Waiting For Tomorrow escrita por Luna Petrova


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Bom gente,como eu sumi por um tempão eu postei dois caps de presente pra vcs, espero que gostem ((:



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2 meses se passaram.

Eu completei oito meses na semana passada, mais um pouco e minha filha nasce! Mal posso esperar pra ver seu rostinho delicado. Jared tem me ajudado com tudo, ele tem sido extremamente atencioso comigo. Ontem a noite ele saiu com a Caroline, fiquei muito feliz, há meses eu não a via tão radiante desde que ela terminou com o Tyler. Bom, eu mudei meu horário da empresa para não ter mais que encontrar Damon por lá, mas não consigo parar de pensar nele e no que ele me disse há algum tempo atrás.

-Lena!

Carol entrou na minha casa. Eu levantei e fui cumprimenta-la.

-Já não posso mais nem te abraçar, minha barriga está grande demais.

Eu disse, ela sorriu e acariciou minha barriga se demorando em olhá-la.

-Sua barriga está linda! Mal vejo a hora da minha sobrinha nascer.

Ela disse com um sorriso radiante.

-Nem eu! Quer ver o quarto?

Eu perguntei, mas sabia a resposta, é óbvio que a Carol ia querer ver e dar palpite.

-Claro que eu quero!

Ela disse entusiasmada. Fui até o quarto ao lado do meu, ele era lindo, todo lilás, com umas flores de adesivo na parede principal, havia uma poltrona branca, o guarda roupa e o berço branco também. Carol estava maravilhada.

-Tá perfeito Lena.

Ela disse.

-E por falar nisso, como foi seu encontro com Jared ontem?

Eu perguntei querendo saber, Carol me olhou e sorriu afável.

-Foi ótimo! Nós saímos pra jantar e conversando a noite inteira e...

Ela parou por um momento.

-E?

Eu a incentivei a continuar.

-Teve beijo!

Ela disse entusiasmada.

-Sério? Mais já?

Eu disse incrédula.

-Sim, tem certeza de que você não se importa Lena? Por que se você quiser...

-Nem termine a frase Carr! Você sabe que eu não fiquei assim por vocês, eu fiquei assim por que você, Bonnie e Jared estão felizes e eu...

-Você é linda e logo vai encontrar alguém pra você.

Carol disse convicta.

-Eu sou uma mãe solteira.

Eu disse com pesar.

-Eeer... Quanto a isso Lena, eu andei conversando com Damon e ele tem total direito sobre o bebê.

Ela disse me fitando, esperando uma reação.

-Eu sei Carr, mas não quero ficar esbarrando com ele sabe...

Eu disse fitando o chão. Segurei as lágrimas o máximo que pude.

-Você o ama, não ama?

Ela perguntou, mas eu não respondi.

-Dá pra ver em seus olhos e nos olhos dele também.

Ela disse, levantei minha cabeça e bufei.

-Me poupe Carr, ele me abandonou, ele não me ama.

Eu disse, eu não ia chorar. Senti-me um pouco enjoada, mas aquilo não era normal no último estágio de gravidez.

-Elena? Você está bem? Parece bem pálida.

Caroline disse alarmada, mas não havia de ser nada, apenas uma queda de pressão.

-Estou bem.

Menti. Fui ao banheiro e lavei meu rosto com cuidado para aquele mal estar passar, mas não adiantou. Senti uma poça no chão, um líquido estava escorrendo de mim, olhei para o chão e vi que era sangue.

-Car...

Meu grito foi baixo demais, e o chão sumiu sob meus pés.

Caroline Narrando

Eu estava no sofá esperando Elena, ela parecia estar passando mal, mas disse que era só a pressão. Ela estava demorando demais. Ouvi um estrondo que algo caindo no chão, fui correndo e eu a vi ali, caída no chão, havia sangue.

-ELENA!

Meu Deus, o que eu faço? O que eu faço? Liguei para a ambulância imediatamente. Fiquei andando de um lado para o outro esperando a ambulância chegar, eu pensei em mover Elena do chão do banheiro, mas além de ela estar muito pesada, podia ser perigoso. Ouvi a sirene da ambulância lá em baixo e pude ver da sacada.

-EEEEEI! AQUI EM CIMA! É AQUI! POR FAVOR, ME AJUDEM!

Eu gritei da sacada, eles assentiram e subiram. Logo os paramédicos estavam em toda parte do apartamento.

-É por aqui.

Eu disse alarmada, pude sentir a adrenalina se espalhar em minha corrente sanguínea. Logo eles colocaram Elena na maca e foram descendo na frente. Fui correndo no quarto e peguei a mala dela e a mala do bebê já pronta no canto do quarto. Desci as escadas quase tropeçando nos meus próprios pés, entrei na ambulância. Liguei pra Damon.

-Vamos Damon, atende!

Eu dizia enquanto o celular só chamava. Eu olhei para Elena e ela estava com uma máscara de oxigênio, desacordada.

-Alô?

Ele atendeu com uma voz monótona, distante.

-Ai Damon, graças a Deus!

Eu disse aliviada.

-Carol? O que foi?

Ele perguntou alarmado.

-É a Elena! ela passou mal e desmaiou, sangue, havia sangue!

Eu disse sem dar ordem às coisas.

-Carol, eu não estou entendendo! O que aconteceu com a Elena?

Ele disse. Suas palavras quase beirando o desespero.

-A Elena, ela passou mal, desmaiou. Eu estou na ambulância com ela a caminho do hospital.

Eu disse tentando parecer mais calma.

-O QUE? Estou indo praí.

Damon disse e desligou o celular. Chegamos ao hospital e eu liguei para Jared e Bonnie enquanto havia levado Elena para a sala de partos. Damon chegou esbaforido.

-Caroline, cadê ela? Cadê minha filha?

Damon Narrando

Quando Caroline me disse que Elena havia passado mal e desmaiado eu fui correndo para o hospital. Cheguei lá e encontrei Caroline sentada, ela parecia angustiada.

-Caroline, cadê ela? Cadê minha filha?

Eu perguntei ansioso por uma resposta.

-Eles a levaram para a sala de partos.

Ela disse.

-Mas ainda não é a hora...

Eu disse e comecei a chorar, se algo acontecesse com qualquer uma das duas eu nunca me perdoaria, eu morreria.

Trinta minutos, uma hora, duas horas.

A espera era angustiante, horrível. Eu estava apavorado, não havíamos recebido nenhuma notícia nas duas últimas horas. O médico apareceu e eu e Caroline o bombardeamos de perguntas.

-Doutor, como Elena está? E a minha filha? Ela está bem?

Eu perguntei desesperado.

-Calma meu rapaz, a sua filha está bem, nasceu de oito meses, mas nasceu saldável, tivemos que fazer uma cesariana de urgência.

Ele disse, o alívio me invadiu, mas ainda havia a minha Elena.

-E a Elena doutor?

Eu perguntei, Caroline estava quieta ao meu lado.

-Bom, ela está fraca, precisa passar uns dias aqui no hospital, ela teve um descolamento de placenta e precisou ser operado o quanto antes.

O médico disse.

-Mas ela está bem, não está?

Eu disse preocupado.

-Sim, ela está bem. Está consciente e já perguntou pela filha, vamos leva-la para dar de mamar.

O médico disse sorrindo. Sorri também de alívio.

-Posso vê-las?

Perguntei ansioso.

-Pode sim.

O médico disse  e eu o acompanhei. Entrei no quarto que Elena estava. Eu a vi deitada olhando pela janela, quando ela percebeu que tinha alguém no quarto, ela virou a cabeça.

-Damon.

Elena disse secamente, aquilo me doeu muito, e o pior era saber que eu havia causado tudo isso.

-Elena...

Eu a ignorei e fui até ela, eu quis muito beijá-la, mas me contive, eu sabia que ela ia tentar me dar um tapa e ela não podia se esforçar demais.

-Olha quem chegou!

A enfermeira entrou sorridente com a nossa filha enrolada em uma manta cor de rosa.

-Minha filha!

Elena imediatamente se sentou na cama e estendeu os braços para pega-la, parecia uma criança esperando por um presente tão desejado. A enfermeira colocou nossa filha nos braços de Elena que a olhou atenciosamente. Ela era linda, perfeita. Pude observa-la por um instante, ela possuía os cabelos não negros como os meus e nem castanhos chocolate como os de Elena, era um tom único. Sua pela era clara como a minha, seus traços eram perfeitos como os de Elena. Ela se mexeu um pouco e retirou uma alça do soutien para dar de mamar, eu observei tudo com carinho.

-Você estava com fome, não é princesa?

Elena disse acariciando os cabelos dela.

-Talvez por isso ela quis sair mais cedo.

Eu disse e consegui arrancar uma risada tímida de Elena. Me arrisquei a chegar mais perto.

-Qual será o nome dela?

Eu perguntei. Elena pensou por um momento.

-Sofia. Ela se chamará Sofia.

Ela disse sorrindo.

-É um lindo nome.

Eu disse. Sofia parou de mamar e ficou mexendo os bracinhos freneticamente.

-Você quer pegar?

Elena me perguntou, eu me surpreendi, mas assenti. Ela me deu Sofia e eu a peguei com cuidado, não tinha muito jeito com crianças. Eu pude observa-la por completo agora. Sofia se mexeu um pouco soltando um ruído que eu não sabia se era um choro ou um barulho mesmo, ela abriu os olhinhos, eles eram lindos, azuis, assim como os meus.

-Ela tem seus olhos.

Elena quebrou o silêncio.

-Sim...

Eu disse com os olhos marejados de alegria. Elena estava sentada na cama e eu na beirada da cama com Sofia nos braços. Eu me aproximei de Elena e ela não recuou e pareceu que não queria recuar, eu estava quase a beijando.

-Eu vim ver minha sobrinha!

Carol apareceu na porta e não estava sozinha.

Elena Narrando

Damon estava maravilhado com Sofia, ela era tão linda, tão perfeita. Seus traços eram parecidos com os meus, sua pele era branca como a de Damon e os seus olhos eram tão azuis como o mar profundo. Ele estava sentado na beirada da minha cama, ele estava me olhando e começou a se aproximar lentamente, parecíamos estar em uma espécie de transe e se Carol não tivesse chegado bem na hora, teríamos nos beijado, não sei se amava Caroline ou se a detestava por ter estragado.

-Eu vim ver minha sobrinha!

Ela falou ao entrar no quarto.

-Nossa sobrinha Caroline.

Bonnie corrigiu.

-Bonnie! Carol!

Eu disse me ajeitando em uma posição melhor. Elas se entre olharam e logo Jared apareceu na porta.

-Jared!

Eu disse contente. Damon o olhou infeliz. Ele veio até mim e me deu um beijo na testa.

-Como está Lena? Fique preocupado.

Ele disse e logo passou os olhos pela sala procurando Sofia, é claro. Quando a viu nos braços de Damon, ele me olhou.

-Damon, deixe o Jarr pegar a Sofia.

Eu disse a ele. Damon me olhou com tristeza, e aquilo não sei por que me doeu imensamente.

-Sofia? Que nome lindo!

Jared disse. Damon entregou Sof para Jared de má vontade e saiu da sala a passos largos.

Bonnie Narrando

Percebi que Damon havia ficado abalado com aquilo tudo, então fui atrás dele. Eu o encontrei sentado no banco do hospital.

-Damon, escute...

Eu fui começando a dizer, mas ele me interrompeu.

-Não há mais nada o que escutar ou o que fazer Bonnie. Eu perdi a minha filha e a Elena para aquele almofadinha.

Ele disse com os olhos úmidos.

-Isso não é verdade.

Eu disse tentando acalma-lo.

-É sim. Elena não me ama mais, e agora aquele babaca vai criar minha filha e ela vai chama-lo de pai Bonnie, de pai! Eu não posso deixar que isso aconteça.

Damon disse infeliz. Eu pude sentir a tristeza dele.

-Se você quer a Elena e a Sof de volta, lute por isso! Reconquiste-a.

Eu disse tentando encoraja-lo.

-Pra que? O máximo que eu vou conseguir é passar um fim de semana com a Sofia, o juiz sempre favorece as mães, eu sou advogado, sei disso. A Elena não me quer mais.

Ele disse baixando a cabeça outra vez.

-Uma coisa eu posso te assegurar, e pode ter certeza que é verdade por que ela mesma me disse isso, a Elena ama você, ama demais. Mas se isso não é o suficiente para correr atrás...

Deixei ele entender por si mesmo. Damon levantou a cabeça e sorriu, pude ver a centelha de esperança em seus olhos.

-É isso que eu vou fazer.

Damon disse por fim.


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Notas finais do capítulo

SOOO?? não vai ser fácil como o Damon pensa...