Loucura escrita por kune-chan


Capítulo 3
O3 - Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Vejam e verão! Muito obrigada pelas reviews, queridoos! vlw mesmoo!



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Aquele branco estava incomodando seus olhos. Talvez por estivesse lembrando o tom pálido da pele de Naruto. Sentiu um ardor no peito ao lembrar o nome dele.

-E-eu... Eu não entendo... Por quê? Por quê? – Sussurrava sem parar. Ainda permanecia encolhido num canto daquele lugar. Pensar em Naruto não estava sendo uma boa idéia... Sua cabeça latejava, e seu peito também. Estava com a cabeça entre os joelhos, e se embalava para frente e para traz numa tentativa inútil de se reconfortar.

A cela era abafada, mas não ao ponto de fazê-lo suar.

Não era isso que estava acontecendo.

Ele estava suando. Sua franja estava grudada na testa e tinha o cabelo da temporas grudada na mesma.

Começou a tremer. Não estava se sentindo bem, definitivamente. Tinha um pouco de claustrofobia

Só um pouco.

Na verdade, estava assim por causa de um dos seus traumas. O de traição.

Quando sua mãe estava perto esquecia do acontecimento deplorável que ocorreu com ele há dois dias atrás.

Mas quando ela ia embora, sentia o buraco no peito latejar ao pensar que seu “amigo” havia o traído. Quando foi traído pela primeira vez havia sido quase insurpotável, na segunda então...

Apertou a blusa no lugar do coração. Queria sair dali, não agüentava mais. Dois dias havia sido o suficiente para entender por que aquelas pessoas nunca se curavam de seu distúrbio. Só tinham direito à uma hora de banho de sol, almoçavam uma comida tão ruim... Era sem sal, e o refresco era aguado.

Se bem que ele nem havia comido direito.

Mas não eram todos os “pacientes” que tinham essa vida cansativa e monótona naquele lugar.

Alguns tinham o tratamento mais... Especial. Tinham consultas quase que diárias de médicos. Mas não eram “sortudos” por isso. Eram porque recebiam algumas visitas.

Pelo menos eles tem alguém para visitá-los.” Pensou.

Falando em alguém, se lembrou de sua mãe. Ela disse que voltaria no dia seguinte, e já estava no dia seguinte. E também sabia que já estava de noite pelo fato de já ter passado um tempo que havia tomado banho de sol. Sempre tomava pelas três da tarde.

-Mãe...? – Perguntou para o nada. – Você vem hoje?- Perguntou com a voz mais alta.

-Desculpe-nos, Sasuke. Não vamos poder te ver hoje. – Ouviu a voz de seu pai. Somente a voz.

-Por que...? – Apertou mais forte a blusa. Não obteve resposta. Soltou a blusa e secou a gota de suor que havia brotado da testa.

Sentiu mais uma gota de suor escorrer pela lateral do rosto, enquanto o frio se intensificava mais e mais. Não havia percebido quando tinha começado a esfriar. Não podendo mais ignorar aquela sensação de mal estar, caiu de lado encolhendo as pernas. Começou a tremer. Definitivamente ele não estava bem.

X

Já estava enrolando tempo demais para evitar o inevitável.

Se olhou no espelho. Não tinha coragem o suficiente para olhar aqueles orbes negros de novo. Talvez por que o tivesse traído. Ou talvez mais. Talvez ela tivesse tirado parte de sua vida.

Ainda se lembra de quando achou aquele buquê tão lindo de Sakuras com um cartão pendurado no chão da praça. Se sentiu a pior das piores pessoas do mundo quando leu oque tinha dentro do cartão. Era a letra dele. Ele iria pedi-la em casamento, e ela estava com outro.

Também se lembra quando viu um pingo de algo transparente e brilhante no chão ao lado do buquê. Ela reconheceu como uma lágrima. Se andasse mais adiante, iria ver outra.

Ela o tinha feito chorar...

Ele nunca chorava. Se lembrou de quando ele havia falado isso para ela. Lembrava muito bem das palavras dele, como se ele estivesse repetindo mais uma vez, ali, do lado dela.

“Sabe, eu não sou de chorar. Na verdade, eu só chorei quando meus pais morreram... Mas eu acho que depois daquilo, eu nunca mais vou chorar. Só se algo ultrapassar aquela dor insurpotável... Eu acho que se algum dia eu chorar de novo, eu não vou agüentar. A dor com certeza será insuportável.”

Agora que havia tomado consciência da dor que havia causado nele. E doía o fato de imaginar ele tentando suportar tudo aquilo sozinho.

Que bom... Ele é forte. Agüentou tudo sozinho.”

Deu um miúdo sorriso. Agora iria encontrar a pessoa mais bondosa que já havia conhecido. A mais calma, a mais sincera... A mais forte.

Não sabia se agüentaria vê-lo de novo.

Mas ela sentia que era preciso, que ele necessitava dela.

Decidiu ir.

X

Havia chegado em frente ao lugar em que ele estava. Parou hesitante em abrir a porta. Talvez ele o enxotasse como se ela fosse um bicho. Ele tinha todo o direito de fazer isso, ela merecia.

Talvez seria melhor voltar, evitaria sofrimento para ambas as partes.

Mas não podia. Tinha que ir ali. Estava lá como uma das médicas daquele local. Tinha que fazer exames de rotinas.

Pelo bem ou pelo mal, iria reencontrá-lo.

Tirou as trancas daquela porta. A empurrou com certo esforço.

Tomou um susto quando o viu encolhido no chão acolchoado tremendo e falando palavras incoerentes. Decidiu se aproximar ainda mais. Viu que ele tinha os olhos cerrados com força e os dentes trincados. Viu também a enorme quantidade de suor que ele expelia.

Ele realmente não estava bem. Botou a mão na testa dele, mas teve que tirar rapidamente. Ele estava ardendo em febre. Sua expressão ficou preocupada.

-P-papai... Mamãe... Não, não, não! Não se vão... Não se vão! – Disse ele atormentado ainda tremendo. Sua voz era arrastada, sonolenta. – NÃO!! – Gritou ofegante.

-Sasuke, sasuke! – O virou. Pegou seu rosto em ambas as mãos. Ele ardia de tão quente. Devia estar com uns 39 graus, concluiu. – Fala comigo! – Disse sentindo o suor dele por entre os dedos.

A mão dele se ergueu trêmula até a dela.

Ela parecia fria... Tudo parecia fria ao seu redor. Não reconheceu quem estava a sua frente. Talvez porque estivesse tudo embaçado.

-NÃO! – Gritou de novo. – Não me deixe... Não me deixe... – Falou debilmente com os olhos semi-fechados.

-Você está delirando. Vou chamar alguém. – Falou deitando ele com cuidado no chão branco. – Espere. – Ela sabia que ele iria ficar ali, não tinha condições de sair andando. Tremia demais para isso.

Saiu correndo pelo corredor até avistar Kakashi.

-Kakashi! Socorro! O Paciente da cela 2O6 está passando mal! – Gritou. – Traga uma maca! Rápido!

Kakashi a olhou confuso. – Está bem. - Mas não deu tempo direito dela ver oque ele faria a seguir, saiu correndo, voltando para onde Sasuke estava.

Ele agora estava curvado sobre o chão. Apoiava a cabeça no braço, que estava deitado. Ele ainda tremia, mas nada comparado ao que estava antes.

-Sasuke? Está se sentindo melhor?

Ele ficou em pé de imediato ao ouvir aquela voz tão conhecida.

Cambaleou um pouco, e se sentiu tonto. Talvez tivesse levantado rápido demais.

Sentiu o buraco no peito pulsar mais forte ao encontrar aqueles orbes verdes preocupados na sua frente. Sentiu facas passando em cima do buraco quando reconheceu aqueles cabelos róseos. Sentiu falta de ar ao vê-la aproximando. Ele havia começado a tremer de novo.

-FICA LONGE DE MIM! – Gritou com uma dor horrível na voz. –EU TE ODEIO! – Gritou se curvando sobre a mão dele no peito. Caiu de joelho. Estava ofegante. Sentiu o suor mais uma vez nas temporas.

-Você não está bem. – Falou enquanto olhou a maca que estava do seu lado. – Venha, vamos para o hospital. – Falou se aproximando.

-NÃO ENCOSTA EM MIM! – Berrou tombando para o lado. Ela viu que teria que leva-lo a força. Pegou a seringa com o calmante que haviam lhe dado.

Se aproximou e agarrou o braço dele com força. Aplicou a seringa no braço dele. Foi tudo rápido demais.

-Não encosta... – Sussurrou debilmente sentindo o peito latejar mais e mais. A vista começou a ficar turva. – Em mim... – Falou quase sem voz. Tudo ficou escuro.

X

Abriu a porta cautelosamente para não acordar o rapaz. Observou os olhos cerrados... A franja espalhada pela testa... A Boca semi-aberta...

Olhou também a expressão que ele fez. A boca foi repuxada para baixo, as sobrancelhas finas se juntaram e os olhos se apertaram. Uma expressão de dor.

De repente, ele abriu os olhos, e se deparou com uma mulher em pé a sua frente.

Sua vista estava embaçada, mas pode reconhecer o borrão rosa.

-Sakura...? – Perguntou meio sonolento.

Ela não respondeu.

Ele então se sentou, e coçou os olhos. Demorou um pouco para se acostumar com a claridade.

Finalmente se deu conta de quem estava a sua frente.

Arregalou os olhos e agarrou a blusa. Sentiu a cabeça pulsar novamente, dessa vez mais forte. Botou a mão livre no alto da cabeça.

-Está tudo bem? – Ela perguntou. Ele desviou o olhar. Não suportaria olhar nos olhos da pessoa que o traiu de modo mais profundo e doloroso.

Ela se sentou na poltrona branca daquele quarto de hospital.

-Sabe, eu acho que temos que esclarecer algumas coisas. – Ela disse ainda olhando para ele. – Você tem que saber.

Sasuke permanecia olhando para o lado, sério. Havia deixados os dois braços caírem moles em cima de suas pernas.

-Vamos começar por aquele-

-Eu não tenho nada pra falar com você. – Cortou-a seco. Sua voz era áspera.

-Você está enganado. Temos muito oque esclarecer. – Falou botando uma mecha atrás da orelha.

-Você realmente não acha que oque fez foi o bastante? Sakura, eu não agüento mais nada. Se você for falar algo que-

-Eu também posso vê-los. – Cortou-o. Ele fechou os olhos com força.

Então ela era a pessoa de quem sua mãe havia falado? Não, não poderia ser ela. Qualquer um, menos ela...

-Não, não pode ser você. Não você...

-Sim, eu também posso vê-los. E eu também acho que posso esclarecer algumas coisas. – Suspirou. – Me permite?

Ele não falou nada. Não importaria a opinião dele. Ela tinha que falar, por bem ou por mal.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros de gramática, o werd está defeituoso. :)

GEnte, eu esqueci de falar, mas eu vou postar dois capítulos por semana. Essa semana eu postei 3 por que eu não consegui me controlar rsrs D:

Beijos e até semana que vem!




Reviews? *-*

Beijos e até!



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