Inimigos Até Que o Amor nos Separe escrita por Gabs Black


Capítulo 27
Jantar - Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Fala sério gente? Duas recomendações? Vocês querem me matar de alegria, só pode. *-*
QUERIA DEDICAR ESSE CAPITULO PARA KIKA WEASLEY E PARA NANDASB, MUUUUUITO OBRIGADA PELAS RECOMENDAÇÕES, EU AMEI! ♥
Jouir ^^



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O silencio era palpável, os únicos sons eram dos talheres batendo nos pratos de porcelana.

─ Nossa, a comida está ótima, Sra. Weasley. ─ disse Scorpius depois de alguns minutos de total silencio, meu pai grunhiu.

─ Ah querido, não me chame de Sra. Weasley, por favor, é que sabe, me lembro da minha sogra. ─ disse minha mãe divertida.

Scorpius tomou isso como incentivo para continuar o assunto.

─ Então Sra... Quero dizer, Hermione, minha mãe não cozinha assim tão bem! ─ disse Scorpius sorrindo tambem.

─ Claro, pra casar com Malfoy só poderia ser uma incope... ─ começou meu pai, porém minha mãe interrompeu.

─ Ronald, por favor, não seja desagradável. ─ seu tom era passivo, porém ameaçador. ─ Mas então Scorpius, eu não sabia cozinhar também, na verdade devo tudo o que sei à grande Molly Weasley, que fez questão de me ensinar cada detalhe para que seu filhinho não passasse fome. ─ disse minha mãe, sorrindo em direção ao meu pai.

─ Ah, lá em casa na verdade, minha mãe nem precisa mexer muito com isso, pois nós temos um elfo, a Clark. ─ disse Scorpius.

O sorriso de minha mãe murchou, quem sorriu desta vez foi meu pai, como se estivesse provando sua teoria de que os Malfoys eram cruéis e maus.

─ Não sei se você sabe, mas a Mione foi a fundadora do F.A.L.E. ─ disse meu pai, sorrindo com escárnio. ─ Mas parece que a sua família se considera boa demais para ter penas de criaturinhas como os elfos domésticos. ─ concluiu ele vitorioso.

Eu esperava que Scorpius corasse ou algo do tipo, mas o sorriso dele aumentou.

─ Certamente que sei que Hermione foi a fundadora do F.A.L.E, e foi graças à ela que hoje todos os elfos-domesticos pertencentes tanto aos Malfoy, quanto as famílias bruxas mais tradicionais, recebem salários dignos e tem todos os direitos trabalhistas como folgas e férias.

Eu tive vontade de rir da expressão de horror de meu pai. Olhei para minha mãe, e o sorriso bobo havia voltado aos seus lábios.

Depois disso, terminamos nosso jantar em silencio.

─ Vamos nos sentar na sala um pouco? ─ disse minha mãe, recolhendo os pratos com um aceno da varinha.

Nós nos levantamos e rumamos a sala de estar. Eu me sentei em um sofá e Scorpius se sentou ao meu lado, entrelaçando mais uma vez nossos dedos. Pra falar a verdade, tudo estava saindo melhor do que o planejado.

Fala sério, meu pai nem lançou uma azaração nele.

Foi ai que percebi que meu pai não estava na sala, ainda estava na cozinha, terminando sua sobremesa.

Depois de alguns instantes ele chegou, e a primeira coisa que reparou foi em nós dois.

Assim que viu nossos dedos entrelaçados, seu rosto ficou purpura.

Fala sério, isso que só estamos de mãos dadas, imagina de dessemos um selinho?

─ Eu... Já... Falei... Para você... Soltar... A mão... Dela... ─ sibilou ele.

Então ele enfiou a mão nas vestes e sacou a varinha.

Scorpius, percebendo a ameaça, saltou do sofá e brandiu a varinha, em defesa

Eu grunhi, o que ele estava fazendo? Será que acha que tem alguma chance contra um dos melhores aurores do Ministério?

Meu pai deixaria Scorpius em pedacinhos se duelassem.

Mas se bem que não fazia muito o jeito de Scorpius ter uma varinha apontada para a cabeça e continuar sentado, observando, enquanto é azarado.

─ Furnun... ─ começou meu pai, a azaração de furúnculos.

─ Expelliar... ─ começou Scorpius, ao mesmo tempo.

A situação seria cômica se não fosse trágica, imagina, um auror renomado do Ministério, tentando lançar uma azaração de furúnculos em um garoto de quinze anos.

Mas o momento não me permitia rir.

Eu já via toda a desgraça feita, Scorpius saindo raivoso da minha casa, com o rosto desfigurado, dizendo que nunca mais queria me ver na vida dele, e todo esse drama de novela mexicana, porém, minha tão amada mãe, com a agilidade de um gato pulou entre os dois com a varinha na mão e gritou:

─ Protego. ─ A intensidade do escudo foi tão forte que jogou os dois para trás, então voltou a varinha contra meu pai. ─ EU NÃO ACREDITO NISSO RONALD! ─ gritou ela.

Scorpius me olhou assustado, como se pedisse desculpas.

E eu olhei para meu pai, com o rosto já salpicado por lagrimas.

Minha mãe continuava com a varinha apontada para ele, caso tentasse outra coisa, então ele percebeu que estava em minoria. Colocou a varinha no chão e ergueu as mãos em rendição.

─ Eu me excedi, desculpe... ─ disse ele, baixinho.

Então fiz um sinal para Scorpius, ele guardou a varinha e voltou a se sentar do meu lado.

─ Bom... ─ disse minha mãe abaixando a varinha.

Então meu pai veio para nossa direção e eu pude sentir Scorpius estremecer. Ele chegou à nossa frente e se dirigiu à Scorpius.

─ Pode chegar mais pra lá? ─ disse seco.

Scorpius obedeceu prontamente, dando um espaço que caberia um adulto entre nós dois, que foi aonde meu pai se sentou, passando os braços pelos meus ombros possessivamente, como se temesse que Scorpius me roubasse dele.

Naquele momento eu percebi tamanho era o medo que ele sentia de me perder, pois ele me abraçava tão forte que eu já havia perdido o ar, aquilo partiu meu coração em pedaços, afinal, ele apenas me amava e não podia suportar que eu amasse outro homem que não fosse apenas ele.

─ Pai... Pai... Eu preciso... Respirar. ─ falei com dificuldade e ele afrouxou o abraço.

Minha mãe rolou os olhos.

E olha que não é muito comum ver Hermione Weasley rolando os olhos.

─ S-senhor Weasley? ─ chamou-o Scorpíus, com a voz tremula.

Meu pai tirou os braços que estavam em torno do meu pescoço e olhou para ele, com uma expressão de puro sarcasmo.

─ Sim? ─ respondeu ele, com um falso tom cortes.

─ Eu só queria dizer uma coisa ao senhor. ─ então ele se levantou e encarou meu pai de frente. ─ Eu não sei bem como fazer isso, nem sei se é assim que se faz, mas eu só queria lhe pedir a sua aprovação, por que como pai, o senhor tem o direito de me recusar perto da sua casa e de sua família, mas não pode me afastar da Rose enquanto estivermos na escola.

Ah não Scorpius, frase errada, frase errada.

Olhei para o meu pai e percebi que suas orelhas adquiriram um perigoso tom escarlate.

─ Olha aqui, seu moleque, eu sei muito bem da fama de pegador que você tem, e se você está pensando que vai se aproveitar da minha filhinha enquanto estiverem na escola... ─ rugiu meu pai, se levantando também.

─ Senhor, por favor, me deixe terminar. ─ pediu Scorpius. ─ Eu sei que já sai com muitas garotas, mas nunca arrisquei meu pescoço como estou fazendo agora, eu realmente amo Rose, e amo tanto que seria incapaz de fazer coisa alguma contra ela, amo tanto que meu maior sofrimento seria ve-la chorar, como ela chorava por aquele Corner... ─ resmungou com desgosto. ─ Pelo contrario, eu só quero protege-la enquanto o senhor não estiver por perto para fazer isso, tanto que eu seria capaz de enfrentar um trasgo montanhês de quatro metros de altura para salvar a sua vida. ─ Ele lançou um olhar cúmplice para minha mãe. ─ E tenho certeza de que o Senhor sabe muito bem o que é isso.

Nesse momento eu já estava a beira das lagrimas, diferente de minha mãe, que chorava abertamente no ombro de Hugo, que fazia cara de nojo.

Minha vontade era de abraçar Scorpius e nunca mais solta-lo.

Chegava a ser engraçado que a primeira vez que Scorpius dissesse que me ama, seja para o meu pai.

Mas, quando Ronald Weasley é o seu pai, só dá pra esperar isso.

Meu pai o olhava em silencio, eu sabia que a ultima citação de Scorpius, sobre o trasgo, o havia tocado, pois ele percebera que amava minha mãe desde os onze anos de idade, então, por que eu e Scorpius não poderíamos nos amar desde os quinze?

E eu tinha absoluta certeza de que era essa a pergunta que ele se fazia nesse exato momento.

Então, ele se dirigiu até mim, pegou minha mão, me puxando para que eu ficasse de pé, me deixou de frente com Scorpius, segurando firmemente minha mão, então simplesmente a colocou sobre a mão de Scorpius, que repousava na bancada ao lado, e disse:

─ Não faça com que eu me arrependa disso garoto, se não, ai sim eu lhe matarei.


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Notas finais do capítulo

Eae gente? O que acharam? Eu particularmente não gostei muito, foi bem difícil de escrever e eu fiquei modificando o tempo todo, até que saiu isso...
Bom, comentem falando o que acharam..
Beijooos :33