Após a conversa de Rey e Lupus nada demais aconteceu no baile. Jin havia retornado ao ginásio já com a “cabeça no lugar”, ficou mais tempo e depois foi embora. Os casais Ronan e Amy, Lire e Ryan, Lass e Arme aproveitaram o baile juntinhos, mas cada casal em um canto. Dio ficou conversando com Gyna, esperando dizer algo que impressionasse a professora, mas ficou meio complicado prestar atenção no menino enquanto ficava de segurança (ou babá, como o Dio disse).

A cada hora que passava mais alunos iam embora. Quando não havia mais tanta gente no baile, Lothos decidiu liberar o que restou da festa para os professores. A maioria pensou que pela hora, já não adiantava mais, porém, mesmo assim foram curtir o finalzinho do baile.

Dois professores, em especial, curtiram mais que os outros, Sieghart e Mari. Assim que Lothos deu o aviso, Sieg aproveitou a chance e chamou Mari para dançar.

-Sei que o baile praticamente acabou, mas receber um convite e não aproveitar a noite é triste.

Mari sorriu ao se lembrar de que ela fez o convidou para o baile.

-Então... – Sieg continuou – Quer dançar?

-Claro. – a professora dos cabelos azuis respondeu um pouco sem jeito, já que não estava acostumada com aquele momento.

Todos os professores curtiram um bom tempo, na pista de dança Sieg e Mari mais riam da conversa entre eles do que dançavam depois disso Lothos teve que expulsar os professores para poder fechar o colégio.

Ao sair do baile, Ronan levou sua namorada em casa como um legítimo cavaleiro. Quando se despediu do azulado, Amy se lembrou da confusão que fez no baile e entrou em casa meio desnorteada. Ronan não entendeu a reação dela, pensou que fosse cansaço pela noite longa de dança.

Mas na verdade a rosada apenas lembrava o momento com Jin que ficou gravada, martelando em sua cabecinha cor-de-rosa. Ela foi para o quarto, mas não conseguiu dormir. Amy deixou um bilhete para os pais e saiu de casa para qualquer lugar que houvesse pessoas, ela queria um momento a sós. Como onde morava era perto do litoral, decidiu ir para a praia, estava de noite e frio, com certeza não teria ninguém para atrapalhar Amy e seus pensamentos.

Ronan, enquanto ia para casa, ficou também com o momento com a Elesis martelando em sua cabeça. Sem pensar duas vezes, correu para a casa dela. Mas onde ela mora?

-Droga! Eu já a vi indo embora, mas qual foi a rua que ela entrou? – Ronan parou na calçada e ficou olhando para os lados tentando se lembrar.

Para sorte ou destino de Ronan, ele viu Jin atravessando a rua e foi até ele.

-Ronan! – o ruivo parou de andar. – O que faz por aqui?

-Eu... é... – o azulado coçou a cabeça. – Então... eu... não sei o que falar.

-Você fez alguma coisa? – Jin olhou sério para ele.

-C-Como? – Ronan ficou com medo de Elesis ter contado algo para o irmão e Jin tirar satisfações com ele – “Se a Elesis falou algo, o Jin me mata!”.

-Bem... Eu preciso ir pra casa, então... Quando você ficar menos nervoso pra me responder uma simples pergunta a gente se fala. – Jin começou a andar e Ronan o seguiu.

O ruivo estranhou, mas continuou andando, pensou que o caminho da casa do azulado também fosse naquela direção, mas não era. Ronan estava um pouco afastado de Jin para que o ruivo não percebesse que ele só estava o seguindo para ir na casa da Elesis.

Jin parou em frente a sua casa e Ronan também.

-Ronan... Você tá bem? Tá perdido? Esqueceu a chave de casa? – o ruivo olhava para ele assustado.

-Não... Não é nada disso. Eu só queria saber, sabe? – o azulado estava meio sem jeito.

-Não, eu não sei. – Jin deu um riso também sem graça com a situação.

-Hã... A Elesis tá acordada?

-Por que você não falou antes?? – o ruivo agora riu mesmo – Vou ver rapidinho. Você quer...

-Não! – Ronan interrompeu – Eu vou esperar aqui fora. Só não diga que sou e... – o azulado nem terminou de falar, Jin já tinha entrado em casa e gritou a irmã e fez o que o Ronan não queria que ele fizesse.

-Elesis!! O Ronan está aqui!

-“Essa não! Agora ela sabe que sou eu e não vai querer falar comigo!” – Ronan pensou e colocou as mãos no rosto escondendo o desespero.

-Aquele idiota azul tá aí fazendo o quê?! Manda ele embora u.u! – a ruiva gritou para o irmão.

-Desculpa Ronan, ela deve estar cansada...

-Eu ouvi bem, não precisa se desculpar. – o azulado colocou as mãos no bolso e se virou.

-Tenta falar com ela no colégio.

-Tá, tudo bem. Pode deixar. – ele continuou virado e de cabeça baixa.

O ruivo entrou em casa e fechou a porta, enquanto isso Ronan sentou na calçada pensando no que ia fazer e ficou olhando o chão.

Elesis já estava de pijama e este estava um pouco surrado (pequeno detalhe). Era uma camisa de manga e uma calça de moletom, estava enrolada numa coberta (da Miney), ela se aproximou da janela para ver as estrelas e acabou vendo o Ronan sozinho no frio olhando para o chão.

-Elesis, tudo bem? – Jin também já havia se trocado, mas não colocou uma roupa de dormir.

-Hã? – a ruiva estava desligada.

-Aconteceu alguma coisa? – o irmão ficou meio preocupado. Ninguém respondia as perguntas dele, mas que coisa! Primeiro Ronan e agora Elesis.

-Na-nã! Tchau! – Elesis falou rápido ainda dispersa.

Jin entendeu o recado que era para ele “meter o pé” e foi o que ele fez. Sem que ninguém o visse, ele saiu pela porta dos fundos e foi explorar o bairro e ele acabou encontrando um atalho para chegar à praia. Achou um ótimo lugar para organizar seus pensamentos ainda mais que estava vazia. Perfeito.

Enquanto no outro lado da praia, Amy também colocava seus pensamentos em ordem. Será que eles irão se encontrar?

A ruiva estava sem sono e ficou vendo um filme qualquer na sala. Como estava frio e ventando muito ela foi fechar a janela e viu que o azulado ainda estava ali cruzando os braços com frio ainda admirando o chão.

Elesis tentou ignorá-lo, mas não conseguiu. Ela se enrolou no cobertor, abriu a porta e se sentou ao lado dele.

-Eu acho que você deveria parar de admirar o chão e admirar as estrelas, está frio hoje, mas o céu está bem estrelado. – por incrível que pareça, Elesis estava tentando ser gentil.

Ronan não disse nada, estava de cabeça baixa. A ruiva apenas observava o céu, com a demora da resposta, Elesis o cutucou e ele continuou calado e apenas levantou a cabeça e olhou para o céu seguindo o conselho da ruiva.

 -Realmente é bem melhor olhar para as estrelas... E eu estava calado porque estava pensando em como me desculpar com você. – Ronan falou sério olhando para cima.

-Eu acho melhor não tocarmos nesse assunto... Eu vou entrar. – quando Elesis se levantou, Ronan fez o mesmo.

-Engraçado... – o azulado riu e tentou impedir que a ruiva entrasse falando essa palavrinha que a deixaria curiosa e conseguiu.

-O que?

-Você. – ele continuava com um sorriso no rosto e corava.

-Eu o quê?! – Elesis estava confusa e se enrolava mais no cobertor com frio.

-Ainda não me bateu. – Ronan virou o rosto ainda sorrindo.

-Ah! Obrigada! – agora a ruiva sorriu.

-Pelo quê?! – o azulado ficou confuso e olhou para ela.

-Por me lembrar. – Elesis deu um soco no estômago do menino.

-Eu... e minha boca. – Ronan nem conseguia falar direito e passava a mão onde tinha levado o soco, pois sentiu a dor que não foi pouca.

-Você fez aquilo de propósito, não foi?! – a Elesis doce voltou ao normal.

-O que?! – o azulado ainda se recuperava.

-Aquilo no baile idiota!

-Não! Foi sem querer, eu...

-Mentira! Você havia me feito uma pergunta antes da festa e...

-Não misture as coisas! Foi sem querer o que aconteceu no baile idiota, como você falou. E a minha pergunta foi bem inocente.

-Sei... Você é um menino! Então é safado! – a ruiva se irritou, como sempre, com o Ronan e queria ter razão em tudo.

-Eu não sou esse tipo de menino! – Ronan também se estressou com ela e nem sentia mais frio.

-Se você não é safado, você é... Gay!? – Elesis estava brincando, mas queria irritá-lo.

-O QUE!?! – o azulado ficou pasmo ao ouvir aquilo e não levou na brincadeira.

-É! E você mentiu esse tempo todo... isso não se faz. – Elesis ria vendo que Ronan tinha levado a sério o que falou.

-Sua louca! Eu não sou gay! Como você pode pensar nisso!? Eu vim aqui para te pedir desculpas e você me chama de... Argh! Eu não sou safado, talvez um pou... Enfim! Você está me deixando louco! – Ronan estava com raiva dela.

-Eu só vou parar de implicar com você quando admitir que me beijou de propósito!

-Mas eu não fiz isso! Acredita em mim! – Ronan falou de um jeito tão desesperado e tão singelo.

A ruiva ficou sem reação, seu coração acelerou, o rosto do Ronan era tudo que ela conseguia ver, ela poderia confiar nele? Segundos depois voltou ao normal e não se deixou levar pelo que, possivelmente, estava sentindo.

-Então por que me beijou?! – Elesis cruzou os braços.

-Eu pensei que você fosse a Amy... – Ronan foi interrompido com um escândalo que Elesis fez.

-QUE!? VOCÊ ME BEIJOU ACHANDO QUE EU ERA A COISA ROSA!? COMO?! VOCÊ É UM IDIOTA MESMO! EU E A AMY?! COMO ALGUÉM PODE SE CONFUNDIR!?? ISSO É IMPOSSÍVEL!!! – a ruiva gritava e batia no menino de tudo que era jeito.

-Eu... é que... você e a Amy... Eu estou com medo. – Ronan chegou para trás assustado e mal conseguia falar.

-ME EXPLICA ISSO DIREITINHO! OU ERA UMA VEZ UM IDIOTA AZUL! – o menino ia começar a falar, mas Elesis estava estressada demais – ANDA RONAN!

O azulado respirou fundo, pois sabia que tinha que convencer a ruiva ou deixaria de existir.

-Você e a Amy estavam com fantasias parecidas, estava um pouco escuro o que dificultou eu ver a diferença e você ainda estava usando uma máscara rosa, eu só achei que...

-A máscara era da Arme! E eu acabei deixando ela lá... a Arme nem irá se lembrar. – a ruiva falava com ela mesma, mas continuou – E qual fantasia era parecida com uma de Pirata!?

-Garota, me deixa falar! – Ronan ficou irritado, pois tentava se explicar e a ruiva não deixava – Continuando! A fantasia da Amy era de Mosqueteira, eu achei parecida e a máscara toda rosa me fez pensar que fosse ela, foi só isso, NADA MAIS! NÃO FOI INTENCIONAL!

-Grite comigo e eu não pensarei duas vezes em te matar! – a ruiva o encarou, mas Ronan continuou sério – Enfim, sua fantasia também era de pirata, não era?!

-Sim, por quê?

-Nada... Mas isso é muito suspeito... – Elesis colocou a mão no queixo e fez cara de pensativa.

-Elesis, entenda, eu não a beijei de propósito, eu amo a Amy e queria que o baile fosse perfeito para ela, mas por ironia do destino nos separamos por um momento e quando fui procura-la acabei te beijando... – Ronan ficou vermelho de vergonha, a situação estava tensa e seu coração palpitava rápido.

-Hum... Acho que continuará vivo. É melhor esquecermos tudo isso e continuarmos com a nossa amizade como se nada tivesse acontecido. – a ruiva falava, mas nem olhava para ele, também estava com vergonha e escondia seu rosto corado.

-Também acho, nada aconteceu. – Ronan voltou a cruzar os braços com frio.

-Acho melhor você ir, está frio e ventando muito... – a franja da ruiva, com o vento, voou e parou na boca dela o que a fez parar de falar.

-Tá bom, Miney. – Ronan riu ao reparar no desenho do cobertor que a ruiva se enrolava.

Os dois ficaram sem graça com aquele momento, então Ronan se virou indo pra casa e às vezes olhava para trás e acenava para Elesis ou apenas a olhava de longe. A ruiva tentava tirar sua franja do seu rosto com a mão enrolada no cobertor da Miney. Ela esperou o azulado se distanciar mais e entrou.

A rua ainda estava movimentada já que era final de semana, então Ronan resolveu ir andando para casa ao invés de ligar para o seu motorista.

A ruiva sentou no sofá, mas não conseguia ficar parada, então deitou, mas continuou se mexendo, algo a incomodava, ela quase caiu no chão de tanto se mexer. Se sentou, respirou fundo e deitou novamente, pensando.

-“O que está acontecendo comigo?! Será que estou realmente mudando? Será que estou... Não! Isso nunca mais vai acontecer... Eu tenho que esquecer tudo isso.”.

O azulado chegou em casa ainda com a fantasia, foi para o seu quarto, se jogou na cama, pegou o celular, pôs o fone e ficou ouvindo música até pegar no sono e dormir.

Jin finalmente sentiu sono e ao olhar para o relógio viu que era bem tarde e logo perdeu o sono desesperado com a hora. Saiu correndo para chegar em casa rápido, mas não foi o bastante. O ruivo chegou em casa e para a sua surpresa Elesis e seu pai o esperavam com uma cara nada feliz.

-O-Oi família... – Jin sorriu.

A ruiva e o pai se entreolharam e antes que o pai pudesse dizer algo, Elesis foi bem mais rápida.

-Onde estava, mocinho?! – ela disse num tom sério e encarava o irmão.

Elesis estendeu uma mão para que o pai tocasse e os dois voltaram a cruzar os braços ainda com cara de raiva cada um. Jin ficou assustado com aquilo e de boca aberta, sem saber o que falar naquela situação.

“Aviso aos leitores: Este interrogatório será da seguinte forma: Elesis pergunta e Jin responder, o pai pergunta e o Jin responder e vai ser assim até acabar.”

-Então? Não vai responder?

-Eu... eu estava... – Jin forçou a tosse – Eu estava na praia.

-Até agora?!

-Sim...

-Por que?!

-Eu precisava...

-Ainda não disse o porquê!

-Precisava colocar meus pensamentos no lugar.

-Estava com alguém?

-Não!

-Então... Por que precisava colocar seus pensamentos no lugar? Eles estavam na praia por acaso?

-Não, eles não estavam... enfim, porque... – Jin não queria contar.

-Por que está estranho desde o baile?

-Não sou o único estranho por aqui depois do baile. – Jin olhou para a irmã, sério.

Os dois ficaram se encarando por um tempo até o pai quebrar aquele clima tenso.

-Tá, olha só, eu sei que não passo muito tempo com vocês em casa, mas... O que está acontecendo? – ele olhava para os dois ruivos.

-Nada! – Elesis respondeu fria, curta e séria.

-Mentira! – Jin retrucou.

O pai apenas ficou quieto vendo a discussão que estava começando e ia ver até onde aquilo ia dar.

-Não é da sua conta Jin! Se eu falei que nada aconteceu é porque NADA ACONTECEU! – o rosto da ruiva parecia estar em chamas.

-Se eu estou me intrometendo é porque é da minha conta! E aconteceu algo SIM! – o ruivo também estava com raiva.

-Você não tem nada a ver com a minha vida pessoal!

-Claro que eu tenho! Sou seu irmão!

-Isso não te dá o direito de achar que manda em mim!

-Mas eu não mando em você! Só quero que você assuma que aconteceu algo!

-Mas não aconteceu!

-Está mentindo!

-Gente! Ei! – o pai entrou na conversa antes que Elesis atacasse Jin – Está tarde, deixa esse assunto para amanhã, tá bom? Vocês estão nervosos porque estão com sono. Então já pra cama!

-Acontece pai que seria mais fácil se a Elesis não escondesse para si o que está acontecendo. Seria melhor e mais simples se ela abrisse a boca! Assim, entenderíamos o que se passa com ela ao invés de tentarmos adivinhar e ela ficar toda irritadinha! – Jin, nesse momento, deixou a irmã uma fera, mas por trás dessa fera, Elesis estava pensativa. Ela deveria dizer o que estava acontecendo?

-Estou com sono. Já vou... – a ruiva apenas se virou e saiu andando.

O pai a acompanhou até o quarto e como sempre fazia, quando ela se deitou, ele a cobriu e deu um beijo na testa. Ao sair apenas disse “Boa noite”.

Quando o pai voltou para a sala, onde o ruivo estava, pediu a Jin que conversasse com ele. E eles foram para a mesa da cozinha.

-Primeiro Jin, mudar o assunto para saber o motivo de a Elesis estar estranha não justifica o fato de você ter chegado tarde em casa.

O ruivo apenas concordou com a cabeça e esperou que o pai continuasse.

-Sei que você não quer dizer o motivo de seus pensamentos estarem fora do lugar... Eu acho que é por causa de uma menina... – o pai falou para si mesmo, Jin ouviu e ficou sem graça – Mas eu não vou forçar você dizer nada. Só quero que saiba que se precisar desabafar é só me ligar que eu virei direto para casa, voando.

Os dois riram daquilo, Jin sabia que só via o pai quando acontecia algo ou na folga dele, já que ele era piloto de avião só chegava de madrugada e saía bem cedo.

-Em segundo, eu confesso que fiquei curioso, você não deve saber muito, mas por que a Elesis está estranha?

-Lembra daquele dia aqui em casa que o senhor estava de saída?

-Vocês não brigaram quando eu saí né?!

-Não pai. – Jin riu – Por incrível que pareça não brigamos, nós conversamos. E, antes que você pergunte, não foi o fato de conversarmos que estou estranhando o comportamento dela, mas sim da conversa em si.

-Você acaba de me deixar mais curioso, pode abrindo o bico e me contar tudinho.

-Tá bem curioso hein... Enfim, ela veio com um assunto estranho sobre beleza, ela me perguntou se eu a achava bonita e depois de conversarmos ela marcou com as duas amigas dela de ir ao Shopping! Ela foi ao Shopping! Sinceramente, eu ainda acho que ele está na TPM, mas não sabia que demorava tanto pra passar.

-TPM... – o pai colocou a mão no queixo pensativo – Por que nunca pensei nisso? – Jin e ele riram, o momento estava bem descontraído até o pai ver o relógio e encerrou o assunto. – Bem... Já conversamos bastante e está muito tarde. Vai pra cama e com sorte vocês acordam ainda hoje lá pra hora do almoço.

Jin foi primeiro a ir para seu quarto e o pai ainda permaneceu na cozinha pensando, mas não demorou muito e ele também foi dormir.

A mãe da Amy acordou e foi ver a filha, mas não a encontrou no quarto e viu o bilhete, mas como mãe é muito preocupada ligou para o Ronan, desesperada para saber onde estava a filha já que no bilhete ela apenas escreveu que ia sair para espairecer a cabeça.

O azulado também ficou preocupado, Amy nunca havia feito aquilo e foi para a casa dela. A rosada chegou em casa logo depois que Ronan também tinha chegado, estava cansada e ficou surpresa ao ver o namorado ali com cara de pai preocupado. Ao vê-la ele saiu correndo para abraça-la.

-Amy! Onde você estava? Nos deixou morrendo de preocupação. Você está bem? Aconteceu alguma coisa?

-Eu estou bem mô, só estou cansada.

-Estou vendo e não deixarei minha princesa andando quando caindo no chão. – ele riu para tentar fazê-la sorrir também e conseguiu. – Vamos.

Ronan a pegou no colo e foi leva-la para o quarto quando os pais dela o avistou e correram até a filha.

-Amy!! Você está bem, filha?

-Não se preocupem, não aconteceu nada. Ela apenas está cansada, seria bom ela dormir. – Ronan acalmava os pais da menina.

Enquanto ele a carregava para o quarto, Amy já sonhava. Sonhava que estava sendo carregada por um príncipe encantado azul, o que estava acontecendo. Quando Ronan a colocou na cama, em seu sonho o príncipe não era mais azul, e sim vermelho.

Pelo fato de ter sonhado com Jin, Amy acordou assustada, mas quando seus olhos se encontraram com os do Ronan se acalmou, recebendo um beijo dele na bochecha e voltou a dormir.

-Eu não sei o que aconteceu no baile para você ter ficado desse jeito, mas espero que não mude nada entre a gente... – o azulado ficou ajoelhado em frente a cama olhando para ela – Até o que aconteceu comigo eu estou tentando esquecer... Só não sei se vou conseguir... – ele abaixou a cabeça e se levantou.

-Ronan... – Amy ainda estava sonolenta, tentou se levantar, mas não conseguiu e continuou deitada – Eu te amo...

-... - ele se parou de andar e virou o rosto para a direção da rosada – Eu também te amo...

Ronan foi embora e Amy dormiu feito uma anjinha, uma anjinha diva é claro.

O domingo passou rápido. Elesis e Jin acordaram no momento em que o pai estava colocando a mesa do almoço, o que foi uma grande surpresa já que eles não sabiam que o pai teria uma folga no final de semana. Eles curtiram todo o tempo juntos, até se esqueceram da briga na noite passada, só se separavam para ir ao banheiro, mas enfim...

Lire ficou lembrando o que acontecera no baile e Ryan pensava se ligava ou não para ela. Já podemos dizer que esse casal está formado.

Arme e Lass pensavam no que aconteceu entre eles. Aquele momento no baile aconteceu? Foi rela? Ou apenas um sonho?

Enquanto isso, a professora de matemática, Mari planejava faltar o trabalho no dia seguinte por motivos pessoais. Ela, então, ligou para Lothos, já que era domingo e a escola estava fechada.

-Alô...

-Lothos? Oi! É a Mari.

-Sim, Mari. Pode falar.

-É que... bem... amanhã eu vou precisar faltar.

-Aconteceu alguma coisa?

-Não. Por que a pergunta?

-Por nada... É que é difícil você faltar...

-É que... – Mari pensou em algo – Vai ter uma exposição de livros, na verdade está tendo, mas amanhã é o último dia e eu gostaria muito de ir.

-Sem problemas. Os alunos nem vão gostar de sair cedo. – Lothos riu e falou ironicamente.

-É verdade. –Mari também rui - Bem... é isso.

-Ok, obrigada por avisar.

-Eu que agradeço, tchau.

-Tchau.

Mari estava na sua casa sentada e quando desligou o telefone encostou a cabeça no braço do sofá e ficou pensando no baile, no Sieg, no dia em que ele a olhou e a deixou nervosa, no Sieg de novo, em como se divertiu ao dançar com ele, no Sieg novamente.

-Preciso saber o que realmente eu estou sentindo... Acho que um dia de folga lendo livros me ajudará...