Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 9
Vou reconquistar o Ed


Notas iniciais do capítulo

Fiz pequeno, para lerem u_u
10 será maior.



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Estava no banheiro, me trocando para a aula de educação física. Usávamos um shorts de Lycra e uma blusa branca, com o nome da escola na parte de trás da camisa. Nas antigas escolas, eu sempre ficava entre as últimas a serem escolhidas para o time, apesar de eu sempre me dar bem nas aulas. Não gostavam de quem eu era, e ainda sou. Os pais das crianças pediam para eles ficarem longe de mim, parecia que eu tinha alguma doença, talvez uma doença chamada “Realidade”.

Eu estava em uma cabine terminando de colocar a blusa, quando duas garotas entram no banheiro. Reconheci a voz da Lori e olhei pela fresta da porta. Ela já estava com o uniforme e agora arrumava o seu cabelo.

“Aquela Yolanda me irrita só pelo fato de existir.” – Ela disse penteando o cabelo.

“O que ela te fez?” Achei bonito o discurso dela hoje.” – Disse a outra garota, que nunca vi.

“Ela está andando com Ed, e vai tirá-lo de mim!” – Lori disse parando de pentear os cabelos.

“Eu não entendo, você sempre achou o Ed estranho e do nada, estava namorando com ele.” – Disse a garota.

“Namorei ele por seis meses, ele me escrevia músicas lindas” – Lori disse prendendo o cabelo.

Não ouvi o resto da conversa, o fato do Ed já ter escrito músicas para ela, me chocava. Talvez aquele bilhete fora verdadeiro. Me sinto idiota por duvidar dele, mas eu cresci para duvidar das pessoas. Todo mundo tem algo a esconder.

Vou reconquistar o Ed” – Disse Lori.

“Mas você gosta dele? Aliás, por que começou a namorar com ele?” – Perguntou a menina.

“Ele era a base que eu tinha, saia com outros, mas quando eu quisesse amor, procurava ele.” – Disse Lori passando o gloss.

Se eu entendi bem, Lori usava o Ed. Eu não poderia ouvir isso e ficar quieta. Ele é a melhor pessoa que já conheci e não poderia ser usado assim. Eu destranquei a porta e ia abrindo-a, mas a professora entrou no banheiro chamando as meninas. Esperei tudo ficar em silêncio e sai. Peguei a minha roupa e a guardei no armário do banheiro. Todos já estavam aquecendo, fui a última a chegar. A professora, nada contente, me mandou correr com as meninas.

“Há quanto tempo estava no banheiro?” – Perguntou Lori.

“Há uns cinco minutos, só fui guardar minha roupa” – Eu menti.

Haviam dois banheiros na quadra, mas apenas um possuía armários, elas se trocaram no outro que não tem. Elas me olharam desconfiadas, mas deixaram para lá. Demos dez voltas na quadra e paramos. Todos se sentaram no chão, sentei ao lado de Ed, e foi muito difícil guardar o que eu queria dizer, mas não era a hora.

A professora escolheu futebol, para a tristeza de muitas garotas. Ed levantou todo contente, ele ama futebol. Me ajudou a se levantar, como sempre, e foi para o lado que ficaram os meninos. Nós apenas chutaríamos a gol, nada de chutar a canela dos outros.

“Uma voluntária para ser a goleira!” – Disse a professora.

“Yolanda!” – Disse a Lori.

Todos concordaram com ela e eu tive que ir para o gol. Lori se candidatou para ser a primeira a chutar primeiro. Se preparou tanto, que seu chute foi tão fraco, que parou antes de chegar em mim.

“Nossa, é só isso que você sabe fazer?” – Eu perguntei.

Todas as meninas da fila começaram a rir e Lori foi para o final da mesma super zangada. Estava me dando bem como goleira, a péssima pontaria das meninas ajudavam também. Era a vez de Lori novamente, ela tomou uma distância enorme, correu e chutou para fora.

“Que tal trocarmos de lugar para eu te ensinar como joga?” – Eu disse.

“Boa ideia, Ferragni! Adams, vá para o gol!” – Disse a professora.

Fui para a marca do pênalti, Lori passou por mim com uma cara não muito boa... TÁ, ela nunca teve uma cara agradável mesmo. De qualquer forma, me posicionei para chutar, dei três passos para trás, para tomar distância. Lori estava no gol, me olhando, porém ela e nada era a mesma coisa. Corri e chutei, mas ao invés de tentar agarrar, Lori se abaixou, fazendo com que a bola fosse diretamente na sua cabeça. Ela se jogou no chão, fazendo todo o seu drama. Permaneci na marca do pênalti e todos foram até ela, até mesmo os meninos que estavam no outro gol. Ed parou do meu lado e também observava ela.

“Ela fez de propósito!” – Lori gritava.

Lori foi levada pela enfermeira, para fazer exames. A professor me fez acompanha-la até a direção. Como sempre, a culpa tende a cair para o lado mais fraco...



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Notas finais do capítulo

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