Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 106
Hospital




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Pedro e Teddy estavam conversando na sala. A cozinha não era mais confortável para mim. Era a terceira xícara de café forte que eu havia tomado. Eu não conseguia ouvir a conversa, mas nenhuma risada ecoava pelo apartamento. Camilla estava em seu quarto, provavelmente narrando tudo pela internet. A campainha tocou e corri pra atender. Olhei pelo olho mágico e era Heloísa. Abri um pouco a porta.

“Sobre que o Ed está aí!” –Ela disse, com um sorriso largo.

“Ele não pode atender ninguém agora.” –Eu sussurrei.

“Mas por que não?” –Ela perguntou. –“Ed!” –Gritou.

“Shhh... estamos tendo uma conversa séria!”

“Ah sei, estão marcando a data do seu casamento com ele? Já expulsou o Pedro? Coitado.”

Sai e fechei a porta. Segurei Heloísa pelo braço e a arrastei para o elevador. Ela reclamou de eu estar a machucando, não me importei. O elevador chegou e a empurrei para dentro do mesmo. Fiquei observando ela até a porta se fechar.

“Quem era?” –Pedro perguntou, quando entrei.

“Ninguém importante.” –Eu disse, indo pra cozinha.

“Sente-se conosco.” –Disse Pedro.

Parei de andar e olhei para eles. Meus olhos estavam perdidos e eu não sabia para quem olhar. Me sentei no sofá, ao lado de Pedro. Meus pés não paravam quietos. Pedro colocou sua mão sobre minha coxa direita e pude ver os olhos de Teddy serem atraídos por isso. Depois ele olhou pra mim e desviei o olhar, para Pedro. Pedro contava sobre sua vida na Low Club e como os negócios estão indo bem. Teddy parecia muito interessado e contou sobre o início da sua carreira. Eles pareciam estar se entendendo e eu era a única preocupada ali. Me levantei e fui até o quarto de Camilla, que estava ouvindo música, deitada em sua cama, que fica embaixo da janela.

“Já se cansou deles?” –Ela perguntou.

“Eles parecem tão bem.”

“Claro! Queria que Pedro estivesse sofrendo e quebrando a cara do Ed, o qual ele ainda é fã?”

Me sentei na cadeira da mesa de estudos. Camilla estava com sua blusa um pouco levanta e dobrada na altura dos seios e sua barriga já estava um pouco maior. Eu estava ansiosa para ver a criança. Camilla cismou que era menina e se chamaria de Penélope, só para ter Penny como apelido, igual na sua série favorita na TV.

“Yolanda, sei que eu magoo as pessoas na maior parte do tempo, mas eu torço por você. Eu sinto muito por um dia ter dito que você estragou minha vida. Saiba que hoje, eu estou muito feliz. Olha, estão cicatrizando.” –Ela disse, esticando seus braços, para eu ver os cortes nos pulsos.

Me sentei ao seu lado e beijei suas cicatrizes. Ela estava muito gelada. Estranhei por um momento, mas logo esqueci, porque bateram na porta. Era Teddy, dizendo que precisava ir embora.

“Vai fazer o que?” –Perguntei.

“Nada, mas já atrapalhei bastante. Melhor vocês se entenderem.”

“Não é nem meio dia ainda, Teddy, fica mais um pouco.” –Insisti.

“Por que vocês não vão almoçar juntos? Você vai embora amanhã, Ed, aproveitem.” –Disse Pedro, se aproximando.

Pude ouvir Camilla sussurrar meu nome e me virei para vê-la. Camilla estava desmaiada em sua cama. Pálida. Corri até ela e seu pulso batia fraco. Pedro a pegou no coloco. Coloquei algumas coisas na minha bolsa e peguei um casaco para ela. Teddy pegou a bolsa da minha mão.

“Eu vou com vocês.” –Ele disse.

Afirmei com a cabeça e fomos para o hospital. Pedro dirigia e Teddy foi na frente com ele, enquanto Camilla, ainda desmaiada, estava deitada no meu colo, no banco de trás. Ela estava cada vez mais fria, mas seu coração ainda batia. O medo consumia o meu corpo. Seus lábios já se confundiam com o resto de seu corpo. Ela toda estava da mesma cor. Branca. No caminho, ela abriu os olhos por alguns minutos e resmungou alguma coisa e logo os fechou novamente.

Quarenta minutos se passaram e Camilla ainda estava lá dentro. Pedro quis entrar com ela, pois eu estava muito nervosa. Teddy e eu estávamos na sala de espera e haviam mais duas pessoas. Eu estava com a cabeça deitada em seu ombro direito, mas não me sentia confortável. Pedro entrou na sala e rapidamente me levantei.

“Ela está bem. Sua pressão caiu com o calor. Estão fazendo exames no bebê agora.” –Ele disse.

O abracei quando ele terminou de falar. Ele retribui o abraço, que parecia cada vez mais apertado. Agora eu me sentia confortável. Minutos depois, o médico Carlos entrou na sala, dizendo que o bebê está ótimo, por enquanto, mas que a saúde de Camilla está muito debilitada. Disse algo sobre seus cortes, mas não prestei muita atenção, pois ele falava diretamente com Pedro, que não sabia dos cortes.

“Por que não me contou?” –Ele perguntou, quando o médico saiu.

“Ela pediu pra manter segredo e disse que ia parar.”

“Mas ainda se corta!”

“Não. Não. Ela me disse hoje que não. Estão até cicatrizados já. Eu os vi.”

Pedro passou as mãos em seu cabelo. Parecia realmente bastante preocupado com ela. Camilla entrou na sala de espera, acompanhada do médico. A abracei e ela parecia outra garota. Estava bem. Pedro acelerou seu passo até ela e levantou a manga de sua blusa e viu as marcas. Ele começou a chorar. Tentei acalmá-lo, mas só um abraço de Camilla o confortou.

“Vocês são incríveis juntos.” –Comentou Teddy.

Dei um leve sorriso. Fomos para casa e lá mesmo almoçamos, com a presença de Teddy, que foi muito bem recebido. Ainda tinha a oportunidade de passar mais um dia com ele, até das dez horas do dia seguinte. Camilla pediu desculpas para Teddy, por ter contado tudo ou ter trado ele mal em alguma hora.

“Eu que chamei Heloísa para vir aqui. Talvez eu tenha divulgado no twitter também...” –Camilla me disse.

“Mas por que fez isso?”

“Eu estava zangada. Não sei por quê. Apesar de torcer muito por você e ele, mas eu gosto do Pedro também e não achei justo com ele.”

“Mas juto que Teddy e eu não fizemos nada.”

“Eu sei. Ele me disse agora que beberam demais e ambos quase morreram afogados, mesmo com a água batendo na canela e você acabou pegando no sono lá. Foi o mais correto a se fazer. Ficar por lá, pelo menos no estado em que estavam.”

“As vezes você é compreensiva demais e outrora você parece me odiar.”

Camilla nada respondeu e apenas me abraçou. Eram quarto da tarde, quando Teddy voltou para seu apartamento, porque tinha que dar entrevista para algumas revistas locais. Ele já havia passado por São Paulo, antes que fazer seu show no Rio. Ele estava comigo há dois dias, mas parecia que eu nunca o havia deixado sozinho em Framlingham. 


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Notas finais do capítulo

MUITO OBRIGADA a todos que leem a minha fanfic. *-*
É uma honra procurar "Folhas de Outono" no search do twitter e ver pessoas falando bem sobre minha fanfic, até mesmo os que não leem e tem curiosidade. Dou RT em todos os comentários. *-*
Obrigada aos que indicam a fanfic. ♥
Jenny, mylifeasjenny (tt pessoal)



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