Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Heey amores, bem, desculpem pela demora, mas como sempre pra compensar vou postar dois capitulos de uma vez
Eu espero que gostem *---*



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Ela acordou muito cedo, tinha essa mania já que achava que era o melhor horário para pintar, abriu os olhos e se sentiu incomodada pela luz que adentrava a janela, o sol ainda estava nascendo e Tom parecia em um sono pesado ao seu lado, sua mão estava pousada em sua barriga por cima do lençol, seu rosto parecia tão tranquilo e ela achou que poderia ficar horas ali olhando-o, mas tinha que ir antes que ele acordasse. Luna se remexeu e sentiu o corpo dolorido, ele a havia deixado sem fôlego, em um estado de êxtase que nunca tinha estado antes, tinha alcançado seu clímax mais de uma vez naquela noite.

Afastou a mão dele com cuidado para não acordá-lo, caçou suas roupas, penteou os cabelos com as pontas dos dedos, pegou a varinha e olhou uma última vez para Tom, como podia ser doloroso ficar com ele e também ser doloroso deixa-lo? Usou a varinha para fechar as cortinas e escurecer o quarto. Saiu da mansão, a última coisa que fez antes de aparatar foi lançar um feitiço sobre a casa, afinal os trouxas achariam estranho, a casa estava em ruínas no dia anterior e no dia seguinte parecia tão bela e majestosa como há 50 anos atrás, assim fez um feitiço para enganar os trouxas que a visse, eles a veriam exatamente como ela era antes.

Chegou em casa e soube que seu pai ainda não estava acordado, afinal a porta e as janelas ainda estavam fechadas. Luna podia entrar, tomar um banho, se deitar e dormir o dia todo, mas não fez isto, sentou-se nos degraus de pedra e assistia o nascer do sol, a brisa leve balançava seu cabelo e ela sorria quando se lembrava da noite anterior.

Por volta das dez da manhã Luna entrou, tranquilizou o pai quanto à sua demora na noite anterior, tomara um banho e se preparava para dormir, quando ouviu alguém bater na porta. Se surpreendeu ao encontrar Harry e Gina do lado de fora, os dois riram de sua expressão surpresa.

— Olá! – disse Harry e Luna abraçou os dois.

— Que surpresa! Não sabia que viriam.

— Sentimos saudades. – disse Gina.

— E quisemos fazer uma surpresa. – completou Harry, Luna achou graça de um terminando a frase do outro.

— E minha mãe a está convidando para um almoço lá em casa. Gui e Fleur também irão, ela convidou a família toda e também está chamando você e seu pai, mas achamos melhor virmos mais cedo para darmos uma volta e conversarmos. – disse a ruiva.

— Ah sim! E vocês vão adorar ver as plantações das ameixas dirigíveis. – disse Luna fechando a porta atrás de si e os guiando até as plantações ao lado da casa.

— Como vai O Pasquim, Luna?

— Vendendo como nunca, muitas pessoas confiam mais nas notícias d’O Pasquim a-a-a-gora. – disse a loira terminando a frase com um longo bocejo.

— Você parece bem cansada. – notou a ruiva.

— Só um pouco. – disse Luna, mas sentiu as bochechas esquentarem, abaixou para as ameixas dirigíveis e as moldou com as próprias mãos antes de erguer algo que poderia ser um par de brincos e estender para a ruiva. – Pronto, acho que vai combinar com o seu cabelo.

— Ah... Obrigada Luna. – aceitou Gina achando graça, ela nunca usaria um brinco feito de uma fruta que parecia um rabanete e a ideia fez Harry tentar segurar uma gargalhada, o que não deu muito certo.

Sentaram-se no jardim e conversaram quase a manhã toda e já passava do meio dia quando Harry se levantou.

— Acho melhor irmos, a Sra. Weasley deve estar precisando de ajuda Gina.

— E por que acha que eu vou ficar aqui e enrolar mais um pouco? Fleur e Hermione podem ajuda-la. – disse a ruiva fazendo os outros dois rirem. – Vá na frente e diga que vou logo atrás com Luna.

— Ok, ela vai te dar uma bela bronca.

— Me acoberte meu herói, invente alguma coisa. – Gina piscou enquanto Harry ia embora com um sorriso bobo, Luna os achava lindos juntos, estava tão entretida olhando para o casal que nem percebeu quando a coruja se aproximou e pousou ao seu lado, só a notou quando esta piou alto chamando a atenção. Luna reconheceu a coruja parda de Scamander, mas antes de pegar sua carta, Gina foi mais rápida tirando-a de sua mão. – Uhmm, quem é Ralf Scamander?

— É um amigo. – Luna encolheu os ombros. – Estamos com planos de viajar até o final da semana.

— O que? Ia viajar e não ia nos contar? – a ruiva reclamou.

— Eu ia contar, só não sabia como, e não é como se eu fosse desaparecer, só vamos nos ver com menos frequência.

— É, mas você não parece tão empolgada. – reparou a Weasley e Luna suspirou.

— Ralf é ótimo, mas não é Tom Riddle. – confessou Luna e não se surpreendeu com o olhar surpreso da amiga, pensou que a Weasley fosse condená-la por isto, e lhe repreender como Hermione. – Ele não é tão mau... – começou a se justificar. – Não é verdade, ele é sim, ele é mau, mas também pode ser inteligente, gentil, da forma dele é claro, mas sim, é... gentil.

Gina puxou o ar e o soltou devagar.

— Eu sei. – disse para a surpresa de Luna. – Eu o conheci no 2º Ano, Tom Riddle e não Voldemort, eles são diferentes, não tanto, são a mesma pessoa, mas diferentes.

Luna sorriu e assentiu, parecia não fazer o menor sentido, mas fazia.

— E o que você vai fazer? – quis saber a ruiva.

— Vou viajar com Ralf e esquecer Riddle.

— É, não a nada que o tempo não cure, não é?

— O tempo e um feitiço. Gina preciso que faça isto por mim, você é boa em feitiços, preciso que use o feitiço obliviate para me fazer esquecer Riddle, mas somente ele, mais nada, acha que pode fazer isto?

Gina por um momento se esqueceu de respirar, percebeu que Luna estava apaixonada, nunca tinha visto a amiga daquele jeito, mas ao mesmo tempo por causa daquele homem Fred, Sirius, Remus e outras tantas pessoas estavam mortas, Luna estava certa em querer esquecê-lo e sem pestanejar Gina pegou sua varinha.

— Está pronta?

Luna assentiu hesitante, todas as lembranças que tinha com Riddle passaram por sua cabeça e ela sentiu um bolo em sua garganta. Quando Gina acabou o feitiço, porém, Luna não se lembrava porque se sentia angustiada e estava bem mais entusiasmada para a viagem, chamou o pai dentro da casa e junto os três foram para o almoço na casa dos Weasley.

[...]

Tom saiu do casarão somente a noite, colocou a capa negra, o capuz e aparatou para o Caldeirão Furado. A noite com Luna não saía de sua cabeça, fora diferente do que com qualquer outra mulher, lembrou que algumas noites dormia com Bellatrix, mas era violento, usava-a e a deixava, com Luna ele não fora egoísta e por mais que a tivesse ali, queria mais dela.

— Um Whisky de fogo. – pediu se sentando e apoiando os braços no balcão.

Voldemort achava que assim que a tivesse a esqueceria, que seria como as outras mulheres que desejara, bastava tê-las uma noite, mataria sua vontade e perderia completamente o interesse, mas não foi o que aconteceu, não conseguia parar de pensar nela, e pensar nela o deixava confuso. Bebeu o líquido a sua frente em um gole, sentindo a bebida descer quente em sua garganta, pensou em Lovegood e Scamander, naquele garoto tocando-a. Bebeu mais uma dose, pensou nele beijando-a.

— Olá Tom, pode me dar uma dose de hidromel. – disse um bruxo sentando-se ao seu lado, Tom olhou de esguelha, era um bruxo baixo, magro e de ralos cabelos medianos, na faixa de seus 40 anos, muito comum, comum como aquele nome, Tom, o nome de mais de milhares de outras pessoas em Londres, o nome do barman, o nome de um trouxa, não era um nome digno dele, não tinha a força de Lord Voldemort. O bruxo olhou para Tom ao seu lado e franziu a testa. – Você está bem amigo?

Voldemort assentiu e a bebida do homem ao seu lado chegou, ele já pegava a carteira quando o Lorde o impediu.

— Deixe esta por minha conta, senhor e me conte do que trabalha?

— Por que o interesse? – desconfiou o homem franzino, mas Tom apenas sorriu e tirou o capuz.

— Não tenho muitos amigos para beber na verdade. – disse, ganhando a confiança do homem ao seu lado, Tom não tinha problemas com isto e dinheiro não era seu problema, tinha um cofre cheio no gringotes.

— Ah eu entendo, fui assim quando era mais jovem também. Trabalho como editor de livros sabe, mas não livros bruxos, livros trouxas, ainda não consegui uma vaga em uma editora bruxa ou no Profeta Diário, mas vou conseguir.

— Trabalha com trouxas?

— Não é nada ruim, afinal cresci com eles, não é? E ainda posso fazer alguns truques sem que eles percebam.

— Ah claro.

Tom bebeu na companhia do homem nascido trouxa, descobrindo muito sobre ele, mas pouco revelando sobre si mesmo e o que revelava não passava de mentiras, viu o bar esvaziar pouco a pouco e o homem ao seu lado ficar cada vez mais alterado.

— Está tarde, eu... Eu já devo mesmo ir. – disse o bruxo se levantando e cambaleando.

— Você não parece em condições. – notou Riddle.

— Eu estou be-em, só preciso ir ao Beco Dagonal. – dizia o homem cambaleante indo para a parte de trás do bar. Tom riu friamente, seria tão fácil, o seguiu e quando se viu na parte de trás do bar com o velho sangue ruim, foi fácil derrubá-lo com um soco, roubar-lhe a varinha, tocar nos tijolos no sentido anti-horário e levitá-lo pelo Beco Diagonal até a Travessa do Tranco, estava tão furioso que tinha que descontar em alguém, infelizmente aquele pobre homem cruzara seu caminho em um péssimo momento, embora para nascidos trouxas nunca fosse um bom momento cruzar seu caminho com ele. Suspendeu o feitiço de levitação derrubando-o no chão e o torturou antes de matá-lo utilizando sua própria varinha, tiraram sua varinha como punição para seus crimes, mas nunca, nunca conseguiriam fazer Lord Voldemort viver como um trouxa.


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Notas finais do capítulo

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