Breath Of Life escrita por AnaTheresaC, Anne
Notas iniciais do capítulo
Chorei a escrever este capítulo, espero que gostem! - AnaTheresaC
Capítulo 19
Parte 1 – Matt Donovan
-O que vocês fizeram? – gritei, entrando na casa do Mikaelson.
Rebekah chamou-me, disse que Alicia estava em transição por causa de um acidente.
-Matt, acalma-te, por favor – pediu ela, colocando-se á minha frente.
-O que tu fizeste? – gritei, olhando para Kol com a ira a vir ao de cima. Empurrei Rebekah sem cuidado algum e parti para cima dele, que não ripostou.
Caímos os dois no chão e comecei a socá-lo.
-Matt! – gritou Elena, puxando-me para cima deixando Kol no chão, que se levantou, não mostrando qualquer tipo de expressão. – Calma! Matt!
As lágrimas corriam pelos meus olhos e eu consegui libertar-me de Elena, indo de novo até Kol.
-Matt! – gritaram algumas vozes, mas eu não lhe fiz nada. Fiquei cara a cara com ele.
-Isto tudo é culpa tua – cuspi e os seus olhos tornaram-se ainda mais escuros. – Ela vai morrer. Ela não quer ser um monstro como tu.
-Ela não será – garantiu Elena.
-Oh, cala-te! – virei-me para ela e Elijah colocou-se logo à frente dela, protegendo-a de mim. – Até tu gostas de ser vampira!
Os olhos dela encheram-se de lágrimas. Eu tinha-a magoado. Mas pouco me importava, eu só queria saber de Alicia.
Então de repente todos os vampiros olharam para o teto.
-Ela acordou – afirmou Rebekah.
Parte 2 – Alicia Saltzman
Ofeguei por ar e tossi de seguida. A porta do quarto abriu-se e vislumbrei Matt, logo seguido de Kol.
Olhei em redor. A luz não entrava por causa das cortinas de veludo vermelho, deixando tudo na penumbra. Era o quarto de Kol, de certeza, devido ao cheiro inebriante do seu perfume. Matt sentou-se ao meu lado e tomou o meu rosto nas suas mãos, abraçando-me de seguida.
A minha garganta ardeu e vi a sua carótida. Ele também tinha um cheiro inebriante, sedutor, que antes nunca tinha sentido.
E as minhas gengivas doíam. E aquele cheiro dele não estava a ajudar nada. Afastei-o e saltei para o outro da cama. Matt olhou-me magoado, com grossas lágrimas no seu rosto e nos seus olhos.
Olhei para Kol. Ele estava com uma expressão abatida e olhava-me com dor.
-Matt, podes deixar-me a sós com o Kol, por favor? – alguns flashes do que me tinha acontecido apareceram na minha mente, fazendo-me fechar os olhos com força. – Sem ofensa, Matt, a sério.
Ele sorriu e depois o seu rosto endureceu, dando-me apenas um beijo na testa e outro nos lábios. Os seus lábios estavam quentes e senti um formigueiro nos meus, querendo mais daquilo, mais daquele calor. A minha garganta voltou a doer e a dor nas gengivas tornou-se quase insuportável.
Alisou os meus cabelos e depois saiu, não sem antes deitar um olhar mortal a Kol, que não respondeu. Ele só estava a olhar para mim.
Quando Matt fechou a porta, sentou-se devagar ao meu lado.
-Como estás?
-Tonta. Algo não faz sentido.
-Alicia, tu tentaste matar-te depois de tentares matar a minha irmã.
Ele tratou-me por Alicia. Ele não costumava tratar-me por Alicia, só Ali.
-Então como estou aqui?
Ele não respondeu, apenas me fitou com os seus olhos castanhos profundos, como se quisesse dizer-me algo que não conseguia exprimir por palavras.
-Kol, como estou aqui? – voltei a perguntar, com lágrimas prestes a brotarem do meu rosto. De repente, tudo começava a fazer sentido. Eu só podia ter sangue de vampiro no meu organismo, era a única hipótese.
Ele continuou a não responder.
-Não… - murmurei, e as lágrimas cederam. – Não, não, não!
Tentei levantar-me da cama, mas ele prendeu-me no seu abraço e comecei a soluçar.
-Não… não…
-Desculpa. Lamento – disse ele e percebi que também estava a chorar.
-Não quero ser uma vampira. Faz o tempo recuar.
-Quem me dera, Ali – murmurou ele, com os seus lábios encostados no meu pescoço. – Mas não posso. Faria tudo tão diferente.
-Eu não quero ser vampira, Kol! – exclamei, desencostando-me dele e olhando-o determinada. – Eu quero morrer.
O seu lábio inferior tremeu, causando-me um aperto no coração.
-Tens a certeza?
Acenei com a cabeça. Eu não queria ser aquele monstro que matou o meu pai. Não podia.
-Oh, Alicia! – ele voltou a abraçar-me e mexi com os meus dedos trémulos no seu cabelo, tentando acalmá-lo e acalmar-me a mim. O seu cheiro era tudo para mim, ele tranquilizava-me. – Eu podia mostrar-te o mundo. Levava-te a todos os cantos do Mundo: Paris, Londres, Florença, Sydney, Tóquio. Eu podia ter-te mostrado o mundo enquanto podia.
Soltei um soluço. Eu iria perder tudo aquilo.
-Iria mostrar-te a Música, a Arte de cada cidade, vila, aldeia. Beleza genuína.
Fechei os olhos com força, tentando não largar outro soluço. Eu não podia conhecer o Mundo. Ele iria sentir-se miserável e eu estaria morta, incapaz de o consolar.
-Por favor, fica comigo – implorou ele, como uma criança pequena, soltando um soluço alto. Olhei nos seus olhos, tão molhados como os meus.
-Oh, Kol, por favor, não faças isto mais difícil do que já é.
-Eu amo-te, Alicia Saltzman. Amo-te desde aquele momento em que te vi no Grill. Estavas tão linda. Conquistaste-me o coração, a alma, o meu mundo. Por favor, fica.
Fechei os olhos, soluçando sem parar. As lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu já não sabia o que fazer. Eu queria ficar, queria tudo aquilo que Kol me tinha dito mas não podia tornar-me num monstro, numa vampira. Era tudo o que eu odiava.
Amava Kol, ele também me tinha apanhado o coração desde o primeiro momento em que o vi no Grill. Apesar de tudo, eu amava-o.
Acenei com a cabeça.
-Vamos fazer um acordo – propus. – Eu torno-me vampira e fico contigo. Mas, se por algum motivo eu quiser morrer, tu deixas-me ir.
Ele largou um soluço seguido de um sorriso trémulo.
-A sério?
Anuí.
-Sim. Porque… - respirei fundo e olhei bem nos seus olhos, limpando-lhe as lágrimas. – Eu amo-te.
Ele abraçou-me com força, quase partindo as minhas costelas.
-Há mais no acordo – voltei a fitá-lo e coloquei as minhas mãos no seu pescoço. – Não vais deixar-me descontrolar. Ao mínimo indício, tu ajudas-me. Não me vais deixar matar pessoas, nem aquelas que tentem atacar-me.
Acenou com a cabeça.
-Ali, eu farei tudo o que tu disseres, desde que fiques comigo. Eu… eu… eu quero poder amar-te. Quero tempo para isso e para te mostrar que estás a fazer a melhor escolha.
Sorri e beijei-o. Apertou-me contra ele, correndo as suas mãos pelas minhas costas.
-Amo-te, Kol – sussurrei com os meus lábios encostados aos dele.
©AnaTheresaC e ©Ana
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
A fanfic está quase no fim! Mais um ou dois capítulos e ela acaba!
Gostaram da declaração de amor Kolicia? Eu adorei escrever! Inspirei-me no discurso do Klaus quando foi salvar Caroline no episódio 3X13.
XOXO