Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 11
Vagalumes


Notas iniciais do capítulo

Sugiro que procurem FRAMLINGHAM no google imagens,
para entenderem melhor esse capítulo.
P.S.: Procure a música FIREFLY no youtube
(Leia a tradução, pois escrevo em inglês).



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Sábado eu acordei mais cedo que o normal. A ansiedade tomava conta de mim. Passei toda a minha vida esperando as coisas acontecerem, que agora eu era um poço de imperatividade, não conseguia mais ficar parada no meu canto. Tomei banho as 6 a.m, a água estava tão quente, que saiam fumaças, porque o tempo estava frio.

Mary costumava acordar as 6:30 a.m e agora ainda dormia. Decidi fazer uma surpresa e preparei o café da manhã. Fiz um suco de maçã, pois era a única fruta que tinha, e também preparei um misto quente. Esperei dar a hora dela acordar e levei café em sua cama. Quando entrei no quarto, Mary ainda estava dormindo, deixei o café em cima de mesa que tinha ao lado da cama e ela acordou com o cheiro do misto. Enquanto eu abri as cortinas, ouvi Mary chorar, me virei assustada e fui até a cama.

“O que houve, Mary?”- Eu perguntei

“Amy costumava a fazer isso para mim... todo domingo...” –Ela disse secando as lágrimas.

“Desculpa! Se quiser, eu paro e ...” – Eu fui interrompida.

“Não, querida, achei lindo! Obrigada pelo carinho... senti falta disso!” – Ela disse passando a mão em meu rosto.

Imediatamente eu a abracei. Meu coração realmente havia adotado ela como mãe, porque esse lugar sempre esteve vazio e congelado. Deixei a Mary lanchando e fui para o quarto. Não sabia para onde Ed me levaria, mas ele disse “o fim de semana todo”, então, fui escolher umas roupas e acessórios para levar. Eram 08:03 a.m quando a campainha tocou. Desci as escadas correndo e atendi a porta antes que a Mary chegasse. Abri a porta e vi Ed carregando uma mochila um pouco grande e seu violão, como imaginei. O abracei e pedi para que entrasse.

“Vai arrumar sua mochila!” – Ele disse.

“Já arrumei!” – Eu disse rindo

“Mas...Meu Deus!” – Ele começou a rir. – “Então vai buscá-la.”

Fui até o quarto pegar a mochila. Fechei as cortinas e conferi se tudo estava em ordem e enfim, peguei a mochila. Pendurei apenas no ombro direito e sai do quarto. Desci as escadas e Ed já estava na porta, junto com Mary. Me despedi dela.

“Domingo a tarde, Landy estará de volta!” – Disse Ed apertando a mão dela.

Eu e Ed fomos andando até o final da minha rua, onde dava para a avenida principal. Sentamos em um ponto de ônibus.

“Não vai me contar mesmo a onde vamos?” – Perguntei pela décima vez.

“Já disse que conto depois, Landy!” – Ele disse rindo.

Quinze minutos depois, o ônibus que desejávamos chegou. Subi primeiro e Ed pagou nossas passagens. O ônibus estava vazio, se tinha cinco pessoas, era muito. Nos sentamos próximo a porta de saída.

“Acho que já posso contar a onde vamos!” – Ed disse.

“Finalmente! Não precisava fazer esse mistério todos!” – Eu disse.

“Vamos acampar, perto de um lago.” Disse Ed.

“Sério? Sempre sonhei em acampar!” – Eu disse exalando felicidade.

Demorou meia hora para chegar. Acabei cochilando no ombro de Ed, mesmo eu querendo muito observar a cidade, mas meu sono era maior. Quando chegamos, Ed me acordou e descemos em um ponto próximo as poucas casas e mais natureza. Andamos uns dez minutos, até finalmente chegarmos perto do lago. Pude notar um castelo lindo do outro lado.

“É o Framlingham Castle. Um dia te levo lá!’ – Ed disse.

“É permitido acampar aqui?” – Eu perguntei colocando a mochila no chão.

“Pode, mas um policial daqui a pouco passa aqui, para revistar a gente. Se não tivermos nenhuma arma ou drogas, podemos acampar por no máximo, 3 dias.” Ed disse abrindo a mochila dele.

Ed tirou a barraca e começou a montá-la. Fui caminhando até chegar a beira do lago, me abaixei e coloquei a mão na água, que estava muito gelada, e era bem cristalina. Ed não demorou muito com a barraca e parou ao meu lado.

“Que lugar lindo, Ed!” – Eu disse ainda agachada.

Me levantei e permaneci ao seu lado. Ed estava com as mãos nos bolsos da frente da calça. Seu rosto estava vermelho, talvez por causa do Sol. Ele é bem mais branco do que eu, aliás, todos em Framlingham são quase transparente. Quando nos viramos para ir arrumar a barraca, um policial se aproximava.

“Bom dia! Poderia revistar vocês?” – Disse o policial.

“Claro! Acabamos de chegar!” – Disse Ed.

“Eu sei, vi quando chegaram!” – Disse o policial olhando dentro da barraca.

Eu nunca gostei de policiais, porque eles nunca resolveram minha vida. Segurei o braço esquerdo de Ed, enquanto o policial olhava nos mochilas.

“Estão liberados. Podem permanecer até segunda-feira. Com licença!” – Disse o policial.

Respirei aliviada e soltei Ed. Tirei meus acessórios da bolsa e coloquei na barraca, que cabiam duas pessoas. A barraca estava com sua entrada virada para o lado. Sem riscos de assalto, demos a volta no lado a tarde toda e eu pude ver o castelo mais de perto, porém não entramos.

Já escurecia e o frio aumentava, decidimos entrar na barraca, que tinha dois cobertores e ficamos com as nossas cabeça para o lado de fora. Nós dois estávamos com toca e eu me sentia bem aquecida. Vários vagalumes começaram a aparecer e ficamos observando eles voarem perto do lago.

“Você conseguiria fazer uma música agora? Se inspirando nos vagalumes?” – Eu olhei para ele rindo.

“Isso foi um desafio?” – Ele perguntou.

“Talvez...” – Eu disse olhando para ele.

“Está bem então... Tem que ter vagalumes, certo?” – Ele disse se sentando.

Ficamos sentados dentro da barraca. Ed ficou me olhando por alguns minutos, parecendo pensativo.

“Ok, vou cantar uma parte.” – Ed disse. – “ There’s is a firefly, loose tonight, better catch it before it burns this place down, and I lie if I dont feel so right but the world looks better through your eyes

“Ficou lindo” – Eu disse com um sorriso idiota no rosto. – “Poderia continuar?”

Ele pegou o violão, e começou a tocar no ritmo que cantou o pequeno trecho. Peguei meu caderninho de notas, que estava na minha mochila.

“Quer escrever a música?” – Perguntei.

Ele olhou para o caderno, olhou para mim e sorriu. Abriu em uma folha qualquer e começou a escrever o trecho e ao lado colocou “refrão”. Ed ficou escrevendo por uns quinze minutos.

“Vou continuar de onde parei...” –Ele disse me olhando.

Dessa vez, ele cantou tocando seu violão.

Teach my skin, those new tricks, warm up with your lips, heart to heart, melt me down, it’s too cold, in this town. Close your eyes, learn me, face to mouth, lips to cheek, feeling numb, in my feet, you’re the one, to help me get to sleep” – Ele cantou

Eu não tinha palavras para dizer o que eu senti ouvindo essa música. Era pura e a voz do Ed era algo que eu poderia passar o resto da minha vida ouvindo.

“Só escrevi isso!” – Disse Ed.

“A música mais perfeita que já ouvi...” – Eu disse olhando para ele.

Ficamos nos encarando por longos minutos, até que eu não agüentei e desviei o olhar, sorri sem graça.

“Vamos dormir, né?” – Eu disse para quebrar o silêncio.

“É... claro!” – Disse Ed.

Ed colocou seu violão de lado e fechou a porta da barraca. Me deitei virada para ele, e fiquei olhando em seus lindos olhos.

“Boa noite, Landy!” – Ele disse com a voz mais suave do mundo.

Não agüentei e levei minha boca até sua bochecha, a beijei, olhei para ele rindo.

“LIPS TO CHEEK!" -Eu disse rindo. -"Boa noite!”

Fechei os olhos, esperando o sono chegar. Eu tinha a sensação de que Ed ainda me observava, porém fui forte, e não abri os olhos. E quando menos esperei, já estava sonhando com ele.



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Notas finais do capítulo

FALA SÉRIO, ficou fofo, né? *-* HAHA
Não darei certeza para um capítulo novo ainda hoje.
Talvez eu poste a noite.
OBRIGADA POR LEREM! *_*



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