Selene e Michael atravessaram um pequeno lago. Planejavam chegar a uma vila, a uma cidade, qualque lugar.

- E agora, o que vai ser? - perguntou Michael enquanto ambos andavam.

- Eu não sei Michael. Mas ainda não acabou, isso eu posso dizer. - disse Selene. Há algumas horas atrás, ela descobrira que tinha evoluído, que agora poderia andar ao sol. Isso era uma coisa que ela apreciava a cada segundo. Há anos que não podia sentir o calor, a energia da estrela. Isso agora havia mudado e ela pretendia tirar o maior proveito possível disso!

Continuaram a andar, seguindo uma trilha que encontraram. Andaram o dia todo, até que a noite voltou. Selene parou de andar.

- Espere! Precisamos descansar. Andamos o dia todo.

Procuraram algum lugar para passar a noite e encontraram uma minúscula caverna. Após se acomodarem, Michael perguntou:

- E então como foi?

Selene o encarou.

- O que?

- Poder andar de dia. Poder sentir o calor do sol.

- Foi normal. - Michael fez uma careta, se queixando da resposta. - Michael, eu já senti o sol antes...

- É, mas isso foi a 600 anos.

- Mas eu acho que não esqueci. Não se esquece uma coisa dessas.

Ela se virou para dormir e Michael acabou aceitando a resposta. Selene era assim mesmo, fechada.

Mas Selene não dormiu. Ela ficou pensando na pergunta de Michael. O que seria daqui pra frente? Os três grandes vampiros Viktor, Marcus e Amélia haviam sido assassindos. Dois pelas mãos dela. O clã dos vampiros ainda a caçariam?

Selene decidiu não se preocupar ainda com essas questões. Amanhã precisava chegar a algum lugar urbano. Tentou dormir e conseguiu. Era a primeira vez que trocava a noite pelo dia!

Acordaram cedo e voltaram a correr. Ambos precisavam se alimentar.

Chegaram a um pequeno vilarejo, onde se tinha poucas casas, uma igreja e um bar.

Selene guardou suas pistolas. Não podia entrar armada. Muitos iriam notar e isso iria gerar conflitos, e conflitos era o que ela precisava evitar.

- Eu vi um bom carro ali no findo. - disse Michael, enquanto estavam sentados. - Podemos pega-lo e dar o fora daqui.

- E ir pra onde? Tenho certeza que se eu voltar a mansão...

- Precisamos achar algum abrigo, algum lugar onde tenha sangue. Costelas e batatas frita não vão nos sustentar!

- Têm razão.

Saíram do bar e foram até o carro que Michael pronunciara. Selene quebrou o vidro da frente, entrou e tentou ligar o automovél. O motor fora ligado. Havia conseguido.

- Entre. - disse ela a Michael. - Vamos embora daqui.

Passaram alguns dias até Selene e Michael conseguirem encontrar um abrigo própio para vampiros.

Ambos estavam numa floresta, quando Selene desceu do carro e disse:

- Agora, têm de ser a pé.

Andaram mais um pouco e Selene enontrou uma porta de metal escondida na mata.

- É aqui.

Abriu a porta e desceu a escada. Conseguiu encontar o interruptor e acendeu as luzes.

- Bom, temos tudo o que precisamos. Parece que há armas e sangue.

Michael foi até um armário e de lá tirou um pacote de sangue. Começou a se aimentar.

- Ainda bem que esse lugar existe...

- Foi idéia do Viktor. Ele pensou que vampiros de todas as espécies...

- Espere. - Michael a interrompeu. - Espécies?

- Sim. - disse Selene. - Existem os vampiros que você conhece e existe algumas outras espécies?

- Como assim? São diferentes de você?

- Sim e não. Vampiros sempre se alimentam de sangue, isso é um fato. Mas têm algumas espécies que são diferentes da minha em alguns quesitos.

- Por exemplo?

- O fato do sol. Os vampiros que você conhece queiamam a luz do sol, outros não. Eu ouvi que alguns brilham...

- Sério? - perguntou Michael sorrindo. Selene também sorriu.

- Sério, e há também um monte de coisas.

Michale se aproximou dela e deu um beijo em seus lábios. Amava Selene.

Selene também o amava muito, mas o interrompeu.

- Espere, deixe-me alimentar primeiro...

Michael pegou novamente o seu pacote de sangue e voltou a se deliciar com a bebida. Selene foi até o armário, o abriu e procurou um que estava bem vermelho, pois sabia que quanto mais vermelho o sangue, mais novo e mais gostoso ele era.

Se surpreendeu com o pacote que achou. Estva um vermelho vivo, bem vivo.

Estranho, pensou. Esse sangue parece que foi tirado ontem.

Pegou-o e o examinou. Era realmente sangue. O abriu e tomou a bebida.

Enquanto se deliciava com o sangue fresco, sua mente ouviu a mensagem que o sangue trazia. É sangue humano, pensou. As imageens iam e vinham em sua cabeça.

Se concentrou e ouviu o que o sangue tinha a lhe dizer.

Um homem em frente a um espelho dizia uma mensagem.

- Selene, quero que se concentre e preste muita atenção no que eu vou lhe dizer. Não é importante como eu sei seu nome, mas o que importa agora é que sua raça corre perigo! Os lycans foram recrutados para ir em busca de uma menina meio humana e meio vampira. Acreditam que essa menina deve ser sequestrada e estudada por eles. Isso não pode acontecer, pois a menina é realmente especial. Ela é a única vampira mestre viva. Com a morte de Amélia, Viktor e Marcus, ela fica sendo a única. A única de direito ao trono dos vampiros.Não posso contar todos os detalhes, pois o tempo é curto, mas preciso que você salve essa criança, Selene. Belo bem de todos. Se nome é Renesme e ela vive em Forks; E.U.A, com uma familia vampira. Procure pelo nome Cullen que você a de encontrar! Se apresse.

- Selene, esta tudo bem?

Ela demorou um pouco a responder. Pensou o porque daquilo tudo, por que aquele sangue esta ali, justamente para ela tomar. Seria o destino? Mas as ordens foram bem claras. Proteger aquela criança. Os Lycans tinham se revoltado novamente. Iriam atrás dela. Uma criança indefesa. Não!

- Nós temos que ir! - disse a mercadora da morte.