mesmo, acha que eu vou chorar por ele, eu nem estou triste por ele ter feito isso. Eu ergui a cabeça e o encarei com um olhar que dizia “Você não vale um centavo” e falei firme:

–Chorar? Não. O meu rímel foi muito caro pra ser desperdiçado em lágrimas baratas. – eu disse em um tom de deboche, e olha que eu nem estava usando rímel. De repente a sensação de choro passou, eu me sentia mais confiante.

–Não fala assim, eu sei que é dureza pra você ver uma coisa dessas, mas eu quero que você me deixe explicar tudo bem?... – eu o interrompi:

–Opa, espera um pouco. Dureza? Não teve nada de dureza em ver aquilo, na verdade eu senti foi é um alivio.

–Do que você tá falando? – ele perguntou confuso.

–Eu estou falando que eu não me sinto mais presa a alguma coisa que não vale a pena. – eu falei isso e no mesmo instante comecei a rir e rir cada vez mais.

–Por que você tá rindo? – ele me perguntou confuso.

–Porque eu finalmente consegui não só admitir, mas também assumir que eu nunca gostei de você – eu não acredito que eu tinha acabado de dizer aquilo na cara dele, ele me olhou desesperado e ainda um pouco confuso com a situação.

–Mônica não diz isso, você não sabe do que tá falando, olha, foi a Denise quem me beijou, eu não tive nada a ver com isso e... – eu o interrompi de novo:

–Para! Eu tenho certeza do que estou falando, eu já tive certeza há muito tempo, mas só agora que fui perceber. Tony, nós nunca namoramos porque nos gostávamos, nossos amigos nos juntaram porque achavam que ficávamos bem um com o outro, mas a verdade é que isso não passou de um namoro arranjado por outras pessoas.

–Não fala assim...

–E eu nunca me senti tão bem ao ver que você finalmente se tocou que também não gostava de mim – disse sorrindo pra mim mesma.

–Mas você não ouviu o que eu acabei de falar? Eu não fiz nada, a culpa não foi minha! – ele disse em um tom alto já impaciente.

–Não importa se a culpa foi sua ou não, apesar deu saber que foi. Eu cansei! – disse me virando e saindo dali.

–Espera! – gritou Tony agarrando o meu braço e me impedindo de sair.

–O que foi? – perguntei ainda sorrindo pra mim mesma.

–O que você quer dizer com isso? – ele perguntou como se não soubesse do que estava acontecendo.

–Para de fazer isso. Ou você está me enganando, ou não é maduro o suficiente pra admitir que nunca gostou de mim. – Eu disse isso, e Tony se calou, parece que eu tinha pegado bem no ponto do assunto.

–O que tá querendo dizer? – ele perguntou um tanto bravo e impaciente, ele já sabia o que eu pretendia.

–Eu estou dizendo... Que... Acabou! – eu disse simplesmente. Como era bom dizer aquilo. Tony ficou em silêncio espantado com o que eu acabara de dizer. A expressão dele mudou de repente.

–O que? – ele perguntou irritado. – Está terminando comigo?

–Acho que estou. – disse orgulhosa de mim mesma por ter feito isso.

–Opa espera aí, você não pode terminar comigo, estamos juntos há três anos. – eu hesitei em dizer, mas tomei coragem e olhei nos olhos dele, sabendo que seria a ultima vez que olharia pra ele daquela forma:

–Não é por nada Tony... Mas, eu acabei de terminar. – sorri aliviada, aquela era a melhor sensação do mundo, sentir que não está mais presa a alguém que não te ama. Eu não disse mais nada, me virei devagar e saí dali simplesmente, deixando Tony sem palavras.

Caminhei devagar, em direção a minha casa, ás vezes eu beliscava o meu braço pra ver se aquilo era real, e era, eu não estava sonhando. É estranho saber que acabou de se separar de uma pessoa que está muito tempo ao seu lado, ou melhor, muito tempo longe de você. Era bom sentir aquilo, eu sentia como se tirasse um peso dos meus ombros ou uma galinha do meu pé, ou uma pedra do meu sapato... Ou qualquer outro ditado antigo como estes. Enfim, me sentia aliviada.

Ás vezes é bom dizer o que sente, apesar do Tony não gostar de ninguém, nem mesmo da Denise, foi bom dizer pra ele que eu não gostava nem um tiquinho dele, assim eu o deixo livre pra encontrar uma pessoa que realmente goste dele, quer dizer, se essa pessoa existir, é claro!


(P.V. Cebola)

Cheguei em casa. Uffa! Que dia duro em, me deitei no sofá e joguei minha mochila em qualquer canto da sala, eu estava com preguiça de subir pro meu quarto.

–Oi palhaço! – disse minha irmã indo sentar ao meu lado no sofá. Eu só não gostava dos apelidos que ela me dava: “palhaço” “porquinho” “Totó” entre outros. Há, ela também tinha outro apelido pra mim, era o clássico dela: “chato”. Mas ela não supera o MEU apelido clássico: “Pirralha”. Aliás, eu acho que eu só tenho esse apelido pra ela, é eu preciso dar uma geral nos meus apelidos.

–Oi pirralha! – viu? Eu usei o meu apelido clássico kk.

–E aí, tá cansado?

–Ah se to!

–É o que parece se esparramou no sofá!

–Haha engraçadinha! – disse sarcástico.

–E então, como vai a sua namorada? – ela perguntou fazendo graça.

–Que namorada?

–A Mônica!

–Ela não é minha namolada, quer dizer, namorada!

–hahaha, ai ai, a sua reação é sempre a mesma quando eu falo dela, eu nunca me canso de te irritar hehe.

–Eu não to achando muita graça.

–Mas eu sim.

–Veio aqui só pra me encher é? – perguntei já irritado e provavelmente todo vermelho.

–Não esquenta Cebola, eu sou sua maninha, é o meu dever te deixar irritado.

–Ah é? – falei puxando ela e enchendo ela de cócegas na barriga.

–Para, para hahahah, isso não vale haha, não vale. – parei de fazer cócegas porque vi que ela ia morrer por falta de respiração He He.

Ela respirou fundo tentando se recuperar e descansar, eu fiz o mesmo afinal fazer cócegas a ponto de faltar ar na sua irmãzinha também cansa kk!

–E cadê a mamãe? – perguntei.

–Ela saiu, foi ao mercado, precisava de coisas pra preparar o almoço.

–E ela te deixou aqui sozinha? – perguntei começando a me preocupar, não com o que tinha acontecido, mas sim com o que ela tinha feito.

–Sim, ela disse que tinha muitas coisas na lista de compras e não queria que eu... Atrapalhasse ela, o que eu não entendi muito bem.

–Ah, mas eu entendi. – falei a fazendo ficar um pouco irritada.

–Ela disse que tudo bem, desde que eu me comportasse. – ela disse e logo deu um sorrisinho maligno.

–O que você fez? – perguntei desesperado.

–Ai credo maninho, como você pode achar que Eu faria uma coisa errada? – ela disse apontando pra ela mesma e fazendo aquela cara de anjinho que ela sempre fazia. Eu olhei pra ela com uma cara de “eu sei que você aprontou alguma”, ela logo se rendeu:

–Tá bom, tá bom... Eu só tava com um pouco de fome e... – eu a interrompi:

–Essa não! – gritei me levantando e correndo pra cozinha. Cheguei lá, e é obvio, a “pirralha” (não me canso de dizer isso) tinha aprontado de novo.

–O que você fez? – perguntei olhando pra ela que já estava do meu lado. A pia da cozinha estava coberta com um tipo de creme cor de rosa, e o liquidificador estava caído no chão e vai lá saber onde estava a tampa dele, e tinha farinha esparramada pela mesa inteira (eu mereço).

–Desculpa, eu precisava forrar o estomago com alguma coisa.

–E o que é esse creme cor de rosa?

–Sorvete de morango.

–Se isso é sorvete de morango... Não quero nem ver o sorvete derretido.

–Tá, é claro que ele não está exatamente congelado.

–MARIA! Por que você não esperou eu chegar pra te fazer comida?

–Porque eu estava com muita fome!

–E adiantou alguma coisa a pressa? Você destruiu a cozinha e, além disso... Ficou sem comer nada.

–Eu não diria isso... Quer sorvete totalmente derretido de morango? – disse ela pegando um copo cheio daquela bebida e estendendo a mão pra eu pegar.

–Não valeu, eu to bem.

–Então tá! – disse ela pegando o copo e bebendo.

–Eca Maria, que nojo.

–Não reclama.

Limpamos a bagunça antes de minha mãe chegar, que bom porque se não ela iria não só matar a Maria como também a mim.

Bom, a tarde se passou e eu passei a maior parte do tempo no quarto, quando já eram umas 16:00 horas, escutei alguém bater na porta do meu quarto.

–Filho sou eu! – era minha mãe.

–Entra.

–Querido, eu vou procurar um novo emprego, aquele não está dando muito certo e...

–O que? Vai procurar emprego novo? Você não me falou nada sobre isso antes.

–Você sempre está aqui no quarto e quando eu tento falar com você, você diz que não está a fim de conversar.

–Tá, que seja.

–Então, eu estou saindo agora, você tem algum compromisso hoje à noite?

–Não, por quê?

–Por quê? – ela disse se sentando ao meu lado na cama – pensa que eu não vi um creme branco na parte inferior da pia? Vocês sempre se esquecem de limpar esse lugarzinho quando aprontam alguma... Deixa eu adivinhar, sorvete de morango?

–Na verdade tava mais pra sorvete derretido hehe.

–É por isso que quero que tome conta dela e mantenha-a longe da cozinha.

–Haha tá bom mãe.

–Brigada filhinho – disse ela me dando um beijo na bochecha e saindo do meu quarto.

Fiquei pensando em como eu faria no Show de Talentos e também como a Mônica faria, que musica será que ela ia cantar? Escutei o meu celular tocando no criado mudo ao lado da minha cama, logo o peguei e vi quem me ligava, era um número desconhecido. Quem será que é?


(P.V. Mônica)

A tarde foi horrível e ficava cada vez pior, eu fiquei trancada no meu quarto o dia inteiro até que resolvi sair e andar um pouco pelo bairro. Andei um pouco, estava caminhando pela calçada, até que uma coisa me deixou chateada. Eu vi Cascão que caminhava na minha direção, fazendo o mesmo que eu, faltava pouco pra eu não dar de cara com ele, mas ele me viu, e como não ia ver? Eu estava bem na frente dele e só faltavam alguns passinhos pra nos encontrarmos, e finalmente, isso aconteceu.

–Oi – ele falou em um suspiro.

–Oi – respondi respirando fundo.

–Passeando? – ele tentou puxar conversa.

–É-é isso.

–Legal... Então... Como vai... O Tony? – respirei fundo e falei surpresa por ele ter tocado no assunto:

–Ah o Tony... E-eu não sei.

–Por que não sabe?

–Eu não sei da vida dele.

–Ah, desculpe me meter do assunto. – Ele disse, eu hesitei em falar algo, não sabia o que dizer, mas eu precisava desabafar com alguém, e porque não com ele? Ergui a cabeça e tentei parecer firme, disse olhando em seus olhos:

–Na verdade, nós terminamos. – quando eu disse aquilo, a reação de Cascão mudou totalmente, ele ficou pálido, espantado, chocado, ele estava sem palavras e a única coisa que saiu de sua boca foi:

–O que? – ele perguntou quase que em um fio de voz.

–É no-nós terminamos.

–Por quê?

–Porque eu descobri que não quero ele por perto... E acho que ele também pensa assim já que estava beijando a Denise.

–Sério? Eu sinto muito, eu... – o interrompi.

–Por que sente? Eu estou feliz por isso.

–E por que está com essa carinha triste? – ele me perguntou, e eu resolvi dizer a verdade:

–Porque você está aqui agora.

–O-oque? – ele perguntou espantado e triste com o que eu disse.

–Porque você está aqui. Ver você não me faz bem, eu já não te vejo faz muito tempo.

–Mônica eu... – o interrompi de novo, queria mudar de assunto:

–Eu quero te pedir uma coisa.

–O que?

–Você tem o telefone do Cebola?

–Pra quê você quer o telefone dele?

–Ele me convidou pro cinema e eu recusei, mas agora quero ir.

–Tá bom.

*20 minutos depois...


–Alô? – falou a voz do outro lado da linha, era o Cebola.

–Oi Cebola, sou eu a Mônica, escuta, lembra que você me convidou pra ir ao cinema? Então... A proposta ainda tá de pé?

–Ham... Bem... Você não disse que o Tony... – eu o interrompi:

–O Tony não é mais um problema.

–Tem certeza? Então tá, eu ia adorar, mas infelizmente não vai dar, a peste da minha irmã aprontou e eu tenho que tomar conta dela essa noite... Mas se você quiser agente marca outro dia pode ser?

–Ah, tudo bem, deixa pra próxima então... Tchau!

–Tchau.


(P.V. Cebola)

Affe que droga! Eu não acredito, eu vou matar a minha irmã, justo no dia que eu to preso aqui cuidando dela, a Mônica me convida pra ir ao cinema, isso é pura injustiça. Desci pra ver se ela tinha aprontado alguma. Ela estava dormindo no sofá, quer dizer, fingindo estar dormindo.

–Levanta do sofá pirralha, você não engana ninguém!

Ela logo abriu os olhos com uma cara de que sabia que não enganava.

–Tá, eu só queria provar pra mamãe que eu sou bem comportada, assim ela nunca mais vai me deixar com... Você. – ela disse a ultima palavra com desgosto (típico).

–Também te amo maninha! – falei sarcástico.

–hehehe, você sabe que eu te amo, eu só não quero que me tratem feito um bebê!

–Mas você é um bebê.

–Ai nem vem.

Ficamos discutindo como sempre, é coisa de irmãos, depois que terminamos de conversar, ela adormeceu, peguei ela no colo e levei pra cama no seu quarto, eu também fui dormir.

No outro dia, acordei com o barulho do despertador, que a propósito da vontade de tacar na parede. Tomei um banho, coloquei uma camisa branca e uma calça jeans, um tênis que eu não usava fazia tempo e baguncei o meu cabelo. Peguei minhas coisas e fui para a escola:


(P.V. Autora)

Tony acabara de chegar na escola, furioso com o fim do namoro, ele não acreditava que aquilo realmente estava acontecendo, ele logo viu Carmem, que era exatamente a pessoa com quem ele queria falar, ele precisava contar pra alguém, e ela era melhor do que nada.

–Carmem espera! – disse ele acenando pra ela que logo veio em sua direção.

–O que você quer? – ela perguntou.

–Você estava certa, a Mônica terminou comigo.

–O que? Seu idiota! Como deixou isso acontecer? Agora tem mais chances dela ficar com você sabe quem.

–Com o Cebola?

–Shhh, fala baixo!

–Tá, ela terminou comigo porque me viu com a Denise.

–Haha, eu sabia e eu te avisei.

–Tá, tá, não enche.

–E porquê está me contando isso?

–Eu precisava contar pra alguém legal.

–Owwn! E você me acha legal? – ela perguntou toda sorridente.

–Não, é que eu tava desesperado. – Ele disse e ela logo bufou de raiva. Mas então, ela teve uma ideia, uma ideia maligna e genial.

–Espera, eu tive uma ideia, com o meu glamour, inteligência, esperteza, força, coragem, maravilha, talento, graciosidade e... – ele a interrompeu:

–Tá, tá, tá, vai direto ao ponto!

–Enfim, com todas as minhas maravilhosas características e com todas as suas... Qualquer coisa... – ela disse com pouco caso, ele bufou de raiva, mas continuou a ouvindo: - nós podemos nos juntar e armar um plano para separa-los.

–O que? Que ridículo! Você tá pensando que isso aqui é uma novela mexicana? Eu não vou fazer nada disso.

–Ah qual é Tony, não seja besta, nessas novelas o mocinho sempre acaba ficando com a mocinha.

–Tá, mas também tem o vilão que sempre se junta a uma vilã e daí eles armam alguma pra separa-los, só que os vilãos sempre acabam se dando mal no final da história.

–Tá que seja, mas isso aqui não é uma novela mexicana ou coisa do tipo, é questão de ficar com quem se gosta, e aí você topa ou não? – ele olhou pra ela ainda em duvida, mas depois teve certeza do que dizer:

–Não.

–Não? Por que não?

–Porque eu não uso baixarias, eu vou tentar falar com a Mônica, desculpa Carmem, se você quiser alguma coisa, resolva você mesma! – ele disse e logo saiu dali deixando a metidinha furiosa e indignada, ela não conseguiria fazer nada contra a Mônica sozinha, precisava de ajuda, mas não seria tão fácil convencer Tony de alguma coisa, mas ela queria muito provar pra Mônica que ela era a numero um, e que ganhava dela de lavada, mas pro azar dela, as coisas não eram bem assim.


(P.V. Cebola)

Cheguei na escola, e passei por Tony, vi que ele jogava os livros no seu armário furioso, não entendi muito bem o porque, mas eu ignorei, entrei na sala de aula, onde Carmem conversava com Marina e aquela garota ruiva e de Maria Chiquinha, ela também parecia furiosa, mas eu não me importava, garotas como ela deviam estar sempre nervosas mesmo.

Sentei junto com Cascão.

–Oi. – Falei.

–Oi. E aí como foi o cinema ontem?

–O que?

–A Mônica me pediu seu telefone pra te ligar.

–A, tá explicado de onde ela pegou o meu numero. Mas agente acabou não indo, eu tinha que cuidar da minha irmã, você não faz ideia do que ela fez na cozinha.

–He He, o que ela fez? – ele perguntou enquanto eu pegava o meu material na mochila.

–Há ela... – eu vi que tinha esquecido o meu livro de filosofia – ai fala sério.

–O que foi? – Cascão perguntou.

–Esqueci o livro no meu armário, volto logo. – disse me levantando.

–Tá bom.

Caminhei de pressa pelo corredor, não queria que o professor chegasse na sala e eu não estivesse lá, porque isso já aconteceu na aula de música e ele me deu uma bronca.

Cheguei ao meu armário, eu coloquei minha senha e o abri, olhei por alguns instantes a figura colada do lado de dentro do meu armário, era da banda College eleven.

–College eleven? Eu adoro essa banda, a vocalista é incrível! – falou uma voz atrás de mim, eu me virei rapidamente pra ver quem era. Era aquele garoto, namorado da Magali, o Quim, fiquei surpreso.

–Oi... É eu também acho. Viu a nova musica deles: GO?

–Ah essa musica é de mais. – disse ele se dirigindo ao seu armário que era ao lado do meu.

–Esse é seu armário? Nunca tinha visto você por aqui. – falei.

–É-é que... Bem... O Tony não gosta que eu venha aqui quando você está por perto, ele não gosta muito de você, desculpa.

–Não tem por que se desculpar. – disse meio sem graça.

??? O que você tá fazendo aqui? – perguntou uma voz furiosa atrás de mim.

–Ah, desculpa Tony, eu já ia te encontrar na sala de aula.

–É, mas demorou de mais, anda, fecha a porcaria do armário e vem logo.

–Tá. – ele fez como ele pediu, ou melhor, ordenou. Fechou o armário e disse pra mim:

–Tchau... Cebola né?

–É – concordei.

–Foi um prazer te conhecer, até mais.

–Até. – ele acenou enquanto ele e o estressadinho do Tony saiam dali, Tony me lançou um olhar enfurecido e ameaçador, eu fingi não ligar, eu vi ele cutucando e beliscando o Quim um pouco longe dali, que garoto ridículo, não entendo porque a Mônica está com esse cara, realmente não intendo, e também não intendo o porque desse Quim viver na sombra de um idiota e fazer tudo que ele manda, eu nunca seria como ele apesar do Quim parecer super legal.

A aula passou devagar como sempre, mas finalmente acabou.

(P.V. Autora)

A aula acabou e Tony pegava alguns livros no armário, enfiando-os com força na mochila, então, Carmem a pessoa que ele menos (ou mais) queria ver naquele momento chegou de repente.

–Pra que os livros Tony? Você não estuda mesmo haha!

–Ai Carmem, vai cuidar da sua vida.

–Já estou cuidando, e ainda está de pé a minha proposta.

–Que proposta? – ele se fez de desentendido.

–De tentar deixar a Mônica cada vez mais afastada do Cebolinha querido

–Cebolinha?

–É um apelido fofo que eu dei pra ele.

–Aposto que ele nem sabe desse tal apelido, aliás, eu acho que ele nem sabe da sua existência.

–Que seja, escuta, não quero que pense que eu gosto dele ok? Porque eu não gosto, não faz meu tipo.

–Achei que seu tipo fosse o tipo da Mônica.

–Haha que graça – ela disse ironicamente. – eu sei que você está muito irritado com ele não está? Ver ele todos os dias fazendo amigos, te deixando cada vez mais de fora dos assuntos não é mesmo?

Ele hesitou em dizer qualquer outra coisa, mas finalmente se decidiu e disse:

–Qual é o seu plano?


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Notas finais do capítulo

então, gostaram, comentem, quero saber o que acharam desse cap, e aí, o que acham que esses dois vão aprontar dessa vez?!