Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 23
Uma música




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A música do Ed era perfeita como todas as outras que ele cantara. Na metade de sua música, Ethan chega com seu violino. Eu continuei prestando atenção no Ed tocar e ele parou ao ver Ethan.

“Escreveu essa música?” – Perguntou Ethan.

“Sim!” – Disse Ed colocando o violão de lado.

“Ele é um excelente compositor!” – Eu disse sorrindo para Ed.

Ethan nada respondeu e tirou seu violino do estojo.

“Se vira.” – Ele disse me dando o violino.

Não havia tido aulas o suficiente para saber tocar algo, mas não deixei transparecer meu desespero. Coloquei o violino no meu ombro esquerdo, ajeitei minha postura e comecei a tocar. Um som saíra, não tão ruim quanto imaginei, porém longe de ser algo bom. Evitei olhar a reação dos meninos e apenas olhava para as cordas balançarem e saírem uma melodia suave. Parei de tocar e abaixei o violino. Olhei para Ethan que tinha uma expressão calma, como se estivesse pensando se aquilo fora bom ou muito ruim. Olhei para Ed.

“Bom, pra mim, que não entendo de violino, pareceu bom ou evoluindo.” – Disse Ed.

“Isso, evoluindo! Era a palavra que me faltava.” – Disse Ethan. – “Você em grande evolução, Landy.”

Quando Ethan me chamou de Landy, olhei imediatamente para Ed, que parecia surpreso.

“Você contou a ele?” – Ed me perguntou.

“Na...” – Ethan me interrompeu.

“Eu que escutei você a chamando. Não achei que fosse algo exclusivo.” – Disse Ethan.

“E não é...” – Disse Ed.

“É sim!” – Falei.

Percebi que Ed queria sorrir, porém foi algo de leve que logo sumiu em seu rosto.

“Eu tenho a capacidade de inventar um apelido.” – Disse Ethan.

“Não preciso de apelidos, gosto de Yolanda.” – Eu disse.

Como de costume, um silêncio desconfortável aconteceu. Eu não tinha o que dizer e esperava alguém quebrar este silêncio. Talvez eles estivessem pensando assim também.

“Então... vai começar a aula?” – Perguntei para Ethan.

A aula demorou bastante. Dessa vez, Ethan me ensinou como ler as notas e utilizá-las no violino. Usamos uma música como exemplo e até que me sai bem. Como ambos disseram, evoluindo. Ao terminar a aula, Ethan me avaliou com a nota seis. Até que foi uma nota boa.

“Estou com preguiça de ir embora.” – Disse Ed se deitando na cama.

“Vou indo. Se cuida, Yolanda! Tchau Ed.” – Disse Ethan se levantando.

Eu me deitei de bruços, com meu rosto em direção ao do Ed. Apoiada sobre meus cotovelos, acenei para Ethan e me voltei para Ed.

“Preguiça é pecado.” – Eu disse.

“Perto dos que já cometi, preguiça não é nada.” – Ele disse sério.

Depois de segundos ele começou a rir e por um momento eu acreditei no que ele dissera, e depois que entendi a brincadeira, comecei a rir também. Fiquei o observando sorrir e ele finalmente olhou para mim. Toda vez que ficávamos assim, nos observando, eu sempre imaginava como seria meu primeiro beijo com o Ed e a certeza de que todos os outros que viessem depois, seriam como o primeiro, único. Mesmo que eu nada quisesse com Ed agora, meu coração batia cada vez mais forte, com cada contado dos olhos dele com os meus.

“Vou escrever um pouco.” – Eu disse para quebrar o silêncio.

“Vai escrever o que?” – Ele perguntou.

“Como eu já disse, coisas que vagam pela minha mente!” – Eu disse pegando o caderno.

“Posso ver?” – Ele perguntou.

“Talvez depois, quando eu terminar.” – Eu disse abrindo o caderno.

Comecei a escrever e dessa vez, nada tinha a ver com ele. O que era difícil, ultimamente.

Coisas ruins acontecem em sua vida para você dar valor as coisas mais singelas e simples. Cada sorriso novo que você conquista, sua vida valerá a pena. Chore o quanto for preciso, mas sorria o dobro do tempo que perdera chorando. Demorei muito para descobrir o real significado de felicidade e foi da melhor maneira possível. Não deixe a vida te tornar cruel e amarga. Seja uma boa pessoas com as pessoas que nada tem a ver com seu sofrimento. Você nasceu para tornar alguém feliz, talvez esse alguém, seja você mesmo.” Terminei de escreve e dei para Ed. Não demorou muito e ele terminou de ler.

“Você escreve bem, poderia escrever músicas também.” – Ele disse.

“Acredito que não...” – Eu disse pegando o caderno.

“Tenta escrever um dia. Ou melhor, vamos escrever juntos!” – Disse Ed.

“Talvez contigo eu consiga.” – Eu disse.

“Depois que Mary assinar os papéis de adoção, vamos escrever uma música. Feliz, triste, não importa. Uma música.

Concordei com a cabeça e sorri. Nos levantamos e finalmente Ed decidiu ir embora. Ninguém fora nos buscar, preferimos ir andando, tínhamos mais tempo para conversar. Ao chegar em casa, me despedi de Ed, que não pode ficar para a janta dessa vez. Fui tomar banho e durante o mesmo fiquei pensando em uma música que eu poderia escrever com Ed. Seria irônico se eu escrevesse uma música feliz e mais irônico ainda se ela fosse totalmente triste. Eu não conseguia pensar em nada que expressasse o que eu sentia. Após o banho, coloquei o meu pijama e fui para a cama, ler o meu caderno. Tive a ideia de juntar algumas anotações e transformá-las em música.

Mais uma lágrima de choro, mais um dia da minha vida que se passa, é tudo tão complicado.” Não me importava se teria rima, isso queria deixar para Ed, apenas fui anotando o que eu achava interessante. “Cansei de fazer pedidos as estrelas e elas nem me notarem”. De tanto ler minhas histórias, elas pareciam idiotas. “Os pássaros pousam em minha janela, como se quisessem me fazer companhia. Com suas lindas canções, que com o tempo, foram sumindo. Sinto falta de vocês em minha janela.”. Na minha visão, nada daria uma boa música. Fechei meu caderno e decidi pensar melhor junto com o Ed e sonhar com a nossa música.


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Notas finais do capítulo

Galera que lê, mas não tem conta no fanfiction.
Por favor, comente no twitter o que está achando da fanfic.
Críticas construtivas ou não, não deixem de comentar.
OBRIGADA POR LEREM, espero que tenham gostado. ♥



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