O assassino da Neve ácida escrita por Raphael Redfiel


Capítulo 1
Capítulo 1




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Ele já estava cansado disso, além de ser um fracassado com mulheres, seus amigos tiravam um barato dele mandando-o para um puteiro. Sentia que aquilo tudo era uma grande zoação, desde que ele colocou os pés naquele quarto ele sentiu algo estranho.
Na cama havia uma daquelas mulher da vida, com acessórios de couro por todo corpo, quando ela o viu, fez sinal para que se aproximasse. Ela puxou ele para a cama, retirando de vagar a sua roupa. Ele não estava muito confortável, aquele lugar cheirava a incenso muito adocicado, e aquela mulher lhe passava uma impressão péssima, ela fazia carinho por entre seu corpo, pelo jeito seus amigos deviam ter pagado uma boa grana foi o que ele pensou, quando ela já o tinha deixado de cueca ele ouviu um grito meio abafado vindo de um lugar próximo. Ele procurou receoso de onde vinha o barulho.
- Não se preocupe - disse ela - Alguns dos clientes parece ser um monstro.
Não se sentiu muito seguro com suas palavras, ele estava totalmente enojado, e se não estivesse ali, seus amigos iriam taxa-lo como gay pelo resto da vida, ele queria apenas encontrar alguém legal e ter uma boa transa, com amor, e não com uma mulher qualquer da vida, tinha certeza que a experiência seria péssima.
Finalmente ela subiu encima dele. Ele não conseguia sentir tesão, ela por fim reparou que ele não estava muito a vontade e decidiu tirar a cueca dele e seguir logo paro o programa. Ele não estava muito bem, ele sentia um gosto de bile subindo a garganta, aquele cheiro no quarto o estava deixando enjoado. No momento que ela fez menção se encostar em suas partes ele fez sinal.
- Desculpa, mas eu preciso ir no banheiro antes, sabe como é.
Ela fez sinal e indicou o banheiro ao lado.
Sentindo um enorme alivio seguiu para o banheiro trancando a porta. Seguiu para a privada e vomitou. Como ele se sentia idiota, numa situação como aquelas, prestes a perder a virgindade com uma moça qualquer, queria pular pela minúscula janela do banheiro, mas logo se lembrou, lá fora fazia frio e as suas roupas agora estavam no chão.
Bum Bum
Ele ouviu o som da explosão, alguma coisa havia parecia ter rompido o quarto, logo ouviu o som da mulher gritando e logo sendo abafado. Desesperado ficou encostado no banheiro tremendo, enquanto ouvia passos no quarto, depois alguém correndo e dando grandes bufadas, como se não consegui-se respirar. Uma porta foi aberta com violência e o quarto pareceu se encher de gente, gritando alto. Agora a porta do banheiro foi arrancada com força, ele pode perceber um homem com um machado quebrando a porta. O homem seguiu até ele gritando.
- O que aconteceu aqui!
Ele não conseguia entender e o homem do machado repetiu.
- Mas que porra aconteceu aqui!
O homem por fim levantou-o e o levou para fora do quarto, varias prostitutas estavam histéricas, tentando não olhar para o lugar que ele supôs ser a cama. Ele deu uma olhada antes do homem retira-lo do quarto. Ele gemeu quando reparou que a janela de fronte a cama havia sido arrancada com força e onde estava a mulher, agora havia um corpo todo mutilado, com neve jogada por entre os cortes do seu corpo que atravessam até a cama, mas o que o deixou mais enojado foi perceber que não era uma mulher, mas sim um travesti, antes de que querer roubar o machado do homem e ir atrás dos seus amigos, ele sentiu mais uma vez a bile lhe subindo e em seguida vomitou. Ele se sentiu fraco, por fim desmaiou.

Ele acordou em um escritório, vendo a neve que batia do lado de fora, sentindo um frio tremendo ele procurou algo que pudesse vestir e ao seu lado achou um amontoado de roupas que logo vestiu. Ele não conseguia entender o que havia acontecido, primeiro a explosão e depois seja lá o que for gritando e depois já sem vida na cama. A porta da sala abriu e um homem calvo, barrigudo e com bigode de leão marinho entrou na sala.
- Muito bem, senhor Andrews, 20 anos, americano, do Estado de Iowa - disse o homem lendo uma ficha a sua frente - Bom sua ficha esta limpa, mas queira me contar o que houve naquele quarto por gentileza.
- Eu não sei, primeiro escutei algo explodindo e depois um grito ai... - ele não conseguiu falar.
- Entendo, bom aquilo não foi bem uma explosão, a parede foi de algum modo obstruída - interrompeu o homem.
- Mas me pareceu uma explosão - ele falou, mas o homem lhe deu um olhar sério.
- O que o senhor estava fazendo naquele banheiro?
- Eu..eu.. - ele gaguejou mas continuou - Passei mal e fui vomitar, ai eu escutei tudo lá de dentro.
- Bom, sua história confere com as impressões digitais - o homem abriu a porta novamente e indicou para que ele se retirasse - Um policial vai querer conversar com o senhor antes de ir embora, tenha um bom dia.
Ele deixou a sala enquanto o homem barrigudo sentou em sua cadeira. Quando o homem saiu outro entrou. Um jovem de cabelos negros e muito alto.
- Ele falou alguma coisa Marcos?
- Nada que nos não já estamos cientes - falou Marcos - A história dele confere, alias ele não me pareceu culpado, não acharam ele com sangue nem nada.
- Bom entendo, o senhor esta sabendo das vítimas? - ele perguntou mas Marcos assentiu negativamente - Além da Travesti, foi encontrado uma moça do lado de fora da casa toda mutilada, do mesmo modo, sem contar que ambas parecem ter marcas de ácido no corpo, como conferiram os legistas.
- Então estamos lidando com um Serial Killer, você sabe se alguma delas tinha inimigos?
- Ninguém da casa indicou algum cliente querendo vingança nem nada, a única coisa que estranhamos foi algumas pegadas na neve.
- Conseguiram rastrear para onde ele fugiu?
- Tem um problema.
- Qual?
- Bom não exatamente, parece que algo cobriu a maioria delas, conseguimos achar alguns rastros mas eles somem depois de um tempo na mata.
- Bom quero que escreva um relatório sobre este caso, pode ir - antes do homem sair ele falou - Chame este caso de O Assassino da neve ácida, já que pelo que sei, parece que há mais neve no corpo das vítimias do que sangue.


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