Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 47
Lugar nenhum




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Eu sentia fatal dos finais de semana os quais Teddy me levava a locais diferentes, talvez eu já tenha conhecido toda Framlingham. Eram 8:04 a.m, aliás, 8:05 a.m agora, eu não queria me levantar da cama, estava frio e eu ainda não havia me acostumado com a queda repentina de temperatura. Fiquei deitada olhando para o teto e relembrando a conversa que havia tido com Teddy e somente agora entendi que ele tinha dito sobre show no próximo mês e queria entender porque ele não havia me dito.

Decidi me levantar as 8:12 a.m, deixei o banho para mais tarde, pois estava realmente  muito frio. Ainda de pijama, uma calça azul com bolas pretas e uma blusa de manga cumprida preta, fui tomar meu café da manhã, passei pela sala e Mary estava lá, assistindo um programa de culinária.

“Bom dia!” –Eu disse.

“Bom dia! Sua vitamina está na geladeira.” –Ela disse.

Para Mary, sábado era o dia da vitamina, para repor a energia da semana. Abri a geladeira e a vitamina de abacate estava em um copo próximo a caixa de suco de laranja. Tomei a vitamina e logo lavei o copo. Me dirigi até a sala, me sentei do lado direito de Mary e aguardei alguns minutos, para enfim, conversar com ela.

“Como você sabe que alguém não gosta mais de você?” –Perguntei a ela.

“Acha que o Ed não gosta mais de você?” –Ela perguntou.

“Não sei é que... tem uma garota, chamada April que... eu não sei mas...Teddy já foi apaixonado por ela.” –Eu respondi.

“Mas me parece que ele te ama muito, Yolanda.” –Disse Mary.

Respirei fundo e permaneci olhando para Mary.

“Yolanda, Ed é diferente dos outros meninos e isso é notório, aposto que se ele estivesse desgostando de você, ele diria.” –Ela disse colocando sua mão direita em meu ombro esquerdo.

“Eu sei, acredito muito nele, eu não acredito em mim, é estranho explicar mas... eu tenho medo de estragar tudo e eu fazer com que ele desgoste de mim, eu não acredito que sou boa o suficiente para lutar pelo amor de alguém.” –Eu disse.

“Eu te entendo, Yolanda, mas acredite em mim, você é uma ótima garota, você é boa o suficiente para qualquer pessoa.” –Disse Mary passando a mão pelos meus cabelos.

Abracei Mary e me levantei, fui até meu quarto e fechei a porta. Pensei em ler o livro, mas eu estava começando a ficar com medo de toda essa história, acho que não devemos mexer com o desconhecido. Peguei meu celular na cabeceira da cama e liguei para Teddy.

“Alô?” –Ele atendeu.

“Bom dia! Tudo Bem?” –Perguntei me deitando na cama.

“Tudo sim, Landy, e contigo?” – Ele perguntou.

“Uhum, então, teddy, você acredita em fantasmas?” –Perguntei, estava sem assunto, mas eu queria conversar com ele.

“Não sei, talvez, nunca vi um, mas...” –Ele respondeu.

“Eu acho que acredito...” –Eu disse.

“Por que?” –Ele perguntou.

“Coisas estão...” –Parei de falar.

O celular começou a chiar e eu não conseguia mais ouvir Teddy. O barulho começava a ficar mais forte, insuportável de se deixar no ouvido e desliguei o celular. Cocei meu ouvido direito e retornei para Teddy.

“Alô? Que barulho foi esse?” –Teddy perguntou ao atender.

“Não sei...” –Eu respondi.

“Eu juro que ouvi outra voz e não parecia com a sua.” –Ele disse.

“Eu não ouvi e estou sozinha no quarto.” –Eu disse.

“Sim, mas eu ouvi, só não entendi o que disse, mas ouvi.” –Disse Teddy.

“Uma voz de criança?” –Perguntei.

“Não sei, mas era feminina.” –Ele disse.

“Conseguiu ouvir no meio da chiadeira? “ –Perguntei.

“É, mas a chiadeira não me deixava entender o que dizia. Devo estar maluco.”- Ele disse.

“Você já é!” –Eu disse.

Teddy sorriu por pouco tempo.

“Vai fazer alguma coisa hoje?” –Ele perguntou.

“Não.” –Respondi.

“Vamos sair.” –Ele disse.

“Pra onde? – Perguntei.

“Não sei, talvez pegar o primeiro ônibus para lugar nenhum.” –Teddy respondeu.

“Sempre quis conhecer esse lugar.” –Eu disse.

“Terei a honra em leva-la.” –Ele disse rindo. –“Te encontro depois do almoço.” –Ele completou.

“Está bem, estarei lhe esperando.” –Eu disse.

“Antes que desligue... Eu te amo.” –Ele disse com um tom de voz suave.

Demorei para responder. Eu não conseguia parar de sorrir.

“Também te amo muito, Teddy. Até mais.” –Desliguei o telefone.

Parecia que Teddy se sentia um pouco culpado por eu me sentir insegura com relação a April e isso era fofo, talvez.

Terminado o almoço, descansei no sofá por vinte minutos e fui tomar  o meu banho no banheiro do segundo andar. Enquanto eu tirava o shampoo do meu cabelo,  pude ouvir a campainha tocar uma única vez. Terminei meu banho dez minutos depois, corri para o quarto e me arrumei, a minha roupa já estava separada na cama. Desci as escadas correndo e entrei Teddy sentado no sofá da sala, conversando com Mary.

“Olha ela ai!” –Disse Mary. –“Estávamos falando de você.” –Ela completou.

Eu estava aparentemente ofegante e coloquei meu cabelo atrás da orelha direita. Permaneci na porta da sala e Teddy se levantou e veio em minha direção, ele colocou sua mão direita em minha cintura e me deu um selinho demorado.

“A trago de volta as 8 horas.” –Disse Teddy para Mary.

Teddy abriu a porta da frente e sai primeiro e ele logo em seguida. Eu estava com uma vestido azul marinho, na altura do joelho e por cima do vestido, um pequeno casaco branco, todo rendado. Carregava uma bolsa branca, do tamanho de uma carteira, pendurada no ombro direito.

“Já decidiu para onde vamos?” –Perguntei.

“Tinha pensado em conhecer lugar nenhum mas, quero voltar ao lago e relembrar do tempo em que nada nos atrapalhava.” –Ele disse.

“Falando assim, parece que isso foi há três anos atrás.” –Eu disse rindo.

“Pior que parece, do seu lado parece que o tempo passar devagar e ao mesmo tempo corre até demais.” –Ele disse.

Apenas sorri e com a minha mão esquerda, segurei sua mão direita. Fizemos o mesmo trajeto para o lago, o qual eu já estava me acostumando. Quando chegamos, havia um casal sentado em uma toalha branca. Fiquei olhando para eles por um longo tempo.

“Hey, senta.” –Disse Teddy, já sentado na grama.

Segurei meu vestido e me sentei ao seu lado, continuei olhando para o casal.

“Por que olha tanto para eles?” –Teddy perguntou.

“O que?” –Perguntei me virando para ele. –“Na verdade, eu não sei.” –Respondi.

“Acha que não somos mais tão felizes quanto eles?” -Ele perguntou.

Me aproximei de Teddy e fiquei olhando para ele.

“Olha, não importa o que aconteça entre a gente, momentos estão ai para nossa vida não ser monótona, eu estando ao seu lado, felicidade não me faltará.” –Eu disse.

“Sim, mas você ainda não respondeu minha pergunta.” –Ele disse.

“Se não somos mais TÃO felizes?” –Perguntei.

Teddy me olhava e afirmou com a cabeça.

“Só acho que estão tentando tirar isso da gente.” –Respondi.

“Como?” –Ele perguntou.

Dobrei minhas pernas para a direita e me sentei um pouco de lado.

“Eu não sei, quando não é Lori, é Susan, é April, é Ethan, é um monte de coisa acontecendo ao mesmo tempo, Teddy. Quando pisei aqui, achei que minha vida seria mais fácil, claro que não se compara a qual eu tive mas... não está sendo fácil...” –Eu disse.

“Talvez quando você for passar as férias no Rio, as coisas melhorem, esfriar a cabeça, se livrar de Framlingham.” –Ele disse.

“Não quero sair nunca mais daqui, essas pessoas que poderiam ir para Londres, pelo menos.” –Eu disse.

Teddy sorriu e olhou para o casal, que estava se beijando, ela estava com o casaco do menino.

“Devo concordar que não somos mais assim, mas aposto que ele não escreve músicas para ela.” –Ele disse.

“Só lamento por ela porque, não tem presente melhor.” –Eu disse.

Teddy olhou para mim e sorriu.

“Está livre para o próximo fim de semana?” –Ele perguntou.

“Acho que tenho que ver na minha agenda, porque sou uma menina muito ocupada.” –Eu disse rindo. –“Estou sim, por que?” –Perguntei.

“Me apresentarei sexta, sábado e domingo e gostaria que você fosse pelo menos na sexta-feira, que é o primeira apresentação.” –Ele disse.

“Posso ir em todos?” –Perguntei.

“Será uma honra.” –Ele disse.

Aproximei meu rosto do dele e dei um selinho demorado, o qual Teddy fez se transformar em beijo e senti sua mão direita tocar meu rosto. Ao parar o beijo, fiquei olhando para Teddy e seus olhos azuis me hipnotizavam, nada passava pela minha cabeça enquanto eu o olhava nos olhos, apenas queria curtir tal momento. O casal apaixonado, passou ao nosso lado e Teddy os chamou.

“Hey, qual foi o melhor presente que ele já te deu?” –Teddy perguntou a garota.

Ela não sabia se respondia e olhou para o namorado e depois olhou para nós dois, eu não sabia ainda o que Teddy pretendia com tal pergunta.

“Acho que este colar, com uma pequena rosa.” –Ela disse mostrando o colar de ouro que estava em seu pescoço.

“Muito bonito, obrigado por responder.” –Ele disse.

“E você? Me diz qual foi o melhor presente que ele te deu.” –O namorado da garota me perguntou.

“Várias músicas.” –Eu disse sem pensar duas vezes. –“A melhor mesmo, foi a que escrevemos juntos e foi a melhor experiência da minha vida e, nenhum presente material valerá tanto quanto a nossa música.” –Eu respondi.

O casal ficou me olhando, sem nada dizer, eles não sorriam, pareciam surpresos com minha resposta. Eles simplesmente foram embora e nada mais disseram.

“Fui grossa?” –Perguntei para Teddy.

“Não, claro que não.” –Ele respondeu. –“Apenas foi a pessoa incrível que sempre é.” –Ele completou.

Devo ter ficado vermelha, eu não sabia como reagir, apenas sorri sem graça. Apesar de estar namorando com ele, eu agia como se ainda fossemos apenas amigos e que eu era a garotinha apaixonada por um menino que tentava me conquistar a cada segundo mas nenhum dos dois tomava uma atitude e os dois continuavam separados.

“Me sinto idiota toda vez que me sinto insegura com relação a April ou a qualquer garota mas, acontece.” –Eu disse.

“Sinto o mesmo toda vez que você se aproxima do Ethan. Claro que tenho meus medos, minhas inseguranças, mas eu lembro que estamos juntos agora e temos que viver o agora, pensar no futuro, as vezes, só serve para atrapalhar o nosso presente.” –Ele disse.

“Você, como sempre, me confortando e me deixando mais confiante.” –Eu disse.

Nos abraçamos e permanecemos ali por quase duas horas, cantamos todas as músicas do CD que Teddy havia lançado e as músicas extras as quais ele guardou para o tal futuro. Como ele havia dito, passar o tempo com ele parecia que as horas passavam devagar e ao mesmo tempo rápido demais, não queria que tais momentos acabacem e de fato, o futuro assusta, mas apenas assusta porque o presente é inseguro, devemos viver firmes, para criarmos uma forte base, para poder sustentar nosso futuro.


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Notas finais do capítulo

Ando ocupada e com problemas para postar a fanfic, desculpem demorar dois, três dias, mas não me abandonem, não vou parar de postar!
OBRIGADA POR AINDA LEREM MINHA FANFIC!
espero que ainda gostem. ♥
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