Soph POV’s

Eu e Pierre conversávamos um pouco, quando ouvi Louis berrar, eu esperava isso de Harry, não dele...

– Dá pra vocês falarem a nossa língua? – Perguntou irritado – quero saber do que estão falando.

Bufei.

– Pierre, você sabe falar inglês? – Perguntei, e ele assentiu – Se não o irritadinho aqui vai botar um ovo.

Falei, Pierre e Harry riram.

– Você fala francês? – Pierre perguntou á Harry, que assentiu e voltou á sua cara de mal humor.

– Satisfeito, Louí? – Perguntei, pronunciando seu nome em sotaque francês.

– Sim. – Falou, animado – Do que falavam?

– De como você é chato – Falei, e ele nos olhou indignado.

– Soph – Pierre me deu um empurrão, e eu ri. – Falávamos do Natal, sobre o que vamos fazer.

– Hm. Isso nos inclui? – Louis perguntou, e Pierre deu de ombros.

– Pelo jeito sim – Falei, demonstrando que eu era contra aquilo. – Porque? Algum plano?

– Não.

– Comer – Nem preciso dizer quem foi que falou isso, né?!

– To com Niall – dei de ombros.

(...) (n/a: Gente, vou adiantar um pouco a fanfic. Só agora percebi que ela já até passou a primeira temporada de In The End. Pretendo terminar essa temporada logo, porque tem uma coisa bem bombástica pra acontecer, e claro, vou deixar vocês na expectativa. Enfim, não estranhem se tudo passar muito rápido, mas é que se não fica cansativo pra vocês. Beijo!)

Era noite de Natal, e acabamos resolvendo ficar em casa mesmo, e depois iriamos á qualquer boate quando ela dormisse. Mesmo que eu estivesse completamente traumatizada com baladas, mas...

– Vai se vestir, já são 18h. Estão esperando por a gente lá em baixo. – Mel disse, entrando no quarto.

– Tá, você já tá pronta? – Perguntei e ela negou – Então pega qualquer coisa pra eu vestir, aí?

– Ok.

Linda tradição de ter que ir de vermelho. Oh, adoro isso.

– Pra que tanta maquiagem, Mel? É só Natal. – Falei, em quanto ela me maquiava. A verdade é que estou com preguiça de me mover, por tanto, Mel tá fazendo tudo por mim.

– Por isso mesmo, é Natal Soph, Natal. – Mel falou, dando ênfase no Natal. Pra falar a verdade, não vejo nada de bom no Natal.

Só ruim.

Assenti, tentando não ligar muito pra aquele dia infernal.

Flash back on

– E aqui está... – Mamãe me abraçou por trás, mostrando-me aquele celular que todo mundo queria – Feliz Natal, querida.

– Obrigada, mãe! – Sorri e a abracei, abraçando meu pai logo em seguida também.

Depois, jantamos e ficamos ali, vendo filmes de Natal que passavam na Tv.

Flash back of

E depois, nunca mais foi assim.

– Pais – Falei sarcástica, e bufei, logo após gritei – MEL, JÁ TÁ PRONTA?

– Menina eu to atrás de você! – Mel exclamou e nós rimos.

– Vamos então.

Roupa Soph: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=63560574&.locale=pt-br

Roupa Mel: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=63561127&.locale=pt-br

Reparei um pouco na roupa de Mel, ela estava bem mais romântica do que quando a conheci. Suspirei. Efeito Liam Payne.

Descemos e todos riam na sala. Era estranho ver minha tia feliz, normalmente ela está pelos cantos murmurando a morte de meu tio, mas, esses dias têm sido diferente.

Trilha sonora. Aconselho á botar (Payphone - M5): http://www.youtube.com/watch?v=TzxwOrT6Beo

Me sentei ao lado de Niall, que comia alguns doces e roubei outros sem ele ver. Todos conversavam animadamente, quando começou a E! News dizendo sobre uma garota famosa, mas... o que Harry tá na fazendo com ela?

Harry ameaçou desligar a TV, mas pela primeira vez em dias, o encarei. De modo que o fez largar o controle, irritado.

– Então Delvignes de plantão, podem gritar. Algumas de felicidade, outras de tristeza, seja o que for, mas, temos uma noticia pra abalar corações – Falou, e eu tentei preparar o meu pro que vinha a seguir – Nosso querida Cara Delvigne, a princesinha que tem várias fãs pelo mundo tem um novo namorado. Ou devo dizer um novo ficante? Peguete? Garoto? Não sabemos. Mas os flagramos trocando alguns beijinhos na tarde passada. Fontes nos dizem que após um encontro de amigos, incluindo pessoas de seu colégio, o garoto chamado Harry que por sinal não é de se jogar fora, foi flagrado esbarrando com nossa diva num livraria, e após isso, ficaram trocando caricias o resto da tarde.

E o som da televisão sendo desligada ecoou pelo cômodo. Mas, não tão mais alta que a batida do meu coração. Eu encarava a janela, mesmo escutando tudo, preferi não me torturar ao ver aquelas fotos. O silêncio ali era estranho. Até minha tia havia parado de falar, pra encarar minha face, que agora devia estar um pouco serena e um pouco paralisada. Caiam algumas gotas de chuva pela janela, e eu comecei a observa-las caindo. Engraçado. Estou parecendo uma gota. Caindo, cada vez mais e mais.

Logo todos falavam, e aquele tumulto de conversas voltou, menos Zayn que continuava quieto, assim como Harry. Mel algumas vezes me olhava, mas sua atenção era retida pra Liam. Brinquei com alguns botões de minha blusa, assim que minha tia anunciou o jantar.

Não dei muita atenção pro que estavam falando, era eu e a comida. E só. Era estranho o que eu estava sentindo. Ciúmes, talvez? Também. Raiva? Parte sim. Mas tinha algo maior. Algo que me impedia de sorrir. Algo que me impedia de demonstrar qualquer emoção que não fosse vontade de chorar sozinha.

– Licença – Falei, ao terminar e caminhei um pouco devagar em direção as escadas. Subi ao terraço, e me sentei no chão, deixando minhas pernas pra fora da grade. Apoiei minha cabeça naquela grade, e fiquei observando a rua deserta. Encarei a janela da casa de Pierre, aonde ele e os pais conversavam animadamente. Senti algumas lágrimas escorrerem por minha face, senti um aperto no coração por não ter pai nem mãe, teoricamente. Funguei, e respirei, engolindo aquelas lágrimas. E logo imaginei Harry e Cara, se beijando. Acabei me torturando, até não dar mais, e segurei o choro, caso alguém aparecesse ali.

E não foi o que aconteceu? Deixei meu olhar nas estrelas, sem dar muita atenção pra sua presença ali.

– Estão lindas, não é?! – Senti minha respiração vacilar ao ouvir sua voz se dirigindo á mim depois de algum tempo.

– Uhum – Murmurei, tentando não dar muita importância ao vê-lo sentar ao meu lado, mas a verdade é que eu queria gritar.

– Qual é, vai mesmo me evitar? – Perguntou, e eu não respondi. – Não estamos juntos, porque está brava comigo então?

– Acha mesmo que estou chateada por você e ela, Harry? – Bufei, sarcástica – Me poupe.

Me preparei pra sair dali, quando num ato mais ágil, ele se levantou também e agarrou meu braço. De forma que não me machucasse.

– Eu sei que está. Porque você se importa. – Falou, e eu tentei não me concentrar em seus olhos. Não encarar, não encarar...

– Tá me machucando – Menti, na tentativa dele me soltar.

– Não está. – Disse, certo de si, mas eu soltei meu braço de suas mãos com certa brutalidade.

E encarei seus olhos por um tempo.

– Fica longe de mim, Harry – Me doeu dizer aquilo. Doeu mais ainda vê-lo abaixar a cabeça. Sai dali, e entrei em meu quarto. Peguei um blazer e sai de casa pela porta dos fundos. Esfreguei minhas mãos e as enterrei no bolso do casaco.

A Torre Eiffel estava mais iluminada que o normal, alguns casais lá em cima, se beijando, e outros em baixo apreciando a vista. Sorri torto e voltei a caminhar. Lembrei de quando estávamos no avião, e Mel falou sobre a cidade do amor. Amor? Acho que não, hein.

Entrei em um cassino, e encarei aquele lugar que fedia á bebida e cigarros. Avistei algumas mulheres dançando semi nuas, e alguns caras que tacavam dinheiro em cima das mesmas. Pedi alguma bebida qualquer ao barman, e me sentei afastada daquela nojeira toda. Me sentei mais precisamente no final do cassino, num sofá vermelho e velho, que dava pra janela principal dos fundos.

Grande noite de Natal.