Fiquei parado olhando para Daimond. Aquela historia que havia passado em minha mente era impressionante.

  Liguei todos os pontos e vi que fazia sentido tudo aquilo. Então era essa a verdade...

  - Entendeu Daisuke? – Perguntou Daimond.

  - Entendi. – Cerrei o punho.

  - Então vai se entregar né? Você não tem chance e...

  - Nunca! Agora mais que nunca, eu vou seguir em frente. Vou acabar com esse império de ilusões! – Olhei nos olhos de Daimond.

  - Patetico! – Riu – Você não pode me matar, e eu não desmaiarei tão facilmente.

  - Não importa! Eu vou conseguir! – Corri então em direção a Daimond.

  Quando estava prestes a dar um soco nele, ele segurou meu punho. Em seguida me deu uma rasteira e me imobilzou.

  - Se renda logo! Do que adianta ficar resistindo! – Ele me espremia contra o chão. - No final faremos a lavagem cerebral e você será como eu!

  - Nunca! – Bati a cabeça no chão com uma força extrema.

  Com o impulso da batida derrubei Daimond que estava em cima de mim. Depois, mesmo com minha testa sangrando, me levantei.

  - Faça quantas lavagens quiserem! Eu nunca! Nunca! Nunca! Nunca! Serei igual a você!

  - Não seja idiota! Eu sou você! – Ele se levantava.

  - Não!! – Falei com convicção. – Diga o que quiser, mas eu não sou um monstro! Não sou e nunca vou ser igual a você!! – estendi minhas mãos.

  - Se você me matar, você morrerá Daisuke. – Alertou.

  - Você não morrerá só com isso. – Meus olhos estavam vermelhos de ódio.

  Concentrando todo meu poder e raiva, lancei contra Daimond meu poder.

  Ele rapidamente concentrou sua energia nas mãos e tentou deter meu golpe.

  - Você não vai conseguir!! – Disse se defendendo.

  Fiz então mais e mais força. A defesa de Daimond começou a trincar, e com o tempo espatifou-se. Ele então foi acertado por minha energia [...]

  Aproximei-me dele. Estava vivo e sem sinal de que iria morrer. Porém suas mãos estavam muito feridas, elas haviam recebido o dano de meu poder.

  - Por quê você luta Daisuke? Por que insiste tanto? – perguntou. Enquanto passava  a mão nas feridas.

  - Sabe Daimond... Eu luto pelo mundo... – Falei olhando-o.

  - Pelo mundo? – Perguntou.

- Sim... – suspirei. – Eu sei que existem pessoas terríveis nesse mundo. Que cometem atrocidades e só tornam ele um lugar horrível... Porém, no meio das pessoas deste mundo, existem as pessoas boas. Essas pessoas mesmo com as dificuldades que são impostas por essas sociedade, vivem felizes e querem fazer o bem a todos...  É por essas pessoas que eu luto e nunca vou deixar de lutar! Ver as pessoas sorrirem, felizes e se divertindo, é isso que eu desejo! Eu quero que o mundo seja um lugar onde todos possam viver tranquilos e felizes, com seus amigos e familiares... E eu acho... não! Tenho certeza absoluta que um dia ele se tornará assim!

  - Humpf! – Daimond deu um sorriso. – Sabe Daisuke... até que você é um cara legal...

  - Quê?...

  - No final das contas... eu estava errado... – Ele admitiu. – Sabe, eu só fui pelo caminho que me foi imposto. Cometi tais atrocidades... que só de me lembrar me dá reverterio – Riu.

  - Você está se arrependendo?

  - Pode se dizer sim...- Arqueou a sombrancelha. – Vamos! Siga em frente, vá para a próxima sala que há alguém te esperando.

  - Tem certeza do que está falando? – Perguntei surpreso.

   - Pois é. Não sei o que está havendo comigo. Mas acho que pelo menos uma vez, vou fazer algo bom...

  Olhei para ele. Parecia realmente arrependido. Fiquei com pena de Daimond, mesmo depois dele ter feito tudo que fez.

  Estendi minha mão para ele.

  - Vamos Daimond! – Falei.

  - O que está dizendo? Falei que ia deixar você passar, mas não que eu iria ir junto!

  - Eu sei que é isso que você quer...

  - Como pode saber? – Indagou.

  - Porque eu sou você! – Falei rindo.

  Daimond então levantou devagar sua mão ensanguentada, e segurou a minha mão.

  Neste momento, ele deu um grande sorriso. Pela primeira vez, o sorriso não parecia de maldade e sim felicidade. Daimond então começou a desaparecer lentamente.

  - Um só novamente... – Falou ele, e em seguida desapareceu de vez.

  Senti meu corpo formigar. Parecia que algo que faltava em minha essência acabara de retornar. Me senti mais confiante e parecia que minha energia havia aumentado significativamente.

  - Somos um só agora... – Falei olhando minhas mãos.

  A porta onde Vaon lutava contra meus amigos foi então estourada. Fabian, Zafiris e Sasha tiveram seus corpos lançados contra ela.

  - O que houve?! – Corri até eles.

  - Conseguimos vencer os BloodStalkers... Mas ele... ele é muito forte... é um monstro! – Falou Fabian tentando levantar-se.

  Ouvi passos vindo em nossa direção.

  - Tudo que conseguimos foi fazer um pequeno corte na cabeça dele...  – Disse Zafiris limpando o sangue que escorria em sua testa.

  - Mas... como?! Ele é tão forte assim que conseguiu derrotar os três? Você não havia cortado a mão dele Sasha?! – Perguntei surpreso.

  Os passos estavam cada vez mais próximos...

  - Daquela vez o peguei desprevenido... Dessa vez a situação é totalmente diferente. – Falou a garota que parecia ser a menos cansada e ferida.

  - Daisuke! – Falou ele alegremente. – Vejo que se juntou com o maldito do Daimond, aquele traidor!

  - Eu vou acabar com você! – Falei irado.

  - Não! Eu vou acabar contigo! Dessa vez não tenho motivos para me segurar! Você é inútil agora! – Ele me olhou como se fosse um maníaco.

  - É o que vamos ver! – Falei confiante...