You're Not Alone escrita por Ágatha Geum


Capítulo 1
Ódio a primeira vista


Notas iniciais do capítulo

Bom galera, espero que gostem dessa fanfic assim como gosto de escrevê-la. Não hesitem em dar sugestões e criticas são sempre bem vindas. ;)



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Assim que a aula terminou, Caroline chama Elena para assistir o treino de futebol americano e ver os ensaios de líderes de torcida. Na qual Caroline era a líder. Bonnie namorava o capitão do time Jeremy Gilbert, irmão gêmeo de Elena, e Caroline namorava o atacante do time Tyler Lockwood. Elena não fazia parte, pois achava que era aquilo não era para ela, além de sempre reclamar que o uniforme era muito vulgar. Elena era diferente das outras, ela se empenhava nos estudos e gostava disso, mas de uns tempos para cá seu rendimento escolar caiu e ela já não era a mesma. Elena mudou completamente, já não usava roupas meigas e femininas como costumava usar, adotando o estilo "largado"; como dizia Caroline "se veste igual uma mendiga". Mas para Elena o que importava era ela se sentir confortável. Elena namorava Matt Donovan, seu melhor amigo, e foi por não o vê como namorado que decidiu acabar com esse relacionamento.

Elena

– Vamos Elena, deixa de ser chata e vamos logo assistir o treino do Ty e do Jer – a Barbie suplicava com aquele olhar que ela sabe que eu não resisto.

– Vamos lá, Lena! – insistia Bonnie – Eu quero ver o meu Jer jogando...

– Tá... Tá – disse revirando os olhos concordando com as duas. – Fazer o que? Se eu disser não, não vai adiantar nada.

Bufo.

– Isso mesmo! - cantarolam em coral.

Ficamos assistindo os meninos correrem de um lado para o outro atrás de uma bola. Jeremy marcou um gol e dedicou a Bonnie que se derretia igual uma manteiga derretida. Argh, que melação. Logo em seguida foi Matt marcando um gol, espero que ele não dedique a mim. Matt me encara, e parece ponderar se dedica ou não. Ele não dedicou. Melhor assim. Logo meus pensamentos são interrompidos por gritos histéricos das garotas. Elijah Mikaelson marcou um gol e dedicou a mim. Matt fecha a cara e fica sem expressão. Droga! O que eu menos queria era um clima estranho. Apesar de achar isso bobo demais, confesso que me surpreendi com o gesto de Elijah que sorri de lado para mim. Retribui o sorrindo sentindo um calor na minha cara. Minhas bochechas estão literalmente pegando fogo. Segundo Bonnie, ele está afim de mim, mas é logico que não é verdade. Primeiro: ele é o cara mais gato da escola, por que ele se interessaria logo por mim? A esquisitona? E segundo: minha querida amiga adora exagerar dizendo que todos os caras são afins de mim. É claro que ela só deve falar isso para aumentar meu ego que anda bem para baixo ultimamente. Tenho um estilo bem diferente, mesmo eu sendo rockeira, não me visto como tal. Como Caroline sempre parece que faço cosplay de "mendiga" só porque tenho um estilo mais "largado". Caroline se veste como uma dama e entende bastante de moda, e é por isso que sempre escuto ela reclamando de como me visto. Logo o jogo termina, e os meninos vem em nossa direção.

– Olá meninas – Elijah diz com um largo sorriso.

– Olá – dissemos em coro.

Ficamos jogando conversa fora até que Caroline e Tyler saíram de fininho, e provavelmente só eu percebi isso. Não liguei muito, pois eles sempre fazem isso, e na certa foram se pegar no vestiário masculino. Mas estranhamente Bonnie e Jeremy arranjaram uma desculpa e também saíram. Eles estavam aprontando alguma, tenho certeza. Foi então que me dei conta que Elijah ainda estava ali, me encarando de um jeito estranho. Ele estava branco como papel, parece meio nervoso.

– Er... Elena? – ele disse chamando minha atenção – Você gostaria de sair comigo hoje?

Meu queixo cai. Não acredito que Elijah está me chamando para sair. Seu olhar transborda expectativa, ele me olha um jeito tão encantador que era difícil dizer não. Não que eu não queira sair com ele, mas do jeito que ele me olha se torna complicado responder. E sei que certamente tem dedo da Caroline nisso. Só não vou esganar essa loira aguada porque não custa nada sair com um garoto inteligente, lindo, doce e meigo. Só tenho a ganhar com isso.

– Bem, se você não quiser eu entendo... – Elijah diz de um jeito compreensivo, mas vejo nos seus olhos que ele ficou triste por eu não te respondido nada.

Balanço a cabeça e as mãos freneticamente - de um jeito tosco - mostrando que ele estava errado.

– É claro que aceito sair com você, Elí! – digo sorrindo de um jeito meigo.

Ele abriu um largo sorriso. Era possível ver seus olhos brilhando de satisfação.

– Ótimo – disse ele animado – te pego as 20:00.

– Okay!

– Para onde gostaria de ir?

– Você quem escolhe.

– Que tal um cinema e depois nos vamos jantar? – ele sugeriu animado.

– Ótima escolha – disse sorrindo. – E quem sabe depois vamos ao Mustang bar perto do cinema, é incrível.

– Claro... Combinado então? – ele perguntou ainda receoso.

– Combinado. – disse assentindo.

– Bom eu já vou indo, Lena. Tenho vários trabalhos para fazer... – disse com um sorriso tímido.

Ele se aproximou timidamente e me deu um beijo na bochecha, me fazendo novamente ficar corada.

– Tchau, Eli – disse sem graça retribuindo o beijo.

– Tchau, Lena.

Fiquei alguns minutos em choque o observando partir. Assim que ele saiu das minhas vistas, fiquei rindo que nem uma idiota. Elijah, olha o estado que você me deixa. Fiquei um tempo ali esperando que eles aparecessem e começassem a me zoar, mas como não tinha mais aulas eles me abandonaram ali, achando eles que eu ia ficar me pegando com Elijah. Bufo irritada e resolvo ir para casa para me preparar para sair com Elijah. É claro que não vou sair com ele igual uma mendiga.

(...)

Damon

Caminhei por todas as três quadras que eu já conhecia de ponto a cabeça. Queria chegar o mais rápido possível ao Mustang bar.

– Boa noite, Salvatore. - Stefan, o barman do bar que eu ia toda noite para tomar minhas bebidas preferidas e fumar alguns cigarros, me cumprimentou.

Ele sempre me chamava pelo sobrenome, porque segundo Stefan, Salvatore era um nome muito bonito para não ser falado. É claro que eu acho isso uma babaquice, mas to pouco me importando com isso. Ele pode me chamar do que quiser que eu não ligo a mínima.

– Boa. - Respondi ríspido.

Não que eu não gostasse do Stefan, eu já o conhecia por anos e ele acompanhava minha vida miserável de vícios desde quando comecei com isso. Ele até poderia ser considerado meu melhor e único amigo da escola, mas a simpatia com certeza não fazia parte da minha personalidade. Só sou quando me convém ser, e por isso eu não tinha muitos amigos. Mas para ser sincero, estou muito bem sem essas pessoas falsas.

Pedi duas garrafas de whisky Bourbon e uma caixa de cerveja. Minha noite seria banhada de muita bebida no meio da rua enquanto o resto da cidade vivia suas noites bem planejadas e felizes. A minha, como sempre, ia ser bem diferente.

– E então, Salvatore... Vai curtir essa noite com quem? - Stefan perguntou com toda sua inocência.

– Com as mesmas loiras geladas de toda noite, as cervejas. Por que essa pergunta tão de repente? – disse dando de ombros. Ele, mais do que ninguém, sabia como eu era totalmente sozinho e totalmente infeliz.

– Hoje é sexta-feira, Damon. - seu riso nasalado percorria todo o estabelecimento.

– Há anos que não sei o que é me divertir numa sexta-feira. – digo amargo colocando as duas garrafas em cima do balcão. - E você? Por acaso vai sair com alguém? - Retirei o maço do bolso e puxei um cigarro.

– Salvatore, estou cansado de te falar que é proibido fumar aqui dentro. – ele diz irritado tirando o cigarro da minha mão. Pego outro e acendo dando uma grande tragada ignorando-o. - Você é impossível, cara. E, não, eu não irei sair com ninguém também. – comentou esfregar o pano úmido no balcão.

– E aquela morena gata do outro dia? - me encostei e dei outra tragada.

– Ela não era para mim. - Depois de tantos anos estudando e vindo para esse bar, eu tenho uma forte teoria que Stefan é gay.

Sai do balcão e procurei uma mesa para escrever algumas músicas e poemas que eu costumava escrever. Eu sei que parece gay, mas tem que ser muito macho para admitir que faço e isso me distrai. Meus cadernos de músicas e poemas sempre andavam comigo, não importa para onde estou indo. Ao chegar perto da única mesa perto da janela que não sei se foi a tragada do cigarro que me distraiu, mas quando me dei por conta tinha esbarrado em alguém ou algo fazendo meu caderno cair no chão, espalhando algumas folhas soltas com objetos que com toda a certeza não foram escolhidos por mim.

– Aigoo! Desculpa, mas você não olha para onde anda? - Uma voz doce percorreu todo o meu caminho auditivo. Levantei minha cabeça e me deparei com lindos olhos castanhos e cabelos cor de chocolate. Perdi-me por uns cinco segundos no máximo e logo retornei a realidade.

– Normalmente não, mas eu costumo pedir desculpas quando esbarro em outra pessoa. – digo sarcasticamente. - Acho que isso você também normalmente não faz.

– É, normalmente não. – ela responde grosseiramente, sua doce voz e sua bela aparência não estavam coincidindo com sua forma de falar. Queria pegar meu caderno e sair logo dali. Tive muito contato social para uma noite só, mas antes que eu pudesse me levantar, me deparei com algo totalmente inusitado.

– Que diabos é isso? - perguntei com o CD de – imitação de – Rock em minha mão. Levantamos-nos ao mesmo tempo, e assim, pude realmente me deparar totalmente com a criatura de beleza extraordinária na minha frente. Ela usava as roupas no mesmo estilo que o meu. Roupas escuras e largadas.

– Chama-se Pitty, uma cantora brasileira. Agora, por favor, devolva o meu CD. – a impaciência transbordava por seus poros.

– Parece ser muito ruim. - disse com descaso.

– Bem, se é ou não você só vai saber escutando... – respondeu retirando a força o CD da minha mão. - Tome seu caderninho.

– Obrigado, senhorita estressadinha. – digo sorrindo irônico. - Além de mal educada é estressada demais.

– Sou mesmo e daí? Vá se catar. - bufou irritada, indo até a mesa perto da janela. Se ela pensa que vai ficar com a mesa, está enganada.

– Não acredito que você está me seguindo. – disse virando-se para me olhar.

– Não acredito que essa é a única mesa vazia perto da janela. - imitei sua voz esganiçada provocando uma risada abafada de Stefan que observava tudo.

– Como só tem essa mesa? Aquilo ali é o que? Enfeite? – ela aponta para uma mesa vazia bem longe da janela, que ficava bem na entrada do bar.

Encaro-a com desdém.

– Oras, mas eu sou um fumante devo me sentar aqui perto da janela. E caso você não saiba ler, aqui é um bar. E se chama Mustang bar, assim como está escrito no luminoso. – disse cínico.

– Oh idiota eu não perguntei o nome do bar. – juro que vejo seus olhos pegando fogo de tanta raiva. Essa menina é estressadinha.

– Pensei que era isso que estava perguntando. – sorrio de lado.

– Mal te conheço e já te acho ridículo. – ela disse brava.

Até parece que isso me afeta.

– Mal te conheço e já te acho grossa. Sem falar que fala alto demais. Saiba que não sou surdo. - ela deu os ombros sem se importar com a minha provocação e segue para o balcão onde Stefan estava.

Espero que tenha desistido.

– O que vai querer, Lena? – escutei Stefan perguntando de um jeito bem informal. Pelo visto ele conhece essa maluca.

– Quero um whisky, por favor, Stefan – ela sorriu de orelha a orelha.

Olhando assim até parece meiga. Nesse exato momento tive a impressão de raios solares invadirem meu campo de visão, me cegando por alguns segundos. Aproveitei a deixa e me sentei à mesa. Peguei meu caderno e tentei escrever mais meus olhos me traiam e iam de encontro ao balcão onde a moça estava. Vejo Stefan trazendo sua bebida.

– Obrigada. – ela disse doce.

– De nada.

Chamo Stefan até minha mesa para trazer mais uma dose do meu querido e amado Bourbon. Enquanto Stefan vinha em minha direção um homem aproximou-se dela e sentou-se ao seu lado. Ela abriu um largo sorriso para ele parecendo ser bem intima dele. Por um motivo totalmente desconhecido achei isso irritante. Porém o seu sorriso me deixou enfeitiçado – apenas por alguns míseros segundos – me fazendo pensar que ela era amigável. Eu estava ocupado demais sendo cegado pelo seu sorriso e pelo descompasso do meu coração que nem reparei que Stefan já estava ao meu lado da mesa.

– Mais alguma coisa, Salvatore? - Stefan me olhava esperando alguma resposta.

Queria muito uma coisa e sei que Stefan sabe.

– Quero saber o nome dela. – disse convicto.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem se gostaram ou não. ;)
bjooos