Guarda-chuva Vermelho escrita por Panda san


Capítulo 8
Capítulo 8 - O legítimo pervertido


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, um capítulo meio curtinho e meio sei lá.... mas tá bom u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/275320/chapter/8

O silêncio permaneceu. Aoshi continuou intacto, isso incomodou Dalian:

– Bem, eu me referia a quando éramos crian... – A garota foi interrompida pelo garoto que a atirou sobre o tapete e a segurou pelos pulsos, imobilizando-a totalmente. Dalian arregalou os olhos, ela não conseguia ver a expressão do garoto, pois sua franja estava frente aos seus olhos. Eles ficaram por algum tempo nessa posição. Dalian não se atreveu a falar nada, poderia complicar a situação - que já não era das melhores – mas não conseguia controlar sua respiração ofegante que demonstrava o quanto estava assustada. Tomou coragem, afinal, não poderia ficar ali a tarde inteira, seus machucados doíam muito mesmo o tapete acinzentado sendo macio:

– A-A-Aoshi... O que v-você está fazendo? – gaguejou, tentando não parecer assustada, falhando. Aquele maldito silêncio continuou.

– Você perguntou se eu gostava de você... Eu sei que você gosta de mim – Respondeu após o extenso silêncio. Aoshi aproximou-se ao ouvido de Dalian, fazendo a garota arrepiar-se – Não somos mais crianças Dalian – Disse, dando uma leve lambida em seu pescoço e a mesma respondeu com um gemido baixo – Se você me ama– passou a mão por de baixo da blusa que ela vestida – você vai deixar-me fazer tudo o que quero com você, não?

Aquilo com certeza era real, o peso do corpo de Aoshi sobre Dalian, aquele toque. “O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?” gritava consigo mesma. Aoshi, diferente de Koushirou, não abriu nenhum “sorrisinho” macabro ao falar tais palavras obscenas, ele estava... Sério?

Ele deslizou sua mão em torno da barriga de Dalian, chegando às costas da mesma. Dalian gemeu de dor, suas costas doíam bastante por causa da queda, mas Aoshi simplesmente ignorou os gemidos e continuou seu caminho até chegar ao fecho do sutiã da garota, abrindo-o. Aquilo a deixou ainda mais assustada, por que Aoshi estava fazendo tudo aquilo? O garoto tirou a mão por debaixo da blusa e desbotou os primeiros botões da camiseta que Dalian vestia, e começou a dar inúmeros beijos em seu pescoço. A garota virou seu rosto, não gostava do rumo que aquilo estava levando. Lágrimas começaram a brotar de seus olhos e Aoshi percebeu somente quando segurou o queixo da mesma. O garoto levantou-se e virou na direção contrária na qual Dalian estava deitada, arrumando a camiseta que vestia. Dalian levantou rapidamente, as lágrimas escorriam pelo seu rosto:

– A-AOSHI! S-SEU IDIOOOOOOOOOOOOOOOOOOTA! – E saiu porta a fora, Aoshi permaneceu em silêncio.

Quando voltara ao seu apartamento, a chave ainda estava na maçaneta, mas não havia ninguém suspeito dentro de sua casa. Dalian chamou um chaveiro e pediu para que trocasse tudo.

Atirou-se no sofá e acabou por dormir ali mesmo.

***

Dalian acordou assustada, havia sonhado o que ocorrera no dia anterior, seu rosto estava vermelho e quente, olhou para o relógio, que marcavam um total atraso para a primeira aula.

A garota deu um pulo, colocou a primeira roupa que havia em sua frente. Engoliu um grande pedaço de maça – quase se engasgando por sinal- pegou sua mochila e saiu porta fora.

O período já houvera começado, mas o professor a deixou assistir a aula. Todos lhe perguntaram por que estava toda machucada e por que ela havia faltado ontem, mas ela não respondeu nenhuma das perguntas. Sentou em seu lugar e viu um pequeno bilhete escrito: “Me encontre no telhado. Ass: Koushirou”, Dalian estranhou um pouco o pedido, esperou o intervalo chegar e se dirigiu ao telhado.

Koushirou estava sentado no chão ao lado da porta, segurando uma pequena flor aroxeada e sorriu quando notou a presença de Dalian no local:

– Você queria falar comigo? – Perguntou a garota curiosa.

– Falar? – Koushirou a puxou pelo braço, fazendo-a parar frente ao seu rosto, tentou beijá-la, mas Dalian virou o rosto.

– Desculpe Koushirou... Mas eu gosto de outra pessoa... Eu sei que... – Koushirou abotoou os primeiros botões da gola da mesma, interrompendo-a.

– Cuide para que ninguém veja essas marcas – Disse fazendo uma expressão de tristeza – O dono desses chupões é um cara de sorte – pela primeira vez, Dalian viu no rosto do garoto uma expressão gentil, sem nenhuma maldade. A garota o abraçou – Você é incrível, tenho certeza que a garota que gosta de você está mais perto do que você imagina – Ela levantou, e deixou Koushirou sentado ali, pensando no que ela havia dito. Encontrou Kiyomi conversando com algumas garotas proxima a escadaria, chamou a garota, que veio imediatamente "saltitando", Dalian cochichou em seu ouvido: “ Já fiz a minha parte, boa sorte!” deixando Kiyomi um tanto confusa.

***

Já era hora da saída, e a garota verificou bem se alguém a houvera seguido. Sem problemas. Saiu do prédio da escola, acenando para Kiyomi e Koushirou que ainda estavam dentro da sala no segundo andar. Dalian teve uma sensação estranha, olhou para trás, mas ninguém estava por lá. Quando já estava perto do seu prédio, avistou o rapaz que houvera invadido seu apartamento no final da esquina. Sentiu suas pernas tremerem quando notou que ele já tinha a avistado. O homem começou a correr em sua direção. Dalian não sabia o que fazer, entrou em seu prédio e começou a subir as escadas correndo, mas notou que o rapaz também tinha conseguido o mesmo. A garota subiu o mais rápido que pode, sem nem ao menos olhar para trás. Podiam-se ouvir os passos barulhentos que o homem provocava ao pisar nos degraus. Quando conseguiu chegar ao seu andar, procurou as chaves em sua bolsa, mas era tarde de mais, o homem estava um pouco atrás de Dalian e não daria tempo dela abrir a porta.

Começou a andar para trás encarando aquele rosto que lhe enojava. Até que ouviu a porta do apartamento de Aoshi abrir. Ele a empurrou para dentro de seu apartamento, fazendo-a cair no chão e fechou a porta logo em seguida.

Ela ouviu barulhos estranhos vindos do outro lado da porta. Gritos, pontapés, socos... O que estava acontecendo lá fora? Sua dúvida foi aniquilada quando viu Aoshi abrir a porta com um dos olhos roxos:

– Não se preocupe, esse cara nunca mais vai te perseguir – Sorriu tentando recuperar o ar, enquanto limpava um pouco de sangue que saia do canto de sua boca.

(...) Continua...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai o que acharam? Deixa um comentário! Beijos da panda-san ♥