A volta do herói escrita por Lih


Capítulo 4
A sétima rodada


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoas! Como vocês estão? Eu estou gripada. Muito obrigada pelas melhoras que eu sei que vocês vão me desejar. Eu sei que vocês são um povo educado.
Bem, eu pretendia deixar esse cap bem mais extenso, porém, tive alguns contratempos, como por exemplo, esta gripe. Semana que vem começa a minha semana de provas e blá,blá,blá... Vocês não vão querer saber da minha vida pessoal, é muito chata.
Enfim, só postei esse cap para não deixar vocês no vácuo, e para dizer que talvez eu demore um pouco mais para postar o próximo, quem sabe até terei que estender aquele prazo de 15 dias.
Atenciosamente e contando com a compreensão de vocês Lih.



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-Você é muito ousado menino. Dentre todas as coisas que poderia nos pedir, você deseja a paz desta cidade, da qual você nem conhece ninguém. –A sua voz carregava um tom de chacota e descaso, como se a proposta fosse uma piada. Kiba não entendia por que o cara-de-sol insistia em chamá-lo de menino já que eles tinham aparentemente a mesma idade. -Mas como você mesmo diz, eu não posso recusar um acordo. Irei jogar com você, mas eu dou as cartas.

Enquanto descia lances de escadas e atravessava corredores barulhentos, e aglomerado de pessoas que cheiravam a algo que ele achava ser álcool, Kiba pensava se o plano dele realmente funcionaria. Na verdade o plano dele consistia em bater, correr e sair. Primeiramente quando ele teve a idéia, ele achou genial. Simples, rápido e eficaz. Agora ele se questionava se realmente estava normal da cabeça quando pensou isso. Principalmente porque seus amigos fizeram questão de vir em seu encalço, ele não queria os colocar em risco, ainda mais por causa de uma atitude mal pensada.

Mas ele não podia desistir. Não agora. O homem dourado liderava a expedição, seus cachos loiros estavam mais curtos, talvez ele os tenha cortado, pensou o ninja de konoha. Agora que Kiba o via de perto, ele não parecia tão bonito. Tinha uma beleza estranha, perfeita demais, como aqueles bonecos para meninas que se compram em lojas. Kiba percorreu seus olhos por todo o corpo do rapaz, ele vestia roupas douradas, que emanavam poder. Anéis e correntes de ouro pendiam em seu pescoço e mãos, sua espada caia ao lado de seu quadril, ele a segurava com uma das mãos, como se temesse que a própria fosse desaparecer a qualquer momento. Seus olhos estavam vidrados e seu sorriso era cínico, aquilo de certa forma deixava Kiba nervoso.

Eles continuaram a caminha e em um curto espaço, esbarrando em pessoas bêbadas eles chegaram a uma porta diferente do estilo arquitetônico do resto do corredor. Era uma porta dourada, assim como o restante do corredor, mas diferente do resto, ela tinha gravura entalhadas. Hinata supôs que era o mesmo abutre da estátua que viram mais cedo, só que em vez de estar suspendido por um homem de 200 metros, ele voava e segurava algo na boca, uma espada, talvez a mesma que o rapaz dourado carregava, deduziu a garota. Abaixo dos pés da ave havia varias moedas e entre elas pessoas que pareciam estar sufocando. Nossa quem colocaria algo assim aqui? Ela quis perguntar, mas engoliu as palavras, aquele sorriso no rosto de Aiko a estava deixando apreensiva, tudo o que ela não queria era a atenção dele para se.

À medida que se aproximavam da grande porta Kiba ficava mais nervoso, porém quando ela foi aberta o que ele viu o surpreendeu.

-Já entrou em uma sala de aposta antes, garoto? –Perguntou o cara-de-sol, lançado o seu sorriso cínico para Kiba.

-Não. –Ele queria ter dito algo a mais, mas estava maravilhado demais para isso. Ao julgar pela porta de entrada ele achou que veria caveiras enfiadas em lanças de madeira pegando fogo e mesas de  sacrifício, mas o que tinha lá era totalmente... Normal. Assim como no salão principal pessoas bebiam, riam e jogavam. Tudo igual, exeto pelas grandes mesas e maquinas de jogos que estavam espalhados pelo lugar.

-Aqui é o salão Premium de jogos, só os mais ricos podem chegar até aqui... Como posso dizer? Essa é a área vip do meu hotel, proibida para aldeões. –Ele falou cuspindo as palavras, como se aldeões fossem uma de vírus que impregnava pessoas como ele.

-Não se preocupe... Não queremos demorar muito. –Shino quis colocar sarcasmo em sua voz, mas ela saiu em seu habitual tom de sempre.

-Não se preocupe meu jovem, você são ninjas, tem dinheiro para gastar.

-Ele falou serio, meu senhor... Podemos ir em frente? –Perguntou Hinata. Por que Hinata o chamou de senhor? Eles tinha basicamente a mesma idade e aquele cara não era melhor que eles, Kiba tinha certeza disso, ele não entendia o por quê. Talvez ela só esteja sendo cuidadosa.

-Ah claro... Vamos à aposta. –Ele bateu as mãos e mais mulheres vieram ao seu encalço. –Vamos ver o que vai ser... Cartas, disco, roleta... . -Ele situava alternadamente seu dedo em direção a mesas de jogos, com a outra mão no queixo. - Hum! Claro, a bolinha. Essa é perfeita. Muito bem meu rapaz, a nossa aposta é simples. É um jogo bobo e infantil, mas que faz muito sucesso por aqui... Consiste em achar a bolinha que está escondida em um desses três copinhos, se você conseguir tocar na bola, ganha e eu irei embora sem hesitar. - Kiba quis gargalhar em cima do cara-de-sol, mas segurou à risada, ele apostaria todo o seu império em um jogo de copos? Ele deveria está brincando, Kiba poderia encontrar aquela bola de plástico vermelho até de olhos fechados se quisesse.

 O homem percebeu a expressão de rapaz e disse:

-Não seja arrogante, menino. Arrogância às vezes pode matar.

Kiba ficou serio novamente, mesmo que fosse um joguinho bobo, era a vida de milhares de pessoas que estava em risco. Ele instou seus instintos de ninja e sentiu o aroma da bola, pensando em usar o seu olfato apurado como ajuda e olhou para Akamaro sinalizando para que ele também ficasse atento.

-É proibido o uso de jutsos neste salão, está é a única regra. –Adicionou começando a embaralhar os copinhos. –Se você vencer eu irei embora para nunca mais voltar. Mas e se eu vencer, o que você tem para me dar? –Kiba deve ter feito uma cara estranha porque o rapaz riu. Ele não tinha pensado “nessa” parte, ele não tinha nada para apostar. Ele tentou disfarçar seu contratempo com uma carranca esnobe assim como a dos caras ricos ao seu lado, no entanto, foi interrompido pela cara-de-sol.

-É claro que você tem... Se for isto que você está pensando. Sabe, este seu cão? A pele dele vale muito mais do que você imagina... Ele daria um bom casaco não é Laide Saya? –falou como se pudesse ler cada pensamento que Kiba teve.

-Ah claro, eu compro! –Gritou uma velha roliça em um vestido vermelho colado demais para o seu peso.

-A-kamaro?! Eu... Não posso aposta-lo, ele é da família.

-Você não viu agora a pouco? Os dois irmãos, ele...

-Por favor, não me lembre disso! –Interrompeu Hinata antes que o rapaz dourado terminasse. A Hyuuga não sabia se queria estar na situação de Kiba. Ele tinha que decidir entre a missão e seu amigo. Ela sabia que a decisão que ele tomasse estaria certa, Kiba era esperto, ele teria uma idéia. Embora ela também suspeitasse que o brilho da espada de Akio estivesse influenciando seu amigo quando ele disse firmemente:

-Eu aceito. –As palavras saíram firmes de sua boca, porém ele não estava totalmente seguro. Até mesmo os melhores ninjas devem contar com a sorte às vezes. Mas o que poderia dar errado? Kiba se perguntava.

Depois que o cara-de-sol acenou para que alguém embaralhasse os copos, ele desejou nunca ter entrado pela aquela porta demoníaca. Com as próprias mãos o rapaz embaralhou os três copinhos em cima de uma mesa simples. Não tinha como trapacear ali. Com um pouco de sorte e muita percepção Kiba sairia dali com seu cãozinho.

Foi quando ele terminou de embaralhar que tudo deu errado.

-Está no terceiro copinho. -Kiba apontou. Ele tinha certeza. O rapaz havia acompanhado aquele copo desde que o outro tinha começado a embaralha-lhos e seu olfato não poderia estar mentido. Quando Akio levantou o plástico vermelho Akamaro se encolheu em seu lugar.

-Você tem mais duas chances Kiba. –Repetiu Akio.

-O que? Como? Eu tinha certeza. –O ninja de Konoha olhava para os lados como se a pequena bola pudesse estar acima de sua cabeça.

-Às vezes nossos olhos nos enganam, meu garoto. –respondeu o dono do hotel, voltando à mostrar seu sorriso cínico.

Atrás de Shino, Hinata tentava raciocinar. Ela nunca acreditou que jogos de azar fossem totalmente honestos, mais isso era ridículo. A Hyuuga nem precisava usar seu doujutso para saber que a bola estava no terceiro copo, até um gennin perceberia isso. Assim como Kiba, ela também estava acompanhando os movimentos de “embaralhamento”. Ela podia afirmar com certeza que a bola estava lá, mas quando ele levantou o copo ela simplesmente sumiu.

Havia algo errado. Disso ela já sabia, mas o que? A garota decidiu avaliar os fatos, entender todas as suas opções. Primeiro as historias dos moradores. de que Aiko tinha construído isso do nada. Ninguém sabia quem era ele, mas mesmo assim o obedeciam. Depois ela lembrou-se dos dois irmãos, e de como eles ficaram transtornados de uma hora para outra. Também das mulheres que perderam a casa e de como os olhos de Kiba ficaram vidrados agora a pouco. Hinata tinha deixado algo para trás, um detalhe que faria a diferença, mas ela não conseguia chegar até ele.

A segunda rodada do jogo acabara de começar, e a pressão de perder seu cão não estava ajudando Kiba a se concentrar. Hinata tinha que ser rápida, era a vida de pessoas que estava em risco e Akamaro também. A ninja de Konoha limpou sua mente e estendeu todos os seus pensamentos para os últimos acontecimentos. O hotel. Aiko. Os irmãos. As mulheres. A espada. A cas... É claro a espada. Ou melhor, o brilho da espada. Hinata se sentia atraída a apostar quando ela brilhava. Os irmãos ficaram malucos quando ela brilhou e Kiba... ele ficava estranho quando o mesmo acontecia. Se de alguma forma ela pudesse roubá-la de seu domínio, talvez a sorte passasse para seu lado. Shino que estava ao seu lado até então, lhe lançou um olhar sugestivo, ele havia chegado à mesma conclusão que ela.

Hinata e Shino fizeram um bom trabalho elaborando um plano, mas perderam muito tempo com isso. Kiba já se preparava para a ultima rodada, sua ultima chance.

Tão rápido quanto um inseto Shino adentrou a multidão indo em direção a espada de ouro.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei... Sem pedras na minha cara, por favor, eu gosto dela assim!
Cap parado, sem nenhuma ação, com gente pensando em planos e tals... Uma explicação? Leia as notas iniciais. Esse episódio é mais como uma introdução do próximo, que no caso (olha o spoiler) vai ter ação, ou não, depende do meu estado de espírito (haha... enganei vocês).
Desejem-me melhoras, me mandem reviews, me deixem felizes.
Novos leitores, eu sei que vocês estão ai, espero reviews de vocês também.