Deep in the Meadow escrita por Pennyweather


Capítulo 14
Erros


Notas iniciais do capítulo

Sei que a primeira coisa que vocês pensaram quando viram o título do capítulo foi: WTF?
Mas estava sem criatividade, sorry...
GENTE ESTOU MUITO FELIZ! Mais duas recomendações? Suas lindas ^^
Dedico, então, esse cap, às gatas que fizeram as recomendações LINDAS:
-Julieta Everdeen Potter (Juju, é vc? rsrs)
-Empress Rawr
Muito obrigada!
Sem mais delongas, ta aí o capitulo. E para fãs do Peeta, vcs vão pirar.



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POV. Madge

Não sei por onde ando. Não sei. Estou seguindo por um caminho incerto, mas também não me importo. Só quero ficar pensando. A briga foi patética, mas eu só queria a companhia dele. Será que ele tem razão? Será que estou pedindo demais, e sendo egoísta?

Não.

Ele podia ter guardado um tempo para mim. Podia, mas não o fez. Acho que eu estava certa: fui só uma substituta e tenho que me conformar com isso. Fecho os olhos,
processando as informações. Uma brisa fria bate em meu rosto e me permito saborear a sensação relaxante.

Só porque não te dei atenção, coisa que você está acostumada a receber, não quer dizer nada!

Eu não te devo satisfações.

EU JÁ DISSE QUE NÃO TE DEVO SATISFAÇÕES, UNDERSEE!

Posso escutar sua voz em meus ouvidos, como um sussurro. A raiva quase palpável que ele demonstrou; o modo como ele me chamou; a indiferença.

Não chore. Não chore. Não chore.

Não posso demonstrar fraqueza, não posso. Não posso, não posso, não posso. As pessoas já me julgam fraca pelo simples fato de eu ser a filha do prefeito. A boba, a fraca, a ingênua filha do prefeito.

Não chore. Não chore. Não chore.

Aquele olhar. Aquela expressão. A raiva dele. Por mim. Tudo o que ele disse que contradiz o que ele demonstrava quando estava comigo.

Não chore. Não chore. Não chore.

Já é tarde demais para eu voltar atrás quando a primeira lágrima escorre por meu rosto. Depois disso, já não é mais possível segurar o choro e já estou sentada na calçada, chorando e soluçando.

-Madge?- uma voz doce chama por meu nome, mas não me atrevo a me virar para ver quem me chama. Em um movimento desajeitado, passo as costas da mão por sobre meus olhos, tentando, inutilmente, cessar as lágrimas que insistem em cair. Inspiro fundo, com os olhos fechados. E, quando menos espero, um par de braços fortes já me envolve. Mesmo ainda não sabendo quem é me envolvo em seus braços e continuo a chorar.

-Ei- a voz diz, consolando-me, e sinto um dedo polegarsecando minhas lágrimas carinhosamente. Com certo esforço, abro os olhos e, mesmo com os olhos marejados e a visão embaçada, localizo a imagem de Peeta Mellark- Por que está chorando?

-Não... - soluço- não é nada.

-É sim. O que foi?

-Deixa de ser bobo, Peeta.

-Não estou sendo bobo. Mas tudo bem, se não quer me contar não vou te forçar. Mas não vou te deixar assim. Olha, eu vou fazer uns pães agora... Se quiser ajudar, eu posso te ensinar. O que você acha?

-Eu vou queimar tudo, você não vai querer me ter como aprendiz- digo soltando uma risada fraca e fungando o nariz, ainda envolvida em seus braços.

-Vou sim, vem que eu vou te ensinar.

Como não me movo Peeta simplesmente me pega no colo e começa a correr comigo nos braços. Começo a rir, soltando a minha primeira risada. Soco suas costas, mas ele não me solta, e continua a correr, rindo tanto quanto eu.

-Peeta! Me solta!- ele simplesmente não responde e continua a rir, então começo a gritar, não conseguindo evitar o riso. Agora, ao invés de segurar o choro, estou segurando a risada- PEETA!

-Undersee, estamos em uma caçada importante agora- ele diz, franzindo as sobrancelhas e fazendo uma cara forçadamente brava enquanto diminui a velocidade dos passos- Adivinha quem eu sou?- ele pergunta, me colocando no chão e começando a andar pela calçada a passos largos e fingindo estar segurando um... arco?

-Peeta, que diabos está fazendo?

-Xiu, Undersee. Estamos caçando- ele vai andando pateticamente até uma padaria; a padaria de sua família. Ele entra e pede para que eu o siga. Entro e sinto um aroma adocicado de bolo e pão. Peeta segue andando, continuando a segurar o “arco”. Entramos na cozinha e ele saca uma faca.

-Peeta, que é isso?- pergunto, rindo ao perceber que ele está imitando Gale. O pior é que parece, de um jeito exagerado, mas mesmo assim parece. Pergunto-me como Peeta descobriu que a razão das minhas lágrimas é Gale.

-Madge! Acabo de encontrar um animal para caçar, fique parada- e então ele joga uma faca a centímetros de mim; quando me viro para ver para ver para onde a faca era dirigida, Peeta já está ao meu lado, segurando algo que está perfurado com uma faca; a faca que ele jogou.

-Madge! Veja! Acabo de caçar um... pão. – ele diz, rindo e me mostrando o pão perfurado. Começo a rir descontroladamente, me apoiando no balcão para conseguir equilíbrio. – Agora... o que irei caçar? Acho que vou te caçar, Undersee.

-O que?- pergunto, me esquivando para fora da cozinha quando vejo o olhar predador de Peeta. Ele começa a correr em minha direção, e como resultado começo a correr também, rindo com a situação. Vamos para fora da padaria e chegamos novamente à calçada, onde Peeta consegue me segurar pela cintura e me gira, de modo que minhas pernas vão para o ar e rio descontroladamente.

Quando Peeta me deixa no chão, rindo, eu olho para o fim da rua. E meu sorriso se desfaz. Gale está lá, com um olhar desolado e segurando uma flor branca. Depois ele balança a cabeça, chateado, e joga a flor no chão. Tento correr atrás dele, mas ele corre rápido demais e em poucos segundos ele é apenas um pontinho no horizonte.

Meus joelhos cedem e me ajoelho bruscamente sobre o asfalto, desolada. E as lágrimas retornam, escorrendo por minha face com tanta facilidade que é como se jamais houvessem cessado.

POV. Gale

Fugindo dos problemas, é isso que estou fazendo. Sou um covarde, mas não posso voltar atrás. Ela estava com ele. Então, não sentia minha falta. Não sente a minha falta. É isso. Mas então porque estou com essa sensação de que estou fazendo algo errado?

Eu sou um idiota mesmo. Ir lá, pegar uma maldita flor e procurar por ela como se fosse ajudar em algo. Como se ela fosse me perdoar. Fala sério. Ela agora tem com quem passar o tempo livre agora.

Mas de início, não era ela que estava se sentindo como me sinto agora? Não era ela que sentia minha falta e se sentia substituída? Agora entendo o porquê de ela ter ficado tão chateada. Eu devo ser um cavalo mesmo.

Estou próximo à cerca da Campina. Olho para os lados, me certificando de que não há ninguém por perto. Passo pelo vão e atravesso a campina, me dirigindo ao meu ponto de encontro com Katniss. Durante o trajeto, chuto algumas pedras, frustrado. Eu faço tudo errado; eu sempre estrago tudo.

Chego ao ponto de encontro e vejo Katniss sentada em uma pedra, me aguardando. Ela se vira para mim e abre um sorriso:

-Achei que não viria- ela diz.

-Pois é eu vim.

-Uau, alguém está de mal- humor hoje.

-Não estou não; vamos logo com isso.

Passam-se algumas horas e quando achamos que já caçamos o suficiente, vamos às armadilhas, deixando-as preparadas. Observo Katnissenquanto arruma uma das  armadilhas: ela é tão parecida comigo que poderia se passar por minha irmã.

Mas então a imagem de Madge me vem à cabeça. E se eu julguei mal a situação?

Não.

Preciso me esquecer disso. Preciso. Ela preferiu ficar com o padeiro, certo?

Antes não era a situação inversa?

Pensamentos enchem a minha cabeça. Não sei o que fazer. Estou tão nervoso, que não sei do que serei capaz de fazer. Quando Katniss me fala sobre como seria melhor ajeitar uma das armadilhas, eu, num impulso, simplesmente puxo-a e a beijo.

Há alguns tempos atrás eu teria imaginado que essa seria a melhor sensação. Mas me parece algo muito forçado. Nenhum de nós corresponde com a intensidade necessária.

E me lembro novamente de Madge. Como seus lábios parecem tão mais cálidos em contato com os meus. Com sua boca se encaixa perfeitamente na minha. Como ela corresponde com a mesma intensidade. Como ela apóia a mão em minha face. Como seus braços envolvem meu pescoço. Como ela parece, realmente, me amar. Tanto quanto eu amo ela- agora sei disso.

É pensando nisso que solto Katniss e, sem maiores explicações, digo simplesmente:

-Eu precisava fazer isso. Pelo menos uma vez- e, dizendo isso, me afasto e caminho pra fora da Campina.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, não me matem, não me mat- leva flechada.
Morri.
Ok, sei que vocês piraram, mas o POV Gale de certa forma faz parte do livro, e eu queria deixar explicado o pq de ele ter beijado ela.
Gente, FELIZ NATAL adiantado pra todas vcs, muita saúde, vida longa, felicidades, muito amor, mais amigos ainda, notas boas e muito mais!!
E pra quem quiser bater um papo com a Mad, é só entrar em: http://ask.fm/UnderseeMadge , eu sou a adm. E quem quiser bater um papo com o Gale, é só entrar em: http://ask.fm/HawthorneGale (desse, eu n sou adm)
Também há outros, é só dar uma olhada lá. Enfim.
Beijos sabor floco de neve ^^