Fear And Light escrita por Barbara Soares


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho que admitir que ADOREI escrever esse capítulo. apesar de ser um pouco difícil nos detalhes, espero que gostem de ler assim como gostei de escrever.



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A chuva caia devagar do lado de fora do apartamento quando Annabeth acordou aquela noite. O bebê estava chutando de novo. Para ela aquela era a maneira mais gostosa de acordar, mas aquela noite o chute de Charlie foi dolorido e além do mais, estava escuro ainda.

Percy estava dormindo ao seu lado quase caindo da cama. Esses tempos, Annabeth estava ocupando um grande espaço, literalmente e ela estava orgulhosa do marido pela dedicação, mas mesmo assim não gostava nem um pouco de todos acharem que só porque está grávida, não podia subir pelo menos dez degraus da escada do prédio. Percy fez de tudo nessas últimas semanas para que ela não se esforçasse em nada.

O bebê poderia vim a qualquer momento e ela estava muito feliz, mesmo se sentindo pesada e dolorida, aquela com certeza era a melhor dor para se ter.

Nas últimas semanas, Annabeth e Thalia saíram pelas ruas de Nova York para fazer comprars para o filho. Estavam animadas, pois Thalia havia tirado algumas semanas de “férias” para passar com Annabeth.

Apesar de Thalia aparentar ter apenas 17 anos, ela era sem dúvidas, mais experiente que qualquer pessoa que Annabeth conhecia. Elas andavam enquanto Thalia contava tudo que havia passado esses últimos meses, um pouco de monstros, animais sagrados e semideuses para proteger, nada de tão especial.

Voltaram para casa só depois de ficarem com várias sacolas nas mãos.

Quando Annabeth contou a ela que colocariam o nome de bebê de Charlie para representar todos os amigos mortos na guerra, Thalia ficou pensativa e com a expressão que fazia quando estava triste. Ela estava pensando em Luke, o velho amigo que foi usado por Cronos enquanto ela era um pinheiro.

Mais um chute e Annabeth fez uma careta. Nova York estava chuvosa, a água fazendo a neve derreter e o clima aumentar um pouco. Ela olhou para as gotas batendo na janela e se lembrou quando há alguns meses atrás, bem no começo da gravidez, quando matou um manticore. Ela tinha se levantado para tomar um copo de água, quando olhou pela janela da cozinha e viu no parque ao lado do seu prédio um cão gigante, com dentes afiados, juba ruiva e uma calda de escorpião. Ele enfiava o focinho dentro da grama e cavava como um cachorro de estimação faria para procurar um osso, mas ela sabia que o manticore não estava procurando ossos.

Olhou ao redor e procurou por qualquer arma de logo alcance, sabia que não poderia descer e ir até o parque, mas sabia também que se deixasse o manticore e fosse dormir, não demoraria dez minutos e ele estaria dentro de casa. Foi até o armário do quarto e revirou a bagunça ali até achar um arco e flechas. Annabeth matou o monstro, voltou para a cama e Percy nem tinha se mexido.

Ela sentiu uma dor aguda e estremeceu, virou o rosto e percebeu que Percy estava acordado olhando para ela.

– Com dores? – ele perguntou com aquele olhar preocupado que ela tanto adorava.

– Não, ele só está chutando – mas ela não foi tão convincente desta vez.

– Você sabe que tem que me acordar quando isso acontecer – Percy disse seriamente.

– Isso se eu conseguir – ela cochichou.

– o que?

– Isso mesmo cabeça de alga, você dorme MUITO.

Annabeth riu o que causou uma dor forte nas costas e dessa vez a dor não parou. Continuou aumentando e ela mordeu o canto da boca para não gritar. Percy pegou sua mão, ela estava fria como se ele tivesse quase tendo um troço.

A partir daquele momento ela não viu muita coisa. As contrações aumentaram de certa forma que ela não conseguia raciocinar com facilidade. A única coisa que lembrava bem era Percy levando-a até o carro e ela gritando com ele sobre o quanto era lerdo até para dirigir.

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Percy já estava nervoso, e Annabeth não tinha parado de gritar com ele por todo o caminho até o hospital.

Agora ele estava sentado na sala de estar da maternidade, tremendo, suando e bebendo café. O problema era que Percy odiava café.

Na sua frente estavam outros dois futuros pais sentados, lendo revistas e assistindo televisão. Percy lamentou ter TDAH e dislexia, pois não conseguia ficar parado por dois minutos.

Estava demorando muito tempo, havia se passado o que? Uma, duas horas? Três minutos?

Bebericou seu café e tentou prestar atenção na televisão.

– Você vai ser pai também? – Um homem com cerca de 40 anos, sentou ao seu lado.

Percy virou-se para ele e tentou formular uma resposta, como se a pergunta fosse muito difícil.

– Ah, aham.

– Não fique assim nervoso – o homem sorriu – Estou esperando o quinto.

– O quinto? – Percy ficou assustado, e aquela história de que os americanos estavam tendo menos filhos? – O meu é só um.

O homem riu. Ele pareceu muito tranqüilo com a situação, diferente de Percy. Ele não imaginava cinco crianças correndo pela sua casa e puxando vasos e arremessando livros ou quem sabe... Jogando espadas e facas.

– Sou John, bem vindo ao maravilhoso e assustador mundo de ser pai – ele ofereceu a mão e Percy a apertou.

Isso não ajudou muito.

– Percy, prazer.

A enfermeira entrou na sala e chamou John. Ele saiu sorridente pela sala.

Na vez de Percy de ser chamado, ele teve que se lembrar de como caminhar. A enfermeira o guiou até um imenso corredor branco até chegarem de frente a uma sala em que uma das suas paredes era feita de vidro o que possibilitava que pessoa do lado de fora visse o que estava do lado de dentro.

A sala estava cheia de bebês, alguns dormindo, outros chorando.

Percy seguiu os olhos por onde a enfermeira apontava e um choque percorreu seu corpo. No canto da sala em um berço ao lado de uma enfermeira, estava seu filho, uma criatura minúscula de roupinha azul e os olhos verdes brilhantes que o encarava como se o reconhecesse.

Percy soltou o ar e relaxou. Tinha tudo acabado bem afinal, ele havia se tornado pai, tinha agora uma vida a mais para cuidar e proteger de perigos extras que a vida dele e de Annabeth proporcionava. Sentiu-se aliviado afinal.

A enfermeira o levou para o quarto onde Annabeth estava descansando. Quando chegou ela havia caído no sono.

– Acho melhor você descansar um pouco também – a enfermeira disse ao lado da porta e sorriu – Ela vai gostar de te ver ao acordar.

Percy concordou e quando a enfermeira saiu, aproximou-se da cama e deu um beijo na testa de Annabeth.

– Parabéns mamãe – ele cochichou.

Sentou-se na poltrona ao lado da cama e consegui relaxar, quase imediatamente caiu no sono.


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Notas finais do capítulo

E ai? mereço comentários? hahahaaha espero que tenham gostado e se quiserem, me mandem sugestões eu adoro recebe-las, abraços!!



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